Ok, ok... Não entre em pânico. Não entre em pânico, entendeu? Só pense que ainda há uma chance em duas de Jake ser o pai dessa criança e uma chance em duas de... Edward ser o pai. Puta que merda! E se for do Edward? Aí fodeu tudo!

Preciso respirar e não deixar transparecer minhas preocupações para a mais nova e ilustre convidada do castelo Cullen, Renée.

Estou nesse momento em repouso, porque Jacob acha que eu sou uma deficiente e não uma grávida. Ele ignora Edward toda vez que esse tenta falar com ele. A situação está indo de mal à pior.

Há mais ou menos 10 minutos atrás mandei uma mensagem para Edward pedindo para ele me encontrar no quarto de hóspedes nº 14 que acabou virando um esconderijo pra eu falar com ele.

Por isso estou me levantando da cama, aproveitando o momento em Jacob Black não está por perto, e vou de fininho até o quarto. Quando entro, Edward já estava lá dentro olhando pela janela fechada.

Ele se vira para mim e aí posso ver o quão perturbado ele está. Olheiras horríveis ao redor dos olhos e uma cara de quem estava ansioso... ou nervoso. Tanto faz.

“Como está se sentindo?” Ele pergunta preocupado.

“Por Deus! Eu estou grávida e não doente!” Digo nervosa.

“Me desculpe.” Ele diz “Já deve estar cansada de ouvir isso. Aposto que Jacob fica perguntando em dois e dois segundos, não é?”

“Mais ou menos por aí.” Não posso evitar um sorrisinho.

“Agora, vamos ao que interessa, não é?” Ele me perguntou “E então? De quem é essa criança? É minha, não é?”

“Edward, eu não faço a mínima idéia.” Digo “E realmente não gostaria de fazer um exame de DNA ou sei lá o que.”

“Então o que propõe?” Ele me pergunta ultrajado “Que eu esqueça que tem um possível filho meu aí dentro e eu o dê de bandeja para Jacob?”

“É uma possibilidade.” Digo após uma curta pausa de choque em relação ao tom que usou comigo.

“Não vou fazer isso.” Edward diz chegando perto de mim, seu corpo se aproximando do meu me causava calafrios. Suas mãos geladas tocando sobre a pele do meu rosto... Ele se inclinava querendo me beija, mas eu não poderia deixa, só que sou tão fraca...

Não Bella! Você não é!

Com isso, arranjo forças e empurro Edward para longe.

“Não, Edward!” Digo furiosa “Não podemos fazer isso! Será que não vê?! Essa sua perseguição por mim já causou problemas o suficiente com essa criança, por exemplo!”

“Eu te amo.” Edward diz se aproximando de mim.

“Não, você não ama.” Digo me afastando dele andando para trás até, que uma parede me encurralou e eu não tinha mais para onde fugir. Edward estava a um palmo de mim e suas mãos frias já pegavam no meu rosto quente mais uma vez.

Ele se inclinou e dessa vez não fui forte o suficiente. Eu o beijei. Com minhas mãos pressionei sua cabeça contra a minha querendo aprofundar o beijo...

“Não, Edward...” Disse em um fio de voz, mas ele não deu bola. Apenas me beijou. Roçou sua barba no meu queixo, beijou o meu pescoço, fazendo que o cheiro de seu xampu entrar em minhas narinas e me invadir. Eu queria que ele me possuísse ali mesmo naquele momento, e dessa vez não tinha a desculpa esfarrapada de estar bêbada.

“Bella!”

Edward pulou pra longe ao mesmo tempo que tentei o empurrar para longe, mas era apenas Renée.

Ela fechou a porta e olhou para nós com desaprovação.

“O que você estava fazendo?” Ela me perguntou em tom severo.

“Mãe.” Digo.

“Isso não é a resposta que espero, Isabella.” Ela disse furiosa e Edward se impôs.

“Foi culpa minha.” Edward disse.

“Tenho certeza que sim.” Renée disse “Qual é mesmo o seu nome.”

Balanço a cabeça para Edward não responder, mas ele ignora e diz seu nome: “Edward Cullen.”

“Esse é o tal?” Minha mãe me pergunta “Bella, será que não aprendeu da primeira vez? Vai mesmo arriscar a chance de casar com o Jacob Black, que é rico, seguro e te ama de verdade?”

“Eu amo a Bella de verdade.” Diz Edward “E sou mais rico que Jake.”

“Isso não vem ao caso.” Diz Renée considerando a idéia ao ouvir que Edward era mais rico “Você não é seguro.”

“Sou.” Edward se defende “Mais do que o Jacob.”

“Como?” Diz Renée intrigada “Você largou minha filha, fez ela sofrer e...”

“Mãe!” Exclamo “Edward não está a fim de ouvir isso.”

“Estou sim.” Edward diz “Continue, Renée.”

“Não.” Renée diz para o meu alivio “Você sabe o que fez.”

“Sei.” Edward diz “E é por isso que não irá se repetir. Já com Jacob... Se ele descobrir o passado seu e da sua filha, a coisa muda de perspectiva.”

Renée fica pensativa como se fosse ela quem se decidisse por mim, então intervenho.

“O que está fazendo?” Pergunto furiosa “Não pode decidir por mim!” Me viro para Edward “E nem você pode pedir permissão à ela! Sou dona da minha própria vida, Edward!”

Vou em direção a porta e Edward me chama, mas não o encaro, apenas saio da sala sem uma outra palavra sequer.

Atravesso o corredor, e dou graças a Deus por ninguém aparecer no meu caminho, desço as escadas, passo pela sala, vou à cozinha e quando estava prestes a sair...

“Aonde pensa que vai, Bella?” Quando olho era Rosalie, comendo uma maçã na cozinha. Ela disse com seu usual tom superior, mas ao mesmo tempo debochado.

“Rosalie.” Digo também com uma voz superior, ou tentando pelo menos.

“E então, Bella?” Ela me pergunta “Onde vai?”

“Não lhe interessa.” Respondo.

“Verdade.” Ela diz se aproximando de mim “O que você faz ou deixa de fazer, sua coisinha irritante, não é do meu interesse.”

Coisinha irritante? Ah, ela vai vê!

“Então por que me dá tanta importância, loura aguada?” Toma.

Rosalie cerrou os olhos, mas ainda passavam por eles milhões de adagas, que tentavam me acertar.

“Eu não me importo.” Diz Rosalie saindo do meu caminho “Aproveita e morra no caminho.”

Passo pela porta sem dizer uma outra palavra sequer e pego o carro. Entro nesse, e não faço a mínima idéia de como se dirige na direita. Bom, vou ter que tentar. Ficar aqui que não dá mais.

Ligo o motor, destravo o freio de mão, piso no acelerador e vou rumo à cidade.