As Crônicas de Nárnia e a Rainha Do Futuro escrita por Rocker


Capítulo 9
Uma mão amiga


Notas iniciais do capítulo

Oii gente lindaaa!! Demorei muito pra postar?? Eu espero que não!! Primeiro de tudo queria agradecer a linda da Sakura-Rin pela primeira recomendação. A-M-E-I saber que vc gostou tanto da fic a ponto de perder seu tempo pra recomendá-la!! Adorei principalmente a parte da "autora fofa e divertida" >.< Olha garota, vc naum tem noçao do quanto pos meu astral pra cima!!
Segundo eu queria avisar que segunda-feira começam minhas aulas, ou seja, será mais difícil de ir postando... Mas nao quer dizer que vou abandonar a fic naum!! Isso nunca!! Postarei nos fins de semana, apenas isso. Durante a semana eu posso tentar entrar no PC escondida pra poder mais texto pra postar.
Terceiro: eu reli o cap pra ver se tinha algum errinho, mas ando com mta coisa na cabeça entao peço que me perdoem caso eu deixe passar algum :P
E agr... VAMOS À LEITURA!! (nos vemos nas notas finais!!) *---*



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Uma mão amiga

Lena voou por pelo menos duas horas. Claro, poderia ter ido em apenas vinte minutos, mas sentiu que estava sendo observada. Preferiu ficar dando voltas e voltas para despistar quem quer que seja. Quando sentiu que já não corria mais perigo, voou direto para os portões do castelo de Telmar.

Pousou delicadamente e olhou para os lados, procurando por algo suspeito, mas não encontrou nada, apenas as árvores dançando animadamente mesmo sendo tarde da noite.

Aproximou-se uma que continha flores rosa claras, abaixando o capuz para que seu rosto ficasse à mostra e sussurrou delicadamente.

- Preciso de uma ajudinha.

A árvore rapidamente se retorceu, aparecendo nela um rosto, que lhe lembrava duma mulher. A árvore sorriu, mesmo que isso não fosse muito comum no Brasil, origem de Lena. Mas nada em Nárnia é muito comum, pensou a menina.

- Diga minha senhora. – perguntou, a voz um pouco suave demais para uma madeira. – Estou às ordens de Vossa Majestade.

Lena sorriu. Tentou não ficar irritada, mas lembrou-se de que não convivia muito com árvores, por isso toda a formalidade – o que seria estranho caso falasse disso com qualquer de seus amigos de deixara na Terra.

- Preciso que envie uma mensagem a Edmundo e os outros reis. – Lena viu o rosto na árvore mexer-se para cima e para baixo. Imaginou que estaria assentindo, então continuou. – Diga que os encontro amanhã no fim da tarde na Mesa de Pedra.

- Sim, Majestade. – respondeu a árvore, que Lena imaginou ser um ipê.

- Obrigada. – agradeceu a menina.

Seu tronco se remexeu novamente e o rosto sumiu. As flores rosa se remexeram e pelo menos metade delas voou com a brisa leva, passando por Lena e jogando seus cabelos levemente ao redor do rosto.

Lena virou-se e viu que as delicadas flores formaram o corpo de uma mulher – com um rosto indefinido. A dríade acenou-lhe e, quando Lena acenou de volta, ela desfez-se e as flores voaram em direção de onde Lena viera, deixando um perfume delicado na brisa leve.

Quando viu as flores sumirem ao longe por entre as árvores, Lena levantou o capuz, agradecendo pelo vento que cessou. Caminhou até os portões e olhou para cima. Os três soldados que guardavam a muralha, olharam para baixo e um deles gritou.

- Quem vem lá?! – ele pegou o arco e apontou a flecha para Lena.

Lena sorriu cinicamente, sabendo que mesmo se dissesse quem era eles não a deixariam passar.

- Quero uma audiência com seu rei. – respondeu, engrossando um pouco a voz e a projetando para que os guardas a ouvissem claramente.

- Não podemos deixar que perturbe o rei a essa hora da madrugada. – respondeu o segundo.

- Muito menos se não nos diz seu nome. – acrescentou o terceiro.

- Pois bem. – disse Lena calmamente. – Terei que fazer eu mesma.

Ela dobrou o joelho e pulou, modelando o ar sem vento à sua volta para que voasse em direção ao alto da muralha. Sabia que seus olhos estavam totalmente de um azul pálido, como sempre ficava quando usava suas habilidades sobre o ar.

