A Última Carta escrita por Camí Sander


Capítulo 13
Ele vai me levar à loucura


Notas iniciais do capítulo

Oi flores do meu jardim!!! Pessoinhas novas que favoritaram, gracias! Resolvi postar um agorinha, sem deixar muita escolha para comentários do anterior (mas isso não quer dizer que vocês não posam comentar o anterior também! u.u Super a favor disso) Enjoy!



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"–Estás noiva? – ele arregalou os olhos. – Me-meus... meus para-parabéns!"

Capítulo 13: Ele vai me levar à loucura

Bella Pov.

–Não eu, seu burro. Jacob está noivo! Ele queria ficar com duas de uma vez, mas não consigo dividir o que é meu. Então, eu deixei ele voltar para a casa dele.

Um sorriso se esboçou em seu rosto, mas não seguia-se aos olhos. Vi Ben entrando pela porta da cozinha novamente.

–Ben, a porta... – tentei alertá-lo, mas mesmo assim, bateu com tudo. Fechei os olhos e respirei fundo. – Por que ele SEMPRE tem que fechar a porta com tanto AMOR assim? Explique-me, Senhor, por favor!

–Não deveria colocar Deus no meio disso – Edward disse calmo.

–E você não deveria ficar zanzando por aí como um doido assassino chorão – retrucou Ben. Eu ri.

–Está bem, vocês dois, eu amo os dois, podem parar de brigar, por favor! – falei sem pensar.

–Ama? – Edward me olhou com interesse.

–Eu disse que é para vocês pararem de brigar, ok? Não confunda-se! – expliquei séria. Não ia dizer que o amava quando o mesmo não sentia isso por mim. Não ia me humilhar assim.

–Soube que Alice lhe entregou algo meu. Você violou minha privacidade?

Ah, Alice, eu te mato, menininha!

–Mais ou menos – assenti. – Eu li algumas. Eram direcionadas à mim, então imagino que eu possa ler. Falando nisso, Feliz natal de 2014, Edward. E meus parabéns por dezoito anos. E, eu estava dormindo às duas e meia da manhã, mas obrigada por lembrar que eu estava ficando velha. Como eu disse, na minha última carta, eu odeio meu aniversário, então, obrigada mesmo por lembrar-se dele! – falei irônica.

Um suspiro pesado saiu de Edward e Ben estava se divertindo com a consternação dele. Olhei de cara feia para meu irmão, ganhando uma piscadela do mesmo e um olhar confuso de Edward. Bufei alto e bati as mãos na mesa.

–Tudo bem, o que você veio fazer aqui, mesmo? – tentei começar novamente, um pouco menos brava.

–Preciso pegar as cartas de volta.

–Não. Elas são minhas!

–Se você não percebeu, elas foram parar em suas mãos sem meu consentimento, então, elas não são suas.

–Mas ficarei com elas – falei decidida, cruzando os braços.

Ele suspirou pesado novamente.

–Tudo bem, só... – ele hesitou por uns instantes e quando voltou a falar, não falou o que pensava. Tenho certeza – pode me mostrar onde elas estão?

–Claro – dei de ombros e segui até meu quarto, abrindo a porta e dando de cara com uma zona de cartas na cama – Só não reclama, porque, como eu disse, estava procurando meu celular, logo depois que comecei a ler.

Ele deu de ombros e foi verificar as cartas. Pegou uma na mão e suspirou de novo.

–Leu todas? – ele continuou avaliando as cartas, como se procurasse por uma.

–Umas quatro, cinco no máximo.

–Hmm – ele parou, olhando para o chão, e seus olhos esmeralda se amplificaram. – Meu Deus, você leu ESSA carta! Não! Não deveria! – ele pegou a carta e correu os olhos desesperado enquanto continuava a repreender-me por ter lido. – Não, Bella, essa era a carta proibida! Nunca você deveria ter lido essa porcaria! É toda uma grande mentira! Por favor, isso não era para ter chegado a você! – e então me olhou.

Instintivamente, eu sabia qual carta era. A única que eu não dobrara de volta. Minha raiva voltou com força e eu fixei meus olhos coléricos dentro dos dele.

