Meu Amor Imortal 2 - O Legado escrita por LILIAN oLIVEIRA


Capítulo 23
Capítulo 23 - MUSTANG VERMELHO


Notas iniciais do capítulo

Meu Deus, me dê a coragem
Meu Deus, me dê a coragem de viver trezentos e sessenta e cinco dias e noites, todos vazios de Tua presença. Me dê a coragem de considerar esse vazio como uma plenitude. Faça com que eu seja a Tua amante humilde, entrelaçada a Ti em êxtase. Faça com que eu possa falar com este vazio tremendo e receber como resposta o amor materno que nutre e embala. Faça com que eu tenha a coragem de Te amar, sem odiar as Tuas ofensas à minha alma e ao meu corpo. Faça com que a solidão não me destrua. Faça com que minha solidão me sirva de companhia. Faça com que eu tenha a coragem de me enfrentar. Faça com que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo. Receba em teus braços meu pecado de pensar.
Clarice Lispector



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No capitulo anterior ...

... Aquele lugar fedia a urina e drogas. Podia ver seringas espalhadas e papelotes por toda extensão do beco. O grito abafado tinha cessado de vez, e somente a respiração pesada de duas pessoas eram ouvidas. Mais adiante, pode ver a cena que lhe causou náuseas...

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...Dois homens bêbados e drogados abusavam de uma garota. Ela já caída e desmaiada, completamente desacordada. Mas era visível seus hematomas e o sangue que saia dela, pelas feridas feitas pelos dois abusadores, que nem tinham percebido a presença de Lucian. Um continuava a molestar a garota, enquanto o outro revirava sua bolsa, jogando tudo no chão, a procura de objetos de valor.

– Solte-a!

Eles se assustaram com a voz possante que vinha da escuridão, pois para seus olhos humanos e doentes pelo álcool e as drogas nada poderiam ver. Mas logo a silhueta gigante de Lucian saiu da escuridão, e eles viram. Mas suas mentes estavam entorpecidas e riram sadicamente para Lucian. Continuaram com seus abusos e o provocaram ainda mais e sem ter noção de como perigoso e fatal isso seria para eles.

– Calma grandão, espere pacientemente sua vez. Já tô quase lá!

Lucian não esperou mais nada. Isso fez o fogo de seu corpo queimar furiosamente, dentro dele. A única peça de roupa que ele conseguiu arrancar antes do estrago total foi o sobretudo. Ele explodiu em seu enorme lobo cor de bronze. Um rugido feroz foi ouvido de dentro do beco escuro. As pessoas que passavam na calçada, correram assustadas, evitando o beco sinistro, que parecia a casa de alguma besta fera. Lucian matou os homens e sentiu uma satisfação animalesca com isso. Mas não bebeu de seus corpos sujos. Se sentia enojado deles. Apenas os destroçou com seus dentes poderosos, como se eles fossem bolas de papel. Com o focinho, encostou no corpo da jovem. Ela estava muito machucada e seus batimentos cardíacos eram fracos e vacilantes. Ela morreria em breve ele sabia. Não tinha chegado a tempo de ajudar a garota. Se encolheu em um canto, voltando à sua forma humana. Ele não se concentrava. Mas na imagem de sua mãe, ele via apenas a menina de tranças no balanço. Sua amiga dos sonhos de criança. Vestiu o casaco, o amarando para mantê-lo totalmente fechado. Pegou a garota, a tirando do beco. Podia ouvir as sirenes de carros de policia e ambulância vindo em direção ao beco, e até mesmo a multidão que já se aglomerava ali. Mas ninguém tinha tido coragem de entrar no beco, do rugido da fera. Lucian retrocedeu para o final do beco, encontrando uma porta de metal, onde parecia a entrada de serviço de algum lugar. Chutou e ela se abriu sem dificuldades. Era um depósito, que ele logo viu estava abandonado e cheirando a mofo. Correu com toda a sua velocidade, mesmo estando em sua forma humana. Lucian era tão rápido como qualquer vampiro. A garota em seus braços respirava cada vez com mais dificuldade e seus coração era só de um pulsar lento.

– Droga, garota, aquente mais um pouco.

Lucian pediu em desespero, apertando mais pra si, o corpo da garota. O hospital de Napoli ficava a três quadras dali. Lucian chegou a rua, mas não parou de correr, sem se importar com as pessoas, que mesmo não poderiam vê-lo. Ele nada mais era, que um borrão se movimentando, para elas. Só diminuiu os passos quando chegou ao hospital. Entrou com a garota nos braços, e logo vários enfermeiros e um médico vieram a auxilia-lo. Ele se afastou, aproveitando toda aquela confusão e saiu dali.

