Um Maroto Apaixonado escrita por Mudblood


Capítulo 9
Apostado?


Notas iniciais do capítulo

OOOI PESSOAS LINDAS E MARAVILHOSAS :3333333

WJDIOWJFDW3JF ta parei.

Gente, primeiro eu queria pedir desculpas pela demora pra postar a fic, cmo eu disse, minhas aulas começaram e fica meio dificil né, e eu não tinha ideias pra esse cap....

E segundo........ MUITO OBRIGADA PELOS COMENTÁRIOS!!!!

Ai que felicidade, amo vcs viu?

Bom, sobre o cap: Já ta acabando as férias da Grace e dos Marotos; Nesse cap eu quis explicar que o Sirius >não< apaixonado pela Grace, ele só quer comer ela pq ta cm o orgulho ferido e etc, ok?

P.S. VIRAM Q EU MUDEI A CAPA E A SINOPSE(não foi nada demais)?? ME DIGAM O Q ACHARAM!

É isso, boa leitura...



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– AH! VOCÊ ME PAGA POR ISSO POTTER!

O garoto de pele amarelada, nariz de gancho, olhos pretos e cabelos compridos extremamente oleosos da mesma cor, gritou, (após se recuperar da batida), a James, que havia lhe lançado uma azaração para que batesse com sua cara na árvore.

– Desculpe, o que você está querendo dizer? A culpa não é minha se você é tão desastrado a ponto de bater na árvore, Ranhoso - James rebateu se fazendo de inocente. Ele chamou Severo Snape pelo nome que ele e os Marotos o tinha apelidado.

Snape apenas deixou grunhidos furiosos escaparem por seus lábios, deixando claro que estava se irritando com a ironia de James.

– Ah, qual é! Seu nariz não pode ficar pior do que já é com essa batidinha! - Sirius se intrometeu na briga rindo.

– Não se meta no que não foi chamado, Black! - Severo revidou.

– É quem é você pra me dizer onde devo e não devo me intrometer, hein, Ranhoso? - alguns alunos paravam para ver o que estava acontecendo e ficavam ali, observando a discussão.

– James, Sirius! Calem a boca os dois e vamos embora!

– Isso, vão embora seus covarde! - Snape os provocou.

– Você ta certo, Remus, não vale a pena discutir com ele... - James respondeu com repulsa na voz, virando-se para acompanhar seus amigos.

Aproveitando que Potter estava de costas para si, Severo sacou sua varinha, mas antes que pudesse lançar um feitiço ao rival, uma voz feminina e doce que ele já conhecia, mas na hora estava irritada e confusa, exclamou:

– O QUE DIABOS ESTÁ ACONTECENDO AQUI?! - no momento que ouviu a voz, James virou-se rapidamente e Severo baixou a mão que segurava a varinha - Por que você estava com a varinha apontada para o Potter, Severo?!

– Você ia me atacar por trás, Ranhoso?!

– Parece que vocês não conseguem ficar uma semana sem brigar! - era a voz de Lily Evans.

– Olha ruiva, não é o que parece... - James tentou explicar, mas Severo o interrompeu.

– É o Potter que não consegue ficar uma semana sem me irritar!

– Oopa! Não venha colocar toda a culpa em mim! E o que eu posso fazer se sua presença me irrita?! - James exclamou indignado.

– C-h-e-g-a! Chega vocês dois! Ajam com maturidade uma vez na vida!

– Como você quiser, Lírio, se isso for te deixar mais calma - James disse.

– Quieto você! - ela lhe lançou um olhar zangado - E você, Snape, acho melhor ir à enfermaria colocar um gelo aí - ela indicou com a cabeça o machucado que estava ficando roxo no rosto do garoto.

– Não preciso que você me diga o que fazer, Evans!

– Desculpe se eu só estava tentando ajudar pra você não ficar com essa cara horrível o dia inteiro! - assim que ela soltou a frase várias risadas de quem estava acompanhando a discussão ecoaram pelo pátio e principalmente dos Marotos.

Severo saiu do local a passos rápidos e pesados.

