111 escrita por Just be Happy


Capítulo 1
Capítulo 1- Paparazzi.


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira fic. Não sei o que deu na minha cabeça, mas.. estou postando agora. Espero que gostem, beijos.



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Capitulo 1- Paparazzi

Ninguém está olhando para você, vamos! - Um, dois, três, respira, ninguém está olhando. Essa luz que acabou de te cegar não foi um flash, esses caras que estão te perseguindo gritando seu nome, é da sua cabeça, para de ser neurótica Bella! Era sempre assim, eu não tinha privacidade, eu não podia ir à esquina comprar bala, se bem que se eu pudesse eu não iria, ninguém iria se tivesse no meu lugar.

Me chamo Isabella, mas prefiro Bella. Nasci em Londres, em  1993, mas logo minha família resolveu criar raízes na cidade de Nova Iorque. Quando me mudei para cá, tinha apenas dois anos, eu não me lembro muito dos momentos que passei lá, não tenho muitas recordações. Não que eu não tenha voltado e conhecido Londres, claro que eu tinha, ainda passo todas as férias de verão por lá, é... parte dela.  Faço questão de ir visitar meus avos, maternos e paternos pelo menos uma vez no ano, “nunca se sabe quando os velhos vão bater as botas”, é a desculpa que meu pai sempre dá para minha mãe e ela quer morrer.

Mamãe nunca gostou de Londres, quando ela completou dezessete anos, vovô Billy, a matriculou em um colégio interno, na grande Manhattan, diz ela, que foi a melhor coisa que aconteceu em sua vida. Ela criou amor pela cidade, mas todos sabem que o certo amor foi devido á certo homem de olhos verde-claros, e cabelos cor de mel, que deixa eu comentar, é o cara mais lindo que eu já vi na face da terra, meu pai. Papai tem grandes olhos verdes, e seu cabelo bagunçado, é sua marca registrada. Ele nasceu em Chicago, mas como eu, veio cedo morar em Nova Iorque, mas quando minha mãe ficou grávida, eles não tiveram escolhas tiveram que voltar para Londres. Vovô e vovó Van der Woodsen; pais do meu pai; ao ficarem sabendo da gravidez de mamãe, logo se mudaram para Londres também. E hoje vivem por lá.

- Bella Van der Woodsen, uma foto por favor? – Um cara alto gritava em minha direção, levando embora meus pensamentos.  – Senhorita Van der Woodsen, podemos saber o que a senhora está vestindo hoje? – Uma jornalista, enfiou um microfone na minha cara. – Podemos ter a honra de uma foto Bella? – Outro idiota. Meu deus como eu não me acostumei com esse assédio, é sempre assim desde quando eu nasci, as pessoas me paparicam, fazem amizade comigo por interesse, tentam se aproximar de mim, apenas para me tirar algo. Eu não estava acostumada, e acho que nunca me acostumaria, quando eu saia de casa, era sempre assim, eu não posso mais sair de casa nem para ir tomar um café, na cafeteria que fica á uma quadra da minha casa.

- Hey! – Bella, respira linda, conte até 10, pose para uma foto, responda algumas perguntas, e vaze daí antes que a situação piore. Meus pensamentos gritantes diziam.

- Apenas sejam rápidos, algumas fotos, eu preciso me encontrar com uma amiga, e já estou atrasada. – Passei a mão no cabelo, e olhei para os lados, me segando logo depois, a chuva de flashes era demais. Tudo isso por quê? Apenas por ser a filha do maior empresário do mundo, eleito 25 anos seguidos pela revista Forbes? Ou será que é por causa de ser filha da maior estilista do século? Não sei, esse povo vê tanta coisa, em um lugar só, meu Deus, me da até um colapso.

- Bella ainda não sabemos o que está vestindo hoje, está deslumbrante. – A jornalista que enfiara o microfone na minha cara perguntou outra vez.

- Algo exclusivo, da  D’Albert. Se gostou tanto poderá comprar daqui dois meses, que é quando sairá nas lojas. – Dei um sorriso torto para ela. D’Albert Swan é a primeira marca mais procurada em todo o mundo, pelo décimo ano consecutivo, também... não tinha como não ser, peças caras, de fino corte, exclusivas, desenhadas pela melhor estilista que já existiu no mundo, a senhora Elisabeth Lewis Swan D’Albert Van der Woodsen, mas conhecida por Lisa D’Albert SwanVan der Woodsen, ou melhor, minha mãe.

- Bella, saíram boatos de que você vai mudar para Londres, e morar com seus avos, isso é verdade? – Um cara que eu nunca vi na vida me questionou.

- Uhm... como sempre boatos, espero nunca sair de Nova Iorque, eu amo essa cidade, e meus planos para o futuro são feitos aqui. Agora vocês me dão licença, que eu realmente preciso ir, e se me permitir um pouco de privacidade, eu agradeceria. – Arrumei minha bolsa no ombro, e não olhei para trás apenas, segui para a Starbucks da 5th avenida.

- Beeeeeeella você está atrasada 10 minutos! – Alice, minha amiga de infância, minha irmã de consideração eufórica e louca.

- Ali, calma meu amor, eu dispensei o Silvestre hoje, porque ele tinha que levar a irmã dele ao médico, e eu não quis perturbar outro motorista, então vim á pé. Desculpa a demora, já pediu o nosso café? – Coloquei minha bolsa na cadeira ao meu lado e tirei meu celular, colocando-o em cima da mesa.

