Meu Amor Imortal 2 - O Legado escrita por LILIAN oLIVEIRA


Capítulo 8
Capítulo 8 - NERIDA A PRIMEIRA HIBRIDA


Notas iniciais do capítulo

CAPITULO ESPECIAL PARA ANA MARIA FEITOSA !! PELA LINDA RECOMENDAÇÃO DA FIC !!OBRIGADA AMADA!!
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...Venha, meu amigo. Deixe esse regaço. Brinque com meu fogo. Venha se queimar. Faça como eu digo. Faça como eu faço. Aja duas vezes antes de pensar... Eu semeio o vento. Na minha cidade. Vou pra rua e bebo a tempestade...
Chico Buarque



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Nerida, ria satisfeita enquanto Nahuel a arrastava pelo braço até a biblioteca de Caius, onde estavam ele e Aro.

– Devia se controlar, Nerida. Ele não e como você ou eu , ele e diferente .

– Como diferente meu irmão? Ha... Não importa . Ele é lindo! Parece um vulcão. Fiquei louca. Devia ser proibido alguém ser tão bonito assim.

– Pare !! Agora componha-se, Nerida.

– Ok, ok! Já estou bem. Vamos lá, falar com os todos poderosos.

Os dois guardas abriram a porta da grande biblioteca. Aro sorriu efusivamente, quando viu Nerida. Ela se curvou, em uma mesura exagerada, piscando de modo provocativo para Aro.

– Nerida! Finalmente, querida. Pensei que não iria aceitar meu convite.

Aro se levantou para cumprimentar a recém chegada.

– Jamais, meu rei supremo. Seu pedido é uma ordem. Vim assim que pude, mas você sabe, Aro, que a Itália não fica alí na esquina.

Nahuel pigarreou irritado com a falta de discernimento da irmã, que falava tudo que vinha a sua mente desvairada, sem se importar em ser constrangedora ou idaquedada em seus comentários. Mas tanto Aro, como Neriva, o ignoraram completamente e continuaram a falar. Nerida enlaçou o braço de Aro, em uma intimidade absurda, mas Aro pareceu se deliciar com o gesto, e os dois começaram uma pequena caminhada ao redor da biblioteca.

– Deveria então, fazer como seu irmão e se juntar a nós definitivamente, Nerida.

– Muito me lisonjeia, meu rei. Mas sabe que tenho o espírito livre. As montanhas do sul da China são meu paraíso particular, mas sempre virei atende-lo quando solicitada.

Os olhos de Aro brilhavam fascinados. Nahuel revirou os olhos . Caius apenas se distraia com a pilha de papéis a sua frente. Era constrangedor acompanhar o flerte deles, que não pareciam interessados em ser discretos. Nahuel sabia que esse era o espírito natural de sua irmã. Ela é uma provocadora por natureza, mas geralmente corria quando algo mais sério surgia, o que poderia ser muito perigoso, em se tratando de Aro. A louca não sabe com quem está brincando.

– Sabe que perdemos Demetri, Nerida. Precisamos de um rastreador. Sua presença na guarda engrandeceria Voltrerra.

– Eu bem sei, que a guarda de Volterra já está bem engrandecida, meu querido Aro. Soube do exército que está formando. Um exército imbatível, pelo que eu sei.

Aro a olhou preocupado desviando seu olhar para Caius, que parecia desconfiado, e os fitou pela primeira vez. Pareceu desconfortável, que a híbrida soubesse tanto.

– Anda muito bem informada, minha querida Nerida.

– Sim! Procuro sempre me informar sobre tudo que me interessa. Espero não tê-lo chateado com isso, meu rei.

– Faz bem, minha querida. Faz muito bem. Mas espero, que quando chegar o momento, saiba onde é o lado que deve ficar.

– Estou aqui para provar que sou fiel a você, meu rei. Sempre estarei ao seu lado. Sempre estou do lado dos vencedores.

Nerida parou, afagando o rosto de Aro, com as costas da mão. Nahuel se sentiu meio enojado com a cena. Nerida se aproximou mais de Aro, de forma muito íntima e ele fechou os olhos, com o contato do toque dela em seu rosto. Garota estúpida! Ela se desviou bruscamente, se colocando em frente à grande janela da sala e abriu de leve as cortinas pesadas, deixando um fino filete de luz do sol entrar, somente o suficiente para que seu rosto recebesse calor. Nahuel não soube o que pensar do gesto. Se era proposital, pois ela esticou levemente o pescoço pra traz, fechando os olhos. E ela estava adorável assim. Provocante e luminosa. Sua pele brilhava de forma linda. Nahuel olhou a expressão estasiada de Aro e sorriu discretamente. O idiota está caindo no charme dela. Perigosa. Muito perigosa!