– Essa é a minha ruiva! - James exclamou assim que a maioria das pessoas ia saindo.

Lily virou-se para ele ainda brava.

– Não Potter, eu não sou sua ruiva. Não se iluda - ela passou por ele indo em direção ao castelo.

James ficou com uma expressão boba no rosto e sem perder a chance de aproveitar-se da situação, Sirius disse:

– Só não baba, viado.

– Cala a boca, cachorro.

– Todos sabem que vocês se amam seus gays. Agora vamos, a próxima aula já é daqui a pouco e temos que encontrar Pedro - Remus disse rindo e virou-se, indo ao castelo, sendo seguido pelos dois rapazes.


************



"Droga, como é que se faz essa operação mesmo? Eu não acredito que eu esqueci” .

Grace estava apoiada sobre sua mesa, com sua prova gigante de matemática em cima. Ela se concentrava numa operação que não estava conseguindo realizar. Suas sobrancelhas estavam franzidas e sua expressão demonstrava frustração. Ela mexia com o lápis eu sua mão, talvez isso fosse um movimento de nervosismo.

"A Carrie deve saber... Mas ela ta um pouco mais na frente que eu... Pensa, pensa!".

A garota precisava chamar a atenção de sua amiga, que, felizmente, era boa em matemática. Mas, infelizmente estava a duas mesas a sua frente.

Ela tossiu falsamente e no meio desse ato pronunciou o nome de Carrie disfarçadamente.

– Precisa de ajuda em alguma coisa, senhorita Moore?

O professor substituto careca e com cara de ovelha que estava acomodado a sua cadeira na frente da sala, olhou para a aluna com um ar... Sarcástico? Ela não conseguia interpretar sua expressão.

"Merda, merda, merda...".

– Não, obrigada - foi o que conseguiu dizer.

– Tem certeza? Você parece estar meio nervosa.

Ok.

Não era uma expressão sarcástica, era uma expressão preocupada. Grace até se sentiu culpada por falar mal do professor mentalmente segundos antes.

– E-eu...

– Depois desta aula será o intervalo, certo? - ela assentiu - Acho melhor você ir tomar um ar... Faltam muitas questões para que termine a prova?

– É...enaonadso - ela balbuciou as palavras espantada com a tamanha preocupação do professor, aquilo só poderia ser uma pegadinha - Só falta uma questão - ela disse por fim.

– Então vá à enfermaria, depois você termina a prova na sala da diretoria, não se importa de perder um tempo de seu intervalo, se importa?

Ótimo. Ela iria poder sair daquele ambiente fechado e medonho chamado de sala de aula.

Mas depois iria para um ambiente pior ainda: a sala da diretoria.

Mas pouco importava, ela iria sair dali e tomar um ar, isso a deixaria mais calma.

– Não, não me importo.

Ela se levantou calmamente (ou tentou transparecer que estava calma) e se dirigiu até a mesa do professor para entregar sua prova. Como estava perto dele, pode ver seu sobrenome escrito no crachá que ficava preso em sua camisa.

– Aqui a prova, professor Kevet.

– Certo, vou guarda-la aqui comigo e no final desta aula a deixo na sala da diretoria.

Nessa hora, todos os olhares da sala estavam voltados a ela.

"Por favor, que eu não esteja com cara de mosca morta" ela implorou mentalmente para si mesma.

– Muito obrigada - ela agradeceu ao professor e logo baixou a cabeça. Teve que dar pelo menos sete passos grandes até chegar à porta. Esses foram os passos mais demorados e agonizantes de sua vida.

Grace respirou o pouco de ar vindo dos corredores. Ela sentia como se tivesse acabado de sair de uma prisão.

Caminhou, caminhou e caminhou. Não estava prestando atenção necessariamente no caminho até a enfermaria, ela apenas queria andar.

Mas como ela era A atrapalhada Grace Moore, não poderia deixar de levar um tombo daqueles.

"Por que diabos havia três degraus no meio do corredor?!" ela pensou enquanto estava esparramada no chão, verificando se não tinha quebrado nenhum osso.

