Dois Anos Depois

POV Damon

Hoje fazia exatos dois anos que a Ally tinha ido embora, eu estava indo de mal a pior, não tão pior estava conseguindo viver a voltar como aquele velho vampiro que eu sempre fui, mas, agora estava menos malvado.

As coisas estavam diferentes por aqui, Emma minha sobrinha linda tinha vindo e estava grandinha parecia ter uns cinco anos e já falava era uma gracinha, tinha um cabelo escorrido como os da Elena só que os dela eram negros como a noite e olhos verdes.

Júlia tinha completado quatro anos no começo do ano, era linda tinha os cabelos loiros como os das Gray, sempre que eu olhava nos seus olhos eu me lembrava da Alyson já que eram idênticos ao dela.

–Eu não quero festa – disse Esthela jogando-se no sofá ao lado do Jeremy, já que novamente a Júlia estava no colo da Caroline.

–Você precisa de uma festa – disse Elena entrando na sala.

–Mas, eu não quero minha irmã nem vai estar mesmo – disse Esthela, hoje era seu aniversário ela completaria 19 anos e tudo o que ela queria de presente era sua irmã e mal sabiam o restante que era também o que eu queria.

–Me solta tia – disse Júlia pulando do colo da Caroline – Quero brincar com a Emma.

–Solta ela Carol – disse a Barbie, já que a Emma estava dormindo nos meus braços – Pega ela aqui Barbie, eu vou dar uma volta.

–Está bem Damon – sorriu ela tirando Emma dos meus braços.

Havia saído para caçar precisava pensar, em como minha vida não tinha mudado nada desde que ela se fora e muito pelo contrário apenas ficara mais infeliz.

[…]

Era noite estava voltando para casa havia uma BMW M3 vermelha parada na frente da mansão, quem será que estava lá? De quem era esse carro?

Entrei como sempre e todos estavam eufóricos e animados, Emma veio correndo para pular no meu colo e eu logo peguei a pequena no ar a beijando-a na bochecha.

Elena abraçava alguém, mas, eu não conseguia ver quem era apenas o cabelo loiro platinado.

–De quem é a M3 lá fora? – questionei.

–Minha – disse a Alyson virando-se para trás sorrindo.

Eu não a reconheci e fiquei sem fala, estava mais loira e seus cabelos estavam quase que no meio da sua cintura, caindo em forma de cascata, com os olhos delineados de preto, podia jurar que seu corpo estava mais desenvolvido seus seios maiores e seus quadris mais férteis, estava mais gostosa do que da última vez que eu a vira.

–Não vai falar nada? – perguntou ela sorrindo de forma sexy.

–Quem é você e o que fez com a Alyson? – questionei irônico.

–Ally – disse Esthela entrando correndo e pulando em cima da irmã.

–Hey pirralha – disse ela abraçando e bagunçando o cabelo da irmã.

–Seus cabelos, estão enorme – disse Esthela.

–Gostou? – perguntou ela jogando os cabelos para trás.

–Você está linda – foi o que eu disse e ela me olhou e sorriu de forma alegre.

–O que aconteceu nesses anos todos? – perguntou Caroline.

Alyson se jogou ao meu lado e começou a brincar com Emma que logo quis ir ao seu colo.

–E quando arrumou tanto dinheiro? – perguntou Esthela – Que carrão.

–Quando se é do FBI o salário é uma beleza – disse ela.

–FBI? – todos perguntaram juntos.

–Sim, gente porque o espanto?

–Você é uma agente secreto? – perguntou Esthela.

–Não tenho autorização para falar do meu trabalho – sorriu.

–Você mudou muito – disse Elena.

–Vocês também – disse ela evitando me olhar.

–Não Ally, você está outra pessoa – disse Klaus – Mais viva.

–Ah, precisava ultrapassar os meus traumas – disse referindo-se a sua antiga vida – Só preciso manter algumas coisas no meu controle.

Será que ela ainda estava doente?

–Eu nunca mais te achei em NY – disse olhando para ela.

–Eu não estava mais lá, passei apenas algumas semanas lá – disse sorrindo – Depois fui morar em Chicago.

–Eu estava com saudades – disse Esthela – Não conseguia falar com você pelo celular.

–A primeira coisa que eu fiz ao sair daqui foi jogar meu celular fora.

–Malvada.

–Mas, recebeu meus presentes – Ally tinha razão Esthela recebia seus presentes sempre sem endereço.

–Porque não tinham endereço? – questionei a ela.

–Porque eu não posso informar minha localização – disse.

–Voltou para ficar? – questionou Carol com os olhos brilhantes.

–Não, eu estou de férias – disse – Ainda vou viajar.

–Ally…

–Eu disse que vim para lhe dar os parabéns pessoalmente e não para morar aqui novamente.

[…]

Esthela tinha voltado para sua casa, Elena e Stefan tinham ido dormir depois de colocar Emma para dormir, Caroline e Klaus tinham voltado para a casa em que eles estavam morando apenas eu e Ally tinha restado.

–Vai embora? – perguntei quando ela se sentou no sofá.

–Vou passar umas semanas aqui, eu tenho dois meses de férias – disse.

–Quero dizer se vai embora daqui – perguntei mais especificamente.

–Elena me deixou ficar, se eu incomodar…

–Ally, qual é sabe que todos querem você aqui, eu quero você aqui – disse olhando diretamente nos seus olhos – Podemos até dividir o quarto.

–Estava com saudades das suas piadinhas sem graça – sorriu

–Eu estava com saudades de você.

–Porque você faz isso?

–Isso o que?

–Destrói tudo que eu fiz na minha mente – sorriu alegre.

–Eu amo tanto você

–Já fazem dois anos Damon – disse ela e pareceu surpresa.

–Vampiros não ligam para o tempo – disse pegando em sua mão.

–Eu passei dois anos para fazer minha mente parar de pensar em você, e em dois minutos você faz eu me esquecer de tudo isso – disse.

–Ah, Ally eu sei que já lhe pedi isso, mas, me desculpa não precisa ficar comigo, mas, eu preciso ouvir da sua boca que não está mais magoada comigo.

–Eu não estou – disse ela passando a mão no meu rosto – Se quer mesmo saber eu tinha te desculpado faz dois anos.

–Porque não voltou então?

–Medo – disse – De me machucar de novo, quando eu abri aquela porta e vi você com ela eu fiquei com vontade de te dar vários tiros mesmo sabendo que não morreria, foi como ver o Vincent novamente.

–Ally era compulsão…

–Não coloque a culpa na compulsão Damon, se é mesmo o homem que eu sei que é admite pra mim que você faria mesmo sem compulsão, eu sei que faria Damon, então não ponha a culpa só na compulsão.

–Tem razão – disse – E você tem alguém?

–Como um namorado? Porque não pergunta o que quer mesmo saber – disse rindo.

–Então você está namorando?

–Não, ninguém que me interessasse – sorriu – E você?

–Não, apenas sendo o baba – disse irônico.

–Você leva jeito com as crianças.

–Eu sou meio obrigado a gostar as pirralhas, porque os pais vivem deixando comigo o tio bonzinho Damon – sorri.

–As crianças parecem gostar do Tio Damon – sorriu de volta.

–Agora me conta o que te impulsionou a mudar radicalmente? – perguntei mudando de assunto

–Sabe quando você sente que já deu de ser a coitadinha? Foram coisa que aconteceram quando eu tinha 15 anos eu tenho quase 30 precisava me acostumar.

–Está inteira para uma tia de 30 anos – sorri.

–Eu não envelheço.

–E suas crises pararam?

–Não – disse triste – E nem diminuíram se o que quer saber.

–Então como ainda está…

–Viva? – questionou sorrindo – Uma vez uma pessoa me disse que quando se conhece vampiros se deve suspeitar de qualquer outra esquisitice, então eu procurei uma bruxa, ela fez algumas misturas doidas lá e eu tomo, não me deixa melhor, mas, não deixa piorar.

–E se você não tomar o que a bruxa lhe fez?

–Eu morro – disse séria – Ela disse que eu não posso parar de tomar nunca.

–E você trouxe isso com você?

–Trouxe o suficiente até voltar para Chicago novamente, não precisa se preocupar você não vai ver meu cérebro se derreter enquanto eu estiver aqui.

–Eu me preocupo sim, com você sozinha do outro lado do mundo e se você passar mal?

–Já aconteceu Damon e eu mesma me levei para o hospital.

–Como você é teimosa – sorri – Muito teimosa.

–O que houve com o Vincent e a Lexi?

–Não moram mais aqui, brigamos muito – sorri.

–Ah, entendo – piscou – E a sua casa?

–Está fechada desde que você se foi.

–Ninguém nunca mais foi lá?

–Eu nunca mais voltei lá.

–Eu adoro aquele lugar – disse.

–Podemos ir lá se quiser.

–E brincarmos de perguntas e respostas?

–Se você quiser – disse malicioso.

–Você não existe Damon – disse levando a mão a cabeça – Eu preciso descansar, boa noite.

–Boa noite Ally – disse e então ela subiu as escadas.