Shooting Star escrita por valeriafrazao


Capítulo 7
Capitulo 6 – Realidade ou Sonho?




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POV Edward

Quarto de Edward Cullen, 06 de Janeira de 2010


Já estávamos em Londres há uma semana e o curso de Emmet havia começado há dois dias, o que eu agradeci em plenos pulmões com um “Obrigado Senhor” já que meu irmão tentava a todo modo me corromper para algumas festas e bebedeiras com alguns dos seus colegas de classe, na maioria mulheres e confesso que eu nunca imaginei que tantas mulheres poderiam se interessar por um curso como Arqueologia até ser apresentada há algumas delas.

Sinceramente por mais que eu tivesse prometido a mim mesmo que a partir do momento em que eu pisasse em Londres eu iria recomeçar minha vida deixando toda a dor do passado e o amor que eu sentia por Tânia em Nova York, nada naquela cidade realmente me atraia o suficiente para que eu pudesse me sentir de alguma maneira melhor.

Nada, exceto ela.

Bella.

Desde o ultimo sonho que eu tivera com Bella - sonho este que por sinal Emmet passou toda a semana me aborrecendo para que eu contasse quem era a tão misteriosa Isabella - eu não havia tido nenhum outro contato com ela, nem ao menos um novo sonho.

Sem ter um motivo aparente eu me via ligado àquela mulher de olhos espetacularmente castanhos ao qual eu havia sonhado algumas vezes e que misteriosamente havia aparecido em minha frente no aeroporto de Londres no dia em que cheguei a esta cidade.

Mas da mesma forma como ela apareceu, ela simplesmente sumiu.

Eu ainda me vi duas vezes indo até aquele aeroporto, sem que Emmet soubesse, na esperança de reencontra-la, mas o que encontrei foi apenas o nada.

Assim como ela havia aparecido, Isabella sumiu da minha vida e dos meus sonhos.

Uma parte de mim, a parte que ainda amava Tânia, a parte que sofria com sua perda, a parte que corroia todos os dias sentia-se culpada por querer tanto a presença de uma desconhecida pela qual eu só havia visto uma única vez, enquanto a outra parte, a parte que queria voltar a viver, a parte que queria voltar a sorrir de verdade, a parte que queria cumprir aquela maldita promessa via em Bella uma pequena faísca, mas ainda assim uma faísca de esperança já que em dois anos ela havia sido a única mulher pela qual, por mais remoto que fosse, eu havia despertado algum pequeno interesse.

De alguma forma eu deveria me sentir culpado por Tânia e na verdade eu me sentia, mas fora ela que me fez prometer que seguiria em frente e eu me via agora tentando fazer isso, infelizmente a vida não é tão fácil quanto eu gostaria que fosse e quando pela primeira vez achei por uma fração de segundos que eu poderia seguir minha vida percebi que estava correndo atrás de uma ilusão, algo simplesmente impossível.
Onde raios eu encontraria aquela mulher novamente se nem em meus sonhos eu a via mais, era tolice e eu sabia disso.

Ainda hoje eu havia mais uma vez ido até aquele aeroporto e eu me perguntava o quão ridículo eu estava parecendo com esta atitude, o quão patético parecia o fato de eu ir em busca de alguém ao qual eu apenas via através de sonhos, mas de certa forma o contato com ela entre os sonhos e a realidade me despertaram um desejo diferente.

Eu desejava conhece-la.

De repente, sem mais nem menos tudo que eu queria era saber coisas banais sobre ela, como sua cor favorita, seu dia da semana preferido, qual perfume ela usava e qual era a estação do ano em que ela mais se sentia bem e eu poderia jurar que era o outono por que esta também era minha estação do ano favorita.

Cheguei ao meu quarto no hotel no final da tarde e Emmet não estava, eu havia encontrado seu bilhete sobre a mesinha central da ante-sala que compunha nossa suíte.
Joguei as chaves sobre a pequena mesa enquanto lia o bilhete que dizia que ele iria para mais uma de suas bebedeiras enquanto ao mesmo tempo ralhava comigo por mais uma vez eu não querer acompanha-lo.

