Half-blood Princess escrita por Clara de Col


Capítulo 8
Feliz Aniversário, Halloween e Detenção pt1


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores! Eu queria pedir desculpas pela demora, estava na semana de provas e vocês sabem como é não é? rs.
Então esse é o capítulo especial de aniversário da Lucy. Que é no Halloween. Ele ficou ENORME, então dividi em duas partes.
Espero que gostem!

Nos vemos lá em baixo.



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— SURPRESA!

A voz de Violet cortou o silêncio e Lucy quase saltou da cama. A amiga estava pulando em cima da sua cama, ainda de pijama, fazendo uma dancinha super bizarra. Lucy ficou parada a olhando, meio perdida. 31 de outubro. Seu aniversário. E, estranhamente, Violet parecia mais feliz que ela.

— FELIZ ANIVERSÁRIO! — Violet pulou (literalmente) em cima de Lucy e a abraçou tão apertado que ela ficou sufocada.

— Obrigada mesmo Violet... Mas... Preciso respirar.

Violet saiu de cima dela e foi para o meio do quarto, onde estava uma enorme caixa preta cheia de glitter com uma fita azul royal gigante formando um laço. Ah não.

— Que... — Lucy não encontrou a palavra.

— Maravilhoso? — Violet sugeriu, sorrindo radiante.

— Espalhafatoso. — ela concluiu. Violet revirou os olhos. — Mas veja pelo lado bom...

Lucy pulou da cama e fez um coque nos cabelos negros.

— Eu ainda não vi o que tem dentro! — ela se esforçou o máximo possível para parecer feliz, que quase convenceu a si mesma.

Mas no fundo, estava contente. Era o primeiro aniversário que iria comemorar com mais alguém fora da família de sua mãe. Tinha uma melhor amiga. Tinha feito novos amigos, andava conversando muito com Dumbledore... E agora tinha um novo amigo. Ficou um tanto próxima de Simas... Mesmo que isso significasse apenas duas palavras trocadas por dia. Não era como se ela estivesse contando. Seus amigos mal haviam notado. Lucy havia percebido que ele poderia ser um garoto muito legal. Quando ele quisesse, é claro. Eles trocavam livros na biblioteca, mas não passava disso. Lucy nem sabia se eram amigos mesmo.

— Você não vai abrir? — perguntou a amiga, fazendo biquinho e alisando a gigante fita azul que embrulhava a caixa.

Lucy sorriu, e se rendeu. O que quer que fosse, sabia que ia gostar. Afinal, era Violet. Ela a conhecia bem.

Ela chegou perto da caixa, e desenrolou o laço da fita, tendo uum pouco de trabalho para joga-la num canto.

— Iria ficar lindo no seu cabelo. — comentou Violet, e Lucy soltou uma risada.

— Pena que isso nunca vai acontecer.

Violet deu de ombros e a ajudou a tirar a tampa da enorme caixa.

Estava cheia de papel de seda branca, e foi uma luta para Lucy retirar tudo. E no final, a caixa estava VAZIA.

— Eu não acredito Violet! — Lucy exclamou, irritada.

Violet franziu as sobrancelhas.

— Achei que ia gostar...

— Se tivesse algo ai dentro, né?

Violet riu.

— Procure melhor, oras. — ela foi para o banheiro, cantarolando. Lucy revirou os olhos e tombou a caixa.

Alguma coisa foi de encontro com o tapete cheio de seda branca. Mas era muito pequeno. E preto.

Lucy tateou o chão, pensando em como Violet poderia ter escolhido um embrulho menos trabalhoso, quando seus dedos tocaram algo felpudo e muito, muito pequeno. Lucy agarrou e levantou a coisinha, que na verdade era um gato. Um gatinho. Muito pequeno mesmo. Estava dormindo, e era um pouco maior que a própria mão de Lucy.

— Eai... — Violet voltara do banheiro, já vestida, penteando os cabelos. — Gostou?

Lucy adorara. Mas era melhor que isso, nunca imaginara que poderia gostar tanto de algo assim.

— Eu amei Violet. — ela repousou o gatinho na cama, e abraçou Violet.

— Tem olhos azuis, que nem você. — ela amassou o cabelo de Lucy — Como você as vezes tem seus momentos sentimentais que prefere não compartilhar comigo... Achei que precisava de um companheiro que pudesse apenas escutar e não falar nada.

Lucy riu.

— Eu gostei mesmo.

— Mas é claro que gostou. — Violet fez um feitiço para colocar todo o papel de volta na caixa. — Agora é só decidir o nome.

~

Depois de se arrumar, e deixar seu gatinho no meio dos travesseiros da sua cama, Lucy e Violet foram para o Salão Principal. Quando sentaram-se à mesa, vários alunos da Sonserina vieram parabenizar Lucy, e mesmo pouco sendo seus amigos, ela gostou.


