Orgulho, Preconceito e Vampiros escrita por claire salvatore


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

hello! segunda fic no nyah! Bem, só gostaria de avisar que vai ser baseada em Orgulho e Preconceito, mas é só a ideia do começo!
boa leitura ♥



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28 de fevereiro de 1917

A tola Sra.Gilbert tinha apenas um objetivo na vida: casar a sua única filha, Elena. Não deveria ser tão difícil, afinal, Elena era uma menina que podia considerar-se bonita, com os cabelos levemente ondulados descendo até o meio das costas. Os olhos castanhos e penetrantes, os lábios finos e rosados e o nariz levemente empinado lhe davam feições de menina levada, algo que realmente os homens daquela época apreciavam. Porém, o humor de Elena era extremamente inaceitável. Esculachava com ironia quem lhe fizesse perguntas bestas, ou observações óbvias. Não tinha modos de dama, nem na hora de falar, ou na hora de se sentar. Dizia coisas repugnantes, como palavras sobre amor verdadeiro e sexo antes do casamento. Dava opiniões sobre a guerra, xingava os inimigos invés de simplesmente comentar os preços das verduras que subiam vorazmente nas tabelas dos mercados.

Porém, apesar de todos esses erros macabros que Elena cometia sem dificuldade, ela havia um amor, que era correspondido. Era um jovem criador de porcos, da família Donovan. Elena ria de sua costumeira piada “Se tudo der errado na vida, pelo menos poderei sentar-me na mesa e desfrutar um velho e gorduroso toucinho”. As palavras da Sra.Gilbert sobre Matt Donovan sempre foram, e sempre seriam “um jovem agradável, mas não para você Elena. O que o Lorde estava pensando ao fazer esse pequeno coração tolinho bater mais forte ao ver esse jovem criador de porcos? Nem imagino”.

Não que Elena se importassem com o que a mãe dizia. Na verdade, sua irritação com o seu amor por Matt apenas tornava tudo mais divertido. Ela sempre o encontrava, em suas idas diárias à biblioteca, onde ele trabalhava. Já até tivera a repugnante fantasia dos dois se beijando como em livros que lera, apaixonadamente e vorazmente de tal forma, que as estantes de livro derrubassem, como um efeito dominó. Naquela manhã, Elena escolhera o seu romance favorito: Orgulho e Preconceito. Ela até se identificava com Elizabeth. E infelizmente, havia uma enorme conexão entre as Senhoras Gilbert e Bennet. Elena colocara o livro que escolhera no balcão, esperando que Matt anotasse sua locação. Ao vê-la, o doce menino sorrira, e arriscara dar um beijo em seus lábios. Os lábios dos dois se moveram, apaixonados, abrindo e se fechando lentamente. Quando Elena tentara pedir espaço com a língua, Matt se afastara, tossindo de leve e pegando o livro do balcão. Elena revirou os olhos.

- “Orgulho e Preconceito” – Matt levantou uma das sobrancelhas. – Quantas vezes você já leu esse livro, Elena?

- Talvez duas, talvez mais do que a quantidade de páginas nesse livro. – ela sorriu docilmente. – Não me canso de lê-lo.

- Sabe o que eu acho? – Matt sussurrou. – Como você é a única que lê, talvez pelo fato de ele nunca estar disponível, fique com ele.

Elena arregalou os olhos, com os lábios finos alargando-se em um sorriso que ia de uma orelha a outra. Ajeitou os cabelos amarrados em um coque e mordeu os lábios.

- Não lhe causará problemas?

- De modo algum. – Matt abriu um sorriso que lhe conquistara, o mesmo sorriso, naquela mesma biblioteca, quando Elena alugava exatamente o mesmo livro.

- Muito obrigada Sr.Donovan. – ela sorrira de leve, agarrando o livro e o segurando sobre o peito. Atreveu-se a dar um beijo no lóbulo de Matt. Nesse momento, o garoto engolira em seco, com um arrepio na espinha. E com uma voz sedutora, não mais alta que um sussurro, ela continuou – Espero poder compensá-lo em breve.

