A Chantagem - Clato escrita por Luly


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Desculpa por estar demorando. É que as minhas aulas começaram e to meio sem criatividade ultimamente, mas sempre que tenho uma ideia eu já escrevo. Então desculpa mesmo por isso. Boa leitura agente se vê lá em baixo.



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   Minha mãe me acorda na manha seguinte, e me avisa que Jack não esta se sentindo bem e não vai pra escola. Sortudo.

   Minha cabeça doe e estou com vontade de morrer. Meu pai me leva para a escola.

   O dia hoje esta simplesmente horrível. Provavelmente ira chover a qualquer instante. Não vou assistir às aulas hoje, simplesmente não consigo. Vou até o lugar onde encontrei Cato ontem, era um bom lugar para se esconder.

   O primeiro sinal do dia toca, e depois de um tempo começa a chover. Não saio daqui, dane-se a chuva. Após algum tempo estou totalmente encharcada. Ouço passos se aproximando. Não quero ver quem é. Não me importo se for algum professor ou funcionário da escola para me levar para a aula, eu iria recusar eles iam me levar para diretoria e chamar meus pais que provavelmente me deixariam de castigo e eu talvez pudesse faltar alguns dias na escola.

   Mas a pessoas não pede para eu voltar para a sala, ela simplesmente senta-se ao meu lado.

   -Vai embora. –digo.

   -Não.

   Cato.

   -Eu te odeio idiota.

   -Eu também te odeio.

   Eu me levanto e começo a entrar em um tipo de bosque que há atrás da escola. Sei que ele esta me seguindo.

   -O que você quer? –pergunto.

   -Que você acredite em mim.

   Eu paro de andar e me viro para ele.

   -Você acreditaria em alguém como você?

   Ele olha para baixo e não responde. Vou até ele.

   -Responde! –mando. –Você acreditaria em alguém como você? –repito.

  -Não. –ele levanta a cabeça e olha para mim. –Não sou tão idiota assim.

  -Que bom que sabe disso. – volto a andar, mas Cato agarra meu braço. –Solta!

  -Você não manda em mim pequena.

  -Me solta!

  -Clove, por favor, acredite em mim. –pede ele.

  -Você mesmo disse que não acreditaria.

  A chuva começa a ficar mais forte.

  -Por que você não volta logo pra sua aula estúpida?

  -Por que não era nem pra eu estar aqui hoje. –diz ele nervoso agora. –Clove eu não fiz nada, não contei nenhum dos seus segredos estúpidos pra ninguém, e pra começar esse seria m dos últimos segredos que eu contaria. Não estava a fim de ferrar seu irmão, ele é meu amigo.

  Tento puxar meu braço, mas Cato aperta muito forte.

  -Para. –digo. –Isso machuca sabia?!

  Mas ele não para só aperta mais forte. Eu olho para ele e vejo que ele me encara de uma forma estranha.

  -Desculpa. –diz ele soltando um pouco.

  -Cato, vai embora.

  Ele continua me encarando, mas não me solta. Quero começar a gritar, mas sei se o fizer eu também vou estar encrencada. Queria que Jack estivesse aqui.

   Lagrimas começam e escorrer pelo meu rosto. Cato prece perceber isso. Ele me puxa para perto dele e me abraça, eu não retribuo, tento me soltar na verdade, mas no fundo não quero que ele me solte. Por mais estranho que parece ele é o único que eu tenho agora, não posso contar o tempo todo com Fox, nem meus pais, e agora também perdi meu irmão. Paro de tentar de soltar. Mas ele logo me solta, mas ainda segura meu braço, não com a mesma força de antes.

   -Clove quando eu disse o porquê de eu te odiar tanto, eu não te disse toda a verdade. - ele olha para mim.

   -Então por que você me odeia?

   -Clove, eu nunca consegui entender você, você sempre foi diferente de todas as outras garotas que eu conheci. –ele limpa uma de minhas lagrimas. –Clove eu sempre odiei você, por que desde pequena você era assim.

   -Assim como?

  -Estranha. –diz ele. –E isso talvez não seja tão ruim quanto você imagina. Eu só queria saber... saber o que você pensa.

