Unidos pelo Destino 2 escrita por Camila Dornelles


Capítulo 33
Capítulo 33




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       Elizabeth tinha que fazer algo, afinal Tom estava ali, a sua procura. Saiu correndo da sala de Dumbledore, passou em um lugar antes e foi para os jardins. Seu vestido balançava ao vento enquanto ela corria, aproximou-se da margem do lago negro e tirou de sua bolsa, uma tiara de cristal. Hermione arregalou os olhos, era o verdadeiro diadema de Rowena Ravenclaw. Ela pegou sua varinha e conjurou uma espécie de bolha protetora, duplicou o diadema e, pois o verdadeiro dentro da bolha. A fez flutuar sobre o lago negro, e quando estava la no meio, rompeu o feitiço. A bolha com o verdadeiro diadema caiu no lago e afundou pela escuridão. Pegou a copia do diadema e pois em sua cabeça. Então correu o mais rápido possível para o salão principal.

      Ao chegar, viu vários comensais atirando feitiços para todos os lados. Viu Michele, Lúcio e Severo juntos assustados e chorando. Abraxas estava à frente dos três como um escudo humano e Eileen atrás.Michele viu Lizzie, e saiu de perto dos outros, correu para a mãe no meio da confusão.

- Não! – Abraxas gritou quando viu.

      Mas não teve jeito, a pequena Michele passou pelo Salão Principal, sem ser atingida e chegou a sua mãe.

- Oi meu amor – disse Lizzie a pegando no colo e acenando para Abraxas dizendo que ela estava bem – Vem com a mamãe, ta tudo bem, vai dar tudo certo.

- É ELA! – escutou alguém berrar – ELIZABETH! EU ACHEI! CHAME O MESTRE!

      O Comensal da Morte correu até Lizzie, mas esta agarrou sua varinha e o estuporou com sucesso, o fazendo bater no outro lado da parede. Outros comensais correram para a garota. Mas foram impedidos por um grito e pararam. Ela correu, e foi parar no salão Comunal da Sonserina, correu para trás de um sofá na lateral do Salão Comunal e pois Michele sentada no chão. Tirou o falso diadema de sua cabeça e o depositou sobre os cachos da filha.

- Esta tudo bem – disse ela – Fique aqui meu amor. Não saia esta bem?

      Michele assentiu  e se encolheu tremendo.

      Lizzie se levantou e foi na direção oposta da sala. Ficando bem em frente à porta.

      Um comensal destruiu a entrada e foi até Lizzie. Antes de ela fazer algo, foi desarmada.

- Me deixe! – gritou ela.

- Nunca! – berrou ele de volta – Avada Kedavra!

- NÃÃÃÃÃÃO! – Gritou Voldemort, que entrava no Salão neste exato momento.

O raio bateu direto em seu peito, ela parou, mirou Riddle por uma fração de segundo, seu olhar transbordava carinho, e então caiu dura e gelada no chão, as bochechas ainda coradas por tanto correr, a boca entreaberta em um mínimo sorriso e os lindos olhos verdes vidrados em algo no alto, já completamente sem aquele brilho intenso que Tom adorava.

      Um choro de criança foi ouvido. O comensal foi ate o sofá e pegou o diadema dos cabelos de Michele e o estendeu para seu chefe, sorrindo debilmente, esperando uma recompensa pelo ato. Com um aceno da varinha, e um feitiço não verbal, o comensal caiu morto. Voldemort correu para sua garota caída ali tocou seu rosto com a ponta dos dedos brancos, e uma lagrima caiu de seus olhos quase vermelhos.

- NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO! – gritou para todo o mundo mágico. 

      A cena se desfez em fumaça e tudo foi ficando negro, Hermione sentiu que estava sendo sugada e fechou os olhos. Ao abrir estava no escritório de Dumbledore, deitada no chão, ofegante. E com Draco ao seu lado.

•••

      Em uma cabana no meio do nada longe de Hogwarts. Ciça bateu na porta três vezes seguidas.

- Quem esta ai? – perguntou uma voz de homem.

- Sou eu, Narcisa. Sei que combinamos de nos ver daqui a uma semana. Mas é urgente.

