Demigoddess escrita por Pacheca


Capítulo 26
Slip


Notas iniciais do capítulo

Pessoas, ficou menorzinho, mas eu to indo dormir, então... E POR FAVOR COMENTEM A FIC, POR FAVOR! Podem ler!



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Acordei com Chad me cutucando de leve. Já estava amanhecendo, nosso penúltimo dia. Aquilo estava longe de ser um bom sinal. Estávamos parados na beira de uma rodovia.

– Aonde estamos? – perguntei bocejando.

– Acho que a adrenalina de Dante demorou um pouco para passar, então conseguimos vir bem longe. Essa é a 40 Road, New Mexico.

Dante estava apagado no banco do motorista, com a cabeça pendendo sobre o pescoço de uma forma que eu imagino não ser bem o que chamariasse de confortável.

– Elas nos seguiram? – ele negou, me olhando. Sustentei o olhar dele, observando pequenos detalhes. Ele tinha um arranhão na testa e outro na bochecha, mas nada que se destacasse muito.

Acho que ele estava fazendo a mesma avaliação no meu rosto, pois ele pousava o olhar em pontos específicos no meu rosto, acho que olhando arrranhões e cortes.

Parei de encará-lo e passei a olhar Scirus, que também dormia. Ele não estava machucado, mas parecia cansado, muito cansado. Já Dante estava horrível. Além do cansaço ele também estava muito arranhado e com alguns cortes, por causa das raízes.

– Muito ruim? – perguntei pegando uma barra de cereais na mochila. – Minha cara?

– Por que estaria?

– Fala sério! Eu já devo ter aarranhões até no olho.

– Ah, não. Só um enorme na testa, e um corte no lábio inferior. O resto está tranquilo. A não ser pelo cabelo.

Ri passando a mão pelo cabelo. Ele roubou um pedaço da barrinha rindo. O clima ficou bem leve depois disso.

– Quanto tempo faz que a gente não conversa assim?

– Muito. Acho que desde que Scirus nos levou para o acampamento.

– Caramba. Muito tempo mesmo.

– Eu sei. Aqueles dias eram bem mais fáceis, não? Quero dizer, podíamos sair juntos sem sofrer um acidente com um homem-touro, ou ir trabahar sem encontrar Hades se dizendo seu... – parei quando percebi o que tinha falado. Chad me encarou, não sei se surpreso ou assustado.

– Ha...Hades é seu...

– Cala a boca, Chad. – Tampei a boca dele com a mão. – Por favor, não comenta isso com ninguém. Já basta Scirus me enchendo por isso.

– Scirus sabia?

– Ele percebeu quando Tri...bem, você sabe.

– Sei. – Ele me encarou mais um tempo antes de voltar a rir. Me vierei pra ele, confusa. – Ao menos agora parece um pouco mais fácil te entender. Ou quase.

– Como assim?

– Sabe, você sempre teve um estilo mais... tenebroso.

– O quê? – Voltei a rir. Me surpreendi ao saber que ele não parecia se importar tanto com o fato de uma amiga dele ser filha do deus do submundo.

– A não ser com Tri, você sempre teve uma certa frieza, compreensão com fatalidades.

– Vou aceitar o “elogio” – Marquei as aspas com os dedos e ele riu.

– Foi um elogio. Mal formulado, verdade, mas ainda assim, um elogio.

Sorri e me virei para ele. O observei de novo. E não sei porque infernos eu fiz o que fiz. Nem sei como eu o fiz. Só sei que quando voltei a mim, eu estava abraçada com Chad, e o beijava.

Me afastei devagar, em choque com minha reação. E chocada com a dele também. Acho que nunca vi Chad tão vermelho em toda minha vida. Fiquei encarando a janela, e ele também estava calado.

Dante acordou, parecendo um pouco perdido. Ele alternava olhares entre Chad e eu, me fazendo corar mais ainda. Ele provavelmente percebeu que alguma coisa estranha tinha acontecido, mas não comentou nada, para minha alegria.

– Oi para vocês dois. – Ele deu um cutucão em Scirus e me pediu uma barrinha. – Animados?

Achei que fosse só provocação, mas então percebi que ele estava falando da missão, e do nosso prazo.

– Não muito, mas... – Assim que Scirus acordou Dante deu a partida e voltou para a estrada.

Minha alegria por Dante não ter feito comentários se foi com a primeira frase que Scirus falou depois de pegar uma latinha na mochila de Chad.

– Por quê vocês dois estão tão corados? O que aconteceu? – Dante nos olhava pelo retrovisor, com um jeito que parecia querer roubar minha alma.

– Não estamos corados, Scirus. – Respondi entredentes.

– Mas... – antes que ele falasse qualquer coisa eu o fuzilei com o olhar.

Dante continuou calado, dirigindo. Me sentia pesada, como se o carro estivesse sobre mim. Não acho que Chad esteja melhor, mas me concentrei em outros assuntos, tentando esquecer o deslize.


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Notas finais do capítulo

Mio, por favor, não me assassine, eu ainda te amo! Bjs a todos!



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