Bufou algumas vezes passando, as mãos nos cabelos. Não entendia como os humanos podiam ser tão cruéis com os seus próprios. Sim! Havia um linha tênue que os distinguia dos humanos. Os vampiros matavam os humanos, mas para se alimentar. Não para sucumbi-los sexualmente ou rouba-los. Mas lembrou, de quando Alec contou sobre os vampiros nômades, que eram quase como isso. Viviam pelo mundo a roubar e matar, e isso era inaceitável para Lucian. Um crime hediondo. Sentiu uma necessidade enorme de estar com Alec nesta hora. De suas conversas e de seus conselhos sábios. Ele saberia melhor que ninguém, explicar isso. Esse sadismo pela morte de humanos e vampiros. O por quê, que para ele, era tão estranho. Não deveria ser assim. Matar deveria ser normal pra ele. Ver a morte, não devia ser tão difícil a ele. Não deveria se importar com as frágeis vidas humanas. Por que se importava tanto? Se lembrou do mesmo instinto que fez ele ajudara a mulher de ferro velho. Como se fosse seu dever. A vontade de matar Felix, quando o viu caçando as meninas. E por que ele mesmo não conseguia fazer isso. Sua mente girava, como se estivesse no centro de um tornado. Eram duvidas e dilemas, que se misturavam dentro dele. O que eu sou? Por que sou tão diferente? Ele sabia, ao menos, que isso se responderia facilmente, se Alec falasse quem é seu pai e o que ele era, além de um lobo como ele. Isso era inegável. Só poderia ser um lobo. Obrigou sua mente a voltar daquela torrente de perguntas sem respostas, e logo se lembrou das meninas no hotel. Mas não teria estômago para isso. A imagem da garota sendo violentada, gritava em sua mente. Ele parou em um telefone público. Ele deu ordens ao motorista para dispensar as garotas, as pagando de forma generosa e depois vindo buscá-lo. Pouco tempo depois, o carro parou em frente a cafeteria onde Lucian o aguardava e ele saiu dali, voltando ao hotel onde estava hospedado.


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(Dia seguinte no castelo )




– O que sentiu quando matou os homens?


Alec me perguntava, e eu ainda tentava esquecer a imagem da garota sendo violentada. Esfreguei as mãos no rosto, tentando apaga-las da mente.

– Me senti bem. Foi como fazer uma limpeza em uma gaveta suja. Teria os matado de novo, quantas vezes fossem preciso. Isso realmente, não me incomodou.

– Mas não consegue matar para caçar... Por que não bebeu o sangue deles? Não precisava se transformar. Poderia ter matado eles sem se expor tanto.

Alec falava calmamente, fazendo também suas conjecturas.

– Não pude controlar a transformação. Ela veio de forma instintiva, como se a fera precisasse sair. Era ele que queria mata-los. Não o vampiro.

– O vampiro devia sentir sede. Teria bebido o sangue de todos, até mesmo da garota. Principalmente dela, pois já estava sangrando.

Olhei para Alec sentado na poltrona do quarto. Olhava para algo sobre a cama. Tinha deixado o casaco que ainda estava sujo de sangue da garota. Isso estava deixando ele com sede. Notei claramente sua íris ficar mais escura.

– Como você as mata?

Acompanhei seu olhar. A curiosidade sobre isso sempre vinha por vezes. Ele me olhou de forma desconfortável , como se tivesse sido pego em flagrante.

– Não é como Felix.

Alec falou, sem conseguir disfarçar o seu desconforto com o rumo que a conversa estava tomando.

– Sei que não. Só quero que me diga como faz, então.

– Pra que quer saber, Lucian?

– Curiosidade. Quem sabe, aprendo sua técnica de caça. Já que as de Felix me causam certa repulsa.

– Não precisa caçar humanos, Lucian. Sua natureza convive muito bem em beber sangue de animas.

Não! Eu sabia que não precisava daquela merda. Mas e as perguntas dos por quês? Por que o fato me causava repulsa? Por que ver a morte dos humanos me alterava o espírito, ao ponto de me tirar o controle sobre meu próprio corpo? Alec sabia e sempre tentava fugir das minhas perguntas.

Lucian olhava Alec mais atentamente.

– Não quero ser diferente, Alec. Se todos aqui bebem sangue humano, por que tenho que ser o único que bebe de animais.

Era uma provocação. Alec sabia. Lucian tentava extrair informações de Alec de forma provocativa.

Pronto! A nossa conversa já tinha virado uma discussão. Como sempre estava acontecendo conosco.

– Por que e diferente já disse .

Alec começava a perder sua habitual calma. Percebendo o jogo de Lucian.

– Besteira! Nahuel e Nerida são diferentes. Mesmo eles, bebem sangue humano. Por que eu não consigo? O que há de errado comigo, Alec? Me diga. Sei que sabe.

– O que quer de mim, Lucian?

A pergunta era banal, e Alec sabia. Mas certas conversas com Lucian estavam ficando exaustivas. Era tentar andar em um terreno minado.

– Quero a verdade! Quero a merda da minha porra de história de verdade!

O rosto de Alec se contorceu exasperado.

