Little Sister escrita por Lu Falleiros


Capítulo 1
Significado - Onde você atura o seu irmão?


Notas iniciais do capítulo

É o primeiro capítulo de uma nova história! Eu espero que vocês gostem! Não vou provavelmente postar mais nenhum capítulo em 2012! Esse é um primeiro gostinho... ^.^
Espero que gostem!



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O que significa ser uma irmã mais nova? Bom... Se é tão curioso assim, eu vou te contar.

– Lucy! Acorda e vai fazer sua mala. – Minha mãe como toda manhã, tão delicada... Que assusta até corvos. Minha família é sempre muito agitada, em casa vive eu, minha mãe, meu padrasto, e dois irmãos mais velhos um com 16 e outro com 22, este finalmente se tocou que é hora de sair de casa. Meu pai faleceu quando eu tinha 3 anos. E minha mãe se casou de novo logo no ano seguinte. Tendo eu que viver com dois irmãos mais velhos, não é nada fácil, afinal eles são bonitos, populares e mais velhos, dando a possibilidade deles me irritarem o quanto quiserem.

– Ué queridinha, não está pronta, ainda? – Dizia Davin de minha porta, ele tem 22 e ainda assim se comporta como criança. Seu cabelo é loiro, bem diferente do que normalmente vemos no Japão - afinal nenhum de nós é originário daqui - seus olhos são de um azul bem claro, quase branco o que chegava a me assustar. Mas, segundo muitos, tanto seus olhos quanto seus cabelos eram únicos e lindos. Ele nem é tão insuportável, tirando que não entende que deveria arrumar um emprego e se mandar de casa. – Que coisa mais brega é essa que está vestindo? – Eu estava com o sutiã, colocando a blusa do uniforme, a saia de pregas e meia três quartos obrigatória. Eu não diria que meu uniforme era brega, claro que não era um modelo de passarela, mas era até bonitinho e não me deixava gorda. Eu olhei para ele do espelho e dei de ombros virando em sua direção.

– Nossa... – Disse ainda com sono, mas já sem paciência. – Este era o seu uniforme há dois anos...

– Em que ano você está mesmo? Na sétima série? – Ele perguntou se jogando na minha cama, amassando levemente meu casaco.

– Muito engraçado... – Disse saindo do quarto. Do corredor com um grito assenti – Apaga o abajur quando sair... Seu idiota. – Sussurrei a última parte, sem paciência para suas piadinhas logo de manhã.

– Lucy, Lucy, Lucy... – Repetiu-se Richard três vezes em pausas dramáticas. – Se papai soubesse... – Por que eles deram de me irritar logo no primeiro dia de aula? Ao em vez de responder e começar uma discussão, eu preferi apenas entrar no banheiro e fechar a porta.

– Lucy, vamos! – Gritou minha mãe ao pé da escada. Já nervosa com o horário.

– Desculpe Júlia. – Respondeu Richard em tom doce, - Lucy não parece bem, eu a acompanho até a escola. – como ele conseguia fingir tão bem?

– Ah. Está bem, tenham um bom dia. – Minha mãe ficava muito mais doce perto dos meus irmãos, acho que não ser a mãe biológica os deixava com esta vantagem.

– Quer sair daí! – Richard abriu a porta do banheiro, enquanto eu estava ajeitando o sutiã, por ter sido “expulsa” de meu quarto graças a Davin.

–Ah!!! – Gritei. – Sai daqui seu pervertido. – Ele continuou me encarando pelo espelho, e com um sorriso me menosprezando assentiu:

– Acha que eu preciso de você para isso? – Ele se divertia, mas mesmo com essas palavras, não saiu do banheiro.

– Se não precisa, vai pegar uma daquelas vadias da escola. Vocês devem se dar muito bem, não? – Richard era assim mesmo, desde pequeno era o popular, e depois que aprendeu o poder de ser popular para ter garotas, nunca mais mudou. Mesmo assim, todos os boatos dizem que ele nunca faz nada com as meninas, só brinca um pouco com os sentimentos, mas nunca namorou nenhuma delas, embora, muitas se ofereçam. Parece que ele é o prêmio máximo para elas, ninguém consegue ficar com ele. Às vezes até eu me indagava o porque.

– Sim irmãzinha. – Disse essas palavras se aproximando e tocando minha cintura, ainda nua. O que ele estava fazendo? Tudo bem que ele não era o ser mais gentil do mundo. Mas aquilo era assédio. Minhas bochechas rosaram no ato, e rindo divertidamente ele assentiu – Ciúmes?