Caminhei até o piano e decidi tocar alguma coisa para relaxar deixando o bilhete sobre o grande instrumento.

Era engraçado como nos dois últimos anos eu havia deixado o meu gosto por tocar abandonado já que desde que Tânia se fora eu não sentia mais esse desejo, de certa forma eu sempre senti que eu tocava para ela, mas desde que eu havia tido aquele sonho com Bella tocando a vontade de dedilhar meus dedos sobre aquele piano que compunha meu quarto no hotel havia crescido dentro de mim.

Emmet estava surpreso com esta mudança e ele atribuía isso a misteriosa Bella da qual ele imaginava que eu escondia dele e que por sua vez eu mesmo não conseguia encontrar.

Por mais que eu negasse a Emmet que Bella fosse a verdadeira razão para que eu estivesse mais uma vez tocando, para mim era impossível negar que desde sonhara com ela em meu quarto, eu me sentia bem mais uma vez para sentar em frente ao grande instrumento e tocar qualquer canção que fosse e era isso que eu estava fazendo agora, tocando para ela, por ela, mesmo que eu ainda não afirmasse isso em voz alta.

Depois de algum tempo tocando diversas melodias decidi que era hora de um bom banho e cair sobre a cama, Emmet não voltaria tão cedo, conclui que não valeria a pena espera-lo.

Fui para o quarto e enquanto tirava de meu bolso minha carteira jogando-a sobre a cama de qualquer forma e como mágica ela se abriu deixando cair sobre os lençóis uma foto minha e de Tânia.

Tratava-se de uma foto nossa, de alguns meses antes de Tânia me falar sobre sua doença, estávamos em frente a sua casa e me lembro como ontem que sua mãe batera a foto naquele dia.

Ela sorria ao meu lado envolvendo minha cintura enquanto eu apoiava meu braço em seu ombro, um casal simples e feliz.
Me senti culpado por passar os últimos dias pensando em outra pessoa quando a pessoa a quem eu realmente amava havia partido da minha vida sem chances de voltar.

Olhando aquela foto por alguns instantes não pude evitar que uma lágrima corresse sobre o meu rosto, mas eu havia prometido a mim mesmo que não choraria mais por isso, eu havia prometido a mim mesmo que iria começar do zero e bem, era isso que eu estava tentando fazer, de uma forma estranha e de certa forma até bizarra, mas era exatamente o que eu estava fazendo.

Sequei as lágrimas que correram no meu rosto e deixei a foto sobre a cama junto com as roupas que eu estava vestindo as quais foram jogadas de qualquer maneira, peguei uma toalha e segui para o banheiro decidido a tomar um banho quente e cair profundamente no sono, de repente eu não queria mais sonhar com Bella, eu não queria sonhar com Tânia, eu simplesmente não queria mais sonhar, eu só queria dormir.

Mas era impossível não pensar em Tânia enquanto a água caia sobre o meu corpo, deixei a temperatura quente o suficiente para quem sabe então os problemas fossem abafados com o calor presente dentro do banheiro.

Soava tão estranho o fato de minutos atrás eu estar pensando em alguém a qual eu não conhecia, imaginando coisas sobre ela e minutos mais tarde estar de volta a uma dor que jurei esquecer.

Encostei minha cabeça contra o azulejo frio do box enquanto a água quente penetrava pelo meu corpo tentando entender o que afinal estava acontecendo comigo, eu só poderia estar ficando louco

É, talvez fosse isso, depois de tanto tempo sofrendo a loucura finalmente chegou até mim, afinal só um maluco poderia estar indo em busca do desconhecido, mas talvez fosse justamente o desconhecido que mudaria minha vida... ou não, balancei a cabeça negando o pensamento que acabara de ter, eu realmente estava entrando em parafusos

Desliguei o chuveiro e me enrolei em uma toalha indo em direção ao quarto, fui até o guarda roupa vestindo uma calça e camiseta confortáveis e decidi que era hora de dormir.