Ela ficou a manhã inteira pensando no nome que escolheria para o gatinho. Tudo estava muito melhor do que nos seus outros aniversários. Os professores a desejaram parabéns, e quando ela voltou para seu quarto para o intervalo, haviam vários presentes no seu tapete.

— Caramba.

Ela, primeiramente, foi até a cama e pegou no colo seu gatinho. Ele estava acordado e tinha grandes olhos azuis, como dissera Violet.

Ela se sentou no tapete, imaginando se quem poderiam ser todos aqueles embrulhos. Pegou o primeiro, era de sua mãe. Lucy sorriu. E quando abriu, era uma bela corrente de prata, com um pequeno coração de cristal como pingente. Era lindo. Pegou o outro, era de Dumbledore! E quando abriu, viu que era um belo cachecol prateado com algumas linhas verdes, e tinha o brasão da Sonserina inteiro de brilho no final. Era muito bonito, e quando Lucy descobriu um idêntico, só que muito menor, riu. Enrolou seu gatinho no mini cachecol e pegou o próximo presente. Era um livro, e provavelmente era de Simas. “Walking Disaster”, a continuação. Ela sorriu e colocou o livro de lado. O outro, não tinha nome, apenas um bilhete com um “M” escrito. Ela rasgou o papel e descobriu...

— MINHA PENA! — ela pegou a pena que lhe fora roubada nos dedos e vasculhou a caixa sem parar. Que tipo de ladrão era aquele? Um psicótico, só podia. No fundo da caixa, tinha um fundo falso com um bilhete:

“Senhorita Snape,

Sei que é muito esperta, por isso, deixei esse bilhete num fundo falso. Sei do seu segredo, e devo lhe dizer... Ele é muito interessante. Mas fique tranquila, ninguém ficará sabendo. Por enquanto. Fico feliz em te devolver sua linda pena, me serviu muito bem. Desejo-lhe um feliz aniversário.

M.”

~

— Mas quem é esse “M”, Lucy?

Lucy e Violet estavam caminhando pelas masmorras, até a sala de aula do Snape, quando Lucy contou sobre a carta para Violet.

— Eu vou saber? — Lucy deu de ombros.

Tudo bem que ela ainda não tinha contado a Violet sobre Snape, mas não viu problema em mostrar a carta para ela, afinal... Aquilo estava começando a irritá-la. Quem é que fosse esse “M”, sabia a verdade. Sabia que Snape era pai dela. E se Hogwarts (ou pelo menos metade) ficasse sabendo disso, seria o fim da sua vida social que mal existia.

— Deve ser só um engraçadinho psicótico que te subestima. — sugeriu Violet, sentando-se na mesa ao lado de Lucy.

— Me subestima? — Lucy abriu os cadernos e olhou para os lados, Snape estava atrasado. Era aquilo mesmo?

— É... Veja só. — ela virou-se para Lucy e colocou os cabelos atrás da orelha. — Se eu fosse um psicótico que procura encrenca eu escolheria você como o alvo.

Lucy levantou as sobrancelhas, querendo saber onde a hipótese ridícula a levaria.

— Quer dizer, olhe só para você. Sempre com essa cara de quem não liga para nada, sempre tirando boas notas, sempre parecendo ser um alvo fácil... Quando na verdade, você não é. — Violet sorriu, orgulhosa de si mesma e voltou a sua postura normal. — Quem é que seja esse “M”, sabe disso Lucy.

Lucy pensou, e chegou a conclusão que Violet estava certa. Era só mais um idiota fazendo uma brincadeira de mal gosto. Estava dando muita importância para isso. Ela relaxou os ombros.

— Quero as lições da aula passada. — disse Snape, entrando na sala misteriosamente e caminhando pelas mesas. Os ombros de Lucy ficaram tensos novamente.

Quando ele passou pela mesa em que Lucy sentava, ela estendeu a lição. Ele armou uma carranca.

— Fez os sete rolos? — perguntou, um pouco baixo demais.

— Mas era apenas cinco rolos de pergaminho, Professor. — disse Lucy, mantendo a calma mais que o normal.

— Não é disso que eu me lembro, Senhorita Lucy. — ele sibilou, se aproximando.

Lucy sabia que não era bom ela pensar que Snape tirava o calor dos lugares, por que esse não era um pensamento legal para uma filha se ter de um pai. Mas talvez fosse a verdade.

— Mas, Professor... Todos estão entregando cinco rolos e...

— Está me chamando de mentiroso, Senhorita? — sua voz ficou ainda mais seca e gélida.

— Talvez, Professor... — Lucy disse baixo.