– QUER A VERDADE? ACHA QUE PODE COM A VERDADE, LUCIAN? Pois bem. Não pode matar os humanos. Não pode bebe-los. Poderia lhe mostrar todas as técnicas que existem, e nenhuma seria pra você. Não é de sua natureza caçar os humanos!

Alec cuspia as palavras. Ele tinha perdido toda sua expressão de calma. Era a imagem de um vampiro enfurecido agora. Lucian ainda tentava arrancar informações dele. Ia se aproveitar do seu momento de descontrole.

– Sou um caçador, Alec. Eu sinto meus instintos. Eu sinto os cheiros, a presença. Sinto ódio. Quero matar!

Lucian sabia que estava torturando Alec com suas perguntas. Mas a verdade era algo que ele precisava buscar. Era como se isso o guiasse de alguma forma. Uma busca incessante e primordial à sua própria existência.

Alec se aproximou dele, mas disse de forma pausada suas palavras.

– Ah, sim... Você sempre vai sentir vontade de matar... Mas sabe quando essa vontade vai ser mais forte ?... Quando os humanos estiverem em perigo... É isso, Lucian...Você os protege... Só pôde matar aqueles homens no beco, porque tinha aquela menina, a quem tinha que proteger... Caso contrário, não conseguiria... Mata-los ou bebe-los.

Lucian franziu a testa, confuso com as palavras de Alec. A sua expressão era de surpresa e assombro.

– O que está dizendo?... Que além de ser um lobo... Sou um vampiro com defeito?

Alec deu um sorriso sem humor.

– Não é um vampiro com defeito! É um protetor dos humanos, Lucian! O seu lado vampiro só serve para torna-lo um caçador melhor, mais forte e mais rápido.

– O que eu tenho que caçar, então?

Alec cruzou os braços atrás do corpo, encarando um Lucian assustado, agora.

– Não é obvio, Lucian?

Lucian se afastava de Alec. Seu corpo sofria em espasmos, que com muito custo, ele tentava controlar.

– Não ... Não! Eu não posso. Aquele dia da transformação foi um acidente. Eu não posso, Alec...

Alec continuou implacavelmente. Sua voz fria e indistinta ressoava pela sala do castelo.

– Você quis sim, a verdade. Essa é a verdade. Você caça vampiros, Lucian. Somos seus inimigos naturais.

Lucian cobria o rosto com as mãos, sentindo o horror daquela história. Era isso! Ele é um inimigo, como os lobisomens. Os lobos também são inimigos dos vampiros. Tudo se encaixava. A vontade de matar Felix, no dia das mortes das garotas do beco. O fato dele mesmo não conseguir caçar humanos. Os olhares receosos a ele, dos moradores de Volterra. Eles abrigavam o inimigo de sua própria raça.

– Como minha mãe pôde??? Ela ...Não podia...

Alec bateu com o punho sobre uma mesa. Seu soco provocou uma leve rachadura na mesa de madeira maciça. Ele se retraiu para não destruir completamente o móvel.

– Pare de culpar Renesmee!!! Alec gritou de forma furiosa.

Lucian soltou um rosnado pela garganta, se curvando. Mas controlou sua transformação, fechando as mãos em punho cerrado contra o peito. Mas encarava Alec de forma selvagem. Suas palavras saíram em meio a rugidos furiosos.

– ELA SE DEITOU COM O INIMIGO. EU SOU O INIMIGO DA MINHA PRÓPRIA RAÇA AGORA!

Alec não se afastou, o encarando. Não se movia. Apenas avaliava a postura de Lucian.

– Raça? O quê é isso Lucian?... Acha que isso realmente importa? Raças inimigas... Somos o que somos. Fazemos nossas próprias escolhas.

– Ele a forçou? Deve ter sido isso, Alec. O maldito animal a forçou!

Alec deu um suspiro de impaciência.

– Seu pai não faria isso. Ele a amava muito, e ela a ele, Lucian. Pare de falar bobagens e procurar culpados.

Lucian se recompunha, acalmando seu corpo. Foi até o armário, onde sabia que tinha velhas garrafas de Whisky, que ele tinha ganho de Aro. Se serviu, em um copo sem gelo, bebendo em um gole rápido. Isso não o afetava, mas sentia sua garganta em brasas. Se serviu de outra dose. Sua respiração já estava em um ritmo mais calmo. Se virou para Alec, que o olhava.

– O que é isso, Alec? Eu não entendo o que ela fez com você, que não percebe o quão egoísta ela foi.

Alec por fim destruiu a bendita mesa, em mais um soco de fúria. Ela partiu em dois pedaços. Lucian arregalou os olhos surpreso com a fúria que emanava de Alec. Nunca o tinha visto furioso dessa maneira.

– CHEGA! NÃO QUERO QUE FALE MAL DE NESSIE NA MINHA FRENTE. ELA ERA UM ANJO, LUCIAN! A MELHOR PESSOA QUE EU JÁ CONHECI EM SÉCULOS. A MAIS JUSTA. A MAIS PROTETORA.ELA NUNCA MATOU UM HUMANO, LUCIAN. ELA TAMBEM SÓ SE ALIMENTAVA DE ANIMAIS. ..Você não pode ...Falar dela assim...