Nerida respirou, saindo de sua posição de encanto e falou suavemente.

– Mas o que quer de mim, meu lorde?

Aro sorriu, indo em direção à Caius, na mesa.

– Quero que encontre alguns vampiros especiais pra mim. Caius está com a lista.

Caius deslisa sobre a grande mesa, uma lista com vários nomes de vampiros. Nerida se aproximou, pegando a lista na mesa e passava o olho, e reconheceu vários nomes da lista. Tentou disfarçar seu descontentamento, com um sorriso fraco.

– O que quer com eles?

Aro assumia sua velha expressão de domínio e poder, já desfeito dos encantos momentâneos.

– Isso não é da sua conta. Seu trabalho e acha-los e traze-los. Quero que parta daqui a duas semanas. Nahuel vai te dar soldados. Irá uma pequena comitiva com você, para escoltar os prisioneiros até aqui. Quero que traga-os todos vivos. Nenhum deve ser machucado. A não ser que crie muitos problemas, ou se recuse a vir por vontade própria. É uma longa empreitada pelos continentes, Nerida. Mas quero que se dedique a isso. Somente a isso! Comece com os da América. Não quero alardes por lá. Há inimigos, que eu não quero alertar. Seja discreta. Agora, vá! Se organize. Sei que precisa descansar e comer algo. Nahuel mostrará seus aposentos e depois vá com ele. Selecione os melhores guardas, para seguir com você. Nahuel saberá te ajudar com isso. Não queremos que ela se machuque. Não é mesmo, Nahuel?

Aro olhou Nerida de cima a baixo, com um olhar de devassidão, ao qual, até mesmo ela teve que se controlar. Pela primeira vez, se arrependeu de ter provocado alguém com seus truques de sedução. Teria duas semanas bem perigosas no castelo agora, devido a sua brincadeira insensata. Mas mesmo com tudo, se obrigou a sorrir, piscando o olho de forma atraente. Aro pereceu satisfeito com isso.

– Obrigado, minha querida. Aguardo seu retorno muito em breve.

Aro beijou a mão de Nerida, que deu um sorriso forçado a ele, saindo da biblioteca com Nahuel. Andaram até uma certa distância, indo para ala dos soldados. Nahuel a segurou pelo braço, fazendo com que ela o encarasse.

– Como sabe do exército? E que idéia foi aquela de jogar charme para Aro? Enlouqueceu?

– Tenho minhas fontes, Nahuel. Não preciso ser um cachorro de Volterra, para saber das coisas. E não lhe devo satisfação de nada da minha vida.

– É claro que não. Obtém suas informações pela cama dos nobres vampiros. Esta jogando um jogo muito perigoso, Nerida. Se comportando como uma prostituta.

– De uma forma ou de outra, todos nos prostituímos. Todos! Não é mesmo, meu irmão?

Os olhos de Nahuel se escureceram, enfurecidos. Deu uma forte sacudida em Nerida, fazendo todo seu corpo chacoalhar, mas se controlou para não dar-lhe umas bofetadas na cara. Ela sorriu, indiferente à sua violência. O que fez odiá-la ainda mais.

– Não devia ter dito a Aro que sabia do exército. Ele ficará pensando que fui eu, a te contar algo.

– Fique tranquilo, meu irmão amado. Sei o que anda fazendo com nosso pai. Aro não irá fazer nada com você. Afinal, meu pai precisa de você para sua pesquisas insanas.

– Então sabe de tudo.

– Joham é um boca grande. Você sabe muito bem. Queria me incluir neste plano maluco, deste exército louco. Eu não vou fazer parte disso.

– Mas terá que capturar os vampiros especias que Aro quer. De um jeito, ou de outro, estará contribuindo com a pesquisa, minha adorada irmã. Você já está envolvida, quer queira, quer não.

Nerida perdeu o sorriso, tentando se desviar do aperto forte das mãos de garra de Nahuel.

– Me solte, Nahuel. Vamos logo acabar com isso.

Nahuel a soltou, mas se colocou à frente, com seu corpo impedindo-a de seguir.

– Quero que faça algo pra mim, quando estiver na América.

Nerida estranhou o tom do irmão. Era quase gentil. Mudou bruscamente a postura hostil. Se encostou na parede de pedra do castelo e seu olhar tinha perdido o tom escurecido e furioso, de minutos atrás.

