POV Damon

Estávamos na mansão Salvatore, todos sentados e perplexos com a quantidade de informação que aquela garota tinha, ela sabia sobre tudo e estava muito próxima de descobrir o verdadeiro segredo da cidade.

-Ela sabe tudo, não há como mentir - disse Tyler.

-Vamos usar a hipnose - disse.

-Eu não arriscaria vocês viram o cara falando? Ela tem mordida de vampiro pelo corpo ela conhece algum vampiro, temos duas escolhas ou ela sabe sobre vampiros ou é submissa a um deles - concluiu Stefan.

-Eu nem imagino o que seja - disse com desdém sentando-me no sofá.

-Você pode descobrir Damon - disse Caroline.

-Eu? Ela não gostou de mim, vocês viram para você é Grey - disse imitando a voz dela.

-Conquiste-a , sem hipnose você sabe que consegue, tente descobrir mais ela sabe o que ela quer aqui, quem nos garante que não é uma caçadora?Ou sei lá o que - disse Bonnie.

-Se eu entrar ali e pensar em paquerar ela o legista me fatiam em pedaços bem finos e vou preso sem dúvida alguma - disse.

-Hoje é sexta feira, à noite tenho certeza de que os policiais vão beber no Grill, é uma oportunidade, conquistamos a confiança dela, ela vai trazer problema - concluiu Stefan.

-Porque eu em?

- Primeiro você é solteiro, segundo nenhuma humana passa do seu radar de morte - disse a bruxinha rindo.

-Vocês acham que eu sou tão fútil ao ponto de ser um conquistador barato?

-Achamos - disseram eles juntos.

-Eu só vou concordar porque ela é curiosa de mais e gente curiosa só fica quieto morrendo

-Nem pense em matar uma detetive, ai sim teremos motivos para ir embora daqui

-Ok, ok, vou tentar me controlar, mas, a Elena também tem a oportunidade de ser BFF da Grey.

-Eu?

-Veja bem, ela foi com a sua cara, seu irmão está na escola, basta o Jeremy não ser lerdo e convida a garota e a irmã para jantarem em sua casa, sua conversa e mais convincente.

-Damon tem razão - disse a Caroline -Espere uns dias, para não parecer que você está comprando ela e BUM, a chama para jantar e questiona discretamente.

-Fechamos isso é oficialmente o plano A - disse Bonnie.

POV Alyson

O dia se arrastou, parecia impossível que as horas passassem rápido no relógio, já havia estudado aquele grupo umas mil vezes e embora eu soubesse que tinha algo errado não tinha provas para dizer o que era.

Meu horário tinha finalmente acabado, peguei as fichas e meu Ipad estudaria eles no fim de semana, aquele Salvatore mais velho me lembrava alguém, mas, não fazia idéia de quem.

-Vamos? - perguntou Vincent fazendo eu me assustar com a sua repentina aparição - Desculpa te assustar.

-Claro - sorri pegando a caixa preta que eu não tinha aberto.

-Quem te mandou?

-Queria saber também - sorri fraco, lembrando-me da ligação do Brian.

-Está tudo bem Ally?

-Podemos ir embora?

-Alyson o que aconteceu?

-Me leva para casa - choraminguei.

-Vamos linda - sorriu.

[...]

Estava em casa, usando uma roupa confortável, Vincent me deixou aqui dizendo que ligaria depois eu precisava ficar sozinha colocar todas as ideias em minha cabeça.

Deitada de barriga para cima olhava o teto branco e a luz acessa, Esthela bateu na porta eu sorri mostrando que ela podia entrar, veio até mim e deitou-se ao meu lado.

-Quais as novidades? - perguntou ela.

-Ah, nenhuma - sorri.

-Qual é você não voltou para casa ontem - sorriu Esthela - O que rolou entre vocês? Quer dizer eu até imagino.

-Ah, Esthela fazia tempo que eu não me sentia assim.

-Alyson, você está oficialmente apaixonada.

-Ele é bom pra mim, eu me sinto bem ao lado dele.

-Você não imagina o quanto eu fico feliz, você precisa de alguém do seu lado e além do mais eu gosto do Vincent.

-E você o que me conta? Algum carinha?

-Ah, tem um que é bem fofo a gente se da muito bem mais por enquanto somos só amigos, ele foi super legal me recebendo na escola.

-E o senhor fofo tem nome?

-Jeremy - disse.

-Jeremy Gilbert?

-O conhece?

-A irmã dele é minha suspeita.

-A Elena? Ela é bem legal - disse.

-Imagino - disse pensando alto.

-Estou cansada Ally, podemos sair amanhã?

-Claro, aonde você quer ir?

-Jeremy me disse que na cidade vizinha tem um shopping, podíamos ir lá.

-Pode ser, eu quero comprar um livro novo - sorri.

-Boa noite Alyson - disse beijando meu rosto.

-Boa noite Esthela.

Ela saiu saltitando e foi para o seu quarto, ainda eram apenas 22:00 horas, mas, minha irmã era sossegada e sempre dormiu cedo desde pequena, fiquei sozinha novamente, lembrei-me então do presente e peguei a caixa com o fim abri lá.

Minhas mãos tremeram ao ver o que tinha dentro, havia apenas uma pen-drive, mas, eu tremia por saber de quem era só pelo tom de cor da caixa e por não ter remetente.

