Entre Anjos E Demônios escrita por Nubia


Capítulo 11
uma festa de arrasar - parte 2


Notas iniciais do capítulo

como prometido.



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Camila levantou-se num pulo e olhou rapidamente para a porta da cripta e voltou a olhar para aquela besta. Só alguns metros os separavam. Ela sabia que não teria chances contra aquilo, mas tinha que tentar. Era sua vida que estava em risco ali. Camila respirou fundo e correu. Correu o máximo que pôde. Ela ousou olhar para trás enquanto corria e viu que o cachorro também havia começado a correr e vinha em sua direção. E foi aí que Camila começou a correr mais rápido e a gritar por socorro.

--Socorro, alguém me ajuda!—Ela gritava—Socorro!

Aproximou-se da porta da cripta e suas esperanças cresceram. Mais elas despencaram, quando outro cachorro igual ao outro apareceu impedindo que ela entrasse. Então ela virou para a direita e correu para tentar chegar ao portão para sair dali e os dois cachorros corriam atrás dela, como se ela fosse um pedaço de carne, mais ela sabia que eles não estavam correndo o máximo que podiam, pareciam que queriam brincar com ela antes. Camila desesperou-se. Eles pareciam muito espertos para animais. Lágrimas grossas embaçaram sua visão.

Camila se atreveu a olhar para trás enquanto corria entre os túmulos. Ela não deveria ter feito isso. Seu pé foi enroscado em algo a derrubando no chão, e seu corpo logo foi puxado por algum tipo de corda. Camila chorando descontrolada se virou e tentou soltar seu pé e viu que os cachorros tinham parado e estavam rosnando para ela esperando que ela levantasse e voltasse a correr. E foi o que ela fez. Conseguiu soltar seu pé e voltou a correr, mas um dos cachorros foi mais rápido do que ela e com as garras a puxou pela barra do vestido e começou a arrastá-la para a parte mais escura do cemitério. Camila gritava por ajuda, mais ninguém vinha ao seu socorro. Ela chutava a cara do cachorro varias vezes para que ele a soltasse e num desses chutes o cachorro ganiu e soltou a perna dela. Ela tentou se levantar, mais sentiu uma dor muito forte em sua perna que a fez cair no chão novamente. Quando olhou para trás, ela viu que os dois cachorros corriam para cima dela, e depois viu o que parecia ser uma pedra brilhante atingindo um dos cachorros e o fazendo explodir numa nuvem negra, no entanto o outro nem se importava com as pedras, continuou correndo e desviando delas e saltou em cima de Camila.

Ela fechou os olhos e colocou os braços na frente do rosto para se proteger das garras, ela sentiu uma rajada de vento e ouviu um bater de asas e depois um gemido parecido com um de um cão que ele emite quando apanha e nada do golpe da fera vir, ela abriu os olhos e olhou nervosamente para os lados sem entender nada. Ela procurou saber o que era aquilo e para onde o cachorro havia ido. Então ela se sentou e viu que a metade de seu vestido estava rasgado e de sua perna direita, sangue saia com abundância dos três cortes feito pelas garras que rasgou gravemente sua perna. Mas Camila não aguentou quando viu todo aquele sangue, e ainda mais sabendo que era seu e desmaiou.

Lentamente, Camila abriu os olhos. Ela escutava uma musica abafada no fundo e olhou para cima e viu uma imagem distorcida de alguém e então ela levantou assustada.

--Calma—Pediram a ela. Camila reconheceu a voz do Marcos—Sou eu—Ele falou.

--O que...--Ela olhou em volta e viu que estava de volta na cripta—O que estou fazendo aqui?—Ela perguntou confusa.

--Eu voltei aqui quando não a encontrei no banco e vi você dormindo aqui sentada—Marcos respondeu a fazendo se sentar.

--Eu... Eu não estava aqui—Ela disse ainda confusa—Estava lá fora sentada no banco como você pediu no bilhete, quando...—Camila levantou da cadeira apavorada—Onde ele está?—Ela perguntou olhando para todos os lados apavorada. Os alunos que ainda estavam ali, a olharam rindo de sua reação.