– O que quer?

– Quero que vá até Forks.

– Forks, Washington?

– Sim!

– O quê... Eu não acredito. Você quer que eu ache os Cullen?

– Quero que ache Renesmee.

Nerida deu um passo pra traz, com a mão nos lábios e um sorriso provocante, que já surgia. Nahuel desviou os olhos dela, focando o jardim de flores a frente deles.

– Ela está morta, seu louco.

O olhar de Nahuel se escureceu completamente, quando as palavras de Nerida saíram. Fechou os olhos fortemente, contorcendo as pálpebras. Sua boca era uma linha rígida e dura, e respirou algumas vezes longamente, tentando se recompor.

– Não está!!! Eu saberia. Eu sentiria!!!

Nerida abriu a boca e deixou o ar entrar, em uma expressão de espanto e incredulidade, mas por fim, falou as palavras que ela custava em acreditar que seriam verdade.

– Meu irmão, eu não acredito. Você a ama? Você realmente a amou?

O olhar cansado de seu irmão era a confirmação que precisava. Mas as palavras vieram para deixa-la ainda mais atônita.

– Sim. Ela é minha. Sempre foi. Feita pra mim. Ela é única e eu sou único. Alguma coisa deu errado. Em algum momento, isso foi desfeito. O destino foi desviado. Ela não está morta.

Nerida se afastou ainda mais dele, analisando suas opções. Sim! Egora ela tinha opções. Algo que há pouco, estava sem nada.

– O menino é filho dela, não é? O príncipe é filho dela com o lobo. Por isso você não gosta dele.

Não foi uma pergunta. Ela apenas constatava o fato e avaliava as reações de Nahuel à isso.

– Isso não tem importância. Faça isso pra mim. Vá até Forks. Descubra tudo e me conte. Mas somente pra mim, pra mais ninguém, entendeu?

– Isso vai ter um preço.

– Qual? Sabe que dinheiro não é um problema.

– Há! Eu sei, maninho. Mas não é dinheiro. Quero ficar a sós com o menino. Quero falar com ele, sem Alec estar por perto.

– Por que isso? Você é doente. Ele é só um garoto. Não pode ataca-lo, Nerida.

– O que vou fazer não importa. Tire Alec de perto dele. Afaste-o. Invente qualquer coisa. Quero falar com o príncipe a sós, sem aquela babá ciumenta do lado. Faça isso, ou eu não vou à Forks.

– Não se atreva a matar o moleque. Não que eu não gostaria de vê-lo morrer, mas Aro tem um apresso de filho com ele, e a mataria sem pensar. Se tocar em um fio de cabelo daquele garoto, estará assinando sua sentença de morte.

– Tenho certeza disso. Se não, você mesmo teria matado aquela delícia. Vamos, irmão, temos coisas a fazer. Me mostre seus bravos soldados. Eu preciso descansar, mas ficarei aguardando meu pagamento.

– Não será fácil afastar Alec dele.

– Sei que dará um jeito. Sua mente é bem diabólica e bem criativa. Quero meu pagamento, se não, nada de informações de Forks para você!

– Não pode mata-lo, ouviu?

– Claro que não. Não gosto de desperdícios, meu irmão. Minhas idéias são bem diferentes de morte...

 

 

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( Uma semana e meia depois )

PDV - Lucian

– Olá, pequeno príncipe.

Olhei para a mulher, que estava de pé em um galho alto da árvore. Abandonei minha caça, que já estava no fim mesmo. Nerida tinha um olhar felino, quase predatório. Lembrei logo das palavras de Alec, mas por algum motivo, eu não queria me afastar dela.

– Não está com medo de mim, está?

Sua voz era macia, mas não como as das vampiras. Tinha um tom sexual, que Lucian logo identificou, mesmo não sabendo muito bem porque sabia disso.

– Não! Claro que não.

Apressei-me a dizer, sem querer parecer um idiota. Eu sabia que ela estava no castelo desde sua chegada, mas Alec tinha me mantido bem ocupado nos últimos dias, com estudos e aulas intermináveis, e agora eu começava a desconfiar o motivo disso. A saída para caçar. Tinha sido a única desculpa que encontrei para poder fugir um pouco para a floresta. Ele queria me acompanhar, mas tinha sido bem grosseiro, até para que ele me deixasse um pouco sozinho. Começava a pensar se tinha sido uma boa idéia.