No fina,l Alec tentava se acalmar. Sua cólera estava o dominando. Precisava se manter. Uma luta corporal com Lucian seria péssimo para ambos!

– Por quê?

Lucian disse de maneira mais calma.

– Por que ela não bebia sangue humano?

Alec não sabia como responder a isso, sem mencionar os Cullen. Isso só ia gerar mais perguntas. Ele ia querer ir atrás deles. O que ia acabar virando uma caçada pelos Cullen. Ele não poderia fazer isso com eles. Nessie merecia que ele tentasse proteger seus pais e toda sua família. Falou a primeira coisa que veio em sua mente, tentando ser o mais vago possível.

– Ela foi criada entre humanos, eu acho. Não sei essa parte da vida dela. Ela não fala muito a respeito. Tentei por um tempo, seguir a dieta dela, mas é muito difícil. Para vampiros velhos, é mais difícil ainda. Fracassei miseravelmente. Eu me culpo por isso. Ela merecia que eu me esforçasse mais.

Lucian analisava a expressão de Alec. Ele não parecia mentir, mas continuava a defender uma mulher que o traiu com outro, e isso era inexplicável para Lucian. Era inaceitável, até.

– Não deve nada a ela, Alec!

– Cale-se, já disse! Não me importo com o que você acha que sabe sobre Renesmee. Eu a conheci. Eu amei aquela mulher como nunca poderei amar mais ninguém. Não vou permitir, garoto. Já disse que não vou permitir que a desrespeite na minha frente.

Alec saiu, batendo a porta. Lucian olhava na direção que ele tinha saído, com uma forte sensação de deslocamento. Como se já não bastasse ele ser um lobo, ainda era inimigo daqueles que o acolheram, como um dos seus.

Por mais que Alec defendesse Renesmee. A sensação de traição transbordava no peito de Lucian.

– Que mulher mais inconsequente! Maldita traidora!

Ele jogou seu copo de Whisky pelo quarto, que bateu em um espelho na parede, que ficou espatifado, pregado na parede. Nele, refletia sua imagem em cacos em diversas direções. Era como ele se sentia. Quebrado, com várias partes dele fora de ordem, refletindo um eu desconhecido.

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( Enquanto isso em Forks e proximidades ...)



Jared limpava mais uma vez o vidro embaçado da frente da caminhonete. O tempo frio e a neve que ameaçava cair, só aumentava as péssimas condições da estrada. Andava devagar pela rodovia, rumo a oficina. Tinha ido a Seattle a pedido Embry. Ha tempos, tinham pego todos os garotos da reserva para ajuda-los nas oficinas. Mas sempre precisavam ir e vir, cobrindo as faltas que ainda tinham. Até mesmo o filho de Sam, o jovem Makilam, tinha sido incluído a poucos dias no grupo. Sempre era mais fácil terem eles próximos. Poderiam vigiá-los, e se precisassem, estariam todos juntos.




Jared tinha o olho na estrada, mas algo vermelho e vibrante, parado, chamou sua atenção. Diminuiu mais ainda, quando percebeu o que era. Um belo mustang vermelho, que tinha seu capô aberto e parecia com problemas. Jared parou à frente e viu a mulher debruçada no motor. Mas parecia sem saber, nem por onde começar. Jared já ria, descendo do carro em sua direção. Se aproximou alguns passos, mas parou. Já fazia bem uns três anos que não se transformava mais. Só que aquele cheiro ainda era inconfundível para ele. Já estava impresso em seu DNA, como se esperasse a sua próxima geração. Parou estático, e a mulher pareceu notar sua presença, desistindo de sua análise no motor.





Ela olhou para ele, mas não tinha medo em seu olhar. Mesmo ele tendo certeza que ela sabia exatamente o que ele era.



– Olá!

Ela disse de forma despreocupada. Sua voz não era a voz musical dos vampiros. Tinha uma nota estridente. Jared a analisava com cautela. Seus olhos não eram vermelhos. Eram estranhamente azuis. Seus cabelos tão negros e brilhosos, como se estivesse acabado de sair de um comercial de shampoo. Deu um sorriso brilhante e sedutor para Jared, que não se interessou. A impressão dele, só tinha olhos para Kim, e as tentativas sedutoras da mulher ou criatura a frente de nada serviriam.

– O que faz aqui? Não é um bom lugar para sua espécie estar!

Ela sorriu mais ainda. Seu batom vermelho era um contraste com a sua pele branca.

– Minha espécie? Taí!!! Já fui chamada de muitas coisas, mas espécie, é a primeira vez.

– O que quer aqui?

Jared perguntou de novo, impaciente com a demora por uma resposta à sua pergunta.

– Meu carro quebrou, meu bom lobinho. Não percebeu?

– Chame um guincho e saia daqui!

