As Histórias De Thalia escrita por GiGihh


Capítulo 58
Ninguem brinca com meninas malvadas


Notas iniciais do capítulo

Sim, podem brigar comigo a vontade: reconheço que demorei e muito.
EU ODEIO ANO NOVO! minha familia é enorme e se reune só pra dar problemas: as crianças pequenas acabaram no hospital por causa de mordida de cachorro e pneumonia, os mais velhos a pressão cai e eles desmaiam e até meu irmão inventou de ficar com febre!
Foi um feriado bem agitado e quase não deu pra mim escrever.
Bom, espero que gostem, tentei fazer o melhor possivel com esses acontecimentos e espero que não tenha ficado ruim:



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THALIA

Deviam ter parecido horas em que aquela dor me asfixiava, mas não passou de poucos minutos. Me recompus e limpei aquela lágrima traiçoeira, não me lembro de ter permitido esse sinal de fraqueza... Voltei quase correndo para o quarto; estava cansada de tudo e queria dormir. Dormir e não sonhar com nada. Assim que abri a porta encontrei uma Pâmela incrédula, uma Annabeth em estado de choque e uma Celine chorona.

–O que foi que... – a pergunta morreu quando olhei o estado do quarto. Todas as nossas coisas espalhadas pelos lados, algumas roupas rasgadas, pulseiras de náilon estilhaçadas, miçangas pelo chão, esmaltes quebrados e as cores colorindo as camas. – Eu vou matar aquela vadia!

–Lia, você não sabe se foi a Nayla! – Celine guinchou.

–Quem mais seria? – Pâmela disse grossa a Celine. – Aquela vadia chamou as cachorrinhas que ela chama de amigas e destruíram o quarto!

Achei um pequeno anel que não era de nenhuma de nós e reconheci como sendo daquela praga. Como eu iria me vingar dela? Tantas possibilidades, mas o que doeria o suficiente... Eu já tinha a resposta, mas eu teria coragem de fazer tal coisa?

A porta foi aberta e uma figura estonteante entrou naquela favela. O vestido justo marcava bem suas curvas, os cabelos loiros caiam em lindas ondas pelo seu ombro, os olhos de um tom perfeito de violeta e os lábios vermelhos. O cheiro de perfume Frances a denunciou.

–Ai deuses, precisam mesmo da minha ajuda. – Afrodite disse examinando o quarto. – Meninas, ainda não está tão tarde, vamos comprar algumas roupas novas?

–Quem é você? – Pâmela perguntou quase grossa; ela ainda estava com raiva por terem estragado seus coturnos.

–Ah, desculpem minha falta de educação. – ela sorriu e pareceu que o quarto se iluminou; Celine e Pam prenderam a respiração – Sou Afrodite, meia irmã da Thalia.

–E nós podemos sair agora? – Celine sempre tão medrosa...

–Mas é claro que sim. – Dite olhou para Annabeth e sorriu – Vamos Annie. Vou te dar o banho de loja que sua mãe não deu.

–Afrodite!

–Ora, vamos Thalia! Vamos logo! – Afrodite tinha um grande poder de persuasão. Não duvido de quase nada nesse mundo, mas Afrodite teria aparecido somente por sapatos?

–Vamos às compras. – disse sem emoção e a deusa deu pulinhos bem infantis. Ela agarrou o pulso de Annabeth e o meu para depois nos puxar pelos corredores e escadas da escola. Do lado de fora, um carro branco esperava por nós. Dite dirigia por ruas escuras e por ruas clareadas por postes de luz e semáforos. A deusa parou em frente a uma loja de aspecto chique e todas desceram. O silencio ainda permanecia forte quando entramos na loja.

–Você não vai comprar um guarda roupa todo pra cada uma de nós, vai? – Celine indagou quebrando o silencio pesado.

–Talvez não de tempo hoje – Dite (nossa! Desde quando eu tenho essa intimidade?) respondeu fazendo biquinho – Mas vamos comprar algumas roupas novas para vocês.

