- RUBYY! - Berrou a loira, sorrindo também e correndo até o abraço da tão querida amiga, que ao ver Henry saindo do carro da loira se afastou do abraço e olhou confusa a amiga, e então voltou a sua atenção ao menino.

- Henry? Sua mãe e Daniel estão te procurando por toda a parte! 

- Quem é a mãe dele? E Daniel porque estaria ajudando? - Perguntou Emma, um pouco confusa, sabia que o homem era bom, porém não costumava ajudar as pessoas, ele estava sempre mais na dele e apenas ajudava os amigos.

- Porque a mãe dele - apontou pra Henry - é a noiva de Daniel ora!

- Quem é a noiva de Daniel, ele não me falou que ia casar... - falou Emma, desconfiada, porém com um sorriso, não sabia que seu melhor amigo iria se casar.

- Emma... é melhor você entrar... - disse Ruby, o olhar da morena era triste, Emma não tinha tempo, se voltou ao garoto em seu lado e se abaixou na altura da criança, fitou seus olhos por alguns segundos antes de perguntar:

- Qual o nome da sua mãe Henry? - disse a loira, ainda olhando fundo nos olhos do garoto...

- Emm... - Dizia Ruby, evitando o pior porém foi cortada quando Henry disparou o nome de sua mãe rapidamente.

- Regina, Regina Mills, você conhece ela? - Perguntou o menino sorrindo, porém um sorriso confuso.

Emma arquitetou uma maneira de conseguir ficar em pé, seu corpo estava completamente tomado de dor, de espanto e de raiva, olhou para Ruby e a garçonete notou os olhos da amiga, eles estavam marejados, porém a loira olhou para o garoto e sorriu.

- Sim, eu conheço ela - voltou sua atenção para Ruby e falou - Ruby, permaneça com ele e ligue para ela, não diga que eu estou aqui, eu vou dar umas voltas - novamente se voltou ao garoto, olhando em seus olhos - E você kid, eu vejo você mais tarde. Não diga nada a sua mãe ok?

- Ok! - ele disse sorrindo, a loira retribuíra o sorriso e voltara ao seu carro, ligando-o dirigiu até os estábulos da cidade, porém durante a viajem deixou-se chorar tudo que precisava, e ao chegar nos estábulos limpou as lágrimas e desceu do carro.

- Daniel! - berrou a mulher, ela não deixou visível nenhum rastro de raiva nem que sua voz permanecesse borrada pelos soluços que haviam saído de sua boca alguns minutos atrás, ela parecia normal, sua voz também, o rapaz apareceu na frente da moça com um sorriso, partindo para abraça-la, porém ela recuou antes que ele chegasse com seus braços para laça-los em seu corpo, ela olhou no fundo dos olhos do rapaz, que sabia que algo estava errado.

- Emma, o que aconteceu? - Perguntou o rapaz, preocupado, porém foi surpreendido quando a loira acertou um soco no rosto do rapaz, e novamente outro no seu estomago, o rapaz caiu no chão, ela olhou para ele deixando que novamente lágrimas escorressem em sua face.

- Seu cretino mentiroso, você mentiu pra mim, você roubou minha mulher, você me usou... - ela disse, respirando fundo.

- Emma... - ele tentou falar, porém a dor em seu corpo era extensa, por mais que os socos tivessem apenas acertado dois lugares, o rapaz sentia seu corpo inteiro queimar e a dor permitiu que apenas um sussurro fosse liberado pelo rapaz, sussurro ignorado pela loira.

- Não gaste suas palavras, você é um verme, e eu que acreditava que Graham era um traidor, coitado, disse todas aquelas palavras pra pessoa errada. Seu lixo, você sabe que eu a amo, e durante dez anos, não são dez dias, não são dez semanas, são dez anos. Seu desgraçado, você tirou a mulher da minha vida, você merece morrer, porém não vai ser por mim não, você é um bastardo, eu não vou sujar minhas mãos com o seu sangue de cobra. - Ela disse, cuspia as palavras com raiva, deixava que as lágrimas continuassem escorrendo pela sua face, ela se recuperou e saiu de lá, entrando novamente no carro e dirigindo novamente até a cidade, chegando a pousada da Granny e pegando um quarto, o lugar onde passaria as noites de sua estadia.

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- Daniel? Daniel? - Chamava Regina adentrando o estábulo com Henry, ela procurava o rapaz para dizer que o garoto havia reaparecido, então as buscas poderiam cessar, quando a morena chegou no local, se deparou com o rapaz sentando no chão do estábulo, sentando contra a parede com a cabeça baixa, a morena largou da mão do filho e chegou mais próximo do seu noivo.