– Não posso! Meu celular está fora de área. Olha, por que tanta hostilidade? Eu não sou perigosa. Sou diferente, não vê? Olha meus olhos. Azuis como o céu. Divino! Sou quase um anjinho perdido, precisando de ajuda com as minhas asas vermelhas, que está em forma do meu belo mustang. Por que não me ajuda? Aí então, eu pensarei que lobos mal são coisas de contos de fadas.

– Fique aqui!

– Onde mais eu iria, com a asinha quebrada?

Jared voltou para a pick up. Ele tinha um rádio lá, que se comunicava direto com as oficinas. Decidiu usa-lo, depois de comprovar, que pelo menos, era verdade. Os celulares não estavam funcionado, devido ao mal tempo. Só davam fora de área.

Do outro lado, um Embry atendeu impaciente.

– Jared? O que foi?

Jared falava, mas sem tirar os olhos da criatura que estava atrás dele, encostada distraidamente em seu mustang. Ele a observava pelo retrovisor e ela deu a ele um aceno debochado.

Jared se incomodava com mulheres assim conscientes de sua beleza e que usavam isso para seduzir todo pobre coitado que cruzasse seu caminho. Levar essa mulher à oficina cheio de lobos, era algo que o desagradava muito, mas deixa-la sem saber o que ela queria e para onde ia, estando tão perto de Forks e La Push, pareceu mais perigoso ainda.

– Encontrei algo na estrada, Embry.

– O que é, Jared? Atropelou algum animal?

– Ainda tô pensando sobre isso. É uma… Eu não sei o que é. Mas não é humana, Embry.

Embry pareceu entender.

– Vampira?

– Não exatamente. Parece outra coisa.

Silêncio do outro lado, como se Embry estivesse pensando, ou falando com alguém. Na falta de resposta, ele perguntou.

– O que faço com ela, Embry.

– Parece hostil?

– Não… Meio engraçadinha, mas não parece hostil. Parece meio fraca, mas não dá pra ter certeza com essas…. Desculpe, não sei que nome dou a isso.

– Hibrido, Jared. Ela é como Resmmee?

– Não! Ela parece mais pálida. Mais fria também. Provavelmente, a dieta dela é outra. Devo mata-la?

Outro silêncio longo no rádio.

– Acha que poderia, mesmo sem se transformar?

Jared ainda observava a mulher pelo retrovisor, avaliando suas possibilidades.

– Não sei! Mas ela não parece perigosa. Talvez seja fácil.

– Espere, Jared. Se ela não é uma ameaça, talvez não devêssemos mata-la. Traga-a aqui.

– Sério? Tem certeza?

– Tenho! O expediente está acabando. Vou mandar os garotos pra casa. Jake já tá chegando, para pegar o Seth. Nós quatro podemos tentar arrancar alguma coisa dela, ou mata-la, se for o caso. Traga-a! Atraia ela até aqui, com o pretexto da oficina e vamos ver o quê ela quer.

– Ok! Câmbio, desligo.

Jared foi de novo ao encontro da mulher.

– Vai me ajudar, lobinho?

– Vou! Tranque o carro e vem comigo na caminhonete.

– Muita gentileza de sua parte, mas o que me garante que não está me levando para o abate, ao encontro de sua alcateia?

Jared encolheu os ombros, em sinal de indiferença ao fato.

– Fique aqui então. Pra mim tanto faz. Na verdade, a ideia de empestear meu carro com seu cheiro não me agrada nem um pouco.

Jared virou de costas, indo em direção do carro. Mas logo ouviu um espera nervoso nas suas costas e o barulho do carro sendo trancado. Se sentou calmamente dentro de sua pick up e a fria se pôs do lado carona. Tirou as luvas de couro marrom que cobriam suas mãos e estendeu a Jared.

– Nerida.

Jared ignorou a mão estendida, girando a chave do carro.

– Jared. Mas guarde sua mão nos bolsos, se quiser mantê-la.

Nerida recolheu a mão estendida, calçando as luvas de novo. Tentava disfarçar o nervoso com seu charme. Mas parecia que o rapaz a sua esquerda era imune a ele.

– Não sou como você está pensando. Minha mãe era humana. Sou diferente.

Jared não queria manter uma conversação com ela. Quanto mais afastado ficasse, melhor seria. Seria difícil mata-la, se começasse a conhece-la. Seria perigoso, mesmo ela parecendo inofensiva.

– Temos uma oficina em Forks. É para lá que ia?

– Não. Eu estou de passagem. Procuro uns amigos que perdi contato ha algum tempo. Talvez você os conheça.

– Não vejo como poderia conhecer seu amigos, dona.

– Carlisle. Ele é médico e um vampiro.

Jared ficou calado, encarando a estrada a frente. Não ia falar nada com aquela criatura. Seu instinto protetor podia estar dormindo, mas ainda estava lá, e sabia que confiar em vampiros. Mesmo os meio vampiros como ela. Era um erro que se paga com a morte.

