P.O.V Elena

Acordei com a forte luz do sol em meu rosto e sentindo meus cabelos sendo puxados por Clarice minha “mãe” para todos os efeitos, seus olhos estavam completamente pretos de ódio talvez e ela me remexia e a única coisa que fiz foi soltar um grito ai sentir a dor do puxão.

– ONDE ESTÁ? – Ela gritava desesperada então me tacou contra a parede. – EU SEI QUE VOCÊ ROUBOU DERECK JÁ ME CONTOU TUDO!

– Do que está falando sua maluca? – falei com um tom de voz um pouco mais baixo que o dela.

–MEU DINHEIRO, AONDE VOCÊ COLOCOU O MEU DINHEIRO? – Ela perguntava com ódio nos olhos, começou a revistar meu quarto até que abriu uma de minhas gavetas e tirou de lá o que parecia serem dois bolos de dinheiro.

– Clarice isto não é meu! – falei como se fosse a coisa mais obvia do mundo e ela riu.

– Obvio que não. – ela riu sarcástica. – É meu! – Ela me segurou pela nuca e pude sentir seu halito de cigarros e cerveja. – Os policiais vão cuidar de você “filhinha!” – Ah vi indo para fora do quarto e o trancando.

Merda! Era só o que me faltava, Clarice querer colocar a culpa em mim por algo que nem ao menos fiz. Deve ser mais uma das armações do Derek o filho de sangue dela e tarado para me tirar daqui de vez, mas tudo bem ele me quer fora daqui vou ir para fora daqui, mas não para uma cadeia.

Peguei meu celular e rezei para estar com bateria disquei o numero de Katherine quem eu descobri ser minha irmã gêmea há dois meses. Ela sempre dizia que me ajudaria em qual fosse à situação e bom a hora é essa. Enquanto eu esperava com que ela atendesse peguei uma pequena mochila e dentro joguei algumas roupas. Como eu dormia sempre de blusão só precisei vestir uma calça qualquer e meu all star preto. Dei graças a deus quando ouvi o “alo” ao outro lado da linha.

– Sei que é loucura, mas estou indo para Califórnia agora devo chegar amanha não sei ao certo. – dizia rapidamente. – Eu te ligo com mais detalhes.

– É o que está louca? – disse Katherine como se fosse o maior absurdo que já tivesse ouvido em toda sua vida. – Como assim vindo para cá, por quê?

– Não dá tempo de explicar apenas atenda minha próxima ligação que deve ser daqui à uma hora!

– Não, mas perai... – antes que ela pudesse terminar desliguei o telefone.

Olhei pela janela e vi que se eu pulasse talvez fosse me machucar só um pouco, então joguei minha mochila pelo lado de fora e pulei logo em seguida caindo no chão frio. – iria ficar com marcas roxas. – sai correndo o mais rápido possível tomando cuidado para que ninguém me visse.

P.O.V Katherine

Merda, aquela vaca da minha irmãzinha tinha que desligar na minha cara, o melhor sem ao menos explicar droga nenhuma sobre por que diabos ela decidiu vir para a minha cidade absolutamente do nada! Maravilha era a quinta vez que eu tentava ligar e nada dela me atender. Ótimo, perfeito, maravilha! Isto realmente não estava nos meus planos não mesmo!

– Calma ela não disse que te liga de volta? – disse Damon se deitando no sofá do galpão enquanto eu continuava andando de um lado para o outro. – Kath, para com isso. – ele se levantou e me puxou para perto. – Que tal a gente terminar o que estávamos fazendo antes da sua irmãzinha ligar? – ele disse me olhando com um olhar malicioso.

Ele me jogou no pequeno sofá que havia lá e começou a me beijar com ferocidade, ele beijava meu pescoço e mordiscava ao mesmo tempo em que explorava meu corpo com suas mãos. Damon sabia exatamente o que fazer para me deixar completamente louca, às vezes me sentia mal por trair Stefan, mas levando em consideração que Damon era muito melhor de cama eu pouco ligava. Damon descia os beijos por toda minha barriga desnuda e eu já me sentia excitada com seus pequenos movimentos.

P.O.V Elena.

Eu já estava dentro do ônibus indo para a Califórnia, era a única coisa que eu poderia pagar com o pouco dinheiro que eu tinha bom a outra parte seria para uma coisa mais necessária quando chegasse lá, tipo pegar um taxi que me levasse até São Francisco. Será que seria certo ligar para Katherine agora? A viagem leva quase dois dias então ainda teria bastante tempo, resta saber se ela iria me querer lá, eram muitas duvidas até que vi alguém se sentar ao meu lado e assim que falou um nome minha pele simplesmente gelou.

