Diário De Um Pseudopsicopata escrita por Ramon Leônidas


Capítulo 7
A Queda - Capítulo VI




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Dei uma piscadinha de olho sacana para a Lana que estava me olhando apavorada. Em seguida, peguei o celular da diretora e sentei calmamente na sua poltrona, discando o celular da minha mãe. Esperei alguns segundo e logo fui atendido: - Mamãe? Você está sozinha aí? — Ela estava gargalhando, parecia estar em um jantar, pois eu conseguia ouvir várias vozes familiares. Alguns segundos depois ela respondeu: - Agora sim! Pode falar! — Direto e sem papas na língua disse: - Preciso que corra agora pra casa e apague todos os recados da secretária eletrônica. Não ouça nenhum recado. Isso é para o bem da reeleição do Papai. Já dei meu jeito aqui. Você quer mesmo deixar de ser primeira dama? — Ela respirou fundo e disse: - Você fez merda de novo, não é? E essa parece ser das grandes! Não se preocupe, não vou permitir que aja mais ódio nessa família. Vou fazer o que você está me pedindo. Cuidado! Ei, por que você está ligando do celular da... — Antes que ela pudesse completar a frase, desliguei. Lembrei que ela tinha nos filmado. Tirei a fita da câmera e joguei junto com o celular pela janela, na neve. Abracei a Lana e disse: - Viu meu amor? Tudo isso é por nós! Eu mudei, agora sou o novo Richard e você é a nova Lana. Ficaremos juntos mesmo que o mundo acabe! — Lana continuava com o olhar assustado e apavorado ao olhar pra mim. Tudo que eu queria naquele momento era saber ler mentes, mas pelo olhar dela pude perceber que ela não estava gostando nem um pouquinho daquela situação. Coloquei meu pé no pescoço da diretora e quebrei-o pescoço. Apavorada ela me puxou pelo braço e disse: - Pare, pare! Nada disso estava nos planos, você devia ter matado apenas uma pessoa! — Passei a mão no seus cabelos loiros lisos e falei para ela secamente: - ­Você me viciou. — Ela tirou minha mão dos seus cabelos e disse: - Você é doente Richard! — Acariciei seu rosto e disse no seu ouvido: - Somos doentes. Somos doentes juntos. Não matei a Violet sozinho. Os outros foram apenas consequências da morte dela! — Lana me empurrou e com lágrimas nos olhos disse: - Não me meta nas suas sujeiras! Nossa parceria acaba aqui e acaba agora! — Peguei-a pelos braços, selei seus lábios com um longo beijo e em seguida disse: - O Carlos vai pagar pelos crimes. Já eliminei as provas, relaxa! — Ela franziu a testa e soluçando de chorar disse: - Você não entende? Todos do internato nos viram entrando na sala da diretora! Todos! Ela avisou a polícia sobre a gravação? Se sim, pode esperar que virão atrás de nós. — Logo após ela dizer isso, as sirenes de polícia começaram a ecoar em meio ao prédio do internato. Rapidamente puxei a Lana para fora da sala da diretora, ela só olhava para o corpo da diretora e repetia: - Me desculpe, me desculpe, me desculpe... — Todos saíram de seus quartos atônitos e estavam olhando para a entrada do internato, na sacada da escada. Quando passamos por alguns dos estudantes, ouvimos um cochicho que dizia: - Dizem que foi o Carlos. E parece que ele tinha um caso com o Klaus... — Sorri sadicamente. Talvez esse tenha sido o crime perfeito.