– E onde pretendia procura-lo, afinal se não ia a Forks?

Ela sorriu displicente.

– Você o conhece, então?

– Ia a Forks, então? Por que mentiu?

Ela suspirou, se ajeitando no banco.

– Vamos concordar. Não confio em você. Você não confia em mim e ficamos assim.

– Por enquanto.

Jared disse, quando entrava na cidade. Logo estavam em frente à oficina onde Seth abria as portas de correr e Jared, sem demora, estacionou a pick up dentro.

Nerida desceu do carro, encarando a comitiva a sua frente. Três magníficos espécimes, ela pensava. Mas nem chegam as pês do seu príncipe. Analisava cada um e eles a ela. Se demorou mais em um, em especial, que ela não tinha como negar que lembrava muito Lucian. Seriam parentes?

– O que faz aqui hibrida?

Foi o que se parecia com Lucian que falou, mas de forma educada. Que era bem diferente do seu primeiro encontro, com o rapaz mal humorado que a tinha trago.

– Meu carro quebrou na estrada, como seu amigo já deve ter dito...

– Não é só isso. Ela procura Carlisle. Disse ser amiga dele. Diz se chamar Nerida.

Jared a interrompeu

– O doutor não mora mais na cidade.

Jacob apreçou-se em dizer.

– Perdemos o contato a algum tempo. Não tinha mesmo muita esperança de encontra-lo.

Nerida lançava seu melhor sorriso sedutor aos lobos à sua frente, mas nenhum se mostrou interessado em seu encantos femininos.

– De onde conhece o doutor?

Nerida se sentiu intimidada. O homem a sua frente tinha uma voz de comando, que era penetrante. Teve que usar de toda a sua astucia para não demonstrar seu nervosismo momentâneo.

– Ele não deve se lembrar de mim. Eu era muito pequena quando nos encontramos.

O lobo fechou a cara severamente. Toda a sua amabilidade inicial tinha desaparecido completamente.

– Por que está mentido? Você não conhece Carlisle, e ele não conhece você.

Nerida deu dois passos para trás. A surpresa em seu rosto não era mais algo que ela podia esconder mais.

– Não. Ele não me conhece, é verdade. Mas eu sei que ele talvez possa me ajudar.

– Mentiras e mais mentiras. Está começando a nos aborrecer, moça.

A pequena encenação de Nerida tinha caído por terra agora. Só restava tentar sobreviver. Aqueles lobos poderiam facilmente mata-la agora.

– Não sou uma ameaça. Só quero ver Carlisle.

– Nós sabemos que não é uma ameaça. Nós somos a ameaça aqui. Não sei o que veio fazer aqui. Não me interessa na verdade. Mas quero que suma desta cidade e de toda a proximidade.

– Por que faria isso?

– Por amor a sua vida, pensei que fosse óbvio.

– O que fiz para receber esse tratamento tão hostil? Não ataco pessoas.

– Mentira de novo. É um hábito seu, eu já percebi. Mas não estou interessado em saber o motivo de tantas mentiras. Só quero que suma!

– Preciso de ajuda com o meu carro.

Jacob lançou um olhar feroz à mulher, e ela se encolheu em uma postura defensiva.

– Seth, leve a moça junto com Jared. Leve o guincho, e reboque o carro dela até Renton, e lá ela que se vire.

Jacob já se afastava do grupo. Mas Nerida ainda tentava dar as cartas numa mesa de jogos onde o blefe dela tinha sido desmascarado de forma muito rápida. Rápida demais para parecer normal.

– O tempo está péssimo. Vai mesmo me jogar na estrada, como se eu fosse um lixo qualquer.

– E o que vai ser? Quer morrer aqui, agora?

O tom ameaçador que tinha naquelas palavras era algo muito real para ser ignorado, ou para não ser levado a sério por Nerida.

– Não sou inimiga. Só precisava achar os Cullen. Não precisava me tratar assim.

– Quem mandou você aqui?

Nerida deu um pequeno sorriso misterioso aos lobos que a encaravam.

– Ninguém. Só preciso de ajuda.

– Que tipo de ajuda?

– Médica! Carlisle teve uma neta como eu. Ele entende do que sou. Quero sua ajuda, como médico.

O semblante de Jacob se contorceu. Ele estava curioso sobre o motivo de alguém como ela precisar de um médico.

– Para que precisaria de um médico?

– É pessoal. Sei que menti. Peço desculpas sobre isso. Não vou mentir. Então não me faça perguntas que eu claramente não vou responder. Se Carlisle não está aqui, eu o procurarei em outro lugar.

Nerida fez um gesto lento, dando sinal que queria pegar algo em sua bolsa. Estendeu a Jacob, um cartão que ele pegou sem vontade.

– Tome! É meu cartão, caso ele entre em contato com vocês, diga que sou amiga da Heile. Não sou inimiga como disse. Posso partir agora?

Jacob olhava o cartão em sua mão. Parecia ouvir algo.