      A porta da cabana se abriu e ela adentrou o lugar.

- O que houve? – perguntou ele.

- Os Escolhidos voltaram a Hogwarts essa noite. A escola resistiu. Estão Lutando. O lorde os quer...

- Quem?

- Harry Potter e... Hermione Granger.

-  O QUE? – berrou ele.

- Acalme-se. Ele não quer matá-la. Ele a quer para ele.

- Maldito seja o cara-de-cobra! – exclamou o homem chutando o ar.

- Achei que gostaria de saber. E agora... Tenho que voltar. Ou darão por minha falta.

- Espere! Vou com você.

- Mas...

- Sem mais Ciça. Ele não tocara em Hermione Granger.

- Esta bem. Você que sabe – ela deu os ombros – Vamos. Mas tome cuidado, não se arrisque a toa.

- Esta bem – ele revirou os olhos impaciente – Vamos.

      E aparataram.

•••

- E então? – perguntou Draco.

- Elizabeth Ross era um gênio. Eu matei a charada. O verdadeiro diadema de Rowena Ravenclaw esta no Lago Negro.

- No lago? Mas como?

- Explico depois. O poema é a chave. É um mapa de lá de dentro – ela se levantou e olhou o Lago Negro pela janela – Preciso encontrar o diadema.

- E como pretende fazer isso? – questionou Draco se levantando também – Você precisaria ficar bastante tempo debaixo d’água.

- Acho que já sei o que preciso... Mas tenho que chegar aquele antigo armário de Poções que era do Snape e agora é do Slugue.

- Vai ser impossível. Esta tudo desmoronando e tem Comensais por todo o lado.

- É mesmo – ela mordeu o lábio e depois sorriu – Já sei! LAYLA!

      Um estalo anunciou a chegada do pequeno elfo.

- Preciso de um favor Layla.

- O que quiser senhora! – ela sorriu animada balançando as orelhas de morcego.

- Quero que vá até o armário de Poções do Slughorn, me traga guelricho e me encontre em frente ao lago negro. Por favor. E rápido.

- Sim senhora – e desaparatou.

- Guel... O que?

- Longa historia. Tudo começou no quarto ano... Mas não da tempo de falar agora. Vamos para o Lago Negro.

- Como? – questionou Draco. – Só tem duas maneiras. Ou descemos pela porta... Ou pela janela...

- Como vamos descer pela janela gênio?

- Flutuando... – ele sorriu sinistramente.

•••

      Minutos depois Draco estava do lado de fora do castelo com a varinha apontada para cima diretamente para Hermione que flutuava no ar de olhos fechados.

- Falta muito? – questionou ela

- Só mais um pouquinho – respondeu Draco segurando o riso, ela flutuou mais um pouco para baixo ainda de olhos fechados – Abra os olhos Hermione.

      Hermione abriu os olhos lentamente e se assustou ao estar a menos de cinco centímetros do rosto de Draco.

- Me põe no chão! – resmungou ela.

      Draco pegou-a pela cintura e a depositou com delicadeza no chão. Eles correram para a beira do lago onde Layla acabara de desaparatar. Então, seis Comensais surgiram não se sabe de onde em direção a Draco e Hermione. A morena prontamente se pois frente a Layla . Eles correram contra os Comensais, e Draco rapidamente acertou uma maldição da morte em um deles enquanto Hermione estuporava outro. Sobraram quatro. Então, dois raios verdes surgiram pelas costas dos Comensais e os acertaram em cheio. Ao mesmo tempo em que Draco matava os outros dois. Madison vinha correndo na direção dos dois.

- Onde vocês estavam? – questionou ela – McGonagall esta que nem louca os procurando!

- Estávamos na sala que era de Dumbledore – respondeu Hermione – O que esta acontecendo?

- Os Comensais recuaram – respondeu  – Não sabemos o que eles estão tramando. Mas estamos recolhendo os corpos dos feridos e mortos e levando-os para o Salão Principal. Precisamos da ajuda de todos vocês.

- Tenho que fazer algo antes – respondeu Hermione – Draco, vá com eles.

- O que? E te deixar entrar no Lago sozinha? Não mesmo!

- Por favor. – ela sibilou – Todos precisam de ajuda.