Peguei o computador e o liguei, espetei o pen-drive e abri a única pasta que tinha nele, com a inscrição fotos.

Depois de aberto, tinha a cópia do meu histórico de pesquisas não autorizadas e fotos minhas quando mais jovem, talvez na época em que Brian havia começado com os abusos, estava em roupas mínimas e em todas eu estava desacordada e largada em diferentes lugares.

Levei a mão á boca espantada, meus olhos encheram-se de lágrimas de raiva, ele me deixa cada vez mais encurralada com as ameaças e os abusos eu não aguentava mais isso, mas, eu não poderia fazer nada, tinha uma carreira a zelar e uma irmã mais nova para cuidar.

Desci as escadas para tomar um copo de água, mas, os soluços não pararam assim como as lágrimas, para ajudar ainda quebrei o copo em minha mão e amarrei um pano em volta para parar de sangrar porque doía.

Livrava meu rosto das lágrimas com a manga da blusa, mas, elas não paravam, a campanhinha tocou fui para atender a porta e ao abri lá, dei de cara com o Vincent ele me olhou dos pés a cabeça, tentando entender o estava se passando.

-Ally o que houve? – questionou ele com sua voz tranquilizadora.

Abri a boca, mas, mal conseguia falar entre lágrimas e por isso não disse nada fiquei quieta, ele entrou e fechou à porta atrás de si, seus braços me envolveram e eu descansei em seu ombro, subimos para o quarto e ele deitou comigo em minha cama, passou seus braços por mim e eu deitei em seu peito.

-O que aconteceu?

- Olha as fotos – disse e ele pegou meu computador viu tudo e me olhou perplexo, não por ser eu nas fotos ou pelo fato de os arquivos serem meus, estava perplexo pela frieza com que Brian tinha para lidar com os fatos – Você não pode continuar com isso, você não merece isso.

-Você prometeu que não diria nada – disse agora mais calma, falava baixo e já não chorava mais com tanta intensidade.

-Mas, eu não vou deixar que ele faça essas coisas com você.

-Você me prometeu Vincent – disse novamente, lembrando ele do que havia me prometido noite passada.

-Como quiser Ally – sorriu – Me deixa ver isso.

Ele pegou minha mão e tirou pano coberto de sangue que estava nele e havia um baita de um corte que ainda tinha algumas fagulhas de vidros dentro do machucado.

-Onde fica a maleta de primeiros socorros?

-Em baixo da pia do banheiro – disse apontando para a porta fechada no meu quarto.

Levantou-se e foi até o banheiro, voltando com a maleta de primeiros socorros, sentou-se na beira da cama e segurou minha mão e com o que tinha dentro da maleta fez um curativo, precisou de três pontos superficiais e depois de limpou, feito isso fez um pequeno curativo que enrolava na minha mão, doía um pouco.

-Alyson, pode me responder uma coisa?

-Se isso não forem provas contra mim – disse irônica.

-O que aconteceu no dia em que nós iríamos jantar?

Mordi a boca, enrolei minhas mãos nas deles, abri a boca duas vezes para falar, mas, a fechei como diria algo como aquilo para ele?

- Eu estava procurando minhas chaves, não encontrei e sem querer perguntei alto onde elas estavam e então ele surgiu de trás do balcão da cozinha – fiz uma pausa olhando sua reação – Eu não lembro direito Vincent… eu só sei que ele me arrastou pelos cabelos escada acima, ele… ele, bem você imagina depois disso eu mal me lembro.

-Quando isso começou?

-Há um tempo – murmurei.

-Há um tempo quando?

-Quase cinco anos – murmurei novamente.

-Alyson como você aguenta… isso?

-Acredite, já passou de tudo pela minha cabeça, eu pensei em desistir de tudo, eu já pensei em só pegar aquela arma e atirar nele, eu já pensei em usar ela em mim pelo menos morta ele não me pegaria mais, mas, eu sempre pensei na Esthela, sem mim ela não tem ninguém – sorri fraco.

-Eu nem sei o que te dizer, você é uma policial sabe como se defender de qualquer tipo de assassino, mas, não consegue contra ele, um qualquer Alyson.

-Não é como você pensa, é… algo que eu não posso explicar é como se eu não conseguisse me mexer, estivesse presa e… deixa para lá Vincent.

-Não pode deixar para lá – ordenou.

-É por isso que eu não queria que ninguém soubesse, eu sei me cuidar e você jogando na minha cara que eu sou uma inútil perto dele, um lixo que ele usa quando quer, acredite não me deixa melhor – disse me deitando.

-Não é isso que eu estou querendo dizer – tentou concertar.

-Não foi isso que você disse, mas, foi o que você queria dizer.

-Alyson – disse ele pegando o meu rosto – Eu não disse isso, me entendeu eu não disse isso eu não penso isso de você, como poderia?

-Porque eu sou isso – disse levando minha mão ao rosto e chorando – Ele quer destruir tudo que eu tenho.

Vincent se recostou na cama e me pegou em seus braços, passou as mãos gélidas nos meus cabelos e beijou minha testa.

-Tudo vai ficar bem Ally – sussurrou.

Meu cérebro ainda fervia de pensamentos insanos e contraditórios, quando eles pareceram se esfriar um pouco, fechei meus olhos e consegui cair no sono.