PDV Edward

Imaginei que Bella iria atrás de mim, mas ela realmente precisava ir ao médico e também, eu mal dei tempo para que ela o fizesse. Eu estava muito nervoso porque apenas a passagem da possibilidade de Bella me trair fazia com que minha nuca arrepiasse.

Não queria provocar raiva nela ou discutir e foi por isso que sai sem falar nada. Peguei o carro e parti para casa. Muito irritado, mas ao mesmo tempo preocupado com minha pequena.

PDV Bella

O que deu no Edward? Que ciume idiota aquele agora? Eu nunca, jamais, em hipótese alguma seria capaz de traí-lo porque fazer isso seria trair a mim mesma, aos meus sentimentos.

É fato que Ethan arrastava uma bela asa pra mim, mas nada que eu ligasse ou que já tivesse dado esperanças. Sempre tentei passar pelo assunto dando voltas, mas também a culpa era daquele médico que estava colocando essas coisas na cabeça do meu marido.

Agora eu não podia pensar nisso. Precisava manter a calma porque com certeza saber o sexo do meu filho era muito mais importante do que brigar com meu marido por uma coisa que eu não preciso me explicar, coisa que ele está errado e que sabe que está agindo como se tivesse 18 anos novamente.

– Você não vai atrás dele? - Dr Ethan perguntou.

– Não. Porque eu não tenho que explicar nada. Não aconteceu nada e Edward e eu temos uma bela historia, de muitos anos então ele deveria acreditar e nem passar pela cabeça dele a possibilidade de uma traição. Eu o ano demais e não faria isso com ele nunca!

– Isso é bonito, Isabella. - ele sorriu - Me desculpe. Minhas intenções não foram cometer uma briga e não pensei que meus comentários levariam a isso.

– Tudo bem... - saiu como um sussurro - Vamos logo ao ponto, não é? Quero muito saber o sexo do meu pequeno.

– Ah! Claro! Me acompanhe - ele me levou para a sala que eu já conhecia, a mesma sala que eu tinha ouvido os batimentos do meu pequeno antes - Está nervosa?

– Muito! - sorri - Mas sei que é menino.

– Veremos...

Levantei meu vestido, mas claro que eu estava com um short por baixo. Eu era casada agora, não deixaria nem que o médico me visse só de calcinha.

Ele passou um gelzinho gelado em cima da minha barriga e logo veio com o aparelho e logo os batimentos começaram a preencher a sala. Era impossível não ficar emocionada com isso. Já era a terceira vez que eu tinha a possibilidade de ouvir, mas não me cansava.

– Então, Bella... - o Dr disse depois de alguns minutos - Dizem que pressentimento de mãe sempre dá certo, não é? - fez uma pausa dramática - Pois é... Você já começou a acertar. Parabéns! Você vai ter um menininho!

Sorri o meu melhor sorriso, o maior e o mais verdadeiro que eu já dei. Eu sempre quis um menininho e agora meu sonho estava realizado e minha vida estava completa. Era um sentimento tão grande dentro de mim, tanto amor...

– Eu sabia! - comemorei - Eu estou tão tão tão feliz, Dr Ethan.

– Eu percebi, Bella. Então, seu bebê está ótimo, mas você vai precisar tomar certos cuidados... Ele me parece meio fraco. Está se alimentando direitinho?

– Claro.

– Então mantenha-se em repouso o máximo que puder, ok?

– Tudo bem.

– Nada de pegar peso por menor que seja e sem sexo.

– Sem sexo?! Vix...

Ethan riu. Sempre me falaram que o casamento fazia com que o sexo acabasse ou que perdesse todo o tesão que antes tinha, mas com Edward e eu não foi assim. Na verdade, com o tamanho do "Edward Junior" nem tinha como perder a graça.

– Mas é preciso, Bella.

– Vou cuidar muito bem do meu bebê, Sr Ethan. Pode ter certeza. - alisei minha barriga - Eu o amo tanto.

– Eu sei que o ama. Está nos seus olhos e, - ele começou a passar o paninho na minha barriga para secar-me - eu acho isso lindo. Já cansei de ver váááárias mais aqui que vem, mas não se importam. É como se agissem como se não fosse com elas, se o bebê não fosse delas.