Os soldados, assustados, pegaram as armas e o primeiro homem atirou a flecha contra o peito de Lena. Ah, claro! Apenas Cair Paravel sabe sobre mim..., lembrou-se enquanto modelava o ar à sua frente para que a flecha parasse a centímetros de atingir sua pele. Então, simplesmente deixou-a cair, vendo o olhar pasmo dos soldados à sua frente, que recuavam aos poucos.

Sorriu cinicamente novamente, sabendo que eles poderiam ver apenas o brilho de seus dentes e seus olhos por baixo do capuz. Modelou o ar à sua volta novamente para que passasse por eles, em direção ao portão interno do castelo.

Pousou no chão do pátio, a meio caminho do portão. Poderia simplesmente ir até a janela dos aposentos de Caspian, mas isso seria invasão de privacidade, além de que sabia que ele não estaria ali. Ele estaria na sala do trono, pensando no que fazer sobre toda a situação com a volta da Feiticeira. E era exatamente para ali que Lena se dirigia...

Caso os três guardas não tivessem acordado do transe em que estavam e um deles tocado o sino de invasão, chamando mais soldados.

Lena de repente viu-se cercada por pelo menos trinta arcos e flechas, todos apontados para si. Não abaixou a cabeça e não parou. Sentiu o barulho do ar sendo cortado quando todas as flechas, simultaneamente, foram atiradas contra si.

Seus olhos ficaram azuis pálidos quando modelou o ar novamente, criando um escudo envolta de si mesma. Todas as flechas que lhe foram atiradas bateram no escudo formado e caíram ao chão.

Viu o olhar assustado e receoso nos olhos cada um dos soldados, que olhavam diretamente para seu rosto escondido – que certamente aparecia apenas o azul pálido dos olhos que ainda controlavam o ar.

Todos os soldados telmarinos que ali estavam, recuperaram do choque e avançaram sobre Lena, com as espadas em punho. Mas teve o mesmo resultado que as flechas. Foram rapidamente desviadas quando a posta se aproximava demais da menina.

Lena finalmente chegou aos portões, de cabeça erguida, imaginando como Susana ficaria caso fosse ela. Estava prestes a abrir os portões com a própria mão quando um jovem soldado se pôs na frente dela. Moreno e orbes negros, lembrava muito a Edmundo – exceto que os de Edmundo são castanhos escuros. Não devia ter mais de 18 anos.

- Não deixarei que passe, senhor! – gritou.

Lena soltou uma risadinha doce, divertindo-se com a ideia de que a confundiram com um homem. Ah, claro! Mulheres não podem fazer nada demais, não é?!, pensou, irritada. Lembrou-se de como Edmundo a tratou durante a invasão dos lobos ao castelo de Cair Paravel. Simplesmente odiava machismo, mas sabia que Edmundo queria apenas protegê-la. Por isso não voou no pescoço dele quando o encontrou, apenas o salvou de um lobo que o atacava por trás.

- Sinto muito, nobre soldado, mas não sou um senhor! – respondeu, com a voz mais doce que conseguia.

Aproveitou o momento em que o garoto ficou atordoado ao ver que era uma mulher – mais propriamente uma menina, pois a voz denunciava a idade – e o empurrou de lado, abrindo finalmente os portões.

Deixou todos os soldados, atordoados, do lado de fora e entrou, vendo Caspian no trono, olhando confuso para todos. Rapidamente o garoto que a confundira apressou-se para dentro e se curvando para o rei.

- O que está acontecendo? – perguntou Caspian, levantando-se e dando alguns passos à frente.

- Esta menina... – falou o garoto, ainda um pouco atordoado. – Insistiu em uma audiência com Sua Majestade sem nem ao menos dizer quem é e o que quer com Sua Majestade.

Lena modelou o vento ao redor do rosto de Caspian para que ele a olhasse. Quando o rei viu o brilho azul pálido pelo capuz de Lena, franziu o cenho, tentando se lembrar de onde o vira antes.

- Conheço esse brilho nos olhos... – comentou para si mesmo, mas alto o suficiente para que ouvissem.

- Claro que conhece! – exclamou Lena, liberando o controle do ar (os olhos voltando ao castanho-esverdeado) e levantando as mãos sobre a aberta da capa cinza para abaixar o capuz.