  -E você consegue saber o que todas as garotas estão pensando?- pergunto tentando ser irônica, mas hoje simplesmente não consigo.

  -Clove eu só queria poder saber o que você é, ou por que é um das únicas garotas da escola que não sente nada por mim, ou por que mesmo você sendo nerd você é...

  Ele parece ter se arrependido de ter falado aquilo.

  -Mesmo eu sendo nerd eu sou...

  -Normal.

  -Não era isso que você ia falar antes.

  -Dane-se, o fato é que você é...eu não sei o que é. –ele me puxa para mais perto dele. –E eu quero muito saber. –isso soa como um sussurro.

  Involuntariamente começo a me aproximar dele. Eu olho em seus olhos e ele olha nós meus. Me sinto estranha, mas gosto dessa sensação. Eu fico na ponta do pé, mas mesmo assim não consigo o que eu quero. Cato me empurra para trás, mas bato minhas costas em uma arvore. Em um movimento ele coloca minhas pernas em volta de sua cintura e eu consigo ficar cara a cara com ele. Nossos rostos começam a se aproximar, meu coração bate a mil por hora.

  Não quero. Sim eu quero. Mil pensamentos passam pela minha cabeça, mas todos eles simplesmente desaparecem no instante em que os lábios dele encostam-se aos meus. Fechos os olhos e coloco a mão em sua nuca o puxando para mais perto, se é que isso é possível.

  Sinto a chuva cair, sinto a respiração de Cato, sinto simplesmente tudo.

  Não, não posso fazer isso. Por que estou aqui?

  -Cato. –digo tentando me afastando um pouco.

  -Cala boca.

  -Eu não... –ele me beija e não consigo falar. –não...

  Ele não escuta. Isso me deixa irritada e ao mesmo tempo aliviada.

  Desisto.

  Fecho novamente os olhos e continuo o beijando.

  Depois de algum tempo paramos. Ficamos com as testas encostadas. Olho em seus olhos, mas eles são totalmente impossíveis de decifrar. Eu o odeio. Já havíamos recuperado o fôlego.

   Ele segura minha mão e começa a me levar para longe da escola. Depois de poucos metros vejo seu carro e entro em pânico.

   -Eu sinto muito. –diz ele. –Por aquilo.

   -Não sinta. –digo me aproximando dele novamente e o beijando. O porquê de eu ter feito isso eu ainda não sei.

   Ele se apóia no carro e me levanta novamente. Ainda chove e nós dois estamos totalmente encharcados.

  Nós acabamos entrando no carro. Meu coração acelera ainda mais. Fico por cima dele, por mais que eu queira parar não consigo, não quero perde-lo.

   Deixo sua língua passear em minha boca. Sua mão em minha cintura. Meu coração a mil. Tudo aquilo era novo pra mim. Toda aquela sensação era incrível, mas era errada, pelo menos com Cato. Cato o pegador da escola, o cara que simplesmente esta acabando comigo, o cara que destruiu meu ano, o cara que me usa sempre que possível. Não é com esse cara que eu devia estar aqui. Começo a lembrar de tudo de ele vez pra mim desde sempre. Então paro de beijá-lo.

   -O que foi?-pergunta ele um pouco ofegante.

   -Eu odeio você Cato.

   Apoio a cabeça em seu peito, queria poder sair correndo desse carro, mas não consigo me mexer. Não consigo fazer nada agora. Tento esquecer que é Cato o cara que esta comigo dentro desse carro. Tento esquecer tudo que acabamos de fazer. Mas quando fecho os olhos e tudo volta.

   Eu o odeio. Mas não quero sair de perto dele. Se não for ele não terei ninguém. Na verdade nunca tive alguém como Cato. Alguém repugnante, idiota, manipulador, chato, irritante e metido, mas é a única pessoa com quem eu me sinto completa.  Sim, não pode haver outra pessoa que o odeie tanto quanto eu.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram? Comente pra eu saber ;) Gente se eu demorar a postar já sabem por que né? Mas vou fazer o máximo mesmo pra sempre estar postando. Beijinhos até o próximo capitulo!