As Crônicas De Nárnia E A Dama escrita por damncarol


Capítulo 1
Capítulo I - Abigail D


Notas iniciais do capítulo

Olá gente!
Espero que gostem da trama, pretendo postar quatro vezes por semana e tudo mais.. Desculpem pelo capítulo pequeno, é que como é o primeiro, acho que tem que ser assim, sei lá hehe.
Bom, é minha primeira fanfic de Nárnia e é isso, espero que gostem.. Não tenho certeza se farei algum capítulo com lemon, apesar de não curtir muito, depende dos leitores, se alguém pedir.. Não tenho isso em mente agora.
P.S: Se "As Crônicas de Nárnia" me pertencesse, eu estaria nos braços do Skandar Keynes, 1bj.
Boa leitura ;)



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Capítulo I.

Abigail Del'Agnott

– Abigail, preste atenção na aula! Desenhos não irão te dar um A+ em história. - A professora Ella tirou a minha antenção novamente.. Eu rabiscava aquelas árvores e céu esplendido, e ah, um rio também. Lembrava daquele lugar do qual eu nunca mais queria sair..

Comecei a olhar ao redor da sala de aula e todos os meus colegas, inclusive Edmundo, me olhavam perplexos. Pense bem: A excluída da turma está desenhando mais uma vez. Com certeza seria motivo de risos e comentários durante o almoço, mas eu não ligava. Eu apenas me preocupada em ser olhada e talvez mal julgada pela minha paixão platonica desde sempre. Oh, mas ele não faria isso.. Ele me conhece, eu acho. Quer dizer, faz tanto tempo que não nos falamos.. Ham, o que há de errado comigo? Podia ter me apaixonado por um bad-boy, jogador de futebol, que só ia ferrar com o meu coração, mas escolhi um garoto charmoso e misterioso, que rouba meu pensamento..

"Ah! Pare de pensar nele!" Tentei ordenar pra minha mente, mas não parecia dar certo.. Ignorava totalmente a risada dos colegas, por verem dona Ella Jensen me chingando, como fazia todos os dias. Não por que tiro notas baixas, eu nunca tirei notas baixas. É que ela tem uma certa implicância comigo.

– Olha lá, a nerd vai se ferrar! - pude ouvir um idiota que sentava na última cadeira gritar, mas abaixei a cabeça pra não dar mais problemas e tive vontade de me esconder dentro de um dos meus livros.

– Desculpe, professora Ella. Isso não vai acontecer de novo. - soltei um sorriso tímido e encarei o chão. Pelo canto do olho, pude perceber que ela estava se aproximando de mim, então, fechei o bloco no qual eu desenhava e enfiei de qualquer jeito dentro da minha mochila.

– É, eu espero. Esses seus desenhos já estão passando do limite.

– Ela vai parar, senhora Jensen. - Senti um nó no estomago. Dessa vez, não fora eu, nem Carrie, minha prima, quem pronunciara aquelas palavras.. Foi.. Ed. Eu sorri instantaneamente, porém, fitei o chão, pra ninguém perceber o meu sorriso bobo e no fundo, não entendia o que estava acontecendo.

– E com que certeza você afirma isso, Pevensie?

Como se não fosse suficiente ouvir aquela voz doce penetrar nos meus ouvidos, ele, que sentava na carteira de trás da minha, encostou seus dedos quentes no meu braço frio, que me causaram arrepios.

– Eu vou ajuda-la a estudar.

Por que ele estava fazendo aquilo?

– Sempre muito prestativo. - Ella falou e eu me calei.

Até o sino tocar, fiquei quieta e só tinha olhos pro quadro. A certeza de que aquela sensação causada pelos dedos dele ficaria sempre na minha mente, me fez viajar. E não era mais as árvores daquele lugar que ocupavam os meus pensamentos, era só.. Ele.

Eu e ele fomos bem próximos no primeiro ano, mas ele sumiu por alguns meses, assim como seus irmãos. E bom, eu não sabia o que fazer, por que eu não tenho muitos amigos. Na verdade, eu não tenho. Minha prima, que estuda na mesma classe que eu, não fala muito comigo... E eu não a culpo. Eu não me interesso por revistas de fofoca ou maquiagens, eu não sei diferenciar um dolce & gabanna de um perfume normal.

Meus pensamentos foram interrompidos por um sinal. Acho que colocaram no volume máximo, naquela naquela. Bufei baixinho e fechei meus estojos, para poder guarda-los na minha mochila e sair daquele lugar que chamavam de sala de aula. Me levantei e caminhei até a porta, senti uma mão nas minhas costas e congelei de novo. Eu reconhecia aquele toque.