Minha mão correu ao seu rosto, e o soquei com mais força do que poderia imaginar. – Você... Você... – Eu não consegui falar nada, então saí de casa correndo com minha mala e fui sozinha para a escola. Nem acredito o que aquele idiota do Richard fez! Ele não tem jeito mesmo. E pensar que agora – como veterano – mais do que nunca terá a atenção das mulheres. Pobrezinhas, se soubessem suas ações fora da escola, a verdade é que ele não é tão legal assim.

– Hey Lucy! – Ouvi uma voz familiar e agradável ecoar em minhas costar, era o grito de Armani e Tatianna.

– Oi Army, oi Tatty. – Armani, ela é muito fofa, com a mesma altura que eu, 1.52, seus cabelos são curtos e todo seu corpo pequeno, seus olhos são verdes bem grandes, o que a deixa com cara de boneca antiga. Ela é parente do Georgio Armani, mas sua mãe adorava tanto o nome que colocou Armani Armani... Sim, engraçado não? – Como estão?

– Estamos bem. – Sorriu Armani.

– É. É... – Respondeu Tatty distraída. Bem diferente de nós, Tatty é muito alta, 1.74, pode até ser modelo. Ela é muito bonita com os cabelos castanhos, ela sempre fora muito magra, seus olhos são pretos muito profundos, até mesmo assustadores e ela usa óculos, mas nem mesmo assim consegue deixar os meninos longe dela por muito tempo. – O Richard vem hoje?

Richard é o único moleque que nunca deu em cima de Tatty nem de Armani, também se desse iria levar uma surra minha em casa. Não que eu causaria muito estrago, não sou tão forte assim. – Sim ele vem. – Respondi seca pelo assunto ter se tornado ele. E com dois suspiros em uníssono, tanto Armani quanto Tatty expressaram seus sentimentos pelo meu irmão, se ao menos elas vissem a verdade. Eu tentava convencê-las todos os dias mas eu nunca conseguia obter sucesso. Todos, sem exceção consideravam-o super legal!

– Lucy, podemos ir à sua casa hoje? – Perguntou-me Armani com um sorriso sonhador.

– Claro, - disse dando uma mordida em uma barra de cereais na minha bolsa, graças a “ele” eu não tinha comido nada no café e só de pensar naqueles dedos me tocando, meu estômago revirava novamente. – mas por quê?

– Nada nada... – Respondeu ainda com o mesmo sorriso olhando para a porta esperando que Richard entrasse, ele atrasou um ano, eu já poderia estar livre mas, não! Fernando, o pai dele, tinha que vir trabalhar no Japão e atrasá-lo um ano!! Na quinta série! Todos os professores concordaram em mantê-lo por mais um ano para que tivesse toda matéria que o Japão aplica no fundamental! E o pior é que ele era um gênio, eu e ele sempre competimos pelo primeiro lugar. E agora com olheiros de faculdade mais ainda. Foi neste ano que o tormento de dividir tanto casa quando escola com ele aumentou. Ele fica sempre quieto na sala, sem falar nada e passa sem problemas graças ao cérebro que tem... Quem dera ele fizesse bom uso do mesmo. – Queria saber como é viver na sua casa. – Ela disse por fim olhando para o nada, tirando-me das lembranças.

– Não, você não iria. – Disse com a batida do último sinal, como sempre os últimos alunos entraram na sala e o professor assentiu:

– Bem-vindos para o último ano aqui no colégio e... – Ele foi interrompido pela abertura brusca da porta.

– Foi mal. – Sorriu Richard fazendo todas as meninas delirarem, todas, exceto por mim, é claro. Não conseguia nem olhar para seu rosto depois daquela manhã, e só de pensar no assunto eu sentia que minhas bochechas queimavam um pouco.

Richard caminhou pelas carteiras, fazendo todas as meninas acompanharem cada um de seus movimentos. – Hey... – Ele sussurrou ao sentar do meu lado. – Você e eu vamos voltar juntos para casa. – Ele terminou de falar quando o professor escreveu a primeira matéria no quadro, “Física”.

– Detesto física... – Sussurrei derrotada, ele riu. E virando a cabeça para ele, movimentei meus lábios dando a entender um “NÃO!!!!” quanto a voltar com ele, jamais! Pensei para mim mesma.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? (Pedradas? Corações? Palmas? Bocejos?)
Por favor deixem um review! Adoraria saber como está a história!
Obrigada!