Diana Damburn: Adeus, Casamento. escrita por Desirée Schultz


Capítulo 3
Capítulo 3




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Já é de manhã. Acordo com braços e pernas doloridos. Alguém bate a porta. E me pergunto se existe algum ser que goste de acordar cedo assim.

 - Senhorita Diana?

 - Entre.

Mary entra no quarto carregando uma bandeja com chá e biscoitos.

 - Bom dia Diana - Diz ela, sorrindo. - Seu café da manhã.

 - Ah, obrigada. Dispensada.

 - De nada.

 - Mary?

 - Sim?

 - Eu vou me casar hoje?

 - Vai sim. Aliás, seu noivo está a sua espera lá fora.

 - Não, eu... Tenho de me preparar... Diga a ele que estou doente e não posso receber visitas.

 - Sinto muito, sua própria mãe o convidou. Ela pediu para que você não demore muito.

 - Hum... Muito bem vou me preparar então.

 - Quer ajuda?

 - Se não se importa...

 - Ora, eu sou sua criada! Desde quando eu tenho opção por aqui? - Brinca.

- Eu pretendo fugir do casamento. Vou pra bem longe daqui. Há muito tempo eu venho sonhando com o dia em que eu fosse embora. - Falo, enquanto ela arruma o meu cabelo.

 - Então será hoje? Quando exatamente?

 - Ao pôr do sol.

 - Perdão, mas tenho de admitir  - Ela baixa o tom de voz. - Seu noivo tem sua idade. E se eu estivesse em seu lugar, pediria pra que o casamento fosse adiantado.

 - O que quer dizer?

 - Ele não é de se jogar fora... - Diz ela sorrindo.

 - Ha! Ha! Pegue-o pra você, já que quer tanto.

 - Quem me dera, senhorita, quem me dera. Pronto, seu cabelo já não se parece mais com uma fogueira.

 - Obrigada. - Digo, com a boca cheia de biscoitos. - Você vem comigo?

 - Certamente.

Então descemos as escadas e fomos em direção ao meu "noivo". Nada mal. Nada mal mesmo. Alto, forte, cabelo castanho levemente desajeitado. Sobrancelhas arqueadas e olhos cinzentos. Mary levanta as sobrancelhas como se dissesse "Viu? Vai mesmo fugir agora?" e olho para ela com olhar de aprovação.

 - Senhorita... - Ele se curva e beija as costas da minha mão.

 - Olá. - respondo desajeitada. - E qual seria seu nome?

 - William. E você seria Diana Damburn... - Sorri ele, e que sorriso suspeito, diria eu.

 - Perdão, mas por que está sorrindo assim?

 - Estou me lembrando de boatos. Boatos a respeito de você.

 - Que tipo de coisa algum insolente diria de uma dama respeitável como eu?

 - Diana, a fugitiva dos cabelos de fogo. - Então ele começa a rir freneticamente. Que imbecil, penso.

 - Não seja incoveniente se não quiser arrumar briga.

 - São apenas boatos. Um velho bêbado disse isso. Um velho viking. - Tio Benjamin, seu dedo duro.

 - Cale a boca, imbecil.

 - Onde está sua mãe agora pra lhe repreender, mocinha?

 - Meu senhor, a senhorita Diana necessita entrar, nesse exato momento. O pai dela exige que ela esteja á mesa durante o almoço. - Disse Mary.

 - Muito bem. Prazer em conhecê-la senhorita Damburn.

 - Tenho nojo de você.

 - Espere até depois de nosso casamento, amor. - Responde ele. Pervertido, penso.

Durante nossa ida á mesa, sussurro para a criada:

 - Ele é arrogante, nojento e pervertido. Obrigada.

 - De nada. Mas confesse, eu estava certa em relação a aparência do "nojento".

 - Nada mal, nada mal mesmo. Mas eu odeio garotinhos mimados como ele.

Me sento em meu lugar enquanto os outros criados servem a comida á mesa. Mary permenece em pé próxima a porta da cozinha, onde podemos fazer contato visual.

 - O que achou de William, minha querida? - Minha mãe pergunta.

 - É um rapaz maravilhoso, mãe. Humilde, Honesto, Sincero... E extremamente educado.

" Sarcasmo?" sussurra Mary, erguendo uma sobrancelha, se contendo para não rir.

 - Oh, minha filha, que bom que você está gostando dele. Me desculpe por não avisar antes, mas ele será seu marido. Seu casamento será a noite.

 - Bom saber, mãe. - Minto.


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