Os últimos minutos foram preenchidos por cabides com diversas roupas, atendentes falando o que “combinava” ou não; como os conselhos eram falsos e péssimos, Afrodite tomava as rédeas e ditava o que podíamos ou não pegar. Vimos alguns sapatos (sim, eu consegui meus tênis, coturnos e um par de chinelos) e uma ou duas bijuterias. No fim saímos da loja com “poucas” sacolas (poucas na visão da deusa), mas eram mesmo poucas roupas, aquilo não daria para substituir o guarda roupa que perdemos, só dava para segurar a barra por um ou dois dias.

–Alguém vai querer um sorvete? – acho que ninguém consegue dizer não a um deus, principalmente para essa. Afrodite se enturmou fácil com as meninas e, durante o caminho, Pam, Celine e a deusa conversavam sobre as diversas cores de esmalte. Não prestei atenção, coloquei a cabeça para fora da janela e fiquei sentindo aquele vento em meu rosto. É possível se esquecer de como é o mundo por alguns segundos? Foi o que pareceu me acontecer. – Thalia? – a voz melodiosa tirou o meu momento maravilhoso do ar.

–Que foi? – perguntei olhando-a de lado.

–Vai querer de que sabor? – suas palavras pareciam não corresponder com o que ela realmente queria dizer.

–Sei lá; qualquer um que não seja morango. – não dei importância a isso. De longe vi Afrodite ser paquerada pelo atendente bonitinho.

[...]

–Vocês sabem que horas são? – a voz esganiçada da diretora soou no instante em que passamos pelo portão; nem tentei disfarçar meu suspiro irritado. Não era a primeira vez que eu levava um advertência dessa daí.

–Culpa minha. – a deusa saiu das sombras e entrou no foco da diretora. – Faz muito tempo que não vejo minha irmã e vim visitá-la e tomei a liberdade de levar as meninas para tomar um sorvete.

A mulher não soube como reagir e eu não a culpo. Não é qualquer um que consegue pensar de forma coerente perto dela.

–Ah, vão para seus quartos, meninas. – comecei a dar meus passos para entrar naquele prédio, mas...

–Poderia me dar cinco minutos com minha irmãzinha? – O que Afrodite quer? Olhei para a deusa confusa.

–Claro. – andei em direção a mulher esbelta de 20 e poucos anos e deixei as outras para trás.

–O que foi? – fui direta.

–Minha querida, eu achei incrível essa sua vingança com a tal Nayla.

–Como? – eu não ouvi isso...

–São duas crianças muito mimadas e isso seria uma boa lição para os dois. – ela disse de forma “séria”.

–Mas eu conseguiria fazer uma coisa assim com ela? – fiquei pensando na dor de ver Luke e no ódio que fiquei da Zoë por me mostrar aquilo. A deusa me olhou como se soubesse no que eu pensava.

–Ainda não é hora de eu lhe contar certas coisas, mas, sim, você pode fazer isso com os dois mortais. Será uma boa lição e uma distração para você... Ah, e nossa família tem muitos “amigos”. – ela piscou e saiu rebolando pelo portão. Mas o que foi aquilo?

Quando cheguei ao quarto, tudo estava em seu lugar: roupas impecáveis, jóias intactas, vidros cheios de esmaltes. Celine e Pam, mais uma vez, estavam em choque, Annabeth esboçava um sorriso.

–Mas... Como? – foi então que entendi.

–Nossa família tem muitos “amigos”. –repeti as palavras da deusa enquanto pegava meu pijama de algodão.

[...]

A semana se passou como um borrão de letras flutuantes durantes as provas, mas acho que consegui notas razoáveis. Nayla tentava entender como ainda tínhamos nossas roupas em perfeito estado; forcei as meninas a ignorarem fazer qualquer coisa contra a patricinha e contei meu plano apoiado por Afrodite.

–O que você vai fazer? – Pam perguntou animada.

–Vou tirar dela o que ela mais gosta. – disse soando incrivelmente maldosa. Contei a elas o triste “acidente” no corredor quando tentava sair da escola e ir para a chuva.

–Você esta me dizendo que...

–Você vai tirar o Lion dela? – Pam estava com os olhos arregalados.

–Os dois precisam de uma lição. Nayla vai aprender a não mexer mais com a gente e o Lion vai aprender que não pode ter tudo o que quer.

–Mas você não vai ficar com ele? – Celine vive confusa – É isso o que ele quer.