— Como? — ele alterou a voz e Lucy ficou ali pensando em como ele poderia ser tão sínico. Estava a torturando de propósito?

— Eu só disse que vou entregar os outros dois rolos o mais rápido possível, Professor. — disse ela, abrindo seu melhor sorriso de quem adora não ser afetada.

Ele empinou o nariz e saiu, recolhendo as lições dos outros alunos.

Mas tarde, Lucy adicionou na sua frase um “no meu aniversário.” Talvez ela estivesse pensando: Como ele poderia ser tão sínico no meu aniversário. Mas depois chegou a conclusão que não fazia diferença para ele. Talvez ele nem soubesse, e se soubesse por que iria se importar?

~

Depois do primeiro período, Lucy estava bem mais animada com toda a história de aniversário. Era estranho tantas pessoas sorrindo e a cumprimentando. No intervalo entre as aulas da tarde, decidiu ir dormir um pouco. Entrando no Salão Comunal da Sonserina, se lembrou do seu gatinho e acelerou o passo. Chegando no seu dormitório, estava tudo como tinha deixado: a grande caixa preta cintilante do lado de sua cama, os presentes amontoados no tapete, e o gatinho no travesseiro, com o pequeno corpo subindo e descendo. Ela deitou na cama e relaxou. Todas essas semanas, ela estava tentando não pensar sobre... Basicamente tudo. Estava se esforçando nos estudos, aguentando as crises existenciais de Violet, fazendo novos amigos... E não pensando nos fatos reais. Seria a hora de conversar com Dumbledore?

Ela acariciou o gatinho, e se lembrou que ainda não escolhera um nome para ele. Pensando em porções de nomes, ela adormeceu.

A mulher corria sem parar, seus pés cavoucavam a terra molhada e os pingos de chuva eram absorvidos por seu vestido de festa. Ela segurava sua varinha e confiante corria pela floresta escura, lançando feitiços de defesa pela neblina. Seus longos cabelos negros dançavam ao seu redor e se misturavam com a chuva. Ela estava desesperada. Mas ao mesmo tempo, com esperanças. Os bruxos que a perseguiam não a dariam muito tempo... Uma hora ou outra ela teria que se render. Poderia ser no sexto ano, ou no sétimo... Nunca conseguiria dar adeus a ele. Nunca daria adeus a seus amigos. Eles a pegariam. E o tempo estava acabando. Ela colocou a mão sobre a barriga enquanto corria, certa que seu tesouro mais valioso estaria seguro. Ela faria de tudo para que estivesse seguro.

Lucy acordou engasgando, e assustada procurou se localizar. Olhou para os lados. Estava apenas no seu dormitório. Ela suspirou, aliviada. Nunca tivera um sonho que parecesse tão... Real. Quem era a mulher? E porque ela podia sentir e pensar como a mulher do sonho no sonho?
Ela passou os dedos pelo cabelo e revirou os olhos. Foi só um sonho estúpido. Olhou para sua cama, onde o gatinho ainda sem nome miava pedindo atenção. Ela o acariciou e pulou da cama, rezando para não ter perdido nenhuma aula, quando tropeçou numa caixa. A caixa era um presente, obviamente, prateada com um belo laço vermelho a embrulhando. Lucy o desenrolou e descobriu um suave tecido, que na verdade era um vestido, ela concluiu tirando o conteúdo da caixa. Era simples e seu tecido era fosco e anil. Ela vasculhou a caixa procurando uma carta mas apenas encontrou um pedaço de pergaminho escrito: "Feliz Aniversário", em uma bela letra curvada. Ela colocou na cama, imaginando quem o dera e seguiu para a aula de Transfiguração, provavelmente estava atrasada, mas a Prof. Mcgonagall a daria um desconto não daria?


É... Definitivamente a resposta era não. Mcgonagall não aceitava atrasos. Nem mesmo em datas comemorativas. E no Halloween ela ficava especialmente estressada com os preparativos e tudo o mais. Resultado: Lucy acabou na detenção até a hora da festa.

— Não dá pra ficar pior. — Lucy sussurrou para si mesma, sentada numa das mesas da sala que estava totalmente vazia. Exceto por ela. Pensou que enviariam uma coruja para sua mãe e acabou se sentindo ainda pior.

— Quero que vocês fiquem aqui durante toda a festa escrevendo sobre tudo o que pensam que fizeram de bom este ano em Hogwarts. — uma voz gritava, tomando espaço sobre a sala.

Lucy escutou passos e se virou para observar seus mais novos companheiros de detenção: Os Gêmeos Weasley.

— Com certeza pra ficar pior. — ela sussurrou para si mesma e deixou a cabeça cair na mesa, pensando em como sobreviveria pelas próximas duas horas.


Continua...


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam?
Não demoro a postar a pt.2, ok?

xoxo



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