E o pior de tudo é que havia alguém para assistir ao lindo e maravilhoso (lê-se horrível e estrondoso) tombo.

Alguém que era maravilhosamente lindo, no ponto de vista dela.

Um garoto alto, de pele negra, olhos pretos e cabelos perfeitamente cacheados a olhava espantado.

Ela tinha acabado de levar um tombo vergonhoso e estava jogada no chão de um jeito realmente estranho, então fez a primeira coisa que lhe veio à cabeça:

Sorriu.

Mas aquilo não foi exatamente um sorriso, pareceu mais um sapo tentando sorrir.

Se é que sapos tentavam sorrir.

– Er... Você está bem?

Depois de retornar do transe e parar de babar, Grace respondeu:

– Eu? Ah, claro! Não foi nada demais...

– Sério? É que... - ele foi até ela e a ajudou a levantar.

– Eu sei, eu sei, mas eu já to acostumada - ela riu tentando parecer normal.

– Onde você tava indo? Você não tem aula agora?

– Ah, tenho sim, mas eu tava indo na enfermaria... Você também não tem aula? - ela lembrou-se onde estava indo.

– Tenho, mas eu tinha ido ao banheiro. Na enfermaria? Então você já não estava bem... Vamos, vou te acompanhar.

– Hã? O quê? - a sua capacidade de pensar estava inativa naquela hora - Não precisa, você vai perder aula, eu to bem, sério.

Ela estava bem mesmo.

Mas ela queria muito que ele a acompanhasse.

– A aula ta parada demais, nem vão notar minha falta, vamos - ele disse sem preocupação na voz.

– Ahn... Ok - ela tentou não demonstrar tanta felicidade na voz.

Grace foi à enfermaria com o garoto de cabelos cacheados, que se chamava Thomas, e depois foi à sala da diretoria terminar sua prova.

Passados 13 minutos depois, ela estava indo para a sala da próxima aula com Carrie.

E, finalmente, estava livre dos testes: essa fora a última prova antes das férias.

– Acho que não foi muito bem naquela prova, mas azar, já estou passada - Grace comentou com a amiga.

– Então não tem do que reclamar... Você não tem que reclamar de nada na verdade! Você conseguiu sair da sala no meio de uma prova e encontrou com um garoto super gato! - ela quase gritava as palavras indignadas.

– Isso, fala mais alto pra todo mundo ouvir - Carrie baixou a cabeça - e outra, eu paguei o maior mico na frente dele, você acha que isso é sorte?!

– Se cair na frente de garotos gatos fazem eles convidarem você pra sair, eu vou sair tombando por aí! - ela exclamou rindo - mas eu ainda não entendi uma coisa... POR QUE VOCÊ NÃO ACEITOU SAIR COM ELE?!

– Pode gritar a vontade... - Grace disse sarcástica.

Carrie cruzou os braços e parou na frente da amiga, bufando.

– Olha... Eu até ia dizer sim, mas... - ela suspirou - mas aí eu lembrei do Derek e que mesmo que a gente esteja só ficando, eu não iria fazer isso com ele.

– Continuo não entendendo você.

– Normal, nem eu me entendo às vezes.

Elas entraram na sala e sentaram nas classes, uma do lado da outra.

– Quer ir lá em casa hoje? - Carrie perguntou.

– Ah não dá, tenho que fazer uma faxina lá em casa - Grace fez uma careta.

Faltavam apenas dois dias para que as férias começassem e Grace não esperava a hora de poder dormir até tarde e não ter que se preocupar com tarefas e testes.

Mas ela não tinha ideia do que a esperava.


************


Já era noite e todos os alunos de Hogwarts ouviam atentos ao que o diretor Dumbledore falava. Essa era a última noite na escola antes das férias, portanto, o professor iria revelar o vencedor da Copa das Casas e quem ganhara a Taça de Quadribol e logo após haveria a ceia com uma festa de despedida.

Sirius e James estavam apreensivos quanto ao resultado da Taça de Quadribol, afinal, eles praticavam esse esporte e era muito importante para eles que a Grifinória ganhasse.

