111 escrita por Just be Happy


Capítulo 8
Capítulo 8 - Reencontros.


Notas iniciais do capítulo

Capítulo não está betado, estou sem beta. Desculpe a demora.



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                    Capítulo 8 - Reencontros 

- Olá. - me virei e apertei sua mão. Meu corpo se arrepiou.

 - Me desculpe a brincadeira, mas eu tenho certeza que foi a senhorita que eu vi hoje mais cedo no café, não esqueceria alguém assim. - ele piscou.

O que? Ele piscou? Larga de ver coisas onde não tem Bella! Ele piscou? 

 - Acho que te vi também, e se não me engano… te devo um café. - olhei para Anthony que já havia adormecido novamente.

 - Não esqueci, pode ter certeza que eu irei cobrar. Mas, em que posso te ajudar. - ele ajeitou o óculos que estava no meio do seu nariz.

 - Bem, não sei por onde começar, vamos lá… Há mais ou menos vinte dias eu o conheci, fui em uma festa no orfanato onde ele mora, ficamos amigos, ele estava triste. - engoli seco. - Seu melhor amigo havia sido adotado e ele iria ficar sozinho, então resolvi convidá-lo para passar o dia na minha casa. Deu certo, ele pareceu esquecer um pouco sobre Sebastian, seu amigo. Meu Deus… - passei a mão livre na minha franja. - Eu não sei fazer isso, nunca consultei uma criança na vida. - me desculpei. 

  - Calma. - ele tentou me confortar. - Vou te ajudar. Vou te fazer algumas perguntas básicas, respire você está nervosa. - ele sorriu. 

  Que sorriso meu Deus.

 - Hoje mais cedo, você saiu correndo porque te ligaram do orfanato? - ele questionou.

 - Sim, já tinha duas semanas que eu não o via. A diretora do orfanato proibiu minha visita. Então, senhorita Ann, que cuida do quarto de Anthony me ligou quando Senhora McQueen, a diretora saiu para pagar umas contas. Eu entrei em desespero e sai sem pagar a conta.

 - Certo. - ele fez algumas anotações no seu macbook. - Você sabe quantos anos ele tem? 

  - Não, creio que de cinco a sete.

  - Sabe dos sintomas que ele tem tendo? - ele se levantou, ajeitando o jaleco pegou um termômetro na bancada a direita e colocou na boca de Anthony. 

 - Senhorita Ann disse que febre alta, em torno de 41 graus. Acho que ele não vem comendo, emagreceu uns quatro quilos desde a ultima vez que eu o vi. - seus olhos verdes tão familiares estavam prestando atenção em mim.

 - Certo. Senhorita Van der Woodsen, vou pedir alguns exames. Todos necessários nesse momento. A criança está pálida, um pouco febril no momento. Vou receitar um Tylenol de imediato. July minha enfermeira o medicará logo após os exames. Vou pedir tudo com urgência.

 - Ok, ele ficará bom logo? - beijei a testa de Anthony.

 - Claro, até que July não chegue, me conte mais sobre a história de vocês. - ele se ajeitou na cadeira e me olhou com um sorriso carinhoso.

 Contei exatamente toda a história ao doutor Cullen. Alguns minutos depois, uma enfermeira, acho que July entrou e recolheu um pouco de sangue do meu Pequeno Príncipe que nem se quer mexeu. July saiu me deixando sozinha com o Cullen. Ele me fez mais algumas perguntas e mantemos uma conversa agradável até a chegada dos resultados dos exames.

 Doutor Cullen examinava o papel com os resultados em suas mãos, uma pequena ruga se instalou entre suas sobrancelhas o deixando ainda mais sexy. Meus olhos percorreram suas mãos tentando achar algo que o marcasse como casado, mas nada. Em sua mesa não tinha nenhum porta retrato com foto de família ou de amigos. 

 - Bom… - ele pigarreou chamando minha atenção. - Todos os exames estão normal como eu suspeitava. O que Anthony tem se chama saudade. Pelo que você me contou, vocês ficaram muito próximo nesses últimos dias, ele viu em você, digamos que uma salvação, ele viu em você amor e carinho que nunca teve. Ficar longe de você durante esse período o afetou psicologicamente. Vou receitar Tylenol caso a febre volte. Vai leva-lo de volta para o orfanato?

 - Não! - segurei Anthony mais apertado em meus braços. - Ele vai pra minha casa comigo. - falei decidida.

