Garoto Rude escrita por Mellanie Vonturi


Capítulo 3
Melissa?


Notas iniciais do capítulo

Bom, eu quero pedir minhas sinceras desculpas pela demora para postar. É que eu estava com o capítulo quase pronto e faltava uma última parte. E eu não conseguia terminar esta última parte. E também que eu passei a noite ocupada com outras coisas. Desculpa ok? Mas o importante é que eu estou aqui. E também quero agradecer a todos os reviews, favoritos, MPs. Vocês não imaginam o quanto me deixam feliz com cada palavra que vocês escrevem. Sério mesmo, muito obrigada e até lá embaixo :).



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Já fazia uma semana desde que as aulas começaram. Até então, a classe como sempre, professores como sempre, e eu como sempre. Ou pelo menos era para eu estar. Desde que aquele Daniel chegou, eu não sei mais o que há comigo. Descobri que ele mora no condomínio da rua seguinte. Na verdade, é um condomínio de apartamentos. Confesso que não é nada humilde, mas como eu disse ele não é filho do Obama.

Hoje é feriado de Martin Luther King, então não há aulas. Fiquei sentada em minha cama, pensando no que faria, pois até agora, desde que eu acordei se passaram apenas 2 horas. 2 horas sem fazer absolutamente nada. O nada que eu digo é estar ouvindo Sarah fofocar no telefone fixo de seu quarto desde que eu despertei de meu sono. E o meu pai? Eu nunca o conheci, diz minha mãe que ele fugiu com outra quando eu tinha apenas dois anos. Deixar uma mulher com um bebê de dois anos para fugir com a amante é lamentável. Se um dia ele aparecesse, eu não teria a coragem de olhar em seu rosto.

Bem, voltando ao assunto. Estou começando a pensar diferente sobre Daniel. Ele pode ser grosso, estúpido, irritante, possessivo, rude e tudo de ruim que você imaginar. Mas ele não é mais o grosso do primeiro dia de aula. Apenas comigo que ele me trata deste modo. Ele vem sorrindo mais, sendo um pouco – do tamanho de um grão de arroz – engraçado, simpático e vem prestando mais atenção em mim. Às vezes é apenas para rir de minha “cara”. Não digo que somos amigos, mas eu estou interessada em descobrir o que ele é. Homem, Amanda, ele é homem. Não é isso que eu estou falando. Estou falando sobre o que ele realmente é por dentro. O verdadeiro Daniel.

Então eu tive uma idéia do que eu poderia fazer. Retirei o meu pijama de meu corpo e coloquei uma roupa normal, pelo menos para mim. Pus meus óculos e por último penteei rapidamente o meu cabelo. Eu estava pronta para ir até a casa de Daniel. Apenas coloquei o que precisava dentro de minha tradicional mochila e saí do quarto. Passei pelo quarto de Sarah e ela me chamou.

– Ei Amanda, aonde é que você vai? – Perguntou colocando o telefone no gancho

– Vou... É-é... Ir à biblioteca. Preciso de alguns livros para o meu trabalho. – Menti sem vergonha alguma

– Mandy, hoje é feriado. Não há bibliotecas abertas. – Disse desconfiada

– N-não, mãe. A que eu vou sempre está aberta. T-tenho que ir. – Eu disse tentando mentir, mas minha expressão não ajudava muita coisa

– Ok, mas te quero aqui no almoço comigo. Você sabe como sua mãe é solitária.

E isto é verdade. Sarah é sinônima de solitária desde que me entendo por gente. E às vezes eu até me sinto culpada por isso, eu deveria passar mais tempo com a minha mãe. Mesmo que ela gritasse nos meus ouvidos enquanto eu a abraçasse.

– Tudo bem...

Eu já estava no portão do condomínio, tentando ligar para Daniel pelo interfone. Mas só caía em apartamentos errados. Então resolvi ir pela sorte. Passei pelo portão com facilidade, pois ele estava aberto. Em pouco tempo eu já estava dentro do prédio. Ouvi vozes de uma porta próxima, vozes de Daniel e uma garota. Vinham do terceiro andar. Fui até lá na ponta dos pés e encostei-me na porta. Colocando meu ouvido na porta, para tentar ouvir a conversa. Era uma discussão.

– Amor, ninguém está te obrigando a nada.

– Ninguém? Melissa acorda! Você quer que eu me afaste de tudo e de todos por você. Já pensou na idiotice? – Respondeu Daniel em um tom de voz irônico

– Mas se você não quiser, eu mesma afasto. Você sabe como eu sou.

– Melissa, não ouse contar sobre...

– Eu não vou contar, se você fizer o que eu mandar. Caso o contrário, boa sorte!

E então antes que eu terminasse de ouvir a conversa, tenho um ataque de espirros. Quando eu digo ataque de espirros, são um atrás do outro. Fazendo um barulho assustador que ecoava por aquele corredor. Se não bastasse isto, a porta é aberta e eu caio no chão do apartamento.

– Amanda? – Daniel me olhou incrédulo ao ver aquela cena

– Quem é esta... – ela pausou, provavelmente para não dizer besteira – garota?

– D-daniel, me d-desculpa, é que... Eu iria vir te convidar para fazer o trabalho de História comigo. Até porque... Você é o único da classe que mora perto de mim. E-eu tenho que ir. – Tentei explicar sendo sincera, mas gaguejar não estava ajudando

Levantei-me e saí correndo de lá. Quase que tropeço nas escadas. – não me sinto muito confortável em elevadores. Pois é, sou estranha.

Como eu sou idiota. Ao invés de me explicar direito, gaguejo e saio correndo como uma criança com medo. Idiota, idiota, idiota!

Olhei para meu pulso, procurando por meu relógio. Faltavam 20 minutos para o almoço. Voltei para casa às pressas, mas o máximo que pude fazer foi acelerar meus passos.

Sobre o que era que Melissa estava falando? Como ela está afastando Daniel de seus amigos? Ela é chantagista? São tantas perguntas na minha cabeça, e o mais engraçado é que nenhuma delas são minhas. Estou tão confusa. O que Daniel não gostaria que ela contasse? Ele tem um segredo? Que segredo? Será que isso tem a ver com ele ser tão rude com todos? Talvez eu possa estar viajando, mas talvez eu não esteja tão pirada assim. Eu acho.

Enfim, em pouco tempo eu já estava de volta na cozinha de casa. Ajudando a secar os pratos, para depois usá-los.

Sarah arrumou a mesa e eu colocava o almoço em meu prato. Ao lado havia um copo no qual coloquei apenas um suco natural de laranja. Coloquei os talheres em diferentes lados de mim e finalmente sentei-me.

– É mãe... Você tinha razão. A biblioteca estava fechada. – Menti tentando a convencer de que eu realmente fui à biblioteca

– Da próxima vez já sabe. – Fiquei quieta apenas saboreando o pedaço de carne que em meu garfo estava

Já havia passado das 14hr00m PM. Eu lavava a louça novamente. Sarah havia ido à casa da vizinha. Provavelmente fofocar sobre os coitados dos outros vizinhos. O silêncio reinou após eu desligar a torneira e sentar no sofá da sala. Eu até ligaria a televisão, mas antes disso acontecer, a campainha do portão estava tocando. E tocando freneticamente. Coloco meus chinelos e abro a porta. Vou até o portão e encontro uma pessoa que eu não gostaria de ter visto.

– Oi bebê. Você sabe ficar de boca fechada? – Perguntou em um tom irônico.


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Notas finais do capítulo

É isso, espero que tenham gostado. Quem será que chegou? Palpites? Reviews? Favoritos? Amo vocês :*