– Então, sem mais delongas, vamos ver qual casa ganhou a Taça de Quadribol - a frente dele, estendeu-se um envelope mágico, ele o abriu e anunciou - E a casa vencedora é... Alunos e alunas aplaudam a Grifinória!

Boom!

James e Sirius pularam do banco em que estavam sentados gritando e comemorando.
Sim, eles tinham conseguido mais uma vez seguida!

– Nós somos fodas, cara! - exclamou Sirius para o amigo.

– Certo, certo, mais tarde vocês comemoram de novo - disse o diretor agitando os braços calmamente - agora, vamos saber qual a casa vencedora da Copa das Casas.

Todos no salão se aquietaram novamente.

Dumbledore pigarreou e outro envelope mágico se estendeu a sua frente.

– E a casa vencedora desse ano é... Fiquem orgulhosos lufanos, pois foi a Lufa-Lufa que ganhou!

Todos os lufanos, sem exceção se levantaram e bateram palmas. Os demais no salão fizeram o mesmo, exceto alguns da Sonserina. Eles se abraçavam e comemoravam uns com os outros.

– Desejo a todos ótimas férias e aproveitem o banquete!

Ele voltou para a mesa onde ficavam os professores e funcionários e se sentou no meio da mesa.

– Qual seria o melhor jeito de comemorar a nossa vitória sobre os répteis verdes, hein pessoal? - James disse/perguntou para os Marotos com um sorriso no rosto.

Os Marotos, principalmente Sirius e James tinham uma "necessidade" de ganhar sempre dos sonserinos. Eles poderiam perder para qualquer casa, menos para a Sonserina.

– Nós sabemos direitinho... - Sirius respondeu com um ar pervertido.

– Mas é claro - Remus concordou e Pedro assentiu.

Eles não se importavam se no outro dia teriam de acordar cedo com uma ressaca daquelas, eles apenas queria curtir sua vitória.

–----

Dito e feito: na manhã seguinte os Marotos estavam deitados (pode se dizer desmaiados) no chão da Sala Comunal da Grifinória, junto de quase todos os grifinórios. Os quatro estavam sem camisa, ficando apenas com a calça jeans que usavam. Não se aguentavam em pé. Os rostos com olheiras e dores de cabeças fortíssimas, sem contar que pareciam zumbis tentando se locomover.

Mas isso não significava que a festa da noite passada não tinha valido a pena. Tinha valido. E muito.

Eles dançaram, beberam (sem que os professores soubessem), ficaram com garotas e curtiram até o último momento a comemoração.

– Nossa cara, acho que minha cabeça vai explodir - disse James, tentando se levantar.

– A minha já explodiu faz tempo, se você quer saber - respondeu Sirius, ainda deitado do chão, com os olhos fechados e uma expressão de dor.

– Foi. A. Melhor. Noite. - ofegou Pedro, que estava sentado com uma expressão mista de surpresa e adoração.

– Não é de se surpreender, você estava literalmente louco ontem, Rabicho - James respondeu ao amigo, já em pé, tentando se equilibrar na mesa ao lado.

– Aluado... - Sirius cu tucou Remus que continuava deitado no chão com os olhos fechados - eu sei que a noite foi ótima pra você, não minta pra mim.

– Cala a boca, a minha cabeça ainda está rodando - ele respondeu com uma voz rouca - e se você está falando sobre...

– Dorcas - Sirius completou - óbvio que estou.

Remus deu uma risada.

Ontem, antes de ir comemorar a vitória da Grifinória, ele deu uma passada na casa da Lufa-Lufa para parabenizar todos, e principalmente sua namorada.

– Eles ficaram só nos amassos - respondeu James se intrometendo na conversa - não acharam um lugar com total privacidade.

– Nós combinamos dela ir lá pra casa nas férias - ele fez uma pausa - tenho que colocar uma piscina lá, aposto que as pernas dela são bem melhores sem uma capa as cobrindo.

– Pensei que você estava com a cabeça rodando - Pedro falou.