Era uma tarde excepcionalmente agradável para Elena. Ela estava na pequena biblioteca, com o chapéu jogado em um canto do cômodo. As prateleiras de carvalho branco estavam entulhadas de muitos livros favoritos de Elena, tal como Contos dos Irmãos Grimm, muitos dos livros de Julie Verne, as peças de William Shakespeare. As janelas de cristal estavam cobertas por cortinas brancas de seda, que ainda sim, permitiam a entrada da luz fraca do Sol. Elena se sentava em uma poltrona de couro, os sapatos de salto alto jogados a sua frente, e os pés nus  jogados para o alto, em um dos braços, e a cabeça tombada no outro.

- Que abusado esse Sr.Darcy! – resmungava ela, na parte em que Sr.Darcy alegara não querer dançar com Elizabeth por ela não ser bonita o bastante para ele.

- Elena pelo amor de Deus! – Elena revirou os olhos. Sua mãe chegara causando, provavelmente pelo estado em que ela sentara. Elena colocou os pés no chão, calçando os sapatos e arrumou os seus cabelos de maneira comportada. – Só não me irrito com você por estar de ótimo humor!

- Está de ótimo humor? O que causou essa honra? – Elena sorriu com desgosto. Seja de bom humor, seja de mal humor, a Sra.Gilbert sempre era uma mulher fútil e tola, que adorava falar sobre homens, fofocas e casamentos.

- Não venha me ironizar mocinha. – a Sra.Glibert ralhou-lhe, arrumando seu vestido bufante e pondo seu chapéu no lugar, que com a correria que subira as escadas, tinha tampado uma boa parte de seu rosto. – Deixe eu lhe contar a novidade.

- Hora nenhuma eu lhe impedi. O que eu acho que foi a sua barreira, foi o seu desgosto com a forma que eu me sento.

- Cale-se mocinha. – a Sra.Gilbert odiava a forma irônica que Elena a tratava. – Deus, não é possível que alguém finalmente vai te agüentar.

- Como assim? – Elena franziu a testa, sua atenção prendendo-se as palavras da sua mãe pela primeira vez.

- Criou-se um interesse agora? – a Sra.Gilbert sorriu. Adorava quando as pessoas tomavam interesses por suas novidades. – Bem, querida Elena, finalmente, arranjei um homem que está disposto a conhecê-la.

O corpo de Elena despencou completamente na poltrona. Uma chance de casamento? Era isso? Não, não e não, sua cabeça repetia. Isso não podia acontecer. O homem de sua vida era ninguém mais do que Matt. Era com ele que ela se casaria. A Sra.Gilbert continuou:

- E não é um homem qualquer. – ela arregalou os olhos, fofocando em tom animado. – É o bilionário, criador das fábricas de munições, fornecedor de inúmeros exércitos do mundo! – ela gritou, perdendo o controle. – Damon Salvatore minha querida. Não é ótimo?

- Não! – Elena gritou de tal forma, que até ela se assustara. A Sra.Gilbert ergueu as sobrancelhas falsamente feitas e franziu os lábios avermelhados. – Não é nada bom. Não é ele quem eu amo! Não irei me casar com ele.

- Você aprendera a amá-lo. – a Sra.Gilbert falou, de maneira quase triste, como se o mesmo acontecera com ela. Por um instante, Elena enxergou compaixão nos olhos da mãe. Talvez tristeza. – E como não amá-lo? Ele é incrivelmente bonito. Você irá ver. – e ela voltou a ser a Sra.Gilbert fanática por beleza e homens ricos.

- Irei? – Elena franziu a testa.

- Exatamente no dia 5 de Março, nesse sábado. – a Sra.Gilbert sorriu. – Será no baile dele, em sua mansão há alguns campos de Mystic Falls. – ela se virou, para retirar-se dos aposentos. – E você irá, querendo ou não.

- Farei de tudo para ele me odiar! – gritou Elena. Mas junto com a sua voz, o barulho da porta se fechando com força soou pela biblioteca. E logo depois, Elena virou-se para o lado, chorando.


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Notas finais do capítulo

bem, ficou curto, mas para mim prólogos são curtinhos, como o primeiro passinho de uma criança.
beem, comentem aí e digam o que acharam! Beijinhos!