–Vou ficar por ele durante pouco tempo e vou deixá-lo na frente de todo mundo. Ele vai ser só mais um rejeitado.

–Você é um gênio! – até Annie concordou.

–Ah, e vocês vão ficar com os amigos do Lion. Os mesmo meninos que as vadias seguidoras dela gostam. Nem tentem dizer não.

Naquele quarto as meninas estavam analisando os vestidos, combinando acessórios e procurando por esmaltes. Todas já tínhamos tomado nossos banhos; apenas de roupão, nós quatro arrumávamos cabelos, maquiagem e as unhas. Afrodite tinha deixado separado um vestido para cada uma de nós e eu não posso dizer que o meu era feio. O vestido tinha a saia mais rodadinha na cor champanhe, mas, das alças até a cintura, era envolto em uma renda preta delicada com lindos desenhos abstratos.

O dia em que iríamos ao teatro chegou e a escola estava um caos: mesmo trancadas no quarto, não só era possível como insuportável, ouvir as vozes e gritos histéricos das meninas por vestidos e afins. Gente, pra que tudo isso? Eu nem queria ir... Mas era ai que “começava” a vingança. Lion estava com Nayla há bastante tempo e sabia muitos podres; nada melhor do que fazer o coitado contar todos os segredos.

Passava apenas uma base sobre as unhas enquanto ouvíamos ao fundo alguma musica do Nirvana. As meninas estavam realmente animadas com a idéia de irem a algum lugar chique. Celine e Pâmela estavam nesse momento usando o babyliss nos meus cabelos e nos de Annabeth; de acordo com elas, nós duas tínhamos que cuidar mais daqueles cachos. As meninas se vestiram e já estavam descendo...

–Lia? – Annie olhou para mim; ainda estava apenas com o roupão e elas estavam deslumbrantes naqueles vestidos.

–Eu já vou. – ele esboçou um sorriso e saiu do quarto. Levantei da cama onde estava sentada e caminhei até ficar de frente com meu reflexo no espelho. Os cachos das pontas dos cabelos castanhos estavam mais “vivos”, a sombra bem esfumaçada preta dava o mistério que eu tanto amava, os lábios com um gloss clarinho e olhos azuis elétricos desanimados. Uma estranha conhecida. Deixei que o roupão escorregasse pelo meu corpo até o chão e vesti o vestido que se moldou perfeitamente em meu corpo. Ele não era curto demais nem longo demais, também não tinha um decote absurdo ou era grudado a minha pele. Afrodite acertou na escolha.

Estava me sentindo tão vazia... Pessoas normais preenchem seus vazios com sonhos. Mas qual era o meu? O que eu queria? Me vingar de uma menina fútil e um pivete atirado? Não, não era isso o que eu queria. Uma família? Eu já tinha uma! Annie, Percy, Clarisse, Travis, Connor e até Quíron eram minha família. Pam e Celine também... Não, não era uma família. Eu não queria nada alem de me fundir ao ar e desaparecer no mundo, só deixar de existir.

Calcei as sandálias de salto e prendi duas mechas de cabelo. Joguei os cachos sobre meus ombros e dei uma ultima olhada para o reflexo. A estranha conhecida tinha a cabeça levemente inclinada para o lado e um olhar, que apenas eu entendia, como tristonho. Fechei meus olhos por alguns segundos e voltei a abri-los: no reflexo ainda estava eu, mas, ao lado, um rapaz loiro sorria para mim, um sorriso tristonho como quem entende minha dor. Olhei para o meu lado, mas não havia nada... Voltei os olhos para o espelho, mas não havia nada alem de uma Thalia confusa.

Sai do quarto quase como se fosse uma necessidade. Pelo som, havia muita gente no hall de entrada e os meninos já tinham chegado. Andei lentamente pelo ultimo corredor que me separava deles e desci as escadas. Senti olhares se acumularem em mim, mas não olhei para ninguém. Andei até minha amigas e apenas fiquei quieta observando os vestidos das outras meninas. Todos justos e com decotes absurdos... Nem a diretora escapava! Senti o olhar do meu Best sobre mim e logo atrás dele estava Lion; aqueles olhos verdes encaravam com desejo e admiração... Mas não a namorada; ele mantinha os olhos em mim.