– Mas isso não me impede de imaginar minha namorada de biquíni - ele sorriu pervertido.

– Ok, eu vou tomar um banho e... - James foi em direção às escadas que davam ao dormitório masculino, sendo interrompido por um Sirius que se levantou rapidamente e tentava chegar às escadas primeiro que ele.

– Vai sonhando, Potter! Eu vou tomar banho agora!

– Vai pra outro banheiro!

– Todos os outros estão cheios de alunos desmaiados! - o único banheiro que se encontrava "normal" era o do dormitório deles, pois tinham trancado a porta. Os dois subiam as escadas, um tentando ir mais rápido que o outro.

– Tanto faz! Eu vou tomar banho primeiro!

– Seu viado!

– É cervo, seu cachorro!

– É lobo!

– Calem a boca vocês dois! Parecem macacos brigando por uma banana! - a gritaria dos dois se escutava lá de onde Remus estava.

– No caso somos hipopótamos brigando por um banho decente no lago - falou Sirius.

E nesse momento que o moreno respondeu o amigo, James aproveitou e saiu correndo em direção ao banheiro, antes pegando a chave na mesa de cabeceira, e entrando lá e trancando a porta.

– Ah não... - Sirius percebeu o que James tinha feito e foi correndo atrás dele e começou a bater na porta - seu infeliz! Abre essa porta antes que eu a derrube!

– Tarde demais, Black - respondeu James, e Sirius jurou que o amigo abrira um sorriso sarcástico.

– Você não pode esperar James sair do banheiro?! - perguntou Remus entrando no dormitório e indo arrumar sua mala.

– Não.

– Então vá à merda.

– Amo você também, aluado - respondeu Sirius com um sorriso irônico indo arrumar suas malas.

Após terminar de guardar todos os seus pertences, Remus pegou uma toalha para ir tomar banho. Ele iria procurar algum banheiro que não estivesse com alunos desmaiados dentro, o que seria bem difícil.

Ao descer as escadas deparou-se com Pedro ainda sentado na cadeira em estado de choque:

– Rabicho...? Você ta bem, cara? - ele perguntou um tanto preocupado.

– Eu? Ahn... Sim, sim - parecia que tinha acordado de um transe - vou arrumar minhas coisas... - ele disse se levantando.

– Ahn... Ok. Eu vou tomar banho, cuide o James e o Sirius, eles não estão batendo muito bem da cabeça hoje. Quero dizer, estão piores do que o normal.

– Claro, claro - assim Pedro subiu as escadas e desapareceu da vista do amigo.

Remus saiu pelo quadro da Mulher Gorda, mas antes que pudesse continuar seu caminho, ela o chamou:

– Você é o primeiro que sai lá de dentro ela resmungou - não consegui sequer dormir por 5 minutinhos noite passada...

– Ah, qual é?! Agora você terá as férias interias para descansar, sem alunos pra te incomodar. Só não sinta muita falta de mim, ok? - disse ele com um sorriso sacana e ela o respondeu com uma careta. Virou-se e seguiu seu caminho.

Sabe-se lá quanto tempo demorou para achar um banheiro que estivesse em condições boas para ser usado. Mas havia um detalhe, vários alunos esperavam numa fila para poder usar os boxes.

– Droga - Remus murmurou.

Ele tentaria achar outro banheiro, demoraria muito se esperasse na fila.

Não andou muito até achar, quando estava no sétimo andar, o banheiro masculino. Não havia nenhuma fila, apenas alguns alunos estirados no chão (como ele previra). Tratou de acordá-los e disse para irem arrumar suas malas. A maioria não estava muito ciente do que acontecia, então não contestaram.

Entrou no banheiro sozinho e trancou a porta. Tomou o banho, e, quando saiu do boxe, apenas estando com uma toalha na cintura, o peito nu e os cabelos molhados, ouviu uma voz familiar por perto.

– Eu vou procurar um banheiro por aqui, e você procura no andar de baixo, pode ser, Ali? - era sua namorada.

– Claro, Doc, se você achar algum aqui me avise e se eu achar te aviso também, certo? - provavelmente era Alice, sua amiga.