–E o que isso tem a ver, Edward? Quem faz uma carta mentirosa? – retruquei.

Edward Pov.

–Anda, garoto! – ela continuava a gritar, esperando uma resposta. – Me responde, merda! Diga-me o que levou você a dizer tanta “mentira”, se isso é mesmo uma mentira, como você diz ser! – agora ela andava para os lados.

–Eu estava com raiva, Bella – respondi por fim, depois de respirar fundo. Minha voz não passou de um sussurro.

–Oh, agora conta algo que eu não tenha percebido, seu imbecil! – ela jogou as mãos para o ar, fazendo com que se chocassem no seu quadril.

–A carta mais mentirosa, Bella! Podia ter escolhido qualquer outra, mas nunca a carta que você leu! É culpa sua isso estar acontecendo, sabia? – rasguei a carta ao meio e ela veio me impedir de rasgar o restante.

–Não destrua as provas, Edward! – rosnou na minha cara enquanto, mesmo amassando, arrancava os pedaços das minhas mãos. – E quem escreve mentiras nas cartas? Se as pessoas só escrevem o que realmente querem escrever?!

–Eu escrevi um monte de mentiras aí, Isabella. Essa foi a qual eu mais escrevi mentiras!

No momento seguinte, ela me olhou apreensiva, soltou os pedaços e tentou impedir alguma coisa. Só senti uma tontura forte e o colchão macio com seu cheiro depois.

–Ben, seu idiota! O que você fez, imbecil³!!! Você deveria ser internado! – eu ouvia seus gritos.Calma?! Pelo amor de Deus, você quase abriu a cabeça dele com esse machado e pede para eu ter calma?! Em que mundo você vive, Rafael?! Não deve ser parte da mesma família que eu. Não mesmo! Saia daqui, Ben! Você não está ajudando em nada, querendo matá-lo assim! E se ele vier com uma hemorragia cerebral do nada? Se algo acontecer com o Edward, eu prometo que te faço picadinho de irmão e te dou como sopa para a Alice!

–Machado? – sussurrei. – Mas o que...?

E então, Bella voltou ao quarto, respirando entrecortadamente, tentando recuperar o fôlego, com um copo de água para mim. Ela sorriu um pouco, mas estava vermelha de raiva por alguma coisa. Peguei o copo e entornei todo o líquido antes de perguntar o que havia acontecido.

–Ben te deu uma pancada na cabeça com o cabo do machado – ela suspirou pesadamente e a porta foi aberta um pouco, sozinha. – Se não for para causar mais estragos, entra e fecha a porta com cuidado – ela disse sem se virar para ver.

Como se obedecesse às ordens dela, a porta foi aberta mais um pouco, como se para alguém passar e depois foi fechando vagarosamente até ouvirmos o click da maçaneta.

–Só espero que ele não tenha sequelas – ela virou os olhos para o ombro, sem mexer a cabeça. – Senão você é um cara morto, já sabe.

–Obrigado – respondi, sorrindo.

Ela deu um sorriso breve de canto e mandou “Ben” sair dali para que pudéssemos conversar. A porta se abriu novamente e manteve-se assim por um tempinho.

Vai! Fala para o Johnn que eu estou traindo ele! Aproveita e diz para ele que a namorada dele se chama Camila e não Isabella! – ela grasnou e a porta se fechou com força. – Uix, esse garoto vai me levar à loucura um dia desses.

–Então somos dois – comentei baixinho. – A carta era mesmo uma mentira, Bella.

–Não, não era. Se você se deu ao trabalho de escrever, sem minha pressão, quer dizer que você realmente queria ter falado aquilo, naquele momento.

Sentei-me tentando controlar a raiva que já estava começando a brotar em mim.


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Notas finais do capítulo

#imbecil³ - você pode ler como imbecil ao cubo! ;*
Minhas flores lindas, acho que não estou deixando vocês comentarem, mas avisando desde já: podem comentar o capítulo que quiserem, mesmo que ele já tenha sido continuado. Eu vou responder de boa. Não sintam-se com vergonha. Beeijos.



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