--Onde está quem?—Marcos perguntou calmamente para ela.

--Havia dois cachorros ou algo na forma de um com olhos vermelhos—Ela disse olhando para ele assustada—Um deles ele explodiu numa...—Ela engoliu em seco—Em um tipo de nuvem negra e outro quando ia pular em cima de mim desapareceu. Eles pareciam que queriam me matar.

--Você deve ter sonhado tudo isso, Camila—Bruna falou ao ouvir o que ela havia dito—Você não saiu daqui—Bruna afirmou.

--Mas eu sentir ele rasgar minha perna, vi o meu sangue pelo chão—Camila falou alterada—Sei que foi real—Ela disse apavorada—Sei que foi real—Camila repetiu começou a chorar agarrando-se no pescoço de marcos que a apertou contra seu corpo. Ela sabia que não tinha sido um sonho.

--Me escute Camila—Bruna falou separando Camila dos braços de marcos a segurando pelo seus ombros e olhando no fundo dos olhos dela—Você não saiu daqui e não existe cachorro com olhos vermelhos nenhum, foi só um pesadelo—E com essas palavras, Bruna fez com que Camila ficasse calma contra a vontade dela.

--Acho que meu medo de estar em um cemitério á noite, tenha feito eu ter um pesadelo desses—Camila disse mais calma.

--Não se preocupe, você não está ficando louca—Marcos falou como se tivesse lido os seus pensamentos--Você quer ir para o dormitório?—Ele parecia mesmo estar lendo seus pensamentos.

--Por favor—Camila falou.

Marcos a conduziu para fora da cripta. Camila insegura saiu mais agarrou-se a marcos e olhou para todos os lados. Marcos tentava acalma-la enquanto caminhavam pelo caminho escuro.

--Esta satisfeito agora?—Bruna perguntou ao sentar-se ao lado de David, depois de Camila e marcos terem saído.

--Isso não provou nada—David respondeu amargo.

--Ela ficou apavorada, David—Bruna falou indignada com a frieza de David.

--Não são algumas lágrimas que irão me convencer—David falou no mesmo tom—Eu sei o que estou fazendo—Ele falou finalmente a encarando.

--Pois eu realmente espero isso—Bruna falou—E também espero de que você não venha se arrepender futuramente como e prevejo—Bruna falou levantando-se.

--Isso não irá acontecer—David falou alto para que Bruna escutasse.

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A festa acabou quando o toque de recolher tocou, todos se dirigiam para os dormitórios. Marcos acompanhou Camila até o seu quarto.

--Gostei muito do presente. Obrigada--Camila disse mais uma vez tentando mudar o rumo de seus pensamentos que só iam naqueles olhos vermelhos e dentes pontiagudos.

--Ainda bem que gostou. Se não teria que trocar--Marcos sorriu.

-Você esta realmente bem?—Marcos perguntou preocupado.

--Só estou um pouco assustada—Camila respondeu depois de respirar fundo—A Paula me disse que devo que ficar longe de você—Camila desconversou—Que você possui um tipo de segredo que parece que a perigo envolvido e que é para eu cair fora antes que sobre pra mim—Camila contou.

--Você vai escutar o que ela diz?—Perguntou marcos por entre os dentes. Ele teria contas para acertar com Paula mais tarde.

--Não—Ela respondeu sorrindo, fazendo marcos acompanha-la—Agora você é que deve me dizer. Devo ficar longe?—Ela flertou com ele.

--Não. Com certeza não—Disse marcos com a voz suave—Falarei com ela para que a deixe em paz. Ela não tem que se intrometer em nada.

--Não se preocupe, sei me defender sozinha—Marcos sorriu—Até já sei atravessar a rua sozinha, sabia?—Ela brincou e ele riu.

