As Histórias De Thalia escrita por GiGihh


Capítulo 8
Me divirto com alguem como eu


Notas iniciais do capítulo

Muito romance!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/320849/chapter/8

THALIA



Como um menino conseguiu me deixar sem fala? Ele era muito lindo, loiro de olhos azuis. Suas roupas estavam encharcadas como as minhas, o que fazia com que eu me sentisse mais atraída.



Mas estou me precipitando... Onde eu parei? Ah, é. Que aniversário!

Quando me encostei àquela arvore pensei na minha família: uma mãe bêbada, um padrasto violento e um pai que aparentemente era um deus, por isso não podiam estar comigo! Que família a minha!

Mas pensar neles me causava dor. Não aguentei. Voltei a minha caminhada pela chuva. Eu estava andando sob a grama, em uma parte mais lamacenta quando escorreguei... Eu ia cair de costas, mas aquele menino me segurou faltando pouco para que meu corpo caísse na grama.

Ele me pegou de surpresa. Quando senti que alguém me segurava fiquei um pouco assustada, mas quando olhei em seus olhos... Era como se mais nada importasse. Perdi-me estudando os traços do seu rosto. Pude sentir que estávamos conectados e eu não queria quebrar essa conexão. E ele também não.

Não faço ideia do que deu em mim, mas passei o braço em volta do pescoço daquele menino e ele tomou-me em seus braços. Pelo o que eu via ele também estava surpreso com as próprias atitudes. Ele me levou até um canto mais afastado. Um lugar que pelo visto ninguém conhecia.

Ele me colocou no chão com cuidado. Eu não sabia se ele estava com medo de me machucar, se não queria me soltar ou os dois. Ele demorou em retirar as mãos da minha cintura e eu também demorei a retirar as minhas mãos do seu pescoço. Estávamos muito perto.

A chuva não parava.

Pude notar que aquele garoto estava em duvida sobre o que fazer, mas ele perguntou se eu estava bem. Eu assenti, quando uma brisa gelada me fez tremer. Eu não tinha ideia do por que, mas não havia percebido que estava com muito frio. Ele reparou e tirou sua jaqueta, colocando-a em mim. Aquilo só fez com que nos aproximássemos ainda mais.

–Obrigada- agradeci com um sorriso tímido no rosto. - qual o seu nome?

–Sou Luke. E você...

– Sou Thalia.

– Esta com fome?- ele me perguntou, agora um pouco mais relaxado, com um sorriso no rosto.

–Um pouco. – admiti. Eu não havia reparado, mas já era oito da noite e eu havia fugido por volta das três da tarde.

–Eu posso leva-la a uma lanchonete e depois te levo para casa. Onde você mora?- Pronto. Ele fez a pergunta que eu mais temia.

–Bom eu... Eu fugi de casa e não faço a menor ideia de onde estou. – De alguma forma eu sabia que podia confiar nele.

Para minha surpresa, ele sorriu.

– Sério? Você fugiu de casa?

– É.

–Nossa, eu também estou fugindo de casa!- ele exclamou.

Foi a minha vez de sorrir.

–Bem, eu vou leva-la até a lanchonete sobre a qual mencionei, porque você parece que vai desmaiar a qualquer segundo. – Quando ele terminou de falar não pude deixar de me sentir um pouco envergonhada. Desviei meus olhos dos seus e olhei para baixo.

Parecia que cada gesto meu era mais um motivo para ele continuar a sorrir. Ele estendeu a mão para eu segurar e disse:

– Se me permitir guia-la. – Voltei a encarar seus olhos gentis e não pude recusar o convite. Coloquei minha mão sobre a sua e um arrepio percorreu tanto o meu corpo quanto o dele.

– É claro que sim – nós dois sorrimos e de mãos dadas ele me conduziu até a lanchonete. Não era longe, mas também não era tão perto.