– Eu acho isso ridículo.

– É ridículo. - Ethan abaixou meu vestido - E no caso das garotas de 12, 13, 14 anos que vem aqui e pedem por aborto é tão... triste.

– Eu sou totalmente contra o aborto só que eu acho que quando a mulher é estrupada e engravida ela tem o direito de fazer isso. Apesar de matar uma vida, muitas vezes o bebê não vai ser nem amado por ser feito da forma que foi.

– Eu também acho, mas jamais faria um aborto ou recomendaria isso para alguém.

Eu sorri e Ethan me ajudou a levantar. Alguns minutos depois eu já poderia ir para casa e agora começaria a parte difícil: conversar com Edward. Porém eu tinha de permanecer calma. Não queria que o meu Anthony sofresse com isso.

Já que Edward tinha pegado o carro, peguei um táxi e fui direto pra casa.

– Edward? - chamei assim que entrei - Você tá aqui?

– Estou. - ele respondeu. Seu tom de voz estava baixo então imaginei que ele estaria na piscina e fui para lá. Edward estava apenas com uma calça cinza de moletom sentado em uma das cadeiras de balanço olhando para a piscina. Me sentei na cadeira vazia. - Oi. - saiu mais como um sussurro.

– Edward, você é um idiota, sabia? Eu nunca seria capaz de te trair! Você deveria devia em mim. Você foi o cara que eu dei o primeiro beijo, o meu primeiro e único namorado, o cara que eu transei pela primeira vez, você e o Jacob praticamente "leiloaram" a mim e a minha virgindade e eu te perdoei! Você quer prova maior de amor do que essa, Edward? - disse com calma. Eu já não era mais uma menininha para brigar gritando com ele.

– Me... desculpe; - hesitou em dizer. - Eu sempre tive ciúmes de você, minha princesa, mas pelo visto isso piorou e ainda tem a nossa filha em jogo e eu tenho muito medo de perder vocês. - Edward se dirigiu ao Anthony como menina e quase senti vontade de rir. Quase.

– É um menino... - sussurrei.

– Sério, amor? Extinto de mãe é foda!

Ri e ele pegou na minha mão e olhou bem fundo nos meus olhos. Com uma voz linda e me deixando encantada com seus profundos pares verdes, disse:

– Me desculpe.

– Está tudo bem.

Então ele me beijou. Eu, apesar de fria com a situação, me senti tocada, mas não importava. Mesmo que Edward pisasse mil vezes na bola eu o perdoaria. É amor demais para duas pessoas. E em breve seriamos 3...

2 semanas depois...

- Boa noite, meu amor. - Edward disse e beijou minha testa, como fazia todas as noites. - Eu amo você.

– Você também, meu anjo. - sorri - Também amo muito você.

Então ele me aconchegou no calor dos seus braços, como sempre. Era sempre a mesma rotina na hora de dormir:

"Boa noite" - "Eu amo você"– Dormir nos braços dele.

E sempre falávamos "Eu amo você" em vez de "Eu te amo" porque sempre soava melhor e eu sempre achei mais fofo. Com um tempo fui começando a falar "Eu te amo" só quando estava brava, chateada com ele ou alguma coisa.

No meio da noite acordei com uma sede absurda. Olhei para o lado procurando o copo que sempre ficava ali, mas me lembrei que nessa noite eu havia me esquecido de pegar. Pensei em acordar o Edward, mas ele dormia tão profundamente que até perecia um anjo. Então, apesar de não poder, fui por conta própria.

A casa estava toda escura e só era iluminada pela luz da rua. Pensei em ligar alguma, mas desisti. Não queria acordar meu marido. A escada não estava muito iluminada, mas arrisquei.

Depois de descer 3 degraus de 15, dei um piso em falso e caí escada a baixo. Cheguei ao chão ainda consciente, mas estava estranho.

Tudo girava e pude sentir um liquido escorrendo da minha cabeça e no meio das minhas pernas, mas antes que eu pudesse prestar socorro a mim mesma ou gritar por ele tudo começou a ficar escuro, escuro, escuro até que escuro demais.