PVO Desconhecido

Confesso que me surpreendi ao olhar aquele galpão em chamas, parei analisando algumas labaredas que ainda permaneceram acesas. Andei calmamente pelos escombros e analisei os corpos carbonizados.

Não pude deixar de sorrir em imaginar a cara de Aro quando Isabella finalmente mostrara a força que tinha, ou a surpresa de todos ali quando a mesma atirara no pai sem nem pestanejar para proteger seus entes queridos.

Meu celular começou a vibrar insistentemente, assim que atendi afastei o aparelho do ouvido para escutar a voz em fúria do outro lado pela minha demora – pode falar! – minha voz estava calma

– Então, o que aconteceu? – a pessoa do outro lado, assim como eu, detestava rodeios

– Aro foi morto, Jane, Felix e mais alguns outros da guarda morreram – disse cada palavra com um tom calmo, sem mostrar abalo, mesmo sabendo o que viria a seguir

– COMO? INCOMPETENTE ... – uma pausa e pude escutar a respiração profunda e controlada do outro lado – como isso foi possível?

– Seu sócio subestimou Isabella e companhia, ela atirou nele sem o menor peso na consciência – sorri ao dizer tais palavras – devo completar que ele teve o fim que merece e deve estar queimando no quinto dos infernos – literalmente, completei para mim mesmo

Uma risada abafada do outro lado da linha e a voz rouca voltou a dizer – pelo que vejo essa família é muitíssimo interessante, contate-os, quero conhece-los muito em breve – fechei a minha mão em punho e travei meus dentes para controlar a raiva – e não falhe, sabe muito bem o que pode acontecer se falhar – antes que eu pudesse dar-lhe uma resposta – volte ainda hoje, precisamos planejar o próximo passo, já que o grande mafioso italiano faleceu, terei que transferir as responsabilidades para a grande herdeira – sem mais desligou

Ali olhando o nada peguei minha arma e descarreguei no chão mesmo como se aquilo fosse me aliviar de vários pesos – Porco maldito! – cuspi e sai andando até a grande casa branca, coloquei um envelope e sai dali, esperando o próximo passo a ser dado e me afastando cada vez mais rápido sentido aeroporto.

PVO Narrador

Onze horas da manhã na mansão Salvatore

Todos dormiam profundamente como se finalmente a paz reinasse naquela casa. No quarto de Damon, ele e Bella dormiam abraçados. Mas o sono de todos ali seria interrompido por um telefone que tocava insistentemente.

Mais de cinco minutos e o telefone tocava sem parar até que Bella resolveu descer atender, mas assim que a mesma falou “alo” o telefone ficou mudo e desligou. A jovem sem entender colocou o fone no gancho e caminhou para a cozinha preparar uma xícara de café.

Estava destraida quando sente a presença familiar abraçar-lhe a cintura e beijar seu pescoço, a mesma arrepiou-se fazendo-o sorrir – sabia que senti falta de você na nossa cama – virou ela para si que no mesmo instante abraçou-lhe o pescoço dando um beijo demorado

– ECA! Demonstração de carinho matinal é demais para meus pobres olhos inocentes – Jacob entrava acompanhado de Jasper que apenas ria do amigo

– Aham! Não foi isso que escutamos na noite passada – Damon falou em resposta fazendo todos ali na cozinha rir, exceto Jake que ficou vermelho – mas amor quem era no telefone?

– Ninguém – todos olharam espantados – pois é, tocou, tocou, tocou, pra nada – ela revirou os olhos e serviu-lhes café. Foi quando Edward descera passando voando indo até a caixa de correios e voltando com um envelope nas mãos

– O que é isso Ed? – Bella perguntou olhando para o envelope na mão do amigo que olhou para todos os presentes e jogou-o na mesa

– Não sei – disse pegando uma xicara de café – recebi uma mensagem no celular mandando que olhasse a correspondência e tinha esse negocio lá – ele bebericava o café enquanto Jake berrava pra que todos descessem

Quando finalmente todos estavam reunidos na sala apesar de Emmett estar dormindo sentado apoiado em Rose que acariciava seu rosto – Então Bells o que houve? Por que nos acordou? – a loira questionou bocejando

– Edward recebeu uma mensagem de um numero anônimo para que olhasse na caixa dos correios, lá estava este envelope – disse a morena mostrando o motivo que acordou a todos

– Mas o que está ai dentro? – Nessie que estava sentada no colo de Jake questionou

– Vou descobrir agora – disse Isabella abrindo o envelope que continha uma carta digitada começando a ler:

“Cara Isabella Vonturi, sinto pela morte do seu pai, não na verdade eu sei que para você ele já foi tarde. Mas infelizmente seu pai tinha negócios comigo e quando o matou você passou a herdá-los.

Deve estar se perguntando quem sou, mas logo, muito breve você e sua família irão descobrir.

Esta carta é só um aviso, em breve um dos meus entrará em contato com vocês e posso dizer que será uma surpresa e tanto, mas ao mesmo tempo confesso que fiquei completamente intrigado como vocês um bando de jovens sobreviveram tanto tempo fugindo da policia e de Aro. Mas ainda poderemos tomar uma boa dose de Whisky para que me contem suas façanhas.

Enfim, encerro meu primeiro contato por aqui, basta que saibam que estou de olho em cada movimento de vocês! Até breve!”.

PVO Bella

Terminei de ler encarando todos ali, quem se pronunciou foi Elena – bem que Jane havia nos avisado, parece que o buraco é bem mais fundo – suspirei e senti meu corpo ficar mole e só senti os braços de Damon me aparando quando cai na inconsciência com todos me olhando preocupados.

Estava tudo escuro, muito escuro, eu corria por um beco sem fim, o ar me fazia falta, eu estava paralisada de medo eu corria como se minha vida dependesse disso, eu lembrava vagamente daquela cena, era o dia do acidente de James; mas o cenário mudou e o fogo dominava minha visão e era como se eu estivesse no meio daquele fogaréu e não me queimava.

Eu gritava mais minha voz estava entalada, não saia, eu olhei para dois pontos azuis que aos poucos notei serem os olhos do cara que eu amo, ele me chamava, eu tentava segurar sua mão em vão.

Senti meu corpo caindo e acordei gritando Damon estava segurando meu rosto e seus olhos estavam perdidos de preocupação, sua voz era um sussurro – o que houve?

– Eu revivi a cena da morte de James, era mais ou menos, foi confuso... Eu devo estar com problemas emocionais só isso – disse tremendo, sendo abraçada por ele que afastou-se para abrir a porta e voltar correndo deitando-se comigo

– Ela está só cansada, deixemos eles a sós um pouco – agradeci por minha mãe tirar todos dali e me deixar com meu demônio dos olhos celestiais

– Você me assustou pequena – senti o medo de Damon quando disse isso – pensei que a bala pudesse ter feito estrago maior, sei la – ele estava enrolado com as palavras – eu te amo tanto, tanto, tanto – a cada “tanto” ele me dava beijos pelo rosto e boca

– Quando estava presa no sonho o que me salvou foram seus olhos – disse segurando em seu rosto, vi que ele sorria, o meu sorriso – eu te amo Damon, como nunca pensei amar nenhum cara, quero que seja pra sempre, que realmente tenhamos o fim juntos – ele sorriu e nos beijamos, e dormi assim, nos braços do cara que eu amo.

PVO Narrador

O silêncio na casa era notável, do lado de fora uma figura de preto observava a cena pesadamente sabendo que em breve essa paz que eles deveriam estar sentido estava a um fio de acabar – espero que me perdoem por isso um dia!