Acordei no quarto da Lana. Ela estava sentada na cama me observando, parecia estar assustada com o que havia acontecido na noite anterior. Seus olhos estavam inchados, ela provavelmente havia passado a noite chorando pela morte do Klaus. Dei uma olhada ao redor do quarto e vi que haviam dois agentes da polícia. Li suas identificações e se chamavam, Dan e Gary. Dan tinha um sorriso irônico e fazia um movimento com as mãos no qual entrelaçava os dedos e os tirava, repetidamente. Gary estava apoiado na porta lendo alguns documentos meus. Dan olhou no fundo dos meus olhos e foi direto: - Não importa o que você fale. Lana já me contou tudo. Mas, quero ouvir a sua versão. Quero ouvir o que você tem a nos dizer. Você matou aquelas três pessoas, Richard? O que você fez com o corpo do Klaus? — Olhei para baixo e comecei a chorar voluntariamente. Dissimuladamente, olhei-o no fundo dos seus olhos laranja-avermelhados e disse: - Três pessoas? Perdoe-me, só soube de duas. Violet e Klaus. — Ele sorriu balançando a cabeça em forma de negação e disse: ­- A diretora Goulart morreu noite passada. Cortaram a garganta dela e em seguida quebraram o pescoço. — Arregalei os olhos para parecer estar assustado, passei a mão no cabelo em sinal de incredibilidade e disse: - De que horas isso aconteceu? — O telefone do meu quarto começou a tocar e quando eu fui atender, Gary fez isso antes. Ele colocou no viva-voz e a pessoa do outro lado dizia: - Lana! Sua irmã Inês está fora de controle! Ela fugiu com um colega seu chamado Carlos e pelo que parece ele é um assassino. Você está aí minha filha? — Lana passou a mão no rosto em sinal de desespero e atendeu dizendo: - Sim papai, estou aqui. Quando isso aconteceu? — Pela voz, o pai dela parecia muito preocupado: - Não sei, meu anjo. Parece que foi ás 23hrs de ontem. Estou muito preocupado! — Nessa hora, Dan tomou o telefone de Lana e disse: - Você tem certeza que eles fugiram nesse horário? — O pai dela assustado disse: - Ei! Quem é você e o que faz no quarto da minha filha? — Em um tom de deboche, ele respondeu: - Sou o chefe de investigações Dan Summers. Pode me chamar de Agente Summers. Responda a minha pergunta! Qual o seu nome mesmo? — Ele aparentava estar mais calmo. Sem hesitar ele respondeu: - Meu nome é Paul. Paul Miller. E quanto a sua pergunta anterior: sim, tenho certeza! — Dan desligou o telefone e disse para Gary: - Temos que impedir que esses dois fujam. Peça reforços Gary, essa será uma busca extraordinária. Quero o maior numero de políciais que você puder chamar no aeroporto em cinco minutos. — Dan sorriu para nós e disse: - Obrigado pelas informações. Não vou deixar que esse assassino escape, não se preocupem! — Lana respirou aliviada logo quando os agentes saíram do quarto. Ela me abraçou e disse: - Nunca mais faça isso. Nunca mais arrisque nossa vida assim! Me ouviu? — Lana passou a mão pelos meus cabelos e disse sorrindo: - Acho que depois disso temos mais é que comemorar. Você quer fazer amor ou fazer sexo? — Pelo visto a preocupação dela era em ser pega, mas agora isso não aconteceria. Olhei para ela, segurei seu queixo e beijei-a. Logo após eirei minha roupa e disse mordendo os meus lábios: - Adoraria fazer amor e sexo!

