Seguir Em Frente escrita por Lin Nasct


Capítulo 3
TRÊS




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FLASHBACK DE COMO ROSE E ADRIAN SE CONHECERAM!

TRÊS

Eu havia saído do trabalho e corri para casa, mais uma vez tive que ir a um jantar beneficente. Só apareci por que é organizada por Lissa e Tia Amélia, para ajudar a ala pediátrica do hospital.

Tomei uma ducha rápida, coloquei o tubinho preto que Lissa acha sem graça. Fiz uma trança que Tia Amélia me ensinou, coloquei os acessórios que eu ganhei de aniversário, me maquiei de modo simples, apenas destacando os meus olhos e passei o meu perfume favorito.

Peguei a minha bolsa de mão, coloquei as chaves, celular, dinheiro e gloss. Dei uma olhada no espelho e gostei do que vi. Saí correndo de casa.

Assim que eu cheguei me deparei com uma mesa maravilhosamente farta, minha barriga roncou. Nesta hora percebi que só havia almoçado hoje mais cedo. Como eu estava atrasada, já podíamos nos servir e, assim o fiz. Peguei um prato e me servi com a entrada e fui me sentar à mesa com a minha família. A mesa estava com número. Mas qual era o número mesmo da minha mesa mesmo? Olhei para um lado, para o outro e nada, nenhum sinal de Liss e companhia.

- Rose! – ouço a voz de Christian me chamando.

Virei meu rosto na direção em quem ouvi a voz. Ele estava bonito. Christian era meu melhor amigo desde sempre. Fui em sua direção.

- Você até que está bonito Ozera! – digo de modo sarcástico, ele me olha e pisca.

- Eu não preciso enaltecer a sua beleza. Você sabe disso e sabe como usá-la a seu favor, huh? – disse ele simplesmente. Ele pegou o meu braço e me guiou até nossa mesa.

- Rose! Como você está meu amor? – perguntou tia Amélia.

- Eu estou ótima Dona Amélia Rhea Dragomir! – disse sorrindo. – Eu só moro há uma quadra. Você pode me visitar sempre e à propósito eu até lhe dei a cópia da chave. – disse em tom de fingida repreensão.

Ela sorriu. – Mas você nem aparece mais no almoço de domingo! – disse ela em tom acusatório.

- Estou estudando. Comecei a pós e, estou num caso importante que requer certa atenção. – disse eu me desculpando. Minha carreira ultimamente está em primeiro lugar. Fazia muito tempo em que Lissa e eu não tomávamos um chá da tarde para conversar sobre a nossa vida. Eu me senti culpada.

- Eu compreendo querida. – disse minha tia afagando uma das minhas mãos. – Agora, como quando aguento mais ouvi sua barriga roncar. – disse ela rindo. Eu assenti e comi a entrada, estava divina.

- Nossa! Está uma delícia essa entrada! – disse eu.

- Obrigado! – disse uma voz rouca e linda.

Tornei a me virar para saber quem é o dono dessa voz maravilhosa. Não me arrependi nem por um momento, o homem era lindo. Alto deve ter cerca de 30 anos, e um e oitenta e cinco de altura, loiro e com lindos olhos verde-esmeralda.

- Perdão?! – disse eu.

- Ah... Desculpe não tê-los apresentados antes. Este é Adrian. – disse Christian sem graça.

- Olá. Meu nome é Rose. Prazer em conhecê-lo. – disse eu educadamente. – Por que “Obrigado”? – perguntei curiosa.

- Eu sou o chefe do jantar. – disse ele humildemente.

- Somo colegas de faculdade Rose. – disse Christian.

- Oh... Como assim eu não o conheci? Estudamos na mesma universidade. – disse eu.

- É que você entrou dois anos depois de mim, lembra? Adrian era veterano, ele fora meu tutor. - Disse Christian.

- Sim, mas também aprendi muitas coisas com você. – disse Adrian. – Fora um prazer ser seu tutor. Você tem um futuro promissor. – disse ele. O modo como ele dizia isso para Christian era bacana, falava como um irmão mais velho. Eu o admirei por isso.

Christian também perdera os seus pais, eles estava no mesmo avião que os meus pais. Ele fora adotado por seus tios Marcos e Judith Ozera. Christian é dois anos mais velho que eu, mas me formei com ele bem mais cedo e decidi fazer dois anos de intercâmbio na Turquia e Romênia um ano cada, terra de meu pai e minha mãe, respectivamente.

Eu queria conhecer as culturas em que eles foram criados e procurar alguém que fosse da minha família. Precisava ter desesperadamente um pedaço deles. Aos poucos eu fui percebendo que eu estava esquecendo o rosto deles. Uma lágrima solitária desceu por meu rosto.

- Rose, você está bem? – perguntou Lissa.

- Claro. – disse eu limpando o caminho da lagrima. – Só lembrei-me de algo. – Sorri ao apertar sua mão. – Vou pegar o prato principal. E, Adrian, realmente estava uma delícia a entrada. – Fiz menção de levantar-me quando Adrian segura o meu pulso.

- Sente-se. – disse ele aproximando o seu rosto do meu. – Eu peço aos garçons para trazer o prato principal. – disse ele sorrindo. – Mia, faça-me um favor, sim? Leve este prato e traga a ela o prato principal. – ela sorriu para ele e assentiu.

- Claro, Adrian volto em cinco minutos. – disse ela de modo simpático. – Olá Rose. Como anda as coisas? – perguntou. Estudamos juntas. Ela e Christian namoraram no ensino médio. – Christian. Tudo bem? – disse ela amigavelmente.

- Oi Mia! Eu estou bem. Como você está? Espero que esteja feliz. Disse eu sorrindo.

- Obrigada, você sempre é um amor de pessoa. – disse ela sorrindo.

- Olá Mia! Eu estou bem! E você? – perguntou Christian no final.

- Eu estou feliz! – disse ela radiante. – Irei casar em breve. – Mostrou a mão direita com um lindo anel, simples, porem trabalhado com um trançado com ouro amarelo e branco em seu dedo anelar.

- Parabéns! – dissemos Christian e eu juntos.

- Obrigada! Com licença, mas o trabalho me chama. Foi um prazer revê-los. – disse ele se retirando.

- Mia é minha prima. – disse Adrian.

- Que mundo pequeno, não? Nós namoramos no ensino médio! – disse Christian.

- Concordo com você, esse mundo é muito pequeno. – disse ele olhando para mim. Eu sorri e ele retribuiu.

A noite toda trocamos olhares e conversamos ao pé do ouvido, dançamos músicas lentas e só voltei a respirar quando ele tirou sua mão da minha cintura. Trocamos o número de telefone e marcamos nosso primeiro encontro.


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