 - Vai ser melhor para ele. Bem, vou te dar um cartão com o número e o endereço do meu consultório, quero vê-lo novamente em quatro dias. Pelo que posso ver, ele está abaixo do peso. Isso pode gerar anemia e desencadear outros problemas. Quero que durante esses dias, você o alimente com bastante frutas e legumes. Evite alimentou gordurosos. Caso ele esteja realmente sem comer quase nada durante vinte dias ele irá passar mal se exagerar na comida.

  - Entendi. Marcar consulta daqui quatro dias, alimentação baseada em frutas e legumes. Certo?  - sorri.

  - Perfeito. - ele foi até minha cadeira e me ajudou a levantar. Apertei sua mão em agradecimento e sai da sala com uma sensação de paz, fogo e sem um elefante nas costas.

  Meu menino ainda dormia, o cobri com uma manta azul e me sentei novamente na sala de espera. Guardei o cartão do Doutor Cullen na bolsa e liguei na minha casa para contar que estava levando Anthony comigo. Eles ficaram preocupadas quando souberam que eu estava voltando do hospital com o Pequeno Príncipe doente. Mamãe disse que ela mesma iria preparar o quarto de Anthony e um belo café da tarde. Gargalhei internamente com a sua empolgação.

 - Bella? - Anthony se mexeu ne meu colo.

 - Oi meu amor? Dormiu bem? - beijei sua testa.

 - Dormi, senhorita Ann dormia comigo todas as noites desde que você se foi, mas eu tinha pesadelo sempre, não adiantava. - ele começou a chorar.

 - Não chore meu Pequeno Príncipe, agora eu estou com você e nada nem ninguém vai separar nos dois. - o abracei forte e cheirei seus cabelos.

 - E a Senhora McQueen? 

 - Muito menos a senhora McQueen. - sorri.

  O trânsito estava a favor apesar da pequena chuva que caia do lado de fora. O dia estava ótimo para passar o dia inteiro na cama vendo filme e comendo besteira. Fazia tanto tempo que eu não passava um dia assim. Chocolates, balas, biscoitos, brigadeiro, ahh…

  Senti um nó na garganta e abracei Anthony ainda mais forte. Ele não se incomodou, seus dedinhos foram para o meu cabelo puxando uma mecha que ele foi enrolando no dedinho. Tão carinhoso meu Pequeno Príncipe.

Ah Pequeno Príncipe, o que você está fazendo com o meu coração?

  - Graças a Deus Bella. - mamãe pulou do sofá e veio correndo arrancando Anthony de meus braços. 

 - Calma mamãe, já chegamos e está tudo bem. - me sentei no sofá e observei a cena na minha frente. Anthony estava abraçado com a minha mãe e meu pai estava apertando a bochechinha do coitadinho. Uma bolha impenetrável que só cabiam os três. Os deixei na sala e fui para o escritório. Não podia esperar mais, peguei o telefone e disquei o número que eu tanto havia discado nesses últimos dias. Jenks.

 O telefone chamou até cair na caixa postal, tentei novamente e novamente, mas nada. Roí a unha do dedão, abri a cortina do escritório e fiquei observando a chuva lá fora, rezando para que tudo se resolvesse logo, que Deus me enviasse um sinal que me guiasse ao caminho certo.

  - Bella querida? - Dorota me cutucou. - Tem um senhor querendo falar com você, quer que eu diga que você não está? Ele disse que é urgente. 

 - Dorota, pega o telefone e diga que eu não posso atende-lo agora. Cade Anthony? - fechei a cortina e me sentei no sofá.

 - Anthony está na cozinha comendo com seus pais. - ela sorriu. - Mas o senhor disse que era realmente sério. Ele disse para falar que se chama Jenks. - ela arrumou seu uniforme impecavelmente passado.

 - Jenks? - pulei do sofá. - Mande-o entrar imediatamente, não quero que meus pais fiquem sabendo que ele está aqui. 

 - Certo, um momento. - ela saiu do escritório e alguns minutos depois. Um velho simpático que eu nunca havia visto pessoalmente apareceu. Seu cabelo grisalho estava penteado para trás. Seu terno alinhado. Muito apresentável.

 - Boa Tarde senhorita Isabella - ele estendeu a mão.

 - Bella, por favor. - apontei para a cadeira a minha frente - Estava tentando te ligar Jenks. - resmunguei.