A chuva havia passado, mas nos dois continuávamos encharcados. Quando o dono da lanchonete nos viu, veio correndo em nossa direção nos oferecer toalhas. Nós as aceitamos enquanto ele nos conduziu a uma mesa vaga.

– Então o que os namoradinhos vão querer?- Ele perguntou. Nós não havíamos reparado que ainda estávamos de mãos dadas. Nós dois coramos de leve e soltamos nossas mãos, constrangidos.

Luke se recuperou mais rápido do choque e pediu dois lanches, mas eu reparei que ele não se deu o trabalho de corrigir o garçom.

Enquanto ele pedia os lanches eu tirei a jaqueta de couro e comecei a me secar. Não posso dizer que fiquei totalmente seca, mas havia conseguido retirar o possível dos meus cabelos e das minhas roupas.

Quando Luke voltou com os lanches eu estava sentada secando meu cabelo.

– Nossa você já esta praticamente seca. – coitadinho! Ele ainda estava encharcado. Levantei-me e fui até ele. Peguei a minha toalha e joguei sobre seus ombros. Ele ficou surpreso, mas seu sorriso continuou intacto.

Novamente estávamos muito próximos. E sentia sua respiração ficar ofegante, mas a minha não estava nem um pouco diferente. Automaticamente nossas mãos se encontraram e eu o sentia se aproximando ainda mais e eu não fazia nada para evitar.

Então como eu praticamente não tenho sorte, varias dracaenas (mulheres serpentes) quebraram as janelas e invadiram a lanchonete.

Luke e eu não nos separamos. Muito pelo contrario. Aproximamos-nos ainda mais na tentativa de nos proteger. Apenas deixamos de nos encarar; nossas mãos continuavam dadas. Dissemos ao mesmo tempo:

– Elas vieram atrás de mim! – nos encaramos de novo. E dessa vez estávamos espantados – De você?- Perguntamos novamente juntos e totalmente incrédulos.

Por instinto busquei o spray que meu pai me dera, e ao toca-lo ele se transformou em uma lança incrível.

Luke não estava desprevenido: ele estava armado com uma espada de bronze.

Encaramos-nos primeiramente incrédulos para logo em seguida sorrirmos. Separamos-nos e atacamos aquelas coisas horríveis. Todos que estavam no bar fugiram assustados.

O que posso dizer sobre a luta? Foi incrível!

Eu transformei em pó cinco de uma vez só com um simples raio. Aquilo foi incrível, mas não percebi que uma delas estava armada com flechas e as lançava na minha direção. Meu bracelete por si só transformou-se em um escudo. Quando elas olharam para o meu escudo muitas se assustaram e fugiram correndo.

Só então reparei que Luke estava lutando em um combate corpo á corpo com três de uma só vez. Ele estava ganhando, e quando derrubou a ultima dracaena, percebeu tarde de mais que outra estava com uma faca apontada para o seu pescoço.



LUKE





Aquela garota só conseguia me impressionar!



Mas estou dizendo o óbvio.

Quando aquela cobra desgraçada ia desferir o golpe fatal em mim, sua expressão mudou para surpresa.

Ela caiu e se desintegrou... Só então pude ver o que realmente havia acontecido.

Thalia havia dado um choque naquela cobra apenas com os dedos!

Ela sorriu para mim e eu não pude deixar de sorrir também. Ela se aproximou de mim e me examinou com atenção antes de perguntar:

– Você esta bem?- Pude reparar que seus lindos olhos expressavam preocupação.

Acariciei seu rosto e ela fechou os olhos ao meu toque para logo em seguida abri-los suavemente.

–Estou ótimo. E você?- foi a minha vez de ficar preocupado. Ela reparou e sorriu.

– Estou inteira.

– Vamos. Aqui já não é mais seguro para nós dois. – eu disse e ela apenas assentiu.

Peguei sua mão com delicadeza e nós dois corremos para a rua e não pudemos evitar umas risadinhas(se esta achando que esquecemos os lanches esta muito enganado !).


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

por favor comentem!