– Está doente?

Isso parecia realmente interessa-lo. Nerida sorriu de maneira simpática.

– Não. Eu estou bem. Como eu disse, é pessoal. Só isso.

– Não está mentindo. Não é verdade totalmente. Mas não é mentira.

Nerida olhou para os lados. Alguém mais estava ali. Alguém poderoso. Um leitor de mentes. Edward! Era ele. Estaria lendo a minha mente? Droga, não era ele. Se não, já estaria morta. É outro. Inalou o ar. Seu instinto de rastreadora detectou mais dois cheiros. Eram de… Um vampiro. Não era totalmente. Era como se fossem dois híbridos? Aqui, com poderes?

– Deve ir embora agora.

Nerida ainda tentava ser simpática. Mesmo isso, sendo a única coisa que restara fazer ali.

– Desculpe a minha atitude. Eu não poderia dizer o que me trouxe. É muito pessoal. Devo ir, já que Carlisle não está aqui.

Nerida agora tinha pressa em sair dali. Não sabia o que estava obscuro por aquelas paredes da oficina. Sabia que não era o leitor de mentes, se não, estaria morta essa hora. Mas tinha sido imprudente em estar ali. Na verdade tinha vindo meio sem esperança de encontrar alguma coisa. Achava realmente que tudo era coisa da cabeça obsessiva de Nahuel. Renesmee viva e vivendo ainda em Forks era impossível. Mas o fato de estar sendo tratada com tanta cautela, era muito suspeito. Poderiam simplesmente tê-la matado sem maiores perguntas. Mas não passou por uma espécie de interrogatório obscuro, onde alguém na surdina tinha colocado no chão todas as suas mentiras. Um hibrido. Mas por que não se mostrara. É certo que eram dois, como se estivessem se escondendo dela. E o homem que parecia com Lucian era o chefe deles. Sem sombra de dúvidas, o alpha. Pois era o pai de Lucian. É claro que era. Nerida olhou de novo o homem que a fitava com atenção agora.

– Jacob Black.

Ele franziu o centro dos olhos, e Nerida teve sua confirmação. Era ele. Se ele está vivo, Nahuel estava certo. Renesmee não morrera, e pelo que parecia, Lucian tinha irmão ou irmã.

– Como sabe meu nome?

A preocupação no olhar do lobo não passou desapercebida por Nerida.

– Me mantenho sempre bem informada. Adeus poderoso Alpha. Devo agradecer por ter poupado minha humilde vida imortal.

Ela usava seu tom divertido, como se falasse com um conhecido.

– Nunca mais volte aqui, ou não terá a mesma chance.

O sorriso de Nerida sumiu. Ela olhou mais uma vez para Jacob. Desviou os olhos, olhando por toda a oficina por onde seus olhos alcançavam. Sim. Confirmou para si mesma. Havia outros ali.

Nerida partiu, com Embry. Seth logo atrás dirigindo o guincho. Mas antes, Jake olhou para ele.

– Olho nela, Seth.

– Pode deixar.

Jake esperou um tempo até ouvir os carros se afastarem e foi até o alto da oficina. O escritório que tinha uma janela que dava para o pátio dos carros. Ele entrou e logo pequenos braços abraçaram sua cintura acompanhados de outros, que se encaixavam sempre com perfeição a ele. Suas meninas. Elas estavam nervosas e assustadas. Ele as tranquilizava.

– Quem é ela, pai? Por que Seth teve que leva-la.

– Calma, filha. Seth sabe se cuidar.

– Ela é perigosa e mentirosa pai. Nunca vi ninguém mentir tanto. Mas foi difícil identificar. Não sei...

– Calma, Sarah! Ela é uma mestiça. Por isso, seu sinais são difíceis de ler. Mas você se saiu muito bem.

– Mãe, ela é como você? Ela é tão estranha. Muito bonita, mas tem algo estranho nela.

– É o sangue, filha. Faz ela ser mais vampira que humana. Lembra, ela bebe o sangue de humanos. O que não podemos fazer.

– Ela é um mostro então.

Nessie respirou fundo sem ter certeza mas sobre isso.

– Às vezes, fazemos escolhas erradas, pensando ser certas. Quando não temos quem nos oriente e nos ajude. A mamãe dela, ou o papai, ou um amigo querido.

– Ela não é boa, mãe. Sei disso. Veio atrás de nós. Se vovô Edward pudesse ter lido a mente dela, diria isso a você. Mas eu não preciso estar na mente dela para saber. Posso senti-la. Ela é perigosa, e nos queria.

– Ela sabia meu nome, Sarah. Acha que falou a verdade, quando disse ser bem informada?

– Ela se desviou. Não foi uma mentira, mas tampouco isso foi uma pergunta. Ela foi esperta, quando viu que estava sendo desmascarada em suas histórias.

– Devia ter sido mais discreto em acusa-la, então. Mas a raiva me cegou.

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Seth e Jared deixaram Nerida o mais longe possível. Na verdade a fronteira do Canadá estava a poucas milhas.