Ótimo... Mas não sei se eu consigo fazer isso com ele.

[...]

As luzes do teatro se apagaram e, em cinco minutos, as luzes do palco se acenderam. Eu não tenho paciência para ver e nem descrever aquele ballet para vocês. Sem ser notada por professores e alunos eu saí daquele lugar e caminhei até a saída. Eu realmente não conhecia aquela parte da cidade, mas caminhar me faria bem.

Parei em frente a uma vitrine qualquer, observando uma jaqueta de couro. Meu reflexo estava ali também ao lado do reflexo de um garoto loiro. Virei assustada e encontrei o garoto que eu queria e não queria perto de mim. Ele segurava meu pulso com força.

–Saiu com muita pressa do teatro. – Lion tinha os olhos verdes brilhando.

–Não pensei que fosse me ver. – eu quase sussurrei. – Me solta, Lion.

–Acho que não.

–Eu não quero nada com você. Você esta com a Nayla ainda... – olhei para baixo desviando seus olhos dos meus.

–Terminei com ela a uma semana. – seu tom foi mesquinho, mas ele respirou fundo e disse com outro tom de voz – Você mexeu comigo, Thalia. Sei que começamos mal, mas... Me da outra chance?

Ele mentia bem, mas eu também estava mentindo. Tive a sensação de ser observada a distancia, mas ignorei isso; eu andava muito paranóica ultimamente.

–Posso. – ele exibiu seus dentes brancos em um sorriso bonitinho e deu um passo para frente. Sua mão buscou bela minha e ele entrelaçou nossos dedos. – Me conta mais sobre como a Nayla é.

–Claro, princesa...

[...]

–Sua vadia! – Nayla gritava assim que os meninos foram embora e a diretora saiu da sala. – Pensa que eu não sei o que você esta fazendo? Você não pode tirá-lo de mim!

Eu segurei o riso... E a raiva de mim mesma.

–Até onde ele me disse, vocês terminaram semana passada quando ele me viu. – o rosto dela estava vermelho e os olhos dela brilhavam – Pelo o que eu vejo, você é chata e dispensável. – dei um passo para frente - Aceite isso: ele não te quer.

O detalhe interessante era que minhas amigas também brigavam com as seguidoras de Nayla. O inferno começaria cedo amanhã. Fomos para nosso quarto e nos livramos das roupas chiques. Todas de pijamas de algodão foram se jogando nas camas.

–Lia, aonde você foi? Você sumiu e não tinha passado nem cinco minutos de show – Annabeth falou olhando para mim.

–Odeio lugares fechados e aquela dança/peça tava dando muito sono.

–E alguém te seguiu? – Celine arrastou a voz prolongando cada palavra e nós rimos.

–A gente só andou por ai.

–Como assim andaram por ai? – Ai curiosidade é o que não falta na Pam.

–Ele pegou minha mão e nós fomos andando...

–ANDARAM DE MÃOS DADAS? – o berro de Celine e Annabeth (sim pessoas, a loira também tem seu lado maluco) teria acordado a escola inteira, mas eu só ri.

– Foi. – disse enquanto prendia meu cabelo longo em um rabo baixo e frouxo. – Vamos dormir? Amanhã vai ser um dia bem cansativo.

–Vai mesmo. – Pam fechou os olhos como quem imagina o inferno.

–Aquela tal de Natalia só faltou cravar as unhas no meu ombro... – Annie disse recordando da sua quase briga.

[...]

Por algum milagre, sabe Zeus qual, eu acordei mais cedo. Tipo, as meninas ainda dormiam, mas eu já estava consciente? Sentei na cama e senti algo me incomodar: eu não sentia mais os fios longos do meu cabelo nas costas. Acendi a luz e levantei de um pulo, correndo até o espelho.

–Qual é? – Pâmela resmungou ainda dormindo.

–Tá muito cedo ainda! – Celine resmungou.

