Demigoddess escrita por Pacheca


Capítulo 60
A Short Break


Notas iniciais do capítulo

Gente, fim da parte da Batalha do Labirinto :) O que isso significa? Que mais alguns capítulos e o fim se aprochega heheheh Bem, não vou sofrer em antecipação :3 Até a próxima parte, que não espero demorar (só o suficiente para lembrar o que eu preciso lembrar) E beijos < 3



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  Quando acordei, eu nem sabia direito onde estava. Sabia que a dor tinha sumido, totalmente. Talvez o bloqueio tivesse voltado quando eu consegui relaxar.

  Sei que estava de volta ao chalé 11, agora um pouco menos abarrotado. Infelizmente. Fiquei de pé, estudando meus curativos. Tudo parecia em ordem. Sai do local fechado, buscando ar.

  Só que o ar parecia não chegar. Pelo menos, não limpo e refrescante como eu esperara. Ainda estava pesado, quase me sufocando. Minha cabeça agora tentava encontrar alguém saudável com quem eu pudesse não sentir aquela agonia.

  O melhor lugar naquele instante era perto do pinheiro. O mais distante de tudo. Cada ponto tinha um pingo de dor e morte, mas ali era um pouco menos poderoso.

  Alguns minutos já tinham se passado quando Dante subiu a ladeira correndo e se sentou ao meu lado. Em silêncio, ficou olhando o Acampamento lá embaixo.

  – E você nem queria vir. Lutou para defender seu lar.

  – É, o que um sujeito apaixonado não faz. – Ele riu, até notar que eu estava calada. Senti o abraço ao meu redor e fiquei grata. Vida. Era isso que mais importava em Dante, ele estava vivo. E com a aura de um recém-nascido forte e sadio. – Consegue sentir, não é?

  – Acho que o céu tem o mesmo peso do que a atmosfera desse lugar. – Comentei, cruzando os braços. – Pelo menos você está bem.

  – Você também. E Chad, e o infeliz do Yamamoto. – Ele virou meu rosto para ele, tentando transformar o sorriso torto em simpático. Sorri com a tentativa. – A tendência é que tudo comece a ir pro brejo, mas estamos aqui. Vamos ficar até o fim.

  – Obrigada. – Ele deixou eu voltar com minha cabeça em seu ombro, de olhos fechados. – Dante.

  – O que foi?

  – É inusitado te ver tentando me consolar assim. Não que eu ache que vá valer muito agora, mas é bom. Obrigada.

  – Hum, eu ganho ao menos um beijo?

  – Idiota. – Finquei o cotovelo na barriga dele, de leve. Ele riu, levantando meu rosto.

  Confesso que no meio de todo aquele climão, ter aquele tipo de afeto deixava tudo mais fácil. Eu conseguia sentir Dante vivo e, melhor ainda, me sentia viva. E isso já tirava boa parte do peso de cima dos meus ombros. Aproveitei o tempo lá, até sentir que já tinha adiado demais o que eu tinha que fazer.

  – Sr. D. – Ele estava arrasado, como eu esperava. Nem me olhou direito, mas esperou eu me sentar e dizer o que tinha para falar. – Licença. Sinto muito. De verdade.

  – Eu sei bem. Obrigado. – Suspirou, finalmente me olhando. – Posso ajudar?

  – Pode não ser o melhor momento, mas precisamos pensar a frente deles.

  – Ah, eu sei bem. Agora começa a guerra, garota. – Ele pegou a lata de refrigerante e tomou, sem sentir o gosto. – Caçar os inimigos, os espiões, bolar estratégias, defender o que temos...

  – Pois bem. Eu gostaria de dizer que eu farei isso tudo por nós e por eles. – Eles, os que perderíamos e já tínhamos perdido. – E que, se precisar de mim, tenho certeza de que me encontraria uma função.

  – Ah, sim. E vamos começar já. Por agora, no entanto, Elgin, só quero que tome conta de melhorar. E descanse.

  Concordei, com um sinal de cabeça. Deixei a Casa e segui para o chalé, fazendo como me foi ordenado.

  “As coisas só vão piorar, mas eu sei que não vai me largar para morrer.”

  Parecia imbecil ainda tentar pedir socorro numa oração silenciosa. Ainda assim, eu esperava que ele me escutasse e me ajudasse no que estivesse por vir.

  Deixei o chalé e fui atrás dos meus amigos, tentando aliviar um pouco o peso na minha cabeça. Chad e Dante estavam juntos na praia, se xingando como de costume. Entrei no meio, sorrindo.

  – Melhor? – Chad perguntou, passando o braço pelos meus ombros. Concordei, segurando sua mão por um breve momento. Ouvi Chad rindo e me soltando. – Toda sua, esquisito.

  – Hum, talarico. – Dante me puxou, aparentemente irritado para valer. – Vai piorar, mas vai melhorar. Gente, ouçam essa mente brilhante que vos fala. No final da história, vamos estar os três aqui, desse jeito.

  – Espero que esteja certo. E que não demore muito.

  – É, vamos ver. – Chad sorriu, colocando as mãos nos joelhos. Não demorou muito, Yamamoto se juntou a nós, calado. Eu sentia o quanto doía nele ter tirado todas as vidas que tirou.

  Ficamos os quatro, assistindo ao pôr do sol, simplesmente tentando ignorar pelos próximos minutos que uma batalha estava por vir, ainda maior do que a do dia anterior. E aproveitando a companhia uns dos outros.

  O anel esquentou rapidamente e esfriou, quase instantaneamente. Mas nos milésimos de segundos em que ele se aqueceu, pude ouvir a voz profunda atrás de mim.

  “Estou orgulhoso de você”

  Olhei por cima do ombro, tendo a impressão de ainda perceber o manto negro sumindo. Dante olhou também, sem entender. Sorri para ele e voltei a olhar para o mar, feliz.

  “Obrigada.” Agradeci, fechando os olhos e sentindo o calor fraco do fim de tarde.


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