A Chantagem - Clato escrita por Luly


Capítulo 17
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Oioi gente linda do meu coração!! Aqui esta mais um capitulo, e imagino eu que seja um dos mais esperados até agora: O baile! Então boa leitura! E leiam as notas finais também ;) Nós vemos lá em baixo!



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   O dia anterior acabou muito rápido para o meu gosto. E agora cá estou eu me arrumando para um baile onde eu realmente não quero ir.

   Falei a meus pais que iria ao baile com Fox novamente. Mentir para eles não é a coisa mais difícil do mundo, nunca foi.

   Me concentro em me arrumar para o baile e tento esquecer quem será meu par.

   Quando termino de me arrumar  já são quase sete horas.

  -Esta linda. –diz minha mãe.

  -Obrigada. –agradeço. –Eu já vou indo, não posso me atrasar.

  Me despeço e saio. Cato me esperava a uma quadra de minha casa. Respiro fundo e entro no carro. Ele não fala nada nem eu. O radio toca uma musica que não consigo reconhecer.

   Fico olhando para a janela. Não há nada de interessante para ver e mesmo que tivesse tenho certeza que não me animaria.

   O Local onde será feito o baile é de certa forma um pouco longe. Era um lugar muito lindo. Estava todo decorado com luzes e cartazes.

   Quando chegamos, Cato abre a porta pra mim, mas é só. Fico observando as pessoas. Como sempre o baile é como um concurso de quem tem o vestido mais caro, a melhor maquiagem e o melhor par. Nesse ano eu ganho no quesito de melhor par, pelo menos pra todas as garotas menos eu. Graças a Cato ganho muitos olhares de inveja enquanto ando pela pista. A maioria dos casais faz fila para tirar foto, nós pulamos essa parte. Cato logo encontra alguns de seus amigos e começam a conversar. Seus pares olhavam pra mim com superioridade como sempre. Enquanto eles se divertem o único que posso fazer é olhar as outras pessoas. A maioria dança, inclusive Peeta e Katniss. Eles parecem felizes juntos. Fox esta junto a Madge e Gale no canto conversando e se divertindo. Parece que eu sou a única que não queria estar aqui agora. Vejo quando Glimmer e Marvel chegam. Glimmer como sempre esta deslumbrante. Ela usa um vestido lilás, uma maquiagem simplesmente perfeita. Marvel não consegue esconder sua alegria, mas realmente os dois pareciam estar se divertindo de verdade. Glimmer me olha com cara de nojo e ao mesmo tempo confusão quando me vê ao lado de Cato.

   -E ai Cato?! –diz Marvel quando o vê. Ele também cumprimenta os outros.

   Glimmer faz o mesmo menos comigo.

  -Eu já volto. –digo me afastando.

  Vou até o banheiro. Varias garotas retocam a maquiagem que acabaram de fazer. Fico lá apenas para matar tempo, afinal é aqui ou ao lado de Cato e seus amigos esnobes. Mil vezes aqui. Mas infelizmente chega uma hora que tenho que voltar.

  Como o esperado nenhum deles dá bola quando volto .Cato e eles continuam rindo e falando todas as bobagens de sempre. As garotas comentam sobre seus vestidos, maquiagens, sapatos e blábláblá. Muitas vezes as escuto falando algumas coisa de mim, e eu apenas garanto que não é coisa boa.

   -Cato por que veio com a Clove? –pergunta uma das meninas. –Você ganharia bem mais vindo com um cachorro.

   -Pra mim chega. –digo indo para fora.

   Sento-me em um banco de frente para um lago que havia lá.

   Ela tinha razão, Cato deveria ter vindo com um cachorro. Eu não deveria estar aqui. Faço tudo para não chorar e acabar borrando a droga da maquiagem que tive colocar.

   -Clove? –Cato se aproxima.

   -Por que não vai ficar com seus amiguinhos? –pergunto.

   -Por que eu não quero. –diz ele se sentando ao meu lado.

   Queria empurrá-lo para dentro do lago.

   -Por que fez isso? –olho fixamente para o lago e a idéia de jogá-lo lá cresse em minha mente.

   -Fiz o que?