– Katherine, o que faz aqui? – olhei para o lado e vi um garoto que aparentava ser um pouco mais velho que eu, tinha olhos azuis e um cabelo meio bagunçado loiro meio evidente, seu peitoral era bastante definido, usava uma camisa polo branca, uma calça com um jeans meio surrado e seus sapatos marrons que estavam bastante gastos.

Ele me olhava com seus lindos olhos azuis e senti que precisava lhe dar uma resposta, porem não fazia ideia de qual. Eu estava ferrada, frustrada, minhas mãos suavam, respirei fundo e tentei fingir que não era comigo até que ele me chamou novamente.

– Katherine, sabe que este jogo não funciona comigo. – ele disse rindo.

– Acho que você está falando com a garota errada. – disse e então o ouvi rir.

– É obvio isto explica as roupas. – ele falou ainda rindo.

– Desculpe, mas o que tem de errado com as minhas roupas? – disse olhando para minha calça completamente surrada e mordendo fraco o lábio com vergonha.

– Desculpe Elena, já deveria ter imaginado! – arregalei os olhos e gelei como ele saberia meu nome? – Não se assuste eu sei dessa historia sua e da Katherine nos mínimos detalhes.

– Ela não me contou que tinha contado para alguém! – disse quase de boca aberta e ele riu (meu deus como ri) pensei.

–Existem muitas coisas sobre Katherine que você não sabe. – ele disse. – E acredite nem vai querer imaginar saber. – suspirou. – Mas ela não me contou que a irmãzinha dela ia para São Francisco, o que ela está tramando?

– Na verdade acho que ela não está aprovando muito bem a ideia, mas era isto ou ser presa. – disse mordendo o lábio.

– Presa?

– Meu “irmão” armou para que a nossa “mãe” pegasse dinheiro do “trabalho” dela na minha bolsa! – suspirei.

– Quantas aspas, acho que sei, é sua mãe de aluguel que é prostituta não é? – ele riu.

– Sim família temporária exatamente! – ri fraco. – Parece que Katherine te contou exatamente tudo, mas ela nunca me falou de você!

– Sou ex-namorado da melhor amiga dela Caroline, mas eu me mudei para NY há um ano, eu e Katherine sempre fomos muito amigos ela me deixava por dentro de toda a situação. – ele sorriu. – Do jeito dela, bom digamos que ela se preocupa bastante com você, mas não estou aqui a pedido dela se é isto que está pensando, estou voltando para São Francisco por princípios, quero rever a cidade em que eu cresci.

– Nova York te assustou?

– Talvez um pouco! – ele sorriu. – Um conselho, não ligue agora, quando chegarmos eu te levarei até o galpão.

– Galpão? – questionei.

– O lugar aonde ela da suas escapadas com Damon irmão por conhecidencia da minha ex Caroline. – rimos. – E se eu fosse você ficaria longe dele, é serio ele para Katherine é sagrado.

– Mas ela não namora um Stefan? – me perguntei se minha irmã era mesmo quem eu achava que era.

– Stefan a trai quase todas as noites o namoro deles é tipo uma fachada para os pais de cada um. – ele riu. – Eles namoram desde a época em que eu tirei a virgindade dela. – arregalei os olhos quando ele disse aquilo, acho que minha irmã era uma vadia. – Sim somos bem íntimos, mas fique tranquila, vou lhe contar tudo que precisa saber sobre Katherine Pierce, os segredos, as amizades, tudo que sei sobre ela você também saberá!

– Mas por que eu tenho que saber? – me questionei se era mesmo bom eu saber de tanta coisa.

– Elena, doce Elena. – sorriu. – Se quer ser irmã de Katherine Pierce, tem que saber quem ela é primeiro para saber onde está se metendo. – ele pós o braço em volta do meu pescoço. – E gostei de você, acho que vamos nos dar muito bem como amigos.

– Como posso confiar em você se nem ao menos sei seu nome?

– Matt, Matt Donovan. – sorriu.

Pensei no que exatamente eu estava me metendo, Katherine parecia tão ingênua, com cara de anjo pelo computador, sempre me contava sobre a vida dela falava como ela era a filha perfeita, como o namoro dela e de Stefan era perfeito. Será que eram apenas mentiras, será que minha irmã que eu pensava que era incrivelmente perfeita e quem eu sonhava ter a vida igual era a maior mentirosa que já havia conhecido?