Anteriormente em “Between Lies“

– Quem é você? – perguntei nervosa sem deixar de olhar os belos olhos azuis daquele homem incrivelmente perfeito que acabara de me beijar.

– Sou Damon e você deve ser Elena. – ele disse se sentando no sofá e rindo. – Bom até que não beija tão mal.

– Qual o problema de Elena aparecer Katherine? – perguntou Damon algo que eu queria perguntar porem tinha medo.

– É Katherine qual o problema? – disse Matt cruzando os braços e erguendo as sobrancelhas.

– Nenhum, eu apenas quero proteger minha irmã. – ela se aproximou de mim. – Querida, tenho que preparar meus pais, principalmente minha tia e o namorado dela Alaric que cuidam de mim mais que meus pais adotivos juntos. Sabe, tenho medo deles lhe rejeitarem.

– Então como ela esta?

– Ela já está aqui. Exatamente como o combinado. – sorri.

– Sabe no que está entrando Katherine?

– É claro que sei. Ela vai para casa de um amigo meu Matt é o nome dele. – suspirei. – Assim que estiver tudo certo ela é toda sua!

P.O.V Elena.

Estava na casa de Matt e devo admitir que era mil vezes melhor do que a minha antiga. Não pelo fato de luxo, mas pelo fato de aconchego, posso dizer que em poucas horas me senti em casa. Assim que cheguei tomei enfim um banho e me vesti (http://www.polyvore.com/sem_t%C3%ADtulo/set?id=68130532) e agora estava deitada no sofá assistindo televisão esperando Matt voltar com sua “surpresa”.

– Aqui. – ele disse me entregando um prato com uma lasanha que parecia estar muito apetitosa. – Imaginei que estivesse com fome. É congelada, mas eu garanto que é boa. – ri pegando a lasanha de sua mão.

– Então... Acha que Katherine estava certa? – perguntei mordendo o lábio e Matt me olhou. – Você sabe sobre me rejeitarem... – abaixei a cabeça.

Ele revirou os olhos e riu.

– Olha Elena, sei que pode ser difícil, mas tem que aceitar que sua irmã não é uma pessoa muito confiável. – ele me olhava sincero. – Não acredite nela, pro seu próprio bem.

Suspirei ao ver ele se levantar. Senti meus olhos ficarem embaçados, sim eram lagrimas. Pensar que nunca tive uma família, amigos e que a única pessoa que pareceu ser sincera comigo uma vez na vida era falsa. Bom devo dizer que isto dói de certo modo, de modo que me faz pensar se é realmente certo eu estar aqui, ou melhor se realmente sou bem vinda aqui.

– Não Elena, você não é bem vinda. – falei comigo mesma suspirando e comendo um pedaço da lasanha feita por Matt. Enxuguei as lagrimas e voltei a comer encolhida ao sofá.

P.O.V Damon.

Tão parecidas e ao mesmo tempo tão diferentes, o beijo, jeito, olhar. Katherine e Elena podem até serem irmãs, podem ser idênticas, mas em quesito personalidade são totalmente diferentes. Pobre Elena tão ingênua parece tão doce, mal conhece a irmã que tem. Que por sinal nem eu conheço só sei que a amo, mesmo não devendo eu a amo.

Eu estava no bar da cidade, não é bem um bar é uma lanchonete mais puxada para bar. Vivo aqui praticamente, sempre que quero pensar ou algo do tipo. Mas agora eu precisava não apenas pensar precisava beber também devia estar no meu segundo copo de whisky, para mim beber sempre foi como se eu esquecesse meus problemas e Katherine era um deles.

– Pensando na vida? – disse Caroline se sentando a minha frente e tomando o que faltava do meu copo. – Chega de bebida por hoje ok?

– Digo o mesmo para você. – rimos.

Conheço Caroline desde que ela éramos dois bebes claro que sou um ano mais velho, mas é como ela sempre fala eu sou seu “irmão mais velho”, ela cuida de mim e eu cuido dela sempre assim sem nada a mais do que isto. Eu não seria simplesmente nada sem essa loirinha. Ela estava me olhando de um jeito como se esperasse eu falar algo, mas não sabia o que era sinceramente não sabia.

– Você esqueceu. – ela riu. – Grande novidade. – ela disse revirando os olhos, então eu lembrei que hoje era seu aniversário de dezoito anos. Levantei-me e a puxei para um abraço a girando fazendo todos nos olharem.

– Não é todo dia que uma criança completa dezoito anos. – sorri lhe dando um beijo no rosto. Deixei o dinheiro em cima do balcão e seguimos para fora do bar.