  -Me trouxe pra cá.

  -Eu precisa da sua ajuda pra fazer uma coisa e o único jeito era te trazendo pro baile.

  -Fazer o que?

  -Uma coisa. –responde ele.

  -Você é idiota.

  -Eu sei. –eu me calo. –Você está bonita. –comenta ele depois de um tempo de silencio.

  Olho para ele tentando detectar algum sarcasmo, mas não há nada, ele estava sento sincero.

  -Obrigada. –digo baixinho.

  -Quer voltar lá pra dentro?

  Eu olho para lá, todos se divertindo. Era exatamente o contrario do que eu estava fazendo agora.

  -Não vai querer ficar a noite inteira aqui fora vai?

  -Talvez.

  Ele sorri um pouco.

  Nós nos levantamos. Ele me oferece a mão. Eu hesito antes de aceitar. Vamos para dentro. Os amigos dele agora dançam com as suas parceira, ou cadelas, pra mim dá tudo na mesma. Eu e Cato ficamos apenas olhando as coisas acontecerem a nossa volta. Às vezes trocamos algumas palavras. Tudo que queria fazer agora é ir embora, mas Cato parece estar esperando alguma coisa acontecer, mas não perguntei o que.

   Nossas mãos estavam entrelaçadas. Eu deveria ter o soltado, mas não quero. E ele não disse nada até agora então finjo que não estava percebendo.

  A garota que tinha falado que Cato deveria ter vindo ao baile com um cachorro estava se achando o máximo na pista de dança, até escorregar no próprio vestido e cair em cima de seu par. Não posso deixar de rir. É o que a maioria faz. A garota sai correndo para fora deixando seu par sozinho também rindo um pouco. Sinto pena por ela, por mais que ela tenha me tratado mal.

  Solto de Cato vou procurá-la.

  -Aonde vai? –pergunta ele.

  -Eu já volto.

  Encontro ela no estacionamento chorando ao lado de uma arvore.

  -Ei?! –digo. –O que esta fazendo ai?!

  -Você não viu o que aconteceu lá? –pergunta ela.

  -E daí? Acidentes acontecem. –digo. –Esqueça foi só um erro, as pessoas logo irão esquecer.

  -Elas nunca vão esquecer. –insiste ela.

  -Não as pessoas nunca vão esquecer a mascote estúpida que caiu em cima dat reinadora em um dos jogos mais importantes da temporada. –digo. –Mas garoto que caio no baile, eles irão esquecer essa noite.

  Ela ri quando lembro a mascote, ou seja, eu.

  -Acho que você tem razão. –ela se levanta.

  -Sim, eu tenho razão.

  -Obrigada. –diz ela começando a ir novamente em direção ao baile. –Ah e eu acho que foi legal quando você caiu na treinadora, ela sempre foi meio idiota.

  Eu sorrio e balanço a cabeça.

  -Não sei se foi muito legal, mas foi legal você ter tentado. –agradeço.

  Ela ri.

  -Talvez não.

  Ele volta a se divertir e eu vou indo lentamente de volta ao baile. Avisto Cato na porta.

  -Legal o que você fez. –comenta ele.

  -Tanto faz. –dou de ombros.

  Sinto ele rindo silenciosamente atrás de mim. Eu ignoro. Tento voltar ao mesmo lugar onde nós estávamos, mas é difícil ter que enfrentar a multidão de gente é complicado.

  -Ei. –diz Cato puxando meu braço me fazendo bater nele.

  -Idiota. –murmuro.

  -Alunos! –diz o diretor no palco. –Estão todos se divertindo?!

  -Sim! –todos gritam.

  -Não. –eu e Cato sussurramos juntos. Eu rio.

  -Muito bom! Quero parabenizar a todos, tanto alunos como funcionários pelo incrível ano que tivemos!-  todos aplaudem, menos eu e Cato. – Bom, como todos sabem, todos os anos temos uma eleição para o rei e a rainha do baile. Então a votação esta encerrada. E o resultado está nesse envelope. –ele mostra o envelope. –Então vou parar de torturar vocês. –ele ri. –Primeiro o rei.- ele abre o envelope. –Rufem os tambores, o rei do baile é... –ele faz uma pausa dramática. - Marvel Quaid!