A noite não estava fria nem quente, confortável demais para o inverno Londrino, estiquei as cobertas sobre mim buscando que o sono viesse o mais rápido possível, mas a verdade e que entrei em um conflito comigo mesmo.

Bella.

Tânia.

Dois nomes que invadiram minha mente e não se desgarravam dali, era normal o fato de eu lembrar de Tânia e pensar nela com carinho, mas Bella, por que afinal ela estava me tirando o sono daquela forma?

Fechei meus olhos esperando que a inconsciência me tomasse quando ouvi um barulho de algo batendo dentro do quarto, olhei em volta e não vi nada que pudesse considerar fora do lugar apesar da escuridão presente.

Puxei as cobertas me encolhendo debaixo delas quando uma brisa fria invadiu o quarto, este sim era o inverno de Londres.


Musica obrigatória para o post: http://www.youtube.com/watch?v=HDL_t6giq3g 

Senti o toque suave de uma mão sobre o meu rosto e abri meus olhos com o susto de sentir aquele toque, era ela, Bella estava de volta.

Eu não sei explicar exatamente o porquê, mas sei que senti meu coração perder uma batida quando a vi na minha frente, a mulher que eu procurara durante toda a semana e de repente todas as minhas duvidas haviam ido embora, simplesmente por que ela estava ali.

Coloquei-me sentado na cama, me ajeitando entre as cobertas enquanto fitava com a pouca luz do quarto a imensidão daqueles olhos castanhos que me observavam faceiros, sua mão ainda estava na minha face e eu não pude me reprimir em sentir o cheiro que aquela mão delicada exalava.

Morangos.

- Eu estou sonhando? – Perguntei me reprimindo mentalmente por quão idiota aquela pergunta parecia.

- Você não esta sonhando Edward. Bem, tecnicamente você esta, mas isso não importa.

- Mas...

Ela levou um dedo até a minha boca enquanto seus olhos permaneciam fixos aos meus interrompendo qualquer coisa que eu pudesse dizer em seguida.

- Eu vim terminar o que começamos outro dia. – E então eu sabia que o mundo poderia cair, mas naquele momento tudo que eu queria era estar com ela.

Seus olhos se fecharam e tudo que fiz foi repetir o seu gesto fechando os meus, respirei profundamente sentindo o cheiro de morango que dominavam minhas narinas, absorvendo o máximo que podia daquela sensação e então quando eu achava que nenhuma outra sensação poderia ser melhor do que aquela, o toque de seus lábios nos meus fizeram todo o meu corpo estremecer de algo que até então eu nunca havia sentindo e eu sabia de alguma forma, que eu queria aquela mulher.
Colocando minhas mãos sobre sua face, enquanto nossos lábios se tocavam, senti minha língua invadir sua boca numa dança rítmica e quente.

Um beijo diferente de qualquer outro que eu já tivesse provado em minha vida, algo que beirava a surreal, a sensação que eu tinha é que eu poderia estar flutuando naquele quarto, mas não me atrevi a abrir os olhos para constatar.

Flutuando ou não eu sabia que estava no céu.

Quando o ar finalmente faltou por conta do beijo, abrimos nossos olhos quase que sincronizadamente, buscando um o olhar do outro enquanto nossas cabeças permaneciam encostadas.

Eu ainda podia sentir nossas respirações ofegantes enquanto nossos olhos em silêncio conversavam cúmplices por aquele momento.

Por mais que eu achasse cada sentimento estranho naquela hora, nada importava a não ser o fato de ter Bella em minha frente.

O estranho é que por mais que tudo parecesse um sonho eu não conseguia distinguir o quão perto da realidade eu estava por que para mim tudo era real demais. O gosto dos seus lábios, o cheiro dos seus cabelos e o toque quente e carinhoso de suas mãos sobre as minhas.