 - Meu celular acabou a bateria, me desculpe. - ele arrumou a gravata. - Bom Bella, como você sabe eu sou advogado da sua família já tem algum tempo eu e meu irmão, seu pai conversou com meu irmão sobre o garoto, vocês queriam o direito de visitá-lo duas vezes por semana. Mas pelo visto você mudou de ideia. Pela nossa última conversa, creio que tomou uma decisão importante que envolve muita responsabilidade. Você é muito nova e isso dificulta as coisas para o seu lado, já que não tem um emprego fixo. Mas, sua herança te dá vários pontos a favor. Vou dar entrada com os pedidos hoje, você tem certeza que realmente que isso?

 - Tenho toda a certeza. Meus pais estão presentes na minha vida e sei que posso contar com a ajuda deles a qualquer momento. Como você andou pesquisando, tenho um bom dinheiro na minha conta bancária, meu avô deixou toda sua fortuna para mim. Então, tenho um futuro garantido para mim e para meus filhos, netos, bisnetos a diante.

 - Eu sei e isso ajuda muito, mas não é só isso que conta. - ele abriu uma pasta e tirou um papel o estendendo pra mim. - Aqui, gostaria que você lesse com bastante atenção. Esse é o nosso pedido, você tem mais alguma coisa a acrescentar que seja a nosso favor?

 - Tenho, Anthony tem sofrido maus trato, emagreceu cerca de cinco quilos em vinte dias, seguidos por febre alta e nenhuma atitude foi tomada em relação a isso, nenhuma providencia. Quero entrar com um processo contra Senhora McQueen, se ela não fez nada diante da situação de Anthony, tenho certeza que não faria em relação a nenhuma outra criança. - prendi meu cabelo em um coque.

 - Bella, isso é uma informação grave, você tem certeza disso? Você pode precisar de provas e…

 - Eu tenho provas, pode conversar com Anthony, senhorita Ann ou até com as crianças e funcionários que trabalham no orfanato.

 - Certo, se é assim que você quer, podemos tentar. - ele se ajeitou na cadeira. 

 - Jenks, eu estou te pagando uma boa quantia para acertar não para tentar.

 - Eu sei, não vou te decepcionar senhorita. - ele se desculpou.

 - Vou te pedir um tempo para ler os papeis, será que você pode me dar três horas? Depois peço para meu motorista levar os papeis até seu escritório.

 - Claro, qualquer dúvida me ligue, colocarei o celular para carregar. - ele se levantou e estendeu a mão.

 - Tudo bem. - apertei sua mão e o levei até saída.

   Fui até o quarto de Anthony e arrumei uma roupa quente e seus objetos de higiene pessoal. Quando entrei no meu quarto com suas coisinhas separadas me deparei com minha mãe e Dorota tentando acalmar Anthony, ele estava chorando de soluçar.

  - Pronto anjinho, te falei que ela já estava voltando. - minha mãe limpou as lágrimas do rostinho dele.

 - Hey amigo. - corri até seu lado e o aconcheguei em meus braços. - O que está acontecendo aqui? - beijei seus cabelos.

 - Ele veio te procurar e quando chegou aqui não te achou, ele desesperou, mas dissemos que você já tava voltando. - minha mãe explicou.

 - Já estou aqui meu amor, eu estava no escritório resolvendo uns probleminhas. - minha mãe me olhou desconfiada.

 - Eu pensei que você tinha me deixado. - ele sussurou.

 - Eu não vou te deixar, eu prometi. - segurei seu rostinho. - Olha pra mim. - seus olhos se prenderam nos meus. - Eu prometo. - ele me abraçou. 

 - Querida? - minha mãe me chamou

 - Sim?

 - Ele está febril, faz quanto tempo que ele tomou remédio? - ela colocou a mão na testa de Anthony verificando a temperatura.

 - Cinco horas. - olhei no relógio confirmando. - Temos tylenol em casa?

 - Vou providenciar. - ela saiu do quarto com Dorota logo atrás.

   Anthony pulou do meu colo e ficou de frente pra mim com a mão na cintura. Segurei meu sorriso.

 -  Onde você foi? E porque você não tomou café comigo? - ele fez uma cara séria. - Vou te deixar de castigo agora. - ele colocou a mão na cabeça e fez uma carinha de dor.

 - Eu de castigo? Eu nunca fiquei de castigo. - fiz um biquinho - Querido Pequeno Príncipe, encontre um lugar no seu coração para perdoar essa linda dama. -sorri. - Eu só estava resolvendo um probleminha.

 O segurei pelos bracinhos e o joguei na cama, fazendo cosquinhas logo depois.

 - Eu te perdoo. - ele beijou minha bochecha. - Minha cabeça tá doendo.

 - Tá? Vou te dar banho e depois você vai tomar um remédio e ficar deitadinho. Eu preciso resolver algumas coisas, você se importa de ficar aqui no quarto com a Dorota?