- Entendi, então tá desculpada, sabe o que eu fiquei sabendo, o dono dessa loja, vai reformá-la, vamos ter que ficar um bom tempo sem vim aqui, teremos que arrumar outra. – Seu rosto desmoronou um pouco, e seus olhos claros perderam um pouco o brilho.

Alice tinha a minha idade, 18 anos, mas ela era um mês mais nova, seus cabelos eram grossos, e enrolados, um castanho chocolate, que combinava com sua pele branca, e bochechas rosadas, uma coisa que eu morria de rir dela, é que ela, vivia zoando que minha bochechas ficavam vermelhas, igual pimenta, quando eu ficava com vergonha, mas ela também era assim. Enérgica, alegre, e caridosa, essas eram suas características forte e eu amava isso nela também, ela nunca estava triste, sempre ligada no 220v.

- Sério Ali, vamos dar um jeito eu estava pensando em pedir pro papai comprar uma maquina igual a que eles tem aqui pra nós, mas... não sei se será uma boa idéia, sabe como é gordo né? Se eu tiver uma dessas em casa, eu vou virar uma bolinha.

- Aham, sei menina, você é uma vareta, nem se você quisesse. – Ela sorriu e prendeu seus cabelos com uma presilha.

Nossos cafés chegaram, junto com um cupcake de morango, eu estava com tanta fome, que comi o meu bolinho e pedi mais um, junto com um fraputino.

- Acho que não vai precisar comprar a maquina, pra você virar uma bolinha. – Alice começou a rir. Eu apenas a ignorei.

- Bella, eu quero te avisar que hoje vamos, ao orfanato, vai ter a festa do amigo invisível, para encerrar o ano, é você sabe que está participando do amigo, você disse que eu poderia colocar o seu nome, e também prometeu que ia passar o dia lá com as crianças, lembra, eu não aceito não como resposta, e saímos em... –ela olhou no relógio que estava em seu pulso – 49 minutos.

- O QUE? COMO ASSIM ALICE CORNÉLIA? EU NÃO COMPREI O PRESENTE, EU NÃO SEI COM QUEM EU SAI, E EU NÃO TROQUEI DE ROUPA! – ela é louca, sempre me coloca em furadas, tá, ok, eu amo criança, e acho que deveria passar mais tempo com elas. Sempre fui filha única, e ficava sozinha com a minha babá, porque meus pais viajavam muito, e minha mãe não gostava que eu ficasse brincando na rua ou na casa dos outros.

- Sua bitch, calma! Você saiu com o Anthony, e ele gosta de pianos, então ele pediu um tecladinho de amigo invisível. E tem uma loja de música aqui do lado, é só passar lá e comprar, depois passamos na sua casa, e você troca de roupa, coloca uma calça mais simples, e uma blusinha, ok?

- Vai adiantar alguma coisa eu discutir? Não, eu sei! – respondi minha própria pergunta, e paguei a conta.

 

- Doooooooooooorotaaaaaaaa? Dorotaaaaaaaa, Doorotaa? – minha garganta estava começando a doer de tanto gritar. Dorota, foi minha babá desde quando eu tinha 4 anos, e ela tinha o que 15? É.. acho que é isso! Hoje ela, é minha governanta, ela que fica com a minha agenda, busca minhas roupas, cuida do meu quarto, e de tudo que se possa pensar.

- Fala Bella?? – ela saiu de dentro do closet com duas sacolas nos braços.

- Hey ei ei ei ei.. para aonde vão essas sacolas? – olhei para aquelas sacolas pretas, tentando ver o que estava dentro.

- Doação, roupas que você não usa mais, de coleções passadas, mas o que a senhorita deseja?

- Do, será que você viu aquelas minha sapatilha de taxinhas?

- Está, na segunda fileira de sapatos pretos, o décimo terceiro sapato, só isso?

- Sim, obrigado. – passei a beijando na cabeça. 

Peguei minha sapatilha preta, que combinaria perfeitamente com as minhas calças novas CK, e uma batinha branca.

- Bella meu amor, você vai sair? – três batidas na porta e duas respirações depois minha mãe apareceu no quarto.

- Vou sim mãe, tenho um evento no orfanato da Alice hoje, não volto para o almoço, nem para o jantar, ok?

- Tudo bem filha, eu vou pra um SPA, com a Angelina, e voltamos somente na segunda, tudo bem? Será que você consegue ficar sozinha dois dias? – ela me acariciou, e colocou uma mecha do meu cabelo que estava no meu olho, atrás da orelha.

- Tudo bem, mãe, aproveite. Agora eu tenho que ir ou vou-me atrasar, e você sabe como é Alice né?

- Sei sim meu amor, olha coloque esse por cima da bata, e esse chapéu na cabeça. – Ela me entregou um colete vermelho, e um chapéu preto.

- Ótima, linda como sempre meu bebê. – ganhei um beijo na bochecha. – Te amo minha pequena, e já estou morrendo de saudade.

- Te amo também, mãe. – minha mãe sabia ser bastante dramática, o ruim de ser filha única, além de não ter um irmão mais velho que implique comigo ou um menor pra encher o saco, é que as mães se apegam demais em um só.  Mas, tudo bem...

 

Alice já estava me esperando ansiosa, do lado de fora, do seu carro vermelho sangue. 

- Pensei que tivesse morrido lá dentro, já estava ligando pra polícia. – ela disse séria.

- Ali, não vou falar nada, é melhor assim. – Sorri torto e liguei o som.

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Notas finais do capítulo

Será que eu vou ter alguma leitora?