Espelho, espelho meu. Afinal, Sirius Black morreu.

Pov Alvo Severo

- Lynx, calma! - pedi cautelosamente.

Nesse exato momento estávamos no salão comunal da Grifinória. Todos aproveitavam o dia lindo lá em baixo, mas nós tínhamos sérios problemas agora. Foi complicado conseguir fazer os dois teimosos, vulgo Lynx e Harry, se acalmarem. Na verdade tivemos que estuporar o meu pai. Faria o mesmo com ela, mas depois do aviso que me deu desisti. Algo como “Alvo Severo Potter, nem ouse me estuporar se você presa o que tem entre as pernas”. Não foi algo muito bonito de se dizer. Mas pelo menos ela falou só para mim.

Não importa... O que interessa é que a Lynx está se deixando cegar pelo medo de perder o avô novamente. Ela sempre teve a cabeça no lugar, mas especialmente hoje, estava descontrolada. Em pânico.

– Calma Al?! Como você que eu fique calma! – berrou chorosa.

– Al? – indagou Hermione. Se ela continuar assim, vai nos entregar.

– Apelido maluco que ela inventou para Arthur! – inventei qualquer desculpa – Mas não vem ao caso!

– Hum... – falou desconfiada.

– Lynx, - me virei novamente para ela - eu sei o quanto é difícil, mas eu não vou deixar a história se repetir. – olhei no fundo dos olhos delas. Nos quais eu sempre me perdi. O castanho que me hipnotizava. Me encantava.

– A história se repetir? – perguntou Hermione – Isso aconteceu? Voldemort sequestrou o Sirius?

– Não podemos contar o ocorreu. – disse a Lynx se estabilizando emocionalmente.

Assenti em concordância.

– Acordem o Harry. – pediu ela.

Minha mãe foi até ele e murmurou:

– Ennervate.

Esperamos ele se recuperar e explicamos a situação.

– Temos que salvar o Sirius! – disse agitado.

– Nós sabemos Harry. Fique calmo! – pediu o Ron.

– Eu não posso perder ele! Sirius é a coisa mais próxima que eu já tive de família. Vocês não entendem... – gritou em resposta, mas logo foi cortado pela Black.

– Cala essa boca Harry Thiago Potter. Quando ficar histérico resolver algo eu aviso. Agora precisamos pensar. Confirmar as suspeitas e depois agir. 

– Até lá Sirius vai estar morto. – disse.

– Não! Não vai. – afirmou.

– Como você pode afirmar? – perguntou.

– Simplesmente sei. – ela parecia se controlar para não chorar. Contou até dez e retomou – Harry, às vezes precisamos esperar e não agir. Impulso nem sempre é bom. Precisamos confirmar... – entendi onde ela queria chegar. Mas se não podia ser por rede de flú, o que ela ia fazer. –Eu lembro que o meu avô estava pensando em te dar um tipo de... Espelho. – O espelho de dois sentidos, é claro!

– Sim, mas o que... – ele começou, mas parou de supetão. Saiu correndo pelas escadas do dormitório masculino, sendo seguido por todos nós.

Procurou nas suas coisas por um tempo, até que achou, dentro do malão, um espelho.

Respirou fundo e chamou:

– Sirius Black.

Estávamos todo prendendo a respiração em expectativa. Quando a esperança já estava morrendo, uma voz firme respondeu:

– Harry? – Sirius perguntou – O que houve?

Alívio. Só isso que eu posso dizer.

Explicamos toda a história para ele, que nos recomendou ficar onde estávamos. Disse que mandaria um patrono para ordem e depois contaria para todos. Despediu-se de nós, pedindo pelo amor de deus, que não arrumássemos confusão.

Depois de falar com Sirius ficamos conversando no quarto. O primeiro a pegar no sono foi o Ron, depois a Mione. Harry estava apoiado na cabeceira da cama e Gina com a cabeça em seu colo.

Logo os únicos acordados eram eu e a Lynx. Ela fez sinal para segui-la e saiu. Abri a porta e encontrei escorada na parede.

– Precisamos conversar! - olhei novamente nos olhos dela e adivinha o que aconteceu?! Quem disse que eu fiquei feito um bocó perdido naqueles olhos, acertou.

Ai meu Merlin! Lynx Black, o que você fez comigo?

– Concordo!