– Fica lá em casa até a hora da festa? – ela me perguntou me olhando com um olhar dengoso, mas triste ao mesmo tempo. – Tyler tem coisas a fazer, minha mãe não voltou de viagem e bem pai... Bom ele nem me ligou de novo. – ela suspirou, era incrível ver aquela menina que parecia tão cheia de alegria com seu olhar triste.

– É claro que fico Carol. – disse e ela abriu um enorme sorriso me abraçando.

– Você é o único que não me faz sentir sozinha, é por isso que eu te amo.

– Eu também te amo pequena. Agora vamos pensei em nadar um pouco aquela sua piscina é demais. – rimos e saímos andando rumo a casa de Caroline.

Horas mais tarde

P.O.V Katherine.

Eu já estava pronta ( http://www.polyvore.com/ousado/set?id=68022160 ) para a festa de Caroline, estava apenas esperando Rebekah até que alguém bate a minha porta – obviamente ela. – Levantei-me para atender, a vi parada com seu sorriso enjoado de sempre no rosto. Sua roupa (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=68712025&.locale=pt-br) era até bonita. – não melhor que a minha é claro. – Mas era bonita. Ela estava com aquele colar que nunca tira para nada. Ninguém sabe ao certo o por que.

– Katherine não acha que a sua roupa está “Katherine” demais? – ela disse enquanto eu fechava a porta. – Eu vim assim por que queria que a Carol fosse notada. É aniversário dela, achei que ela merecia.

– A Caroline me irrita às vezes. Eu não tenho culpa de ser melhor que ela. Agora dá pra gente ir, ou será você quer criticar mais alguma coisa em mim? – eu disse e Rebekah nem estava me ouvindo, pois estava no celular com sei lá quem. Revirei os olhos e a esperei desligar. – Quem era?

– Ele. – Rebekah disse dando um imenso sorriso e pulando no pescoço de meu irmão.

– Não sabia que vocês dois estavam juntos. É bom assim você não fica no meu pé durante a festa. – disse dando um sorriso irônico entrando no carro.

– Posso saber o porquê do seu namorado perfeito não ter vindo te buscar maninha? – disse Jeremy entrando no carro e logo em seguida dando partida.

– Ele vai me encontrar lá. – dei um sorriso sarcástico.

– Se toca irmãzinha ele já deve estar na festa e dando em cima daquela amiga de vocês. É o que eu faria se minha namorada fosse uma vadia. – ele disse dando de ombros.

– Babaca. – disse abrindo a porta do carro e saindo.

– Aonde você vai? – disse Rebekah abaixando o vidro a me ver sair.

– Pegar um taxi qualquer merda.

– Ok. - ela mandou um beijo com uma das mãos e logo em seguida Jeremy acelerou.

Sentei no meio da calçada e senti algumas lagrimas vindo. Eu sei que eu não sou uma boa amiga, boa namorada, na verdade eu não sou boa em nada do que eu faço. Estou quase sento reprovada não só pelo meu numero de faltas, mas por minhas notas também, meus amigos são falsos, Damon a única pessoa nesse mundo que me ama não quer nem olhar em meu rosto. Respirei fundo até que senti uma mão puxando meu braço com certa brutalidade.

– Olá Katherine!

– Olá, Elena está na casa do Matt.

– Meu assunto não é com Elena tolinha. É com você!

Arregalei os olhos e logo senti meu nariz ser tapado por um pano. Meu corpo foi ficando pesado, meus olhos lutavam para se fechar por mais que eu lutasse contra. Meus sentidos foram se perdendo só sentia alguém me pegando no colo e segundos depois não via mais nada.

Elena P.O.V

Eram quase três horas da manha e eu não conseguia dormir. Não sabia o porquê, mas era como se sentisse algo de ruim acontecendo, algo completamente horrível, essa sensação me causava arrepios e Matt havia saído então estava sozinha em casa. Isto só fazia o meu medo aumentar balançava minhas pernas freneticamente como se fosse ajudar em alguma coisa. Eu já não tinha mais unha e meus lábios estavam completamente secos.

– CALMA CARALHO VOCÊ QUER MESMO FALAR DISSO COM UMA BEBADA PENDURADA NO MEU PESCOÇO? – Gritava Matt assim que praticamente arrombou a porta.

Junto dele estava Damon e uma garota que eu realmente não sabia quem era. Ela era bonita, tinha cabelos loiros bem cheios até metade dos seios, sua maquiagem estava completamente borrada porem dava para ver sua beleza, seu corpo era bonito e seu rosto era igual ao de uma Barbie, suas sardas entre o nariz e as bochechas a deixavam com um ar fofo. Ela era linda e por um segundo senti uma ponta de inveja.