- Ficarei com Hermione – disse Madison firme – Se isso ajudar. Não a deixarei sozinha.

      Draco relutou um pouco, mas aceitou ir, ele deu um beijo demorado na testa de Hermione, e ela correu em direção ao Lago Negro com Madison e Layla. O loiro mirou-a se afastar, e então foi para o Salão Principal.

      Hermione, Madison e Layla chegaram à margem do Lago Negro.

- O que estamos fazendo exatamente? – perguntou à ruiva.

- Preciso pegar uma coisa que esta escondida no fundo do Lago – respondeu Hermione – Layla? Você achou?

- Sim senhora.

      O elfo entregou a Hermione uma coisa gosmenta parecendo minhoca verde com musgo podre.

      Hermione pegou o pergaminho com a charada de Lizzie leu algumas vezes o decorando e tirou seus tênis.

- Layla volte para a cozinha e fique com ops outros elfos. A coisa esta perigosa por aqui.

      Layla fez uma reverencia e aparatou.

- Ela só trouxe um guelricho. Então, Madison me espere aqui sim?

- Claro. Estarei esperando. E cuidado.

      Hermione sorriu e colocou a erva na boca. O gosto era horrível! Pior do que raiz de cuia. Ela a engoliu com dificuldade e adentrou o Lago Negro ao mesmo tempo em que brânquias apareciam nas laterais de seu pescoço e seus pés viravam nadadeiras. . A água estava gelada, mas era suportável. Quando a água chegou a sua cintura, ela mergulhou.

      Ao contrario da superfície que estava escura, o Lago estava claro, não tão claro como ao meio-dia, mas claro o suficiente para não precisar de uma varinha para iluminar.

      Hermione nadou para longa da borda e parou. A primeira linha da charada ela já tinha descoberto.

            “Abaixo do Negro esta a resposta.”

      O “Negro”, obviamente era o Lago Negro.

            “Criaturas místicas guardam o local.”

      Que criaturas? O Lago só tinha sereianos? Hermione deu uma volta de 360° graus e viu um sereiano. Nadou então até ele o seguindo de perto e chegando a um local onde havia vários outros iguais a eles.

            “Busque a resposta em seu coração.”

      Essa era difícil. Hermione depositou a mão em seu peito e sentiu o pingente em forma de Floco de Neve flutuar.

            “E assim, por fim, terá o sinal.”

      Ele flutuou na água e parou ao lado esquerdo de Hermione. A garota então se virou ficando na reta do colar, e viu a sombra de uma estranha forma. Era aquilo! Nadou até lá e chegou a uma forma de arrepiar a espinha.

            “Até o arco deverá seguir.”

      Era um arco enorme, com pequenas aberturas, parecendo uma caixa torácica humana, só que varias vezes maior. Hermione rumou para a forma parando na “entrada”.

            “Passar pela forma até sumir.”

- Eu vou mesmo ter que entrar ai? – perguntou Hermione para si mesma.

      Ela estremeceu e reunindo toda a coragem existente em seu corpo adentrou a estranha forma esquelética. Era como um túnel feito por um coelho, redondo e apertado. Chegou ao final o mais rápido possível e por fim se viu longe daquela monstruosidade apertada.

            “Seguira então uma criatura.”

      Hermione olhou em volta a procura de alguma criatura, e só viu um pequeno sereiano parecia ser filhote, ou criança, seja lá como se chamam os sereianos bebes. Por um momento, Hermione pensou tê-lo visto piscar para ele. Mas achou que ela loucura de sua cabeça. E nadou atrás daquele ser o seguindo de perto. Indo em direção a uma parte mais escura do lago.

            “E chegara a uma engraçada escultura.”

      Hermione parou ao ver exatamente o que dizia o verso e acendeu sua varinha murmurando o feitiço Lumus não verbal, e viu a tal escultura. Não era exatamente engraçada, mas estranha com certeza era.

            “Duas pirâmides marcam o local.”

      E eram mesmo duas pirâmides. Uma com a ponta para baixo e outra com a ponta para cima. A pirâmide com a ponta para baixo parecia um Iceberg, na superfície uma espécie de ilha. A de baixo era um pouco menor. Parecendo uma estalagmite.