– Cuidado com o meu...

Foi a tentativa de Nerida ao protestar, quando Seth soltou o mustang do guincho displicentemente, de propósito.

– Fique satisfeita de não mandarmos a conta, vampirinha.

Jared disse, sem sair do carro. Ele e Seth se puseram na estrada, obedecendo a ordem de seu alpha, como havia sido dada.

Nerida observava eles sumirem na estrada, abrindo a capota do mustang, tirou da bolsa a peça que tinha tirado, trocando a danificada, que tinha colocado no lugar. Trocou uma pela outra, entrando em seu mustang. Girou a chave e motor rugiu. Sua potência de sempre. Deu trabalho trazer a máquina da Itália até aqui, mas ela sabia, e entendia daquele carro como poucos. Era a única que poderia saber que a peça tinha sido trocada. Qualquer outro mecânico teria dito que era original. Que foi desgaste. Mas seu plano inicial tinha fracassado, como todo o resto. Por fim, os lobos não eram os idiotas que pensara, e seus encantos se mostram tão inúteis, quanto uma tentativa de suborno seria, para obter as informações que precisava. Mas por fim, não tinha saído de todo de mãos vazias, como talvez os lobos acreditassem que tinha sido. Sua natureza caçadora e rastreadora tinha denunciado que havia outros na oficina e todo o modo, como o caso fora conduzido. Tinha mostrado que eles tinham algo a esconder. Mas provas ela não tinha. Não tinha visto ninguém, além do Jacob Black, o alpha. Aquele que era o pai de Lucian. E o cheiro dos dois híbridos escondidos. Sua mente trabalhava e as conclusões que chegara anteriormente, só se confirmava em sua mente. Mas o que faria com elas? Denunciaria eles a Aro? Entregaria tudo a Nahuel, como prometido? Não devo nada a nenhum deles. Detestava a ambos de igual tamanho. Aro e sua sede de poder, se achando algo melhor que todos, governado o mundo dos vampiros com suas garras opressoras, cheio de regras embutidas a seus próprios interesses. Nahuel desprezível e cruel em sua natureza, só tinha repulsa por ele pelo que fazia com seu pai, por ter sido enganada pelos dois ela e sua irmã tinham sofrido nas garras de Joham. E quando foram ao encontro de seu irmão em uma esperança de ajuda, ele tinha as tratado como insetos desprezíveis, as devolvendo a Joham para suas pesquisas insanas. E graças a ele, tanto ela como sua irmã eram estéreis, como qualquer outra vampira secas e ocas, como cascas de árvore tiradas da natureza. Não mentira ao pedir para falar com Carlisle. Ele talvez pudesse recuperar o que seu pai tinha tirado dela e de sua irmã. Se tivesse uma maneira de reverter e entender o que Joham tinha feito com elas. Carlislle poderia, mas tudo tinha sido uma fraca tentativa de induzir tudo a seu favor. Coletar informações e também uma visita ao médico. Não direi nada a ninguém. Para todos os efeitos, minha visita a Forks foi uma comprovação de que Renesmee está morta, e os Cullen sumiram como poeira no vento. Seria assim, até que algo possa ser usado com a informação que obtivera. Era isso! Nerida era uma coletora. Sobre todas as coisas, colhia informações e usava a seu favor, em defesa ou chantagem, não importa. Tudo era um jogo de informação e poder. Sabia algo de alguém, que ele quer manter em segredo, e ele lhe entregará sua alma. Era ardilosa quanto a isso, e usava suas armas. Não era uma vampira completa. Não tinha a força de seu irmão. Seu único talento era de rastreadora, sua beleza e a facilidade de obter todo tipo de informação com sua mente sagaz e dedutiva. Cogitou a possibilidade de voltar a Forks, para obter a confirmação de suas deduções, mas seu tempo estava acabando. Tinha que acabar sua missão, e seu voo sairia pela manhã. Não tinha mais tempo. Mas a viagem até aquele fim de mudo não tinha sido de todo perdida. Tinha conhecido o famoso Jacob Black, o pai de Lucian, a quem todos julgavam morto. Esse pelo menos, tinha visto com seus próprios olhos. Não tinha como negar.

Lucian teria gostado de saber que seu pai está vivo, e muito bem de saúde. Nem parecia atormentado pela perda de sua companheira. Nerida sorriu com isso.

– Você não está morta Renesmee. Vive escondida em algum lugar daquela cidadezinha. Seu filho vai ficar muito triste, se souber que seus pais estão vivinhos, e nem aí pra ele. Pobre bebê Lucian. Não se preocupe, Nerida vai voltar e cuidará de você, mio bambino.

Uma troca de marcha, e toda velocidade à frente. Nerida cruza a estrada, rumo ao seu próximo destino.



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Notas finais do capítulo

Olá pessoal! Desculpem o atraso, mas é que fiquei meio enrolada no trabalho esta semana.
bjs, Lili



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