– Certo, boa sorte - Dorcas virou um corredor (o mesmo que Remo estava) e Alice seguiu reto.

"Time perfeito" pensou Remus e se escondeu atrás de uma escultura que ficava ao lado de fora da porta do banheiro. Assim que Dorcas passou sem perceber sua presença, ele a agarrou por trás, delicadamente, com uma mão cobrindo os olhos da garota e a outra segurando seu braço esquerdo. Puxou-a para dentro do banheiro e trancou a porta novamente.

– O quê?! - a garota soltou um grito assustado, mas assim que viu quem era sua expressão se aliviou.

– Desculpa, te assustei?!

– Não, imagina, uma mão que me agarra por trás e me puxa para dentro de um banheiro - ela disse irônica e abriu um sorriso.

– Sorte a sua que o dono da mão é um gato que adora a namorada - ele falou e foi aí que Dorcas percebeu que o namorado estava só com uma toalha na cintura e os cabelos estavam sensualmente molhados. Sem resistir, ela mordeu o lábio e ele sorriu.

– V-você já tomou banho? - ela gaguejou, recuperando-se do "choque".

– Já, quer tomar também? - ele perguntou.

– Por favor - ela sussurrou - eu to cheirando a bebida, não to aguentando.

Ele riu e a mostrou o boxe. Ela pegou a toalha que estava em seus braços e deixou a roupa que colocaria depois de tomar banho em cima de um banco.

Entrou e ligou o chuveiro, fechando uma pequena cortina que impedia que quem estivesse do lado de fora a visse. Remus se sentou no banco e os dois ficaram conversando enquanto Dorcas tomava banho.

Assim que o som da água caindo não foi mais ouvido, a garota abriu a cortina e saiu do boxe, com a toalha enrolada no corpo. Os cabelos louros estavam molhados e na frente do rosto. Remus se levantou e foi até ela e puxou uma mecha de seu cabelo para trás da orelha.

– Você vai voltar assim para o seu dormitório? – Dorcas perguntou.

– Assim como...? - Remus perguntou confuso até que olhou para seu corpo - Ah, merda! Esqueci de pegar uma roupa! - ele havia se esquecido de pegar uma roupa limpa, afinal, não colocaria sua roupa suja, pois se não, não valeria de nada o banho que tomou.

Dorcas riu da situação do namorado.

– Não se preocupe, você é um Maroto, ninguém vai achar estranho.

Ele sorriu e a beijou. Com uma mão, segurou a cintura e a puxou mais para perto, e com a outra, segurou sua coxa. Ela colocou suas duas mãos no peito descoberto dele; O casal ficou entre beijos e carícias até que Dorcas sentiu sua toalha escorregando do corpo e parou o beijo para impedir que esta caísse.

– Acho que a gente já tem que ir - ela disse contra vontade, desejando poder ficar mais tempo ali com ele.

– Er... Pois é, já deve ser a hora do café - ele respondeu e largou sua cintura e sua coxa.

Ela foi até o banco, pegou suas roupas e voltou para o boxe. Após alguns minutos, saiu dali com uma calça jeans e uma camiseta. Colocou a sapatilha que estava antes e saiu do banheiro com Remus, (que estava apenas com uma toalha na cintura).

Eles pararam no quarto andar:

– Vou pro meu dormitório colocar minha roupa e depois desço para o Salão Principal – Remus disse e deu um longo beijo nela.

– Pensei que você nunca ia colocar a roupa - os dois riram - ok, vai lá, seu sem vergonha.

– Acho que você está me confundindo com o Sirius - ele brincou e despediu-se.

Remus foi para o Salão Comunal da Grifinória e Dorcas foi para o Salão Principal tomar o café da manhã.

–--

Passaram-se cerce de 20 minutos para que James saísse do banho, mas para Sirius, pareciam horas. Pedro já havia arrumado as malas e já fora tomar café.

Sirius saía do banho já vestido, enquanto James continuava só com uma toalha enrolada na cintura, arrumando suas coisas.