- De-de-desculpe... – Ela disse se afastando de mim. Sua voz saiu como um sussurro nervoso. – Eu... eu não deveria ter agido assim, eu... eu...

Afaguei seu rosto buscando tranqüiliza-la do seu nervosismo, mas ela continuava a se desculpar como se tivesse sido pega em flagrante cometendo um dos piores crimes de sua vida.

- Eu não sei o que deu em mim, eu.. eu.. Edward, por favor me desculpe... eu...

- Eu gostei. – A interrompi me surpreendendo com minhas próprias palavras, eu realmente havia gostado, mas não me imaginava afirmando isso em voz alta, tudo era tão estranho, mas eu estava começando a gostar do desconhecido.

Em seu rosto um sorriso surgiu substituindo a expressão de nervosismo, o que a deixou mais linda, era a primeira vez que eu a vi sorrir e eu estava simplesmente encantando.

Balancei a cabeça negativamente, buscando entender meus pensamentos, buscando compreender o que me deixava tão relaxado e feliz em relação àquela mulher só por vê-la sorrir.
 

A confusão estava instalada em minha mente, eu a tinha procurado, eu a queria ali, mas te-la tão perto me deixava feliz e confuso comigo mesmo.

- O que foi? – Ela perguntou interrompendo meus pensamentos.

- Nada, eu só estava pensando. – Respondi sincero.

- Oh meu Deus. Você não gostou, me desculpe, eu não deveria tê-lo beijado, eu... eu... – Ela ainda achava que eu não havia gostado do nosso beijo, por Deus como ela poderia pensar isso.

- Não é isso. – Eu a interrompi novamente. – É só que tudo parece tão estranho, eu sinto como se estivesse sonhando, mas tudo é tão real, é... estranho.

Bella me fitou por alguns instantes como se procurasse a verdade naquelas palavras e aparentemente quando ela finalmente constatou que eu não mentira uma nova expressão formou-se em sua face.

- O que é estranho pra você Edward? – Ela por fim perguntou.

- Estar aqui com você agora. – Ela fez uma carinha triste e eu logo tratei de me corrigir. – Não da forma como você pensa, estar com você aqui agora esta sendo ótimo, mas eu quero dizer que é estranho, por que sinceramente eu não me envolvo com ninguém há anos, e de repente eu tenho uma garota sentada na minha cama e eu nem ao menos sei dizer se estou acordado ou se eu estou sonhando.

- Bem, - Ela começou. – Tecnicamente você esta mesmo sonhando. – Bella levou as mãos ao rosto, como se procurasse por um instante a maneira certa de me contar algo importante.

- Edward, você esta sonhando, seu corpo esta dormindo. – Eu arqueei uma sobrancelha e já estava prestes a perguntar se ela havia fugido de algum manicômio quando ela ergueu sua mão pedindo para continuar. – Olha só, se pra você é estranho não queira saber então para mim como isso soa muito mais complicado.

- Ok, tente me explicar. – Disse a ela dando-lhe uma chance de me provar que, por Deus, eu não estava realmente interessado em uma louca.
- Bom, você vai achar que eu estou louca. – Não duvide disso. – Pensei comigo – mas eu não entendo muito bem como essas coisas funcionam e bom, você esta dormindo neste momento no seu quarto enquanto nós conversamos e você acha que tudo isso não passa de um sonho, pois é exatamente assim que você vai se sentir quando acordar. – Ela despejou de uma única vez e eu não tive como não conter o riso.

- Bella, você quer que eu acredite nisso... – disse ainda em meio ao riso. - Me desculpe, eu não consigo definitivamente eu não tenho como acreditar nisso.

- Edward. – Ela me repreendeu de uma forma séria o que me fez cessar o riso imediatamente. Ela parecia não estar mesmo brincando. – Olhe, eu sei que é difícil, parece loucura, mas é verdade, eu posso te provar.

