Quando As Folhas Caíam escrita por Lara Farias


Capítulo 5
Cinco


Notas iniciais do capítulo

Agora as coisas ficarão mais interessantes o/



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Os dias se passaram normalmente. Eu fazia passeios com o príncipe e ele me divertia. Falo de treinamento. Pedi que Gustavio me ensinasse a manusear o arco e flecha, embora Hanna tenha detestado a ideia. Mas eu realmente me diverti. Gustavio não perdeu a paciência, embora eu errasse o alvo na maioria das vezes.

Depois de uma semana a me orientar, acertei o alvo. Não exatamente no meio, mas acho que já era um começo.

-Isso não está dando muito certo...

-Quer tentar outra coisa? – ele me pergunta, amavelmente.

Olho em volta. O que eu poderia tentar?

-Que tal essa espada? – aponto para uma espada que estava jogava num cantinho onde o sol não batia.

-Podemos tentar. E meu treinamento recomeçou. Pude ver Hanna nos espionando pela janela, e isso me deixou nervosa.

~

Três semanas se passaram e eu tive um progresso.

-Você é realmente boa nisso – disse ele enquanto duelávamos, batendo nossas espadas rapidamente.

-Me sinto meio desajeitada.

-Alexandra, você é bem forte.

-Isso é um elogio?

Nós rimos.

Foi a primeira vez que ele me chamou pelo meu nome.

Não fique vermelha, babaca.

–Tive uma ideia. Vamos à cidade hoje. Quero comprar-lhe um presente.

-Que tipo de presente? – espero que não seja um diamante de 24 quilates.

-Você vai ver.

Hanna insistiu que usássemos uma capa.

Seria estranho se a noiva do príncipe fosse vista na cidade ou algo assim?

Gustavio me levou até a cidade como prometido e conduziu-me até um ferreiro.

-O que faremos aqui, Gustavio?

Ele sorri e não me responde.

Entramos e Gustavio cumprimenta o homem do balcão.

-Olá John.

-Alteza! Como tem passado?

-Realmente bem. Esta é minha noiva, Alexandra.

-É um prazer conhecê-la, vossa alteza.

-Não precisa ser tão formal – respondo, me sentindo vermelha.

-Você já fez o que pedi? – pergunta Gustavio.

-Ah, sim. Ficou realmente ótima.

-Deixe-me ver.

Ele coloca uma espada longa e pesada sobre a mesa.

-O que é isso?

-Uma montante – responde o ferreiro.

-Parece ser pesada.

-E realmente é.

-Mandei John forjá-la para você – diz Gustavio.

-Para mim? Mas Gustavio, como poderei usar algo pesado assim?

-Você é realmente forte. Vamos usar isto ao seu favor.

Depois disso, ele me comprou um algodão doce e voltamos ao palácio. No caminho, me diverti fazendo uma barba rosa em Gustavio.

Ele logo tentou me ensinar a usar a espada. Sem sucesso. É realmente muito pesada, e eu sou desajeitada.

Isso não vai dar certo.

~

O tempo passa, e o inverno está para começar. Cheguei ao ponto de levantar a minha espada na minha cintura. Grande progresso. Ou não.

Numa bela manha fria, descubro mais uma coisa. Ele sabe tocar. Eu não sei tocar nada, por ser desajeitada. Ele tocava piano para mim, e eu apreciava a melodia escutando todas as notas com atenção.

-É realmente lindo – digo quando ele termina.

-Me ajude a tocar a próxima musica.

-Eu não sei tocar.

-Eu lhe ensino.

Ando até ele e me sento ao seu lado.

-Isto é estranho.

-O que? – ele pergunta.

-Você me ensinando essas coisas. Para ser sincera, nunca me interessei por elas.

-Eu já desconfiava isto desde o inicio.

-Eu não vou conseguir tocar direito.

-Como sabe? Vamos tentar.

E com isso ele me beija. Seus lábios quentes entram em contato com os meus me beijando carinhosamente. Eu retribuo o beijo. Ele leva a mão até meu rosto e o acaricia levemente. Sinto que estou ficando vermelha.

Beijar é tão vergonhoso. E bom.

Ele se afasta de mim e me olha. Mudarei meu nome para Maria Pimentão. Olho nos olhos dele por um instante e viro o rosto.

-NÃO ESTOU VERMELHA SE É ISSO QUE ESTÁ PENSANDO!

Ele ri.

-Eu não pensei nada.

Sinto que estou mais vermelha. Olho para ele novamente. Sua expressão não mudou. Podemos fingir que isso nunca aconteceu. Isso. Mas tem um problema. Eu quero mais.

Volto a fazer contato com nossos lábios, o surpreendendo. Ele retribui o beijo e sinto que realmente derreti por completo.



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