            “Abaixo da ilha que será uma morada final.”

      Hermione subiu até a superfície e se viu em frente à ilha onde estava o tumulo de Dumbledore. Caramba! Lizzie era mesmo um gênio. Submergiu outra vez, e parou tentando se lembrar do seguinte verso.

            “Procure então uma luz na escuridão.”

      Hermione apagou sua varinha ficando em um total breu. Deu varias voltas de 360° graus e não viu absolutamente nada. Já ia acender sua varinha quando uma luz violeta a chamou atenção. Estava brilhando um pouco mais no fundo do lago.

            “Vá até ela, e por fim, a solução.”

      Então era aquilo. Ali estava o diadema. Nadou o mais rápido que pode para o fundo e viu uma espécie de bolha de proteção violeta, mas transparente. Chegou mais perto e viu que dentro da bolha estava uma brilhante coroa.

      Hermione tocou com a ponta dos dedos na bolha brilhante com medo de dar choque, mas nada aconteceu. Pegou então a bolha com uma mão e com a outra iluminou o caminho com sua varinha. Chegou à superfície bem a tempo de sentir as brânquias e as nadadeiras desaparecerem.

- MADISON! – gritou ela.

      A ruiva correu pela borda do lago até achar Hermione.

- Me levite! O efeito do guelricho passou!

      Madison apontou sua varinha para Hermione e ela flutuou sobre a água chegando à borda.

      Ela se jogou no chão respirando fundo enquanto Madison se ajoelhava ao seu lado e secava suas roupas e seu cabelo com a varinha.

- Achou? – perguntou ela.

- Sim. – disse Hermione mostrando a bolha violeta que ainda brilhava.

- Isso é uma coroa? É linda!

- Sim.

      Madison ia dizer algo, mas sua voz foi abafada por outra varias vezes mais alta e sombria.

      “Vocês lutaram. Lord Voldemort valoriza sua coragem. Contudo, se continuarem a resistir a mim, todos morrerão. Não quero que isso aconteça. Cada gota de sangue mágico derramado é uma perda enorme. Lord Voldemort é misericordioso. Vocês têm meia hora. Cuidem de seus mortos e feridos. 

      Eu me dirijo agora a vocês Harry Potter e Hermione Granger. Entreguem-se. Ou será tarde demais. Esperarei meia hora na Floresta Proibida. “Se não aparecerem, as conseqüências serão terríveis”

      Hermione se levantou em um salto.

- Temos que ir ao Salão Principal. – disse Madison.

- Vá você. Tenho algo a fazer.

- Não esta pensando em se entregar a ele esta?

- Não! – mentiu Hermione e apontou sua varinha para a bolha – Diffindo!

      Ela se partiu.

- Pegue isso Madison. Fique com ele. Tenho algo a fazer. Quando chegar a hora do corpo a corpo de novo, ou melhor dizendo, quando chegar a hora dos Escolhidos enfrentarem ele. Você terá que fazer algo.

- Claro. O que quiser.

- Quando eu fizer um sinal, você terá que colocar essa coroa na minha cabeça.

- Esta bem. Mas como assim corpo a corpo? Não acabou?

- Harry jamais vai se entregar. Eles vão voltar. Com mais força ainda. Você acha que consegue fazer isso?

- Por a coroa na sua cabeça? Claro.

- Ótimo. Boa sorte.

- Pra você também... E... Hermione?

- Sim?

- Draco é um bom partido. E ele gosta de você. Gosta de verdade...

- Mas – a morena parou estática – Você e ele...?

- Irmãos. Somos como irmãos, desde pequenos porque nossas mães eram muito amigas. Então meus pais morreram e eu passei a morar com os pais de Draco.

- Serio?

- Claro. – disse a ruiva se afastando – E... Nunca desista, encontre um jeito, porque é assim que fazem os vencedores. Você é uma vencedora. Sem duvidas.

      E correu para longe adentrando o castelo.

      Hermione encarou a orla da Floresta Proibida indecisa.

- É hora de decidir entre o que é fácil e o que é certo. – ela mordeu o lábio inferior – Acho que... Vou ficar com o que é certo.

      E correu adentrando a floresta.


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