Num salto, ela estava bem à minha frente. Ela não era mais alta que eu. Eramos da mesma altura. Começava a calcular onde seria seu ponto fraco. Onde eu poderia ataca-la, caso ela tentasse bancar a predadora comigo. Mas não me parecia que era isso que ela queria exatamente.

– Onde está sua babá, menino? Não devia ficar aqui sozinho na floresta. Há muitos perigos por aí. Vampiras loucas por sangue jovem e quente. E o seu, é uma tentação, menino.

– Para de me chamar de menino. Meu nome é Lucian.

Tinha que cortar aquele tom jocoso, com que ela me tratava. E o fato dela se referir à Alec de forma desrespeitosa, me irritava um pouco. Mas ela sorriu satisfeita, soltando um pequeno grunhido rouco, com os olhos fechados. Um calafrio passou rápido na minha espinha ao ouvir isso. Não era medo. Era bem diferente. Algo novo pra mim, como sentir cócegas na barriga ou mais embaixo, até.

– Não fale assim comigo, que eu perco a cabeça. Adoro ser mandada e maltratada. Isso me excita muito, sabia?

Sorri me divertindo com ela. Ela é linda! Tem um ar perigoso e sensual. Se movimenta parecendo ser mais leve que o ar. Seus braços finos, seu porte elegante, seu vestido creme revelador demais acentuavam cada curva bonita de seu corpo. Desviei os olhos. Eu a estava encarando, reparando cada curva de seu corpo. Curioso, querendo saber mais da fêmea à minha frente. Seu cheiro é bom. Lembra o mar da Sardenha. Lembro quando tive que implorar para Alec me levar para ver o mar, depois de ver uma foto na internet. Fomos à noite. Estava frio. O mar era gigante e o cheiro era agradável e puro, como o cheiro dela. Sal e água, numa mistura agradável.

– Você é louca.

Eu tentava me concentrar em outras coisas, mas ela se aproximava cada vez mais, molhando os lábios, me olhando como se eu fosse um liquidação em uma loja cara de grife. Mas quando falou, sua voz era firme e audaciosa.

– Não sou... Louca. Mas posso ficar bem louca com você, Lucian. Mas não! Sou como você, Lucian. Uma criatura livre de sangue quente. Não me diga que não tem vontade de romper os portões deste castelo, muito além desta floresta. Há um mundo lá fora, meu menino. Sei que é um ser selvagem como eu, que quer ver tudo. Que quer conhecer tudo. Eu poderia te mostrar tudo, se quisesse.

Era uma proposta muito tentadora. Uma mulher linda me chamando. Vem. Vem comigo, ver aquilo tudo, que você só conhece pela internet ou revista. Eu queria muito aceitar esse convite. Podia até me ver escalando uma montanha, nadando no mar Báltico com ela. Eu queria muito aceitar, mas dentro de mim tinha uma voz, e pude ouvi-la claramente na minha mente essa hora. "Ela não é o seu caminho". É isso! Claro que não. Deixar Alec era impossível. Ele é minha família. Minha única e real família.

– O que teria que fazer pra isso, Nerida? Largar minha casa? Eu não poderia.

– Aqui não é sua casa. Sei que sabe disso.

Sim. Até mesmo ela, que tinha chegado há poucos dias podia ver isso. O quanto eu era diferente, sem ter como me encaixar em nada ali. Nem uma coisa, nem outra. Não sou vampiro. Também não sou como Nahuel ou ela. O medalhão em meu pescoço começou a pesar uma tonelada nessa hora, e senti minha pele queimar ainda mais. Ela percebeu também e sorriu ainda mais. Seu corpo de repente, começava a dissipar mais de seu cheiro de mar. Os olhos dela se desviaram para minha jugular e o fogo do meu corpo me fez ficar tenso como uma pedra.

– Mas é o que eu conheço de casa. É o meu lar, meu castelo.

A frase saiu sem sentido da minha boca. Eu apenas me obrigava a continuar falando, para não focar na temperatura do meu corpo.

– Sim, é verdade. Você é o príncipe. Tem que ficar no castelo. Mas alguém como você, deve ser livre, Lucian. E não um prisioneiro, com muralhas em volta.

– É muito tentadora sua proposta, Nerida. Mas, não. Obrigado, Nerida.

– Gosto do meu nome, quando ele sai dos seus lábios...

Ela suspirou, resignada. Isso me acalmou um pouco.

– Então, eu terei que ficar, pois não posso mais ir a lugar nenhum, que não seja ao seu lado meu príncipe.

Uma sombra de dor passou por ela nessa hora, como se constatasse um trágico fato. Tive que tranquiliza-la.