– Ah... Finalmente a dor de cabeça diminuiu... - Sirius suspirou - Cadê o Aluado, ainda não voltou do banho?

– Não - James respondeu.

– Eu sabia que não valia a pena procurar um banheiro por aí - ele sentou-se na cama.

– Levanta essa bunda daí e me ajuda a guardar minhas coisas!

– E por que eu faria isso? - Sirius perguntou em tom inocente.

– Por que você é meu amigo, seu idiota.

– E você não foi meu amigo quando trapaceou para entrar no boxe primeiro, senhor Potter.

– Era só um banho! E eu não trapaceei, você é que não sabe correr rápido.

– Desagradando o papai aqui, e você ainda quer que eu te ajude? Ha-ha, até mais, Potter - dito isso, Sirius saiu do dormitório rindo, deixando um James procurando loucamente por seus óculos.

Depois de algum tempo, já vestido e ainda arrumando suas malas, mas quase terminando, James viu Remus entrando no quarto, este só de toalha.

– Você tava todo esse tempo tomando banho? - James perguntou incrédulo.

– Não, eu tava com a Dorcas. Só vim colocar uma roupa.

– Ah... - James entendeu a demora do amigo.

Quando Remus colocou sua roupa, James terminou de arrumar seu malão e os dois foram juntos para o Salão Principal encontrar com Sirius e Pedro.

–----

– É impressão minha ou a mulher do carrinho de doces ainda não passou na nossa cabine? - James perguntou faminto.

Agora, os Marotos estavam no Trem de Hogwarts para voltar para a casa. Já haviam tomado o café da manhã e pegado todas as suas malas, não se esquecendo de despedirem-se do diretor Dumbledore, eles realmente gostavam dele.

– Impressão sua, seu idiota. Ela já passou por aqui umas duas vezes - Remus respondeu.

– Tanto faz, eu vou procurá-la, preciso comer alguma coisa - James levantou-se - vão querer alguma coisa? - todos responderam que não, exceto Pedro, que estava dormindo.

– Você e a Dorcas combinaram de se encontrar no verão, não é? - Sirius perguntou a Remus.

– É óbvio, cara. Só nos dias perto da lua cheia que ela não vai... - Sirius sabia os motivos para Dorcas não encontrar com o amigo nos dias de lua cheia, era muito perigoso.

– Eu ainda estou tentando me decidir se vou primeiro conhecer as garotas da escola do norte ou do leste - disse o garoto se inclinando para trás tentando mostrar que estava indeciso.

– E as do sul e do oeste? - Remus perguntou, mas só a simples expressão de obviedade no rosto de Sirius respondeu sua pergunta - e é evidente que você já conheceu todas.

– Pensei que isso já estava claro, ah, e só pra constar, elas que vieram me conhecer.

– Uhum e vamos fingir que eu acredito que você não foi atrás delas - os dois riram, (depois de Sirius ter xingado Remus) - Sabe, eu aposto que você nunca vai conseguir gostar de uma garota de verdade, tipo, ficar com uma garota por dois dias ou no máximo uma semana.

– Está me desafiando, Aluado? - Sirius levantou uma sobrancelha.

– Não, estou só constatando os fatos.

– Ah, por favor, é claro que eu consigo, mas por que eu preferiria ser fiel a uma só quando várias outras passam por mim e eu não poderei ir atrás?

– Simples, você não é fiel - Remus sabia que Sirius era muito fiel, mas queria saber até que ponto ele aguentaria sendo desafiado.

– Ah, aí que você se engana, meu amigo. Eu sou fiel, e até demais, agora só me explica, aonde você quer chegar com isso?

Nesse momento James chegou na cabine com 2 sapos de chocolate na mão, uma caixinha apenas com feijõezinhos mágicos e vários outros doces.

– Nossa, aquela mulher tava lá no fim do mundo, demorei quase uma década pra achar ela. Perdi alguma coisa?

– Oh, nada, só Aluado me desafiando.

– Ooopa, uma aposta?! To dentro, pode falar Aluado!

– Quem disse que era uma aposta?! - Remus exclamou em legítima defesa.