Assim que viu o rosto da menina, a expressão de Caspian se suavizou e ele sorriu de orelha a orelha.

- Lena! – gritou, abrindo os braços e se aproximando.

Lena passou pelo garoto atordoado e correu até Caspian, abraçando-o apertado. Não se viam faz tempo. Lena recuou um passo. Caspian virou-se para os soldados que ainda estavam ao portão de madeira e disse, ainda abraçando a cintura da menina.

- Eis a senhora de Cair Paravel, Rainha Lena, a Guerreira.

 Os soldados ali se curvaram e rapidamente se retiraram. O soldado que lembrou Edmundo virou-se para Lena uma última vez, com um pedido de desculpas no olhar. Provavelmente por me chamar de senhor, constatou Lena. Logo, ele saiu e fechou os pesados portões.

Caspian virou-se para ela, ainda com um imenso sorriso estampado no rosto.

- O que veio fazer aqui?!

Lena afastou-se dele, tomando de repente uma expressão séria. Ajudara Caspian quando viera parar em Nárnia – ajudou muito a dar a liberdade de volta aos narnianos. Caspian disse que ficava devendo. Pensou que agora poderia ser uma boa hora de cobrar o favor, mas não sabia como falar e nem se ele iria ajudá-la.

- Penso que já sabe da volta da Feiticeira. – disse, sem saber como começar o assunto.

Caspian assentiu.

- Sim, já estou ciente.

- Lembro-me que seu tutor o ensinou bem sobre a Magia Profunda que rege toda a terra de Nárnia. – continuou, ainda sem saber o que falar.

- Sim, ensinou. Mas ainda não entendi aonde quer chegar.

- Se a conhece, deve conhecer a segunda Profecia que menciona os quatro Pevensie.

Ele engoliu em seco. Provavelmente lembrando-se de Susana, constatou Lena. Ela conhecia bem a história. Era amiga de Caspian o suficiente para que este se abrisse com ela.

- Eles voltaram. Fazem parte da Profecia.

Ele suspirou. Já imaginava que isso aconteceria, mas não sabia quando; não estava pronto para revê-la, apesar de ser o que tanto desejava.

Como ele não disse nada, Lena continuou.

- E por isso, a Feiticeira está atrás de nós. E seu exército está o dobro do nosso. Então, eu tinha a esperança de que... – parou, sem saber como pedir-lhe isso.

- Que eu junte meu exército ao seu. – completou Caspian, sério.

Lena engoliu em seco, percebendo que fora apenas perda de tempo. A expressão no rosto do amigo não parecia muito amistosa. Estava prestes a negar quando os lábios dele formaram um grande sorriso.

- Mas é claro que sim! – falou Caspian, abraçando-a pelos ombros, virando-a e levando-a até as escadas. – Você foi uma grande mão amiga para mim, está na hora de retribuir o favor. Além disso, também devo aos quatro uma ajuda.

- Muito obrigada, Caspian! – agradeceu Lena.

- Que isso! – respondeu. – É pra isso que servem os amigos. E jamais te deixaria na mão. – virou-se para ela, sorrindo abertamente. – Agora durma. Amanhã iremos direto à Mesa de Pedra.

De repente ele virou-se e saiu andando na direção que veio, deixando Lena confusa. Ela olhou ao redor e viu uma porta à sua frente, aberta. Era um lindo quarto [http://4.bp.blogspot.com/-rMX4EOkEmOg/UFz26Dx756I/AAAAAAAAIM8/vOsQfjKGVAA/s400/angry-birds-speakers.jpg]. Ela sorriu e entrou, fechando a porta logo em seguida.

Depositou as bainhas das katanas na cabeceira da cama, juntamente com o cinto que agora continha apenas a faca e o cantil de água. Tirou a capa cinza de viajem e a deixou no chão mesmo.

Deitou-se na cama, pronta para dormir, mas não foi possível, pois as mesmas flores do ipê rosa entraram pela janela aberta com uma brisa leve e um cheiro delicado.

As flores a mesma dríade de minutos mais cedo, que se curvou levemente e disse, com uma voz doce e delicada.

- Resposta do Rei Edmundo, minha senhora.


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Notas finais do capítulo

E ae gnt?? O que acharam?? Preciso de opiniões pra saber se posso continuar desta maneira ou se preciso mudar um pouco!! Críticas também são bem vindas ^-^