  Todos aplaudem e comemoram.

  Olho para Cato e ele sorri e faz um sinal para Marvel.

  -Muito bem. –diz o diretor depois que Marvel sobe ao palco. –Agora a rainha! –ele novamente chega o envelope. –Glimmer Rambin!

  Todos aplaudem mais ainda. Posso não gostar de Glimmer, mas ver o rosto de Marvel quando esta perto dela é indescritível. Um leve sorriso aparece em meu rosto pelos dois.

  -Isso. –Cato comemora baixinho. Agora consigo entender seu plano.

  -Queria vir ao baile comigo só pra perder o posto de rei? –pergunto.

  -Ah... tipo isso.

  -Pra Marvel e Glimmer poderem ganhar?-meu tom parece um pouco bravo.

  -Sim, mas Clo...

  -Você é pessoa mais esnobe, manipuladora, arrogante que eu conheço.

  -Clove, serio descul...

  -Você me usou.

  -Eu não queria...

  -Você é um idiota completo, me fez estar aqui quando eu não queria, só pra ajudar seu amigo! –digo e Cato parece estar se preparando para uma bronca. – Cato Ludwig não sabe como... como eu estou orgulhosa de você.

  Ele olha pra mim confuso.

  Uma musica lenta começa a tocar e Marvel e Glimmer começam a dançar.

  -Ele tem sorte de ter um amigo como você. –comento.

  -Talvez não. –todos começam a dançar. –Vai querer ficar ai parada?

  Olho pra ele.

  -Idiota. –tento me afastar, mas ele puxa meu braço. –Não...Cato...

  -Shh. –ele coloca a mão na minha cintura. –Iremos esquecer essa noite mesmo, e não vou deixar você ficar apenas olhando todos se divertirem.

  Resisto mais um pouco, mas logo cedo a ele.

  -Se eu pisar no seu pé vinte milhões de vezes não reclama. –digo.

  Ele ri.

  -É só me seguir. –diz ele.

  É o que eu faço. Piso em seu pé bem menos do que o esperado.  Uma sensação estranha me domina e minha vontade de ficar daquele jeito pra sempre me atinge de uma forma violenta.

  -Chega.-digo me soltando é bem nessa hora que a musica acaba.

  -O que aconteceu?- pergunta ele.

  Eu o ignoro e vou para fora. Outra musica lenta começa a tocar, ainda da pra ouvir um pouco aqui fora.

  -Clove esta tudo bem?- pergunta ele.

  -Você não se importa com isso. –digo. –Não podemos ir embora agora? Já conseguiu o que queria.

  -Não. –diz ele.

  Viro as costas para ele.

  -Por que você esta assim? –pergunta ele. –Tentei ser legal com você a noite inteira. –diz ele se sentando no mesmo banco de antes. –Clove o que eu tenho que fazer pra termos pelo menos uma noite sem brigas? Por favor me explica.

  Não olho para ele. Por que estou sendo assim com ele agora? Não há motivo algum pra isso. Não hoje. Não agora.

  -Desculpa. –digo ainda de costas pra ele. –Eu... eu só...

  Vou até ele e sento ao seu lado.

  -Você sempre foi mal comigo. –digo. – Eu acho que esse é o único jeito que eu sei tratar você.

  -Não podemos esquecer? –ele olha para o chão. –Pelo menos por essa noite?

  Penso um pouco.

  -Podemos tentar.

  Ele se levanta e pega minha mão. Eu o encaro.

  -Só por essa noite.

  Eu vou. Não voltamos para dentro ficamos ali mesmo. Dançando. Mesmo quando a musica acaba.

  -Clove?

  -Hum.

  -Vamos esquecer tudo que aconteceu aqui não é?

  Olho para ele meio confuso.

  -Sim. Por quê?

  Ele não responde, mas seu rosto começa a se aproximar do meu. Meu coração acelera.

  O que eu faço?! Retribuo?!Grito com ele?! Socorro!