– E não era? - Sirius indagou.

– Era - Remus admitiu - mas sei que é impossível você conseguir.

– Se os dois pudessem me dizer do que se trata, eu ficaria bastante grato.

– Eu tinha desafiado o Sirius a gostar de verdade de uma garota.

James começou a rir tanto que Sirius teve que dar-lhe um soco na barriga para conseguir falar.

– Isso doeu, seu cachorro - ele reclamou.

– A culpa não é minha se você é fraco - ele deu de ombros e prosseguiu - é óbvio que eu posso ficar com alguma garota por mais de algumas horas, consigo por mais de uma semana até. O caso é que não há nenhuma garota que vai conseguir me satisfazer totalmente.

– Ou seja, você não vai ganhar a aposta - concluiu James, fazendo uma expressão de deboche.

– Desde quando havia uma aposta? - perguntou Sirius incrédulo.

– Desde o momento que você disse que eu o havia desafiado - falou Remus sem papas na língua.

– Só me respondam, onde eu vou achar a garota sortuda que ficaria uma semana comigo?

– Não seria exatamente ficar, seria você se apaixonar - corrigiu Remus.

– Não exija demais de Sirius, Aluado! Ficar uma semana é o máximo que ele consegue, se apaixonar seria pedir demais! - disse James rindo - Ei... E aquela sua vizinha gostosa que você estava louco pra ficar?

– Aquela tal de Grace? - perguntou Remus e James assentiu - ele só ta obcecado por ela por que ela o chutou, ele ta com o orgulho ferido, isso sim.

James riu e falou:

– Com certeza! Mas duvido que ela vá ceder a ele, chutou ele duas vezes, acabou as chances.

Sirius só observava os dois conversando até que se manifestou.

Aceito.

Os amigos o olharam, confusos.

– Aceito a aposta.

– Jura?! - James perguntou perplexo.

– Juro. Eu aposto que consigo ficar mais de uma semana com uma garota.

– Gostar - Remus murmurou.

Ficar– Sirius disse sério - Gostar seria demais, como disse James.

– Ok... Apostado! Se você ganhar, eu paro de te encher sobre gostar, ficar, com uma garota de verdade e se você perder... Eu continuo te enchendo saco, simples.

– A-p-o-s-t-a-d-o - respondeu Sirius decidido.

Já estava apostado, não havia como voltar atrás.

– E então - James pigarreou - com qualquer garota você quis dizer...?

– Qualquer garota - ele respondeu dando de ombros - mas não dispenso a ideia de Grace poder ser a garota, afinal, é mais fácil de me encontrar com ela, é minha vizinha.

James sorriu, mas Sirius não entendeu que tipo de sorriso era aquele.

– Antes eu tinha um motivo por ser... Er... - Sirius começou dizendo

– Obcecado por ela... - Remus completou.

– Obcecado... - ele "digeriu" a palavra - é, pode ser... Antes eu tinha só um motivo pra ser obcecado pela Grace, o fato dela ter me chutado. Mas não vamos ficar comentando muito isso, entenderam?

Os amigos assentiram prendendo o riso.

– Bem, agora eu tenho dois motivos pra querer ficar com ela - Sirius sorriu pervertido. Ele queria ganhar essa aposta e queria mostrar a Remus e James que conseguiria ser fiel mesmo no seu ponto mais fraco.

E agora, sua vontade de ficar com Grace era maior, mas ele ainda não percebera esse fato, pois estava ocupado demais tentando curar seu orgulho ferido.



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Notas finais do capítulo

Cmo vcs acharam que ficou o cap.........?

Ficou idiota demais ele ter apostado?? Mas >não< vai ser assim que ele vai se apaixonar por ela, vai ser de outro jeito...

Então, eu, como uma autora insegura, espero comentários! Digam o q vcs acharam, se gostaram ou não gostaram se tem ideias(por favor se vcs tem ideias me digam...), etc! Sério gente!

Não sei quando irei postar o próximo cap, depende de cmo vai estar meus horários e depende dos comentáriosss...

Até gente,

xoxo