– Precisamos conversar. - Edmundo falou. Tentei não demonstrar nenhum sentimento, mas meus nervos estavam quase saltando pra fora, clichê, eu sei, coisa de adolescente.

Notei em sua roupa. Ele vestia um sueter preto, e calças do uniforme. Estava muito frio aquele dia, e ele tinha uma touca na cabeça, para proteger suas orelhas do frio. Os cabelos negros estavam um pouco bagunçados, e seus olhos penetrantes estavam fixos em mim, o que poderia derreter todas as geleiras do mundo, mas eu, num ato de "Não-posso-deixar-minha-paixão-saber-que-eu-gosto-dela" falei:

– O que houve, Ed? - Merda, tinha deixado o "Ed" sair da boca pra fora.

Por favor, que ele não note! Suspirei. Mas não um suspiro como: "Ah meu Senhor, estou apaixonada" um suspiro como: "Ah meu Senhor, o que ele quer? Será algo importante?". Ele colocou novamente a mão em minhas costas, como se pedisse pra mim andar mais rápido. Acelerei o passo, então ele parou.

– Me desculpe, esqueci de perguntar se você pode ir para minha casa só por algumas horas.. Pra almoçar. - fitei os olhos dele, mas depois direcionei o olhar para uma padaria ali perto, desesperada, tentando achar um ponto pra olhar que não fosse ele.

"Você me tem muito fácil" Pensei em falar, como naqueles filmes românticos, ou histórias de amor. Provavelmente não sairia do jeito que eu queria, pareceria uma prostituta faminta por carne, então, apenas assenti, com um sorriso. Como poderia recusar tal pedido? Sabia que era uma época difícil aquela, soldados marchavam pelas ruas e não era seguro ficar indo na casa de qualquer amigo, mas meus pais conheciam sua família há anos, então previa que não seria problema. Ele soltou um sorriso no canto dos lábios e continuou andando. Agora, finalmente, saímos do colégio.

– E Lúcia? Como ela está? Não vi ela na escola hoje.. - Estava um tanto quanto preocupada em relação à Lúcia, não nos falávamos há quase 2 anos.

– A Lu está em casa.. Eustáquio pegou um resfriado, e como nossa tia viajou, não tinha ninguém pra cuidar dele.

– Eusquem?

– Eustáquio, meu primo.

– Ah, espero que ele melhore rápido.

Lembrei-me naquele instante de que eles estavam hospedados na casa dos primos.

– Ele vai.

Ele sorriu por sorrir e aquilo me fez sorrir por dentro.

Caminhamos alguns quarteirões, não tinhamos tanto assunto. Queria tanto lhe perguntar o que tinha acontecido há três anos atrás, quando ele sumiu do colégio... Mas não me arriscaria. Não queria colocar ele em uma situação constrangedora.

Um silêncio permanceu por minutos.

Eu estava olhando pro céu, e ainda me perguntando o que ele fazia ali ao meu lado. Pra ele podia ser uma coisa natural, mas eu estava desacostumada com aquilo. Tentei me despreocupar, pensar que ele queria só bater um papo, nada sério. Procurei me acalmar, e o fato de ouvir a sua respiração me acalmou.

[..]

Uma casa de madeira, de dois pisos, me chamou atenção. Tinha um telhado todo trabalhado e era simples, mas parecia ser aconchegante. Tinha um jardim bonito na frente, com diversas flores. Edmundo, ao perceber meu "olhar", parou e riu.

– Não sabia que ela era tão chamativa..

– Ah, não foi isso que eu quis dizer. Ela é bem bonita.

– Oh, tinha esquecido da sua sinceridade. - ele soltou uma risada. - Vamos.

Ao subir alguns degraus, chegamos na porta da frente. Ele abriu a porta e pude ver Lúcia no sofá.

– Lu! - corri e abracei a pequena. - Tantas saudades..

Ela abriu um sorriso.

– Abbey, o que você está fazendo aqui? - ela falou. - Não que isso seja ruim, aliás, é muito agradável a sua presença, mas.. Qual é o motivo da sua vinda?

Ed largou sua mochila no chão e eu fiz o mesmo. Ele sentou-se no sofá e falou, olhando para mim:

– Eu percebi seus desenhos na sala de aula.. Gostaria de saber de onde tirou tanta inspiração.

Gelei.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que será que vai acontecer? O que será que ela vai responder?
Um comentáriozinho pra tia Carol? :3
Obrigada por ler.



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