Ela estava mesmo falando sério quando fez todas aquelas suposições? Eu me perguntava internamente.

Bella, a garota que por uma fração de segundos me fez ter a esperança de voltar a ter uma vida onde a dor e o sofrimento não existissem estava me dizendo que falava comigo de alguma forma através dos meus sonhos.

Definitivamente aquilo só poderia mesmo ser um sonho, um presságio de Tânia me dizendo que Bella não era a garota certa pra mim, por que a garota que eu via agora na minha frente era simplesmente maluca.

Eu a encarei desafiadoramente enquanto cruzava meus braços sobre o meu peito, fitando seu olhar a procura de um pouco de sobriedade ou simplesmente imaginando o momento em que ela explodiria em um riso me dizendo que tudo não passava de uma brincadeira.

- Prove! – Eu a desafiei enquanto ela ainda mantinha seu olhar conectado ao meu e por mais louca que ela fosse, aquele olhar tinha tanto poder sobre mim que eu não pude deixar de estremecer quando seus olhos se estreitaram ao som do meu desafio.
- Ok. – Ela disse se levantando da cama enquanto imitava meu gesto em cruzar os braços aceitando meu desafio. – Eu estive no seu quarto a uma semana atrás e eu toquei o seu piano, você estava na porta me vendo ou isso também não aconteceu?

- Bella, eu sonhei com isso. – Respondi a ela, mantendo minha posição. – Eu nem estava nesse quarto quando tive esse sonho e isso não prova nada, prova apenas que eu estou sonhando agora e meu subconsciente esta me trazendo lembranças. Você não vai provar nada assim.

- Ok, e o aeroporto? Você também estava sonhando lá? – Ela me perguntou com um sorriso de vitória.

- Lembranças, apenas lembranças... Bella, você não vai me provar nada estando no meu sonho neste momento e me trazendo lembranças de outros sonhos. – Respondi e agora quem tinha o sorriso de vitória estampado era eu.

- Ok Edward, você não acredita certo? – Assenti que sim. – Então tudo bem, eu vou te provar de outra forma.

Bella correu os olhos pelo quarto procurando por algo, provavelmente não tendo encontrado ela foi até a ante-sala da minha suíte, voltando de lá com uma pequena folha de anotações e uma caneta em suas mãos.

- Como papel e caneta vão provar o que você esta me dizendo? – Perguntei observando o que ela fazia.
- Você não quer uma prova, bem você a terá. – Ela disse enquanto escrevia algo no pequeno papel. – Eu vou deixar esta folha sobre a mesa de centro da sua suíte, e você ira procurá-la assim que acordar, se ela estiver realmente lá você não poderá pensar que eu sou maluca e sim eu sei que você esta pensando isso.

Eu apenas assenti para ela, de certa forma eu estava me divertindo em vê-la tão nervosa por algo que eu sabia que no fundo eu estava apenas sonhando então apenas dei de ombros enquanto a vi caminhar até a outra ala da suíte e voltar com mais um sorriso de vitória.

Bella e eu passamos o restante da noite nesse pequeno joguinho que havíamos montado para nós, de que eu estava sonhando e ela dizia que eu iria ter uma grande surpresa ao acordar.

Com o passar do tempo percebi que se eu realmente estivesse sonhando tudo era tão irrelevante que decidi que não era justo comigo desperdiçar aquele sonho com ela entre uma briga de quem estava ou não certo.

Em pouco tempo estávamos os dois rindo de coisas bobas e sem sentido o que me fez muito bem naquela noite. Bella era extremamente divertida e isso me fez esquecer todos os meus problemas.

Nós riamos de tudo, falávamos sobre nossas vidas e eu preferi omitir a parte de Tânia por que definitivamente eu ainda não me sentia pronto para conversar sobre isso com ninguém mesmo sendo Bella ali na minha frente e mesmo que eu estivesse sonhando.
Então, você é de Nova York? – Ela me perguntou depois de conversarmos sobre nossas famílias.