Marcos colou seu corpo no dela, a encurralando contra a parede. Colocou suas mãos na cintura dela, a encarou profundamente, aproximando seu rosto do dela. E finalmente, a beijou. Camila gostava quando ele tocava em seu corpo. Marcos a beijava com delicadeza e calma. Ele prendeu seu lábio inferior e o sugou para dentro de sua boca e pediu passagem com a língua. Camila colocou os braços em volta do pescoço de marcos, o puxando mais para ela. As línguas se tocaram, enviando arrepios para os dois corpos. Marcos prendeu sua mão entre o cabelo de Camila pressionando cada vez a boca dela na sua e comandando os movimentos.

--Deixe ela respirar um pouco Romeu—Brincou Bruna fazendo os dois quebrarem o beijo—É melhor entrar Julieta, antes que o Alex passe por aqui—Falou Bruna entrando no quarto.

--Vou deixar você dormir agora—Ele a beijou de novo—Tenha uma boa noite. Nos vemos amanhã—Marcos se despediu depois de mais um beijo rápido.

Marcos atravessou o corredor e ficava olhando para trás a cada quatro passos que dava, para vê-la até desaparecer da visão dela.

Camila torcia para que esse relacionamento não acabasse como o outro, ou de qualquer jeito acabar em desastre. Ela parecia atrair esse tipo de atenção igual atração magnética entre dois imãs.

Era o que ela desejava. Mas nem sempre tudo sai como queremos! Camila entrou no quarto, trocou de roupa e colocou uma calça de moletom e uma blusa bastante folgada. Ela se sentou na cama e passou a mão no local em que supostamente o cachorro teria a ferido. Mais não havia marcas, arranhões e nem cicatrizes. Mas Camila sabia que aquilo não tinha sido um simples pesadelo, os cachorros a perseguiram e seu medo foi real. Mas se tudo aquilo era verdade... Quem tinha a ajudado e como ela voltou para festa sem que ninguém visse quem ou o quê a carregava?

--Vejo que a escola Amélia, vai formar um novo casal de namorados, oficialmente—Brincou Bruna, tirando Camila de seus pensamentos.

--Estamos só ficando—Disse Camila feliz.

--O marcos não é só de ficar—Bruna assegurou—Nunca o vir dar tanta atenção a uma garota desde que ele e a Paula romperam. E olha que ele a tratava como uma princesa. E desde então ele não ficou com nenhuma outra garota, até agora. Tenho certeza que ele vai querer algo serio com você.

--Você acha?—Disse Camila empolgada com a ideia.

--Com certeza--Disse Bruna—Agora vou dormir—Anunciou Bruna.

--Bruna antes de você dormir posso te fazer uma pergunta?—Camila perguntou e Bruna confirmou com a cabeça—Se o marcos a travava como uma princesa, você sabe por que eles terminaram?—Camila perguntou.

--Ninguém nunca soube—Bruna sentou-se na cama—Na festa da escola do ano passado os dois estavam super bem, e no dia seguinte eles ficaram trocando olhares raivosos um para o outro e anunciaram que não estavam mais namorando.

--Sem brigas em publico, traição ou desconfianças?—Camila perguntou achando tudo aquilo estranho.

--Não—Bruna deu de ombros—Mas bem que torci para que rolasse uma baixaria. Mas não rolou. Agora preciso mesmo ir dormir, dancei muito na festa, meus pés estão me matando. Boa noite—Bruna deitou se cobrindo com o cobertor.

Camila também, deitou-se para dormir. Demorou para que seu sono vencesse, e quando chegou. Não foi nada agradável. Tudo que havia acontecido no cemitério, ficou repetindo-se a fazendo acordar assustada e suada. Camila levantou-se para ir ao banheiro, quando sua cabeça girou a deixando tonta. Camila pensou em pedir socorro a Bruna, mais ela dormia no sono tão pesado que Camila resolveu deixar pra lá. Iria até a enfermaria e tomaria algum remédio.

Saiu do quarto sem fazer barulho e passou pelos corredores. Quando chegou no jardim ouviu vozes. Mas desça vez ela não parou, continuou andando. A ultima vez que parou para escutar uma conversa, quase se deu muito mal, não iria cometer o mesmo erro duas vezes. E quando ela virou a direita do ginásio, sem querer se deparou com o marcos conversando com a Paula, e rapidamente se escondeu antes que eles pudessem vê-la. Agora tinha mesmo que escutar a conversa.