  Ele me beija. Eu retribuo sem pensar. Uma sensação deliciosa me invade. Continuo o beijando assim como ele. Quando paramos. Olho pra ele ainda confusa, ele também parece um pouco confuso. Beijo-o novamente.

   Por que eu fiz isso?!

   Solto-me dele e corro para o carro. Encosto me na porta como a chave esta com ele. Depois de alguns minutos vejo-o se aproximando. Ele só fala quando esta na minha frente.

   -Clove desculpa eu...

   Puxo-o para mais perto.

   -Não.

   Ele sorri.

   -Esquisita.

   -Quer mesmo continuar aqui? –pergunto.

   -Não, mas tenho outro lugar para ir.

   Ele abre a porta e nós entramos.

   Não entendi direito o que ele quis dizer, mas não me importo. Não agora.

   Ele liga o radio novamente e aquela mesma musica da Taylor Swift. Breathe. Ainda não  consigo entende-la.

   Cato faz o mesmo caminho, mas um pouco antes de entrar na estrada que leva de volta a estrada ele vira.

  -Onde estamos indo? –pergunto.

  -Você vai descobrir.

  Quando ele estaciona eu olho em volta.Um bosque.

  Ele sai do carro e faz um sinal para segui-lo.

  -O que viemos fazer aqui? –pergunto.

  -Shh.

  -Cato...

  -Cala a boca.

  Dessa vez eu obedeço.

  Não sei por quanto tempo mais ficamos andando. Sei que não foi muito, mas andar com esse salto em um lugar como esse não é a coisa mais confortável do mundo. Ele para sem avisar e eu acabo batendo nele.

  -Desculpa. –pede ele.

  -Não foi nada. Mas e ai o que...

  Ele me abraça e nos sentamos.

  -Queria poder passar essa noite sem ouvir sua voz. –sussurra em meu ouvido.

  -Por que acha que eu vou ficar em silencio hoje?

  Ele apenas sorri.

  -Você é impossível sua peste.

  Eu rio.

  -Descobriu isso só agora?- ele também ri. –Por que me trouxe aqui?

  -Sei lá. Só queria te trazer aqui.

  -Besta.

  Ele me beija e eu retribuo, depois rio e o beijo novamente. Só paramos quando eu consigo voltar a mim. Peço para que ele me leve pra casa. O caminho é silencioso. Ele para o carro há algumas quadras de distancia de minha casa.

  -Nós...

  -Esquecer. –diz ele.

  -Podemos fingir que isso realmente nunca aconteceu não é? –confirmo. –Se alguém descobrir...

  -Seria loucura. –ele me corta. - Eu continuo te odiando só fiz aquilo...

  Ele não termina.

  -Por que...? –tento fazê-lo falar.

  -Por que você fez?

  Não respondo. Abro a porta do carro, mas Cato puxa meu braço e me coloca em seu colo.

  -Vamos esquecer mesmo. –ele volta a me beijar. Dessa vez faço tudo o que ele quer, não paro, não resisto. Quando paramos fico mais um pouco em seu colo, mas simplesmente não consigo falar nada nem mesmo olhar para ele.

  -Nada aconteceu. –lembro.

  -Nada.

  Saio do carro.

  -Boa noite. –diz ele do carro.

  -Boa noite.

  Viro de costas e começo a ir em direção de casa. Escuto o barulho do carro indo embora e automaticamente paro e percebo uma coisa.

  Não quero esquecer o que aconteceu essa noite.   

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Roupa de Clove ( http://www.polyvore.com/cgi/set?id=75723851&.locale=pt-br )


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Notas finais do capítulo

E ai?? Gostaram?? Odiaram?? Comentem!!!
Gente eu queria avisar que estou pensando em fazer um POV Cato com o baile o que acham??
Eu também queria pedir um favor pra vcs, tenho uma amiga que entrou agora no site agora e ela ta escrevendo uma fic original e é bem legal só que ela não tem muitos leitores, então eu queria ajudar ela por que a historia é realmente muito boa, aqui ta o link:http://fanfiction.com.br/historia/346050/A_Lenda_De_Richard_Gurit deem uma olhadinha não vão se arrepender ;)
Então é isso galera! Espero que tenham gostado! Beijão até o próximo capitulo! ♥