- Daniel? O que aconteceu? - ela perguntou, quando o rapaz olhou para ela, deixando sua cabeça em uma altura possível de ser vista, ela observou os roxos na cara do homem e o sangue, se assustou e se agachou na altura do homem, perguntou preocupada a ele:

- Quem fez isso? Porque? - perguntou a morena

- Emma... - ele respondeu, a morena estremeceu quando o nome da loira fora dito pelo homem a sua frente, esquecendo do homem ela cambaleou e se posicionou em pé, se escorando em uma das paredes do estábulo, respirando fundo, novamente a mulher fitou o homem e o ajudou a se endireitar para que pudesse ir até o carro para que fosse levado até o hospital para verificar seus ferimentos, enquanto o homem ia ao hospital, Henry era levado para casa, para retomar seus afazeres normais, enquanto Regina dirigia até a pousada de Granny, porém durante o caminho, ela pensava se realmente era possível que Emma, a sua Emma estivesse novamente na cidade, ela chorava quase todos os dias, a perda da mulher era algo que lhe causava dor durante os dez anos que não tinha notícias, com o tempo ela acabara aceitando, porém sempre obtinha um pouco de esperança que talvez, talvez um dia ela reapareceria, porém a atitude de espancar o seu noivo - não que Regina realmente o amasse, ele era apenas o prêmio de consolação que sobrara, Regina não o suportava, porém não ligava, se punia todos os dias por ter sido tão cega e não ter visto o quanto o homem tinha interesses nela - mas continuando seu raciocínio ela chegou a conclusão de que espancamento era demais, ela estacionou o carro e desceu do mesmo, andou até a pousada e fitou Granny que estava na entrada, ela respirou fundo e sorriu para Granny, tomou coragem e perguntou:

- A senhora poderia me informar em qual quarto Emma está? - perguntou ela, não havia sarcasmo, o que era incomum na voz da atual prefeita, a senhora de cabelos brancos conhecia a história do casal, e achava que ambas haviam sido feitas uma para a outra, porém o destino era cruel, e separará as mulheres para que se reencontrassem - pelo menos era assim que Granny adorava pensar, ela sorriu com seu pensamento e respondeu a morena que ainda a fitava na espera de uma resposta.

- Quarto número Quatro Sra.Prefeita.

- Obrigada. - respondeu a morena, enquanto subia a escada em direção ao quarto da loira, chegando na porta do quarto, respirou, as memorias pairavam em sua mente, porém ela precisava superar isso, precisava tomar uma atitude, bateu na porta e se deslumbrou com a visão que teve, a loira continuava ótima, os anos haviam feito bem a ela, estava mais bonita do que nunca.

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Emma estava deitada no quarto, estava com o seu computador terminando algumas pesquisas que precisava fazer para seu trabalho em Nova York, sua mão ainda doía, os socos que havia dado em Daniel realmente havia esfolado sua mão, ela havia enrolado a mão em gazes, porém não adiantará, a dor era resistente, ela se concentrava no trabalho para não pensar em Regina nem na traição do homem que pensava se seu melhor amigo, porém ela ouviu um barulho, acha que poderia ser a porta, se preparou para ser a polícia ou algo do tipo, porém ao abri-la se deparou com o amor de sua vida, a morena continuava deslumbrante, os seus cabelos negros, agora mais curtos continuavam mostrando e dando ênfase em sua beleza, seus olhos estava vermelhos, porém o castanho não era tão vívido quanto a dez anos atrás, sua pele continuava maravilhosa, e seus lábios continuavam tão deslumbrantes.

A voz da loira falhou, ela piscou algumas vezes, quando tentará falar algo, sua voz saiu em apenas um sussurro, porém fora o bastante para a bela morena escuta-la, a loira assustada sussurrou apenas uma palavra, - Regina? - e apenas ouvir seu nome ser chamado pela mulher a sua frente foi capaz de fazer toda raiva ir embora, a loira notou sua expressão mudar, ela parecia mais aliviada, porém não estava, várias coisas continuavam martelando a sua cabeça, foi então que a morena falou:

- Sra.Swan... Quanto tempo... - falou a morena, sarcasmo, dor e ressentimento era presentes em sua voz, porém ela terminou a frase, não deixando a fraqueza tomar conta de seu corpo - nós precisamos conversar. - afirmara a morena, encarando os olhos verdes-esmeraldas da mulher a sua frente.