– Katherine? – disse a loira com cara de Barbie. – KATHERINE! – ela me abraçou e ria sem parar. – Não foi na festa para ficar na casa do Matt com essa roupa? – ela ria ainda mais. – Viram meninos, a Katherine ta aqui. Ela ta com o cabelinho todo escorrido e com cara de morta viva, mas ta aqui. – ela ria. – Quem é a Katherine da Bekah quem é?

– Ah... Sou eu? – disse olhando para os dois e via Damon soltar fumaça pelas orelhas. Eu queria rir da situação, mas tinha medo de rir e Damon dar um ataque.

– Vem Rebekah eu vou te dar um banho. – disse Matt puxando à loira.

– O que foi isto? – disse confusa vendo Damon socar a parede e logo em seguida sentar no sofá. Assustei-me e dei passos para trás e ele notou.

– Elena, Katherine sumiu. – ele disse com as mãos em seu rosto e os cotovelos apoiados nos joelhos.

– O que? – perguntei assustada. – M-Mas como?

– Eu não sei, ela não foi para a festa, não voltou para casa. – ele se levantou. – Ela não está comigo, não estava com o Matt. – ele falava enquanto aumentava o tom de voz. – ELA NÃO ESTAVA COM NINGUEM NAQUELA PORRA!

– Damon se acalme, talvez ela só tenha sei lá ido espairecer. – disse segurando seu braço e fui empurrada com força no chão.

– NÃO ENTENDE? – ele gritava. – QUANDO ELENA, QUANDO VAI COLOCAR NESSA SUA MENTE DE MERDA QUE VOCÊ NÃO CONHECE A KATHERINE. – ele me puxou pelos braços me fazendo gritar. – VOCÊ NÃO SABE NADA DA VIDA DELA, ABSOLUTAMENTE NADA. E AGORA ELA SUMIU E VOCÊ ACHA QUE ELA SAIU PARA ESPAIRECER?

– SOLTA ELA CARALHO. – disse Matt empurrando Damon para longe e me abraçando. – Você está bem?

– Não eu... – eu estava assustada, nervosa, não sabia o que dizer fazer ou como agir.

– Vai ver a Rebekah. Não tenho certeza se ela já dormiu, se ela perguntar algo você é a Katherine ok? – afirmei com a cabeça e fui para o quarto de Matt.

P.O.V Matt.

Damon estava nervoso, eu tinha para mim que ele sabia de algo porem estava escondendo. Ele sabia algo sobre este suposto desaparecimento de Katherine e ele iria me contar querendo ou não. Todos os meus pensamentos foram interrompidos ao sentir um leve selinho de Rebekah.

– Você não ia me dar banho? – ela disse com seus olhos quase se fechando.

– Eu devia, mas não acho certo eu fazer isto.

– Você é gay? – ela disse rindo. Rebekah estava completamente chapada. – Sabe você é o único cara que não tentou me levar pra cama a noite inteira. Eu sei por que o Jeremy me deixou chapada, ele queria transar comigo. – ela se aproximou eu sentia o forte cheiro de vodka misturado com maconha vindo de sua boca. – Vou te contar um segredinho. – ela se aproximou do meu ouvido e sussurrou. – Eu sou virgem, mas todo mundo acha que não. Só não conta para a Katherine. – ela ria e se deitou na cama me puxando para junto dela.

– Por que está me falando isto? – perguntei olhando seus belos olhos.

– Por que eu estou chapada. – ela ria. – E eu sei que não vai contar para ninguém! – ela se virou para o lado oposto ao que eu estava. – Boa noite Matt, lembre-se de quando eu acordar me explicar o que aconteceu. – sorri e ri logo em seguida.

– Boa noite Rebekah.

– VOCÊ NÃO SABE NADA DA VIDA DELA, ABSOLUTAMENTE NADA. E AGORA ELA SUMIU E VOCÊ ACHA QUE ELA SAIU PARA ESPAIRECER?

Ouvi um grito de Elena junto com os gritos de Damon, corri para a sala e vi Damon segurando Elena pelos braços. Ele a sacudia de uma forma brutal e ela parecia em completo estado de choque. O empurrei para longe e Elena continuava parada estática o olhando sem saber o que fazer ou falar

– SOLTA ELA CARALHO. – gritei logo após empurrar Damon – Você está bem?

– Não eu... – ela simplesmente não sabia o que dizer

– Vai ver a Rebekah. Não tenho certeza se ela já dormiu, se ela perguntar algo você é a Katherine ok? – ela afirmou com a cabeça e foi em direção ao quarto. – Qual é a sua?

– Katherine queria se livrar da Elena. – ele disse andando de um lado para o outro na sala.

– O que? – perguntei sem acreditar no que ele tinha acabado de falar.