– Você é livre, Nerida.

– Não mais. Estou prisioneira de seus olhos, criança, para toda a eternidade.

– Não diga essas coisas.

– Sim, digo. Estou perdida, Lucian. Você me escravizou. É o único motivo que me faria ficar aqui, atrás destas muralhas de pedra. Poderia ficar, e talvez, eu roube sua virtude, menino. Ou seu coração. Me daria seu coração Lucian, seria meu?

Nunca poderia ser seu.Eu sabia disso, como uma dessas poucas certezas que se tem na vida. Ela é linda! Perfeita em vários sentidos, mas não pra mim. Não como minha para sempre. Mas dizer isso a ela, me pareceu cruel e desnecessário no momento.

– Eu acho melhor eu voltar agora.

Ela se afligiu, parando mais a minha frente.

– Não! Não fuja de mim. Não quero que fuja, Lucian. Eu preciso saber. Você é virgem, Lucian? Já esteve com um mulher alguma vez?

Eu não ia responder isso, nem mesmo sobre tortura suprema. Eu não tenho muita noção do que ela falava, mas tinha entendido muito bem, sobre que aspectos era formulado. O sexo! Tinha visto, até algumas vezes em festas no castelos, as quais, Alec me tranca à sete chaves. Mas eu via pelas frestas das pedras mais gastas do quarto. Os casais bem juntos e colados, como se fossem um só. Eram rápidos momentos, em que eles só passavam pelos corredores, indo para áreas mais escuras e afastadas. Mas os barulhos que faziam e as aulas de anatomia que Alec tinha que passar, mesmo se sentindo completamente envergonhado com isso. Tinha me dado uma noção nada romântica do assunto.

– Ha ha. Eu acho que não deveria me perguntar isso.

– Claro que é!

Qual o problema destas vampiras de Volterra? Não vêem o que tem bem debaixo do seus olhos?

– Nerida, eu não sei mais o que dizer. Tenho certeza, que essa conversa é meio inadequada.

– Besteira! Alec está estragando você. Uma criatura selvagem, linda, máscula e poderosa, sendo mantida aqui em segredo, atrás deste muros. Saia, veja o mundo, Lucian. Não seja um infeliz, como a maioria destes vampiros, que já morreram, só não sabem ainda.

– Do que esté falando? Que devo fugir?

– Não! Só saia. Veja a noite. Caçe sangue de verdade. Deixe este animal, que vive dentro de você sair. Ele está chorando, Lucian. Triste e faminto. Mas não serei eu a roubar sua virtude, menino. Vou deixar para outra mulher sortuda. Vou esperar, até que seja um homem, e aí, farei de você meu. Mas um beijo, isso sim eu terei. Já foi beijado, Lucian? Claro que não serei a primeira a provar esta boca perigosamente doce e deliciosa.

Por alguns segundos, meu cérebro parou de funcionar. Nerida encostou seus lábios nos meus. Eu não sabia o que fazer. Ela abria minha boca com sua língua e eu permiti. O fogo começava a percorrer pelo meu corpo e eu comecei a corresponder a ela, com a mesma intensidade, devorando sua boca. Possuindo sua língua, mordendo seus lábios. Ela tinha uma das mãos em meus cabelos e a outra em minha cintura. Eu a puxei mais pra mim, sentindo seu corpo tremer. E isso era muito bom. Minhas mãos tomaram vida e foram para suas nádegas. Eu as apertei, e ela gemeu em meus lábios. Senti que isso já estava indo longe demais. Mas não queria solta-la. Queria toma-la pra mim. Queria despi-la e empurra-la contra uma árvore e... Mas ela se afastou, me empurrando. Me olhava confusa. Se ajeitou, limpando a boca borrada de batom, pelo beijo intenso.

– Foi o que pensei. Você é um selvagem, Lucian. Não desperdice seu fogo, menino. Ele pode incendiar este castelo inteiro.

Ela sumiu como um relâmpago, me deixando sem entender nada. Limpei minha boca, que estava com o gosto de seu batom, que tinha sabor de cereja e um sorriso brotava nos meu lábios. Meu primeiro beijo. Nem acredito! Mas foi bom. Eu gostei. Meio precoce, mas delicioso, sem dúvidas. Eu ia fazer isso de novo. Já pensava com quem talvez eu a ache de novo pelos corredores do castelo.



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Notas finais do capítulo

O homem é de fogo, a mulher de estopa; o diabo chega e sopra."
Cervantes



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