Logo que acabamos, ligamos a TV e no noticiário dizia: - A filha do empresário Paul Miller, Inês foi presa essa tarde fugindo com o comparsa Carlos Andrade. Eles fugiriam para o Brasil, logo após de deixar um longo rastro de sangue no internato mais famoso da Suíça, Gladstone. Entre os mortos estavam Violet Sullivan, Marie Goulart e e até então o desaparecido Klaus Klein. Klaus era um dos herdeiros do império Calvin Klein. Marie Goulart deixou para trás um brilhante trabalho no internato mais famoso da Suíça. Vivien Sullivan, irmã gêmea de Violet sente muito pela morte da sua única irmã. Assim como os pais das jovens. Vamos ver agora como os suspeitos reagiram ao serem pegos? — Lana estava atônita olhando para a televisão sem acreditar que aquilo estava acontecendo. Enquanto isso, passava Inês pulando e tentando se soltar dos braços de um policial que tentava levar ela até a viatura. Ela gritava: - Me solta! Eu sou inocente! Isso tem o dedo da Lana! Foi a Lana quem cometeu esses assassinatos, eu sou inocente! — Desliguei a televisão. Lana deitou-se na cama e ficou olhando para o nada, atônita. Alisei as costas dela, beijando seu pescoço e disse: - Isso vai passar. Eles vão pagar pelo crime, apodrecer atrás das grades e ficaremos bem. Ficaremos livres! — Lana sentou-se na cama, me olhou com desprezo e disse: - Você não entende? Eu só queria acabar com a vida de uma pessoa! Nossas decisões afetaram mais que o triplo do que planejávamos. O Klaus era pra estar vivo e era pra ele estar aqui na minha cama, não você. Minha irmã deveria estar aqui no internato destruindo tudo e o meu pai deveria estar fazendo seus negócios como sempre. Depois disso, nada mais será possível. Nada! Destruímos sonhos de várias pessoas Rich! — Com ódio, esmurrei a parede e gritei: - O que você quer que eu faça? Simplesmente vá à delegacia e diga que nós dois matamos essas pessoas? É isso? — Ela olhou para o chão, estava chorando novamente. Aparentemente desesperada, ela disse: - Eu prefiro ser presa, prefiro ficar atrás das grades ao invés de ver a minha irmã levar a culpa disso tudo! E quer saber Richard? É isso que eu vou fazer. Eu vou à delegacia agora! — Segurei o pulso dela e sussurrei no seu ouvido: - Você não seria burra assim. Não mesmo. — Ela me empurrou e saiu andando. Na hora que a mão dela ia tocar a maçaneta para sair do quarto, puxei-a pelos cabelos, jogando-a no chão e disse: - Algumas horas atrás você estava feliz da vida comigo dentro de você. Vai mesmo dar uma de perdedora e desistir assim? — Ela falou chorando: - Se não quer que eu vá à delegacia, então me mate. Mate-me agora! — Arrastei-a pelo carpete segurando seu cabelo até a varanda que estava com o chão cheio de neve. Coloquei-a contra o gradeado e disse: - Posso lhe jogar daqui agora. Talvez a neve amorteça sua queda, mas de qualquer forma será fatal, porque seu eu jogar você, jogarei de cabeça. O que você escolhe? — Apertando a minha mão que segurava seu cabelo, Lana sussurrou: - Eu prefiro morrer ao invés de ser prisioneira da minha mente culpada! — Sussurrei no ouvido dela dizendo: - Logo mais os jornais estarão divulgando o Suicídio de Lana Miller. É uma pena que você me deixe destruir sua família e você dessa forma, eu realmente gostei muito de você. — Logo após dizer isso, joguei-a do terceiro andar do internato uma altura equivalente a uns 50 metros. Ouvi o oco e os ossos da Lana quebrando no chão, logo em seguida um longo, abafado e agudo grito. Comecei a gritar desesperado, batendo nas portas de todos os quartos, estava gritando: - Lana se jogou, alguém me ajude! A Lana se suicidou! 

Continua...


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Notas finais do capítulo

Personagens no capítulo:
Richard Rhodes (Protagonista)
Lana Miller (Garota mais rica e poderosa de Gladstone)
Inês Miller (Irmã da Lana Miller)
Paul Miller (Pai da Lana e da Inês)
Marie Goulart (Diretora de Gladstone)
Vivien Sullivan (Melhor amiga de Lana / Irmã e namorada da falecida Violet)
Klaus Klein (Um dos mandões de Gladstone / Namorado de Carlos)
Carlos Albuquerque (Um dos mandões de Gladstone / Namorado de Klaus)
Dan Summers (Polícial #1)
Gary Petersson (Policial #2)
Lugares:
Berna (Capital da Suiça)
Gladstone (Internato)