--O que disse a ela?—Marcos estava furioso.

--Não é da sua conta—Paula retrucou.

--Você sabe que é—Marcos retrucou de volta—Agora diga de uma vez—Ele gritou.

Paula virou-se pra ir embora, mas marcos a segurou pelo braço e a impediu, ele estava realmente furioso.

--Como pôde ficar com ela?—A voz de Paula não era de uma ex- namorada ciumenta, parecia esta o recriminando—Sabe por que estamos aqui. Não devemos nos distrair. Ainda mais com um deles—Paula disse a ultima frase quase que com nojo.

--O que eu faço ou deixo de fazer, não interessa a você. Mas não admito, que me diga qual é o meu dever. Sei muito bem qual é—Marcos falou apertando mais seus dedos no braço de Paula o deixando vermelho.

--Mas não parece—Paula o repreendeu—Fracasse... E todos nós fracassaremos junto com você. E todo o nosso trabalho vai por agua a baixo, porque você não se conteve e ficou com uma humana em depressão—Paula falou.

--Eles não tem do que reclamar sobre o meu trabalho. Mas eu não vou terminar com ela—Disse Marcos muito serio—Deixe-a em paz se não terá de me enfrentar. E você sabe do que sou capaz—Marcos ameaçou.

--Ou... Eu posso contar tudo para eles, e veremos quem vai ser o prejudicado nessa historia toda--Paula também o ameaçou.

--Faça o que quiser. Nunca me importei mesmo como que você achava de mim—Ele deu de ombros—Não sei onde eu estava com a cabeça, quando comecei a namorar com você.

O rosto de Paula de um bege claro ficou vermelho de raiva, com a ultima frase do marcos. Parecia que ela ia saltar em cima dele e o enche-lo de socos. Mas não. Ela apenas respondeu.

--Se o nosso trabalho não fosse tão importante, eu acabaria com você aqui e agora—Paula ameaçou.

--O que você pensa não me interessa. Faça o que achar melhor—Marcos debochou—Fique longe dela. Não vou falar uma segunda vez. Se Camila falar qualquer coisa que você fez ou falou...--Ele se aproximou dela—Farei você se arrepender, Paula. Pro resto de sua vida.

Marcos a soltou e lhe deu as costas para e a deixou falando sozinha, ela estava mais brava agora. Ele andou em direção aos dormitórios com uma expressão de raiva estampada em seu rosto também. Quando ia passar pela Camila, ela se escondeu atrás de um arbusto. Quando se aproximou do lugar onde ela estava agachada, ele diminuiu o ritmo e parou por um momento e olhou em volta desconfiado, e depois olhou para o arbusto onde ela estava escondida como se soubesse que ela estava ali e andou para os dormitórios. Pelo menos foi o que Camila viu. Na verdade, ele havia se escondido e ficou observando o local onde Paula estava e o arbusto.

--Seu idiota—Paula gritou--Quem ele pensa que é para falar comigo assim? Quando perceber que tenho razão vai volta rastejando para mim, pedindo perdão—Camila sentiu vontade de vomitar. Paula se achava superior a todos.

Quando Paula foi embora, Camila pôde sair do seu esconderijo. A desconfiança de marcos estavam certas, ele a viu sair de onde ela estava. Camila nem desconfiava. A única coisa que pensava, era como aquela conversa tinha sido muito estranha. E de que trabalho eles estavam falando! Será que era sobre os trabalhos escolares? Acho que não.

--Tem muita coisa estranha acontecendo aqui—Camila disse para si mesma em voz alta passando a mão pelo cabelo.

Camila voltou a seguir seu caminho e foi até enfermaria pegando o remédio para dor de cabeça. Depois de preencher o caderno da enfermeira, voltou para seu quarto e dormiu. Um sono sem pesadelos dessa vez.


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Notas finais do capítulo

proximo capitulo, camila saberá um pouco mais do passado do marcos e da nossa querida paula e conterá algumas cenas calientes entre camila e marcos. até mais.



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