–Deixa a gente dormir! – Annabeth abriu os olhos procurando a causa da minha insônia. – AI MEUS DEUSES! – Pâmela e Celine levantaram de um pulo olhando meu cabelo ainda preso. Os fios estavam mais curtos e as pontas detonadas por alguma tesoura cega. Qualquer menina normal teria soltado um berro, mas eu reprimia essa frescura também, mesmo estando em inicio de desespero.

–O que aconteceu com o seu cabelo? – Pam tentou soar calma, mas não conseguiu.

–Não foi você que fez isso, né?

–Celine eu posso até ser louca, mas não sou retardada! – disse soltando os fios e pensando no que eu faria. – Annie, me passa a tesoura.

–Mas o que... – ele já tinha me passado o objeto. Fui pegando mexa por mexa e ia dando um corte aos fios. No fim, tinha pequenos pedaços de cabelo pelo chão, mas meu cabelo já estava consertado. Sério, nós tínhamos que mudar essa fechadura ou uma de nós vai acordar careca ou em chamas.

–Nossa! – Celine suspirou – Ficou lindo, Lia.

Os fios estavam na altura do meu ombro, nem curtos, nem longos, mas ficaram legais. Sabe aquele corte em degrade? Os fios mais curtos na frente e mais longos atrás? Ficou assim e eu realmente gostei. Eu tinha perdido meus lindos cachos, mas agora eu tinha um ar mais maduro e sexy até.

–Pam, me empresta aquelas suas tintas coloridas? – ela abriu um largo sorriso e foi buscar sua caixa cheia de tintas coloridas para cabelo. Já mudei o corte, nada me impede de fazer mexas temporárias.

Teríamos voltado para nossos maravilhosos edredons, mas o despertador tocou. Nós bufamos e fomos nos arrumar. Vesti a saia azul e a blusa social, calcei meus tênis de couro preto (daqueles femininos) e, como estava esfriando, vesti ainda minha linda e inseparável jaqueta de couro!

Saímos com estilo e pude ver muitas meninas babando no meu novo corte. Passamos por Nayla no corredor que levava ao refeitório. Como a flor de pessoa que eu sou, mandei um beijinho pelo ar para ela. Vi a garota se contorcer de raiva enquanto via o sucesso do meu cabelo... Ela que me aguardasse.

[...]

A noite estava mais fria do que esperávamos. Nós quatro, já de pijamas, andávamos pelos corredores dos dormitórios. Como filhos de Atena enxergam melhor no escuro (alo! A mãe deles é representada como uma coruja), Annie nos guiou até o quarto onde as vadias dormiam.

Destranquei a porta, mas não abri.

–Me passa o fósforo. – pedi para uma delas.

–Thalia, isso...

–É só uma bombinha fedida. Eu não vou explodir ela e as amigas... Ainda. – olhei para trás e vi apenas a sombra das meninas. – Me passa o fósforo. – voltei a pedir.

–Devíamos contar para alguém. – eu sentia a ruiva tremer ao meu lado. – A diretora pode cuidar disso...

–Qual é a diversão nisso? – retruquei. – Gente, elas precisam entender que não podem invadir o nosso quarto e aprender que o esconderijo delas não é mais seguro. – o silencio voltou a se fazer presente. –Me passem o fósforo! – sabe-se lá qual delas entregou a caixinha de fósforo; acendi a bombinha e abri a porta: o quarto cor de rosa me dava náuseas, mas era isso o que elas iriam sentir em poucos segundos. Joguei a bomba dentro do quarto e fechei a porta.

–Vamos sair daqui! – Annie pediu e elas foram se afastando, antes de ir com elas, deixei um pequeno recadinho colado na porta e sai correndo. Paramos em um corredor longe do quarto delas, mas conseguimos ouvir as tosses e gritinhos expressando nojo... E um grito de ódio.

“A próxima bombinha não será fedida, então pense duas vezes antes de invadir nosso quarto de novo; Bjss”

Eu prendi o riso enquanto voltávamos para o nosso quarto. Finalmente uma noite tranquila.


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Notas finais do capítulo

Momento PLL aí no final, mas com um desfecho diferente rsrsrsrsrs.
Boa noticia para as fãs de Luke: ele vai "aparecer" para a Thalia... Podem me dar a opnião de vocês sobre esse como =))))
Me desculpam o atraso? Juro que não foi intencional...
Bom, Bjss