- Sim, Nova York é linda, você conhece?

- Conheço sim, mas Londres é muito mais. – Ela respondeu sorrindo. – Por quanto tempo pretende ficar aqui?

- Mais um mês e meio, eu acho, depende do meu irmão.

- O grandão? – Ela perguntou e eu não tive como não rir do jeito como ela se referia ao Emmet.

Nós continuamos a falar de coisas fúteis quando alguma coisa tirou levemente a sua atenção de nossa conversa.

- E por falar nele.., - Ela disse com um sorriso travesso.

- O que foi? – Perguntei sem entender.

- Seu irmão acaba de chegar.

Olhei em volta e não vi ninguém, levantei da cama e fui até a outra sala, mas nada.

- Não tem ninguém aqui Bella. – disse a ela enquanto a olhava, sentada sobre a minha cama.

- Bom, acho que é hora de você acordar. – Ela me disse enquanto sumia da minha visão como um passe de mágica.

No segundo seguinte tudo que pude sentir foram os braços de Emmet me chacoalhando pedindo para que eu acordasse.

Acordei atordoado, sem entender bem o que estava acontecendo, eu realmente tinha sonhando com Bella?

Tudo pareceu tão real que por um instante eu achei que estivesse enlouquecendo.

Captei os olhos do meu irmão a minha frente, seus braços apertavam fortemente meus ombros.

- Que foi? – Perguntei sem entender.

- Cara, você tava falando com quem? – Meu irmão questionou assustado.

- Com ninguém, você ta vendo mais alguém aqui? – Perguntei a ele dando uma breve olhada pelo quarto a fim de conferir, só pra ter certeza.

- Então me responde o que você ta fazendo em pé no meio do quarto falando sozinho? Por que eu posso jurar que te ouvi conversando com alguém.

Só então me dei conta de que realmente eu não estava na minha cama e sim no meio do quarto, no mesmo lugar onde eu havia parado e observado Bella sentada na minha cama durante o sonho.

O sonho...
Bem, mas existiam casos de sonambulismo não era? E eu poderia estar me tornando um, ou eu simplesmente sempre fui um e nunca soube. Até hoje.

Senti a pressão das mãos do meu irmão se intensificando sobre os meus braços, o que me fez sair dos meus pensamentos e voltar para a realidade, eu já estava entrando demais nesse mundo de sonhos.

- Me solta Emmet. – Disse tirando suas mãos de meu ombro. - Você que bebeu demais e esta surtando e alias, onde você estava? – Perguntei tentando distrair meu irmão.

- Você não leu o bilhete que te deixei? Eu sai com o Jasper, meu colega de sala.

As palavras de Emmet soaram como um estalo em minha cabeça, e eu sabia o que tinha que fazer, tirando-o do meu caminho corri até a sala onde em cima da mesa de centro tinha nada mais além de um pequeno pedaço de papel.

Emmet olhava para mim de longe sem entender absolutamente nada do que eu estava fazendo quando eu mesmo não entendia como aquilo era possível, talvez fosse qualquer papel abandonado sobre a mesa, mas quando eu me agachei para pegá-lo o aroma inconfundível de morango invadiu minhas narinas.

Com receio, peguei o papel em minhas mãos e tombei meu corpo de encontro ao sofá enquanto de olhos arregalados lia o conteúdo daquele bilhete.

Eu disse que você não estava sonhando.

Bella.


Levantei meus olhos e ela estava na minha frente enquanto ao meu lado, meu irmão olhava para mim sem entender o que estava acontecendo.

No segundo seguinte só havia eu e Emmet na sala.

Definitivamente, eu havia enlouquecido.

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Mais um capitulo postado.

Sim, Edward vai entrar em parafusos agora...rsrs

Espero que tenham gostado da nova capa da fic..

Deixem seus reviews, comentários sempre incentivam esta autora maluca aqui...rs

Bjs meninas... e até o próximo capitulo.

 


 


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