 - Não, mas posso ficar na sala da frente? O sofá é tão confortável. - ele sorriu.

 - Pode, mas leva um cobertor com você, tá?

 - Simsim. - ele começou a quicar na cama.

 -*-*-*-*-*-*-*-*-*-

  

Querido Diário,

estou sentada no escritório depois de uma longa conversa com meus pais. Anthony está dormindo no sofá da sala depois de jogar várias partidas de dama com Dorota. Hoje mais cedo, Jenks veio me visitar, você deve estar perguntando quem é Jenks, mas calma eu vou explicar, assim como vou explicar sobre minha conversa com meus pais.

 Bem tudo começou quando eu tive a ideia, melhor dizendo a vontade de adotar Anthony. Essa era a minha decisão, me desculpe se não te contei antes, minha intenção era que você fosse o primeiro a saber. Mas as coisas andaram tão rápido. Eu estava tão confusa, não sabia se essa era a decisão certa a tomar. Deus, eu sou tão nova, não tenho um futuro, não sei o que eu quero, se vou ficar em Nova Iorque, ou se vou pra Londres. Uma coisa eu tenho certeza, arrumarei um emprego assim que as coisas aliviarem. Você deve estar rindo agora né? Sempre rindo dos meus comentários, das minhas decisões. Não adianta, está decidido.

 Fiquei com tanto medo de contar para meus pais minha decisão. Eles poderiam me chamar de louca, irresponsável, imatura ou outras coisas que eu prefiro não pensar. Mas não, eles apenas sorriram e me apoiaram. Meu pai como sempre ligou para um de seus amigos e mexeu os pauzinhos que faltavam. Félix. Félix é o juiz de Nova Iorque, um grande amigo da família, que me deu uma guarda provisória de Anthony. Jenks teve metade do seu trabalho poupado. Não quero a guarda provisória, quero que Anthony carregue meu nome, o nome da minha família. Quero dar uma vida diferente a ele, quero mimá-lo, dar educação, carinho, amor, uma escola decente, roupas quentes e confortáveis.

 Enfim não vejo a hora de te-lo comigo todas as noites.

 Ah, não sei se cheguei a te contar sobre um gatinho que eu encontrei no café aquele dia em que fui ao encontro de Esme e Pepa no café, se já te contei… escuta de novo e reforça o meu pensamento. Como ele é gato, como ele é gato. E tem mais, é médico. Médico que atendeu Anthony quando eu o levei ao hospital. Minha calsinha pinga quando falo dele. Não arregale os olhos, estou mudada. E pra piorar meu estado ou melhorar, não sei, daqui a praticamente dois dias tenho que levar Anthony para uma consulta. O que fazer? Eu até sei o que você diria. "Segura na mão de Deus e vai."

 É único jeito. 

 Ahhhhhhh, me desculpa eu já ia esquecendo de comentar um pouco sobre Esme e Pepa, Esme me ligou um pouco mais cedo e me chamou  pra tomar um café amanhã, mas eu fiz melhor, a convidei para tomar café da tarde comigo aqui em casa, assim ela conhece minha mãe. 

 Amanhã eu volto para contar sobre o café. Agora eu tenho que ir, meu bebê está deitado no sofá como eu já disse. E por mais confortável que seja o sofá eu não quero que ele fique com uma dor no pescoço. Vou aproveitar ele por mim e por todo mundo. Acho que vou morrer de felicidade. É eu sei, uma frase bem típica de Alice, que por sinal, quase teve um ataque quando eu disse que tinha uma novidade e não iria contar por telefone. Não sei como que até agora ela não apareceu aqui em casa. Ainda espero por isso.

 Agora é sério, tchau. Um super beiiiijo cheio de felicidade da sua amiga mais linda e FELIZ,

Bella D'Albert Swan V.

  25/02/00.


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Notas finais do capítulo

Oi gente, e aí???? Demorei né? Mas, acontece que eu estou desanimando... ninguém comenta, eu não sei se vocês gostam, se não gostam, é isso.

Fala comigo, eu estou com o capítulo pronto há quase três semanas, sempre espero mais um dia pra ver se alguém aparece, mas... nada.

REVIEWS, RECOMENDAÇÕES???????

Se eu tiver 30 reviews essa semana eu posto no finds, é uma promessa, então chame a vizinha, a prima, as amigas pra conhecer a história, beiiiijooooooos.

Capítulo 9 teremos, Pepa, Anthony, e Bella e .....