Hate At First Sight escrita por DudaMoura


Capítulo 7
Pelo rio Estige!


Notas iniciais do capítulo

Gostaria de dedicar esse capítulo para a Anna Theresa. Desculpa, não consegui fazer o capítulo á tempo do seu aniversário. Que todos os seus sonhos sejam realizados e todos os seus desejos alcançados. Feliz aniversário :)



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– Amandazinha! Acorda!

– Não me chame de Amandazinha e para de me atormentar, Logan! O Harry Potter está me pedindo em casamento agora, depois da Lua de Mel você pode me acordar.

– Harry Potter? Mandy? Você está viva, garota? Já chegamos! – Recebo algumas cutucadas leves no braço, mas foi o suficiente para me acordar daquele lindo sonho. Não é toda dia que eu posso me casar em Hogwarts, sabia?

Aos poucos vou abrindo os olhos e me sentindo cada vez mais cega. Custa mover seus bracinhos e fechar a janela do quarto, Logan? Se ele começar com a dancinha do Barney de novo eu juro que alguém vai ficar roxo que nem aquele dragão.

– Meu Deus do céu! O que é isso? Eu queria o outro sonho, isso daqui é pesadelo! – Eu grito já acordada, reparando que estava toda enrolada com fita adesiva em um lugar estranho com o Troy do meu ladinho.

– Calma! – Ele disse respirando fundo me encarando com aqueles olhos verdes.

– Calma? Você está pedindo para eu ter calma? Que porra de lugar é este? É a casa do diabo!

Eu achava que o inferno era um pouco mais frio...

– Não é a casa do diabo, Amanda. É só o meu apartamento. – Troy fala esticando os braços e sorrindo, como se fosse me mostrar a casa e dizer um “Bem vinda” com toda a falsidade do mundo.

– O que da quase na mesma, se pensarmos bem. Como eu cheguei até aqui? Eu não posso me mover sozinha. – Disse brava reparando em todo o meu corpo enrolado com Durex. Espera! Por que eu estou deitada? No que eu estou deitada?

Agora que eu fui reparar direito onde eu me localizava, não me culpe, eu tenho um trauma muito grave pós-sono.

Era bem pequeno, parecia uma estufa de tão quente e apertado que era aquele cômodo. Havia uma TV pequena, uma cama de solteiro, uma mesinha de canto, um Notebook jogado em cima da cama, um sofá desconfortável, o qual eu estava deitada e uma estante velha que tinha... Meu deus! Não acredito! Isso são...

– Livros! Isso são livros? – Eu gritei escandalosamente me jogando do sofá e tentando rastejar até a estante. Infelizmente eu não exerci muito bem minhas habilidades de minhoca.

– Espera! – Austin disse, logo recebendo meu olhar de ódio. – Você vai voltar para o sofá, se não eu vou te deixar amarrada. Não sei como você vai conseguir ler sem os braços... – Ele disse fazendo uma careta. Maldito!

Voltei rapidamente, estranho, é só falar em livros que eu fico bem mais atenta. Claro que eu iria obedecer! O que será que tinha lá? Poderia até ter “O poder da química módulo 27”. Eu precisava ler aquele livro!

– Você não vai querer sentar no sofá? – Ele perguntou me observando, eu estava sentada no chão e encostada no sofá.

– Mas eu preciso de braços para subir, se é que você não percebeu. – Falei exibindo minha ironia.

– Eu tenho braços! - Ele disse erguendo uma das sobrancelhas, como se tivesse descoberto a maior coisa do mundo.

– Bom pra você. Por acaso eu perguntei se você tinha braços ou não?

– Você é muito complicada. Meu Deus!

– Agora que você já sabe, poderia me mandar por Sedex até a minha casa, como eu vim amarrada com a sua companhia ao meu lado, nada mais confortável do que ir dentro de uma caixa em um caminhão. Eu sou forte. Eu aguento!

– Nananinanão. Você será muito forte se conseguir ficar aqui por um ano, mas pensa pelo lado bom, eu vou ser seu vizinho. – Ele disse apontando para uma janela, a qual deveria ser do meu apartamento.

– Como eu vim parar aqui? – Era para ser uma pergunta para mim mesma, mas sem querer saiu alta demais.

– Eu trouxe você! – Troy falou mostrando seus braços musculosos, o que eu achei totalmente desnecessário. Não adianta ser bonito se você é um Troy Austin por dentro.

– Lembre-me de tomar um banho com álcool em gel depois. – Falei dando um sorriso fraco.

– É melhor se apressar com o seu banho, já são dez horas da noite!

– Como assim dez horas da noite? Da onde está vindo essa luz que está me deixando cega?

– Tem uma balada aqui perto e eles têm um aparelho que manda duas luzes fortes em forma de círculos para chamar atenção no céu. Se você não estivesse aqui, provavelmente eu estava me arrumando para curtir a noite lá.

– Pode ir! Eu não vou nem sentir falta da sua presença. Estou cansada da viajem! Eu já posso ir para casa! – Falei me levantando e caindo de cara no chão. Como eu pude não lembrar que estava amarrada?

– Você está bem? – Troy disse agachado tocando meu braço.

– Não me toque! Eu estou ótima. Só me estregue uma tesoura para eu tirar esse negócio de mim e... – Eu falei trocando de posição. Ficar com a cara no chão é um pouco doloroso.

– Uma tesoura na sua mão não seria uma boa ideia. – Ele disse com um olhar de esguelha.

– Eu não pedi a sua opinião e, por favor, não me interrompa. Depois que eu tirar isso. – Apontei com a cabeça para a fita do meu corpo. – Você pode ir para sua balada, que eu vou para o meu apartamento tirar uma boa soneca depois de ler alguns livros daquela estante.

– Você pode me interromper, mas eu não. É bom saber essas coisas... Daquela estante?- Ele fez uma careta, totalmente pasmo.

– É bom saber sim, por que é assim que as coisas funcionam. Sim, daquela estante!

Troy deu uma gargalhada e me encarou preocupado.

– Você sabe o que é Cinquenta Tons de Cinza?

– Não. É algo sobre artes?

– Sim. Claro! - Troy concordou com a cabeça, gesticulando com as mãos. – É a arte da putaria!

– Que? – Eu perguntei incrédula.

– Todos os livros que estão aí falam de putaria. Minha avó que me deu!

– Sua avó? – Engraçado, cada vez eu estou mais assustada.

– Aham, ela acha que é muito bom eu ter o hábito da leitura. Só que ela não sabe o que ela está me dando. Só por que o livro tem uma algema, não significa que falava sobre a liberdade dos escravos.

– Mentira! Você está estragando a minha felicidade.

– Acho que vou estragar ainda mais a sua felicidade. Você vai ter que dormir aqui hoje...

– O que? – Perguntei o interrompendo! Isso é um absurdo! Ele deve estar louco!

– Os móveis da sua casa só vão chegar amanha. Você não vai querer dormir no chão.

– Querer eu não quero, mas eu prefiro dormir no chão do que no mesmo cômodo que você.

– Você não vai querer dormir lá no chão, tendo que rastejar até lá, achar a chave do seu apartamento e abrