Antes de Alyson acordar a deixei deitada na cama enquanto corria para um banho, ainda estava com barro da noite anterior, depois de um longo banho coloquei minhas roupas negras como a noite de sempre.

Como ela ainda dormia desci as escadas para tomar uma bolsa de sangue o que ajudou a terminar de cicatrizar e devolveu minhas forças.

–Então, recebeu cuidados especiais noite passada – disse Elena maliciosa.

–Não houve nada entre nós Eleninha – sorri.

–Damon eu vou te dizer só uma coisa – disse agora séria – A Ally sofreu de mais, agora tem toda essa história em volta dela, o Vincent não ajudou em nada e muito menos a Lexi, sua mãe é uma psicopata e seu irmão é um cafetão metido a vampiro, então Damon se você estiver a fim de só brincar com ela, por favor, nem comece com isso.

–Não se meta na minha vida Elena.

–Não estou se metendo da sua e sim na da Ally, não faça ela se afastar de nós, ela gosta de você.

–Eu não a magoaria – disse sério.

–Espero que não – disse Klaus entrando da sala

–Vejamos quantos advogados a Ally tem – disse irônico.

–É sério Salvatore, se você for o responsável por magoar a Ally nem queira saber o que eu vou fazer com você.

–Ela não é mais uma criança – disse.

–Me ouviu Damon? Faça-a sofrer e você é quem vai chorar vai ser você – disse Klaus.

–Afinal o que você é dela?

–Desde quando meu parentesco com a Ally é da sua conta? – disse Klaus saindo.

–Ficou claro né Damon? – perguntou Elena também saindo.

–Oh, povo que cuida da minha vida – disse subindo a escada.

Ally estava espreguiçando na cama abriu os olhos e sorriu a me ver, enrolou-se nos lençóis e arrumou o travesseiro na sua cabeça.

–Pensei que não fosse acordar mais – disse me sentando.

–Eu precisava descansar – disse bocejando.

–Quer ir dar uma volta? – perguntei.

–Eu tenho que ir ao hospital ver minha irmã, ver se ainda esta viva – sorriu triste.

–A bruxinha vai conseguir ajudar eles – disse.

–Espero que sim – disse – Ela é tudo que eu tenho.

–Me sinto ofendido quando diz essas coisas – disse pegando-a e abraçando-a – Eu estou aqui.

–Sei que está – sorri.

–E eu não vou a lugar nenhum.

–Sabe Damon aprendi uma coisa – disse séria.

–O que?

–Garotas boazinhas só tomam no cú – disse rindo.

–Então seja uma garota má – disse malicioso.

–Porque uma garota má?

–Porque as garotas boazinhas vão para o céu, já as más além de gostosas vão aonde querem – sorri.

–Eu aqui pensando em ser alguém legal para o Vincent, ele me traindo com a sua irmã.

–Ah esquece isso.

–Dói Damon, sentir-se rejeitada, não é um sentimento novo, mas, sei lá dói como se fosse à primeira vez.

–Sorria, quando a sua irmã melhorar eu vou levar você para minha casa e nem queira saber o que vou fazer com você lá – disse malicioso.

[…]

Alyson estava novamente no hospital junto com a Elena, eu e Stefan apenas olhávamos ao longe ambas desesperadas com os quase cadáveres dos irmãos.

Aquela Abigail era mesmo uma baita de uma vadia, mesmo sendo ruim como poderia fazer aquilo com sua própria filha mata lá do jeito mais doloroso possível.

–E se a bruxinha não der jeito? – perguntei para o Stefan, sabendo que Alyson não escutava e nem Elena pela falta de atenção.

–Bonnie sempre da um jeito Damon – disse Stefan.

–E se não der Stefan? E se não der? Já pensou como essas duas vão ficar?

–Desde quando se importa com isso?

–Sabe aquela loirinha ali? – perguntei apontando para Alyson – Desde que eu decidi que a quero pra mim, desde que decidi que vou cuidar dela.

–Nossa!Damon Salvatore se preocupando com alguém – disse irônico.

–Não, não Stefan irônico não combina com você – disse sínico.

–Ah, não se preocupe irmão a Bonnie vai conseguir – disse Stefan.

Fiquei quieto apenas pensando quieto movendo meus parafusos mentais que eu ainda tinha, Stefan estava apenas olhando para Elena que estava tão aflito quanto eu por não poder fazer nada.

–Qual você acha que é o parentesco da Ally com o Klaus? – perguntei aleatoriamente curioso.

–O que quer dizer com isso?

–Pensa bem Stefinho, ele é o Klaus o velho e malvado Klaus que quase nos matou um monte de vezes, que quase matou sua namorada, já viu como ele se preocupa de mais com ela – disse fazendo Stefan pensar.

–Será tio? Pai? Irmão? Amigo? Ele é o guardião dela não foi o que ele nos disse, Elijah é o da Elena ele nos contou isso Damon – disse.

–Quem disse que não pode estar mentindo? E se nem mesmo a Elena é o que pensamos, se o passado dela for como o da Ally?

–Acha que há algo a mais? – questionou curioso.

–Eu tenho certeza que há – sorri.

–Agora não vamos descobrir nada, deixar elas agora é covardia.

–Eu sei Stefinho eu sei – disse sínico.

–Eu sabia que isso não ia acabar bem – murmurou Ally baixo.

–Ainda não acabou Ally – disse ficando ao seu lado.

–Se ela morrer…

–Hey, olha pra mim – disse pegando seu rosto – A bruxinha vai tirar sua irmã dessa e daqui a pouco a pirralha e o Gilbert vão estar aprontando de novo.

–Se eu pudesse eu iria até ela e a mataria – disse nervosa.

–Então somos duas – rosnou Elena.

–Vocês duas podem tirar a idéia de ir atrás dessa mulher, ela é perigosa e mata vocês duas sem pensar duas vezes – disse Stefan.

–Nem que tenhamos que colocar você com verbena e a Alyson com tranquilizantes no porão – disse – E sim, eu teria coragem disso.

–Vamos para casa – disse Stefan pegando Elena.

[…]

Estávamos novamente na mansão todos, Klaus e Caroline o casal do ano e misterioso, Elena e meu irmãozinho e eu e Ally, sim já nos considerávamos um casal.

–Sabe Klaus já que estamos aqui sem fazer nada poderia nos terminar de contar aquela história - disse sínico.

–O que querem saber? – perguntou ele.

–Quem estava envolvido nessa história? – questionou Elena.

–Todos exceto Caroline – disse.

–Porque Abigail queria que não nos lembrássemos?

–Ela queria reescrever a história dela e ande uma antiga conhecida de vocês.

–Quem?

–Katerina – disse sínico – Abigail, Katherine e Miranda tinham que reescrever suas histórias, com Elisabeth morta, Alyson e Elena esquecendo-se de tudo, Damon cheio de ódio e manipulável novamente, Stefan totalmente fora do alcance da Elena, Brian vivo era e deveria ser o plano perfeito.

–Porque de tudo isso? O que elas tinham feito?

–Quando as duas copias nasceram, Miranda teve Elena e Elisabeth Alyson, Abigail sempre teve o ciúmes doentio da irmã, então Miranda que também detestava a beleza e tudo que tinha na Elisabeth.

–Disso já sabemos – disse Ally impaciente.

–Pois bem, na época havia um clã de bruxas era composto pela mais velha de cada família de bruxas como as Bennett, por exemplo, elas eram uma autoridade sobrenatural depois que minha mãe morreu e não deixavam nada sair do controle, Elisabeth representava as Grey.

–Mais Elisabeth não era a mais nova? – questionou Alyson.

–Esse era um dos motivos da raiva da Abigail, mas, havia um jeito de Miranda e Abigail tirar ela do grupo e Katherine junto a Emily foi quem deu essa solução, vender as duas cópias.

–Como assim vender as cópias? – questionou Stefan.

–Depois de Elisabeth morta Katherine sabia muito bem que se vendessem as garotas, já que tinham grande utilidade para feitiços e rituais, as venderiam para Tatia ela daria o feitiço do amor – disse Klaus.

–Do amor? Espera tudo isso se resume a amor? – questionou Ally.

–Sim, basicamente, mas, não é a raiz de tudo – disse Klaus – Como eu disse as bruxas eram autoridades e não deixavam que nada saísse do controle delas, o feitiço de esquecimento era algo que atingia uma cidade inteira por tanto é devidamente errado.

–Então por isso elas procuraram a Tatia, porque ela não fazia parte do grupo? – questionei.

–Exatamente, Tatia sempre fora bondosa e não aceitou as meninas como um preço, mas, disse que realizaria o feitiço do esquecimento só que era preciso uma cópia no sacrifício.

–Mas, nenhuma de nós duas morreu, se éramos as últimas…

–Elas não podiam matar vocês duas, eu e Elijah não deixaríamos isso acontecer foi então que sua irmã nasceu, mas, foi uma decepção além de ela gostar de você Alyson ela não era uma copia de nada.

–Que mãe legal a minha – murmurou Alyson.

–O destino de vocês quatro e algo que esta além da compreensão de qualquer um, ela poderia fazer vocês se esquecerem todos os dias de quem são, mas, vocês acabariam se encontrando e recomeçariam a história – disse Klaus – Com o feitiço feito todos vocês de esqueceram, ela levou vocês duas para Nova York e com aquele coitado que você chama de pai, criou vocês duas.

–Porque o Brian vive atrás de mim?

–Ele tinha conseguido sua mãe, mas, digamos que ela não era nada fiel e então você nasceu Sweet e não era filha dele – sorriu Klaus – Então ele jurou que fazia todas as gerações da sua mãe um inferno, e você e a cara dela e o motivo perfeito.

–Ainda não nos disse o porquê do feitiço do esquecimento – disse Elena.

–Perguntem ao Stefan e ao Damon – Klaus disse malicioso, podia ser impressão minha, mas, ele não estava muito a fim de deixar minha imagem limpa.

–Eu conheci Abigail – disse.

–Mas, eu nunca conheci Miranda.

–E a Katherine? – questionou Klaus.

Stefan calou-se e como diria Lexi, quem cala consente.

–Você se envolveu com a Katherine depois de tudo? – questionou Elena.

–Com as duas copias mais lindas do universo segundo elas fora do jogo, os Salvatore não tinham dona – sorriu Klaus.

–Eu sei que eu sou gostoso, mas, causar tudo isso? É de mais – disse.

–Você não é gostoso é um sem vergonha – disse Alyson.

–Então deixa eu ver se entendi, Abigail e Katherine queriam Damon e Stefan, por isso matou a Elisabeth por ciúmes para conseguir o feitiço do esquecimento, que as bruxas não deram, mas, Tatia fez e então eu e Alyson nos esquecemos – disse Elena.

–Sim, só que as gracinhas Salvatore não as queriam do mesmo jeito, foram noites e dias de muita farra e bebedeira, mas, não era amor – disse Klaus, como ele sabia de tanta coisa?

–E onde Miranda entrava nisso?

–Egoísmo? Vingança?Nunca soube o que ela queria e também nunca mais a vi.

–Isso ainda e tudo muito confuso – disse a Ally – Elas fizeram tudo isso só por amor? Só por amor? É um motivo um tanto banal.

–O amor não e banal Ally – disse Caroline – Mas, ele pode se tornar doentio como nos casos contados, o amor pode ser tão forte quando a vingança é para algumas pessoas, ou como o ódio de tudo é para você.

–Eu matei meu irmão por amor – disse.

–Sabe que você e Stefan nunca brigaram por causa da Katherine e eu inventei tudo isso apenas para ficarem o mais longe possível delas – disse Klaus.

–O que? – eu e Stefan perguntamos.

–Ninguém quer ter garotas tão novas ligadas a dois vampiros cheios de problemas, mas, o Stefan sim foi apaixonado pela doce Katherine, mas, ele nunca foi o que ele pensou que fosse.

–Como sabe de tantas coisas?

–Eu vivi muito, já vi muita coisa também – disse – E você Ally não deveria subestimar a força do amor.

–Força do amor, força do amor – disse ela se levantando – Prefiro a força do calibre 38 ou a força de um soco, amor? Cara, me poupe.

Alyson subiu as escadas, tinha ficado um tanto revoltada com a história.

–Ela não acredita – disse Klaus.

–Em que?

–Que o amor dela trouxe todo mundo para onde está agora

–Não é sobre as mães loucas? – questionei.

–Não Damon, pense bem se ela não acreditasse no amor como diz, porque não deixou a cidade no momento em que terminou o caso? Ou porque não te prendeu? Porque não sumiu da cidade quando Abigail pediu para ficar longe de você?

–Porque ela ainda acredita no amor – disse Caroline – Só ainda não sabe.

–A vida não mostra que ela deve acreditar – disse Stefan.

[…]

Alyson estava deitada na cama abraçando um travesseiro, andei até ela e me joguei ao seu lado a fazendo levar um susto, deitei apoiando minha cabeça em minha mão olhando diretamente para ela.

–Você e muito revoltadinha – disse.

–O que eu fiz agora?

–Sei lá meio que surtou lá embaixo?

–Ah esse papinho de amor me deixa estressada.

–Deveria acreditar mais.

–É mesmo senhor eu namorei meio mundo?

–Como é ciumenta essa Ally – sorri.

–Eu? Ciúmes?De você? Sonha – sorriu.

–Então eu vou ali ver como a Abigail está e já volto – disse levantando.

–Vai á lugar nenhum não – disse me puxando de volta.

–Disse que não tem ciúmes.

–Mais eu não quero que vá a lugar nenhum, lugares que eu não esteja por exemplo.

–Ui, a Ally é controladora.

–Nem imagina o quanto.

–Ally eu já imaginei coisas de mais com você.

–Você é pervertido – disse rindo.

–Não sabe se foram essas coisas que está pensando – ri.

–Vindo de você tenho certeza que é – disse.

–Quer saber uma das coisas que eu imaginei?

–O que?

–Isso

Peguei-a pelo meio da cintura ainda deitada, colei minha boca na dela com um estralo nossas línguas brigavam por um espaço, mesmo surpresa ela devolvia o beijo feroz mente, como se tivesse esperado aquilo há muito tempo como eu havia.

–Não imagina quantas vezes eu sonhei com isso – sussurrei.

–Isso porque não imagina quantas vezes eu desejei que fizesse isso comigo, mesmo que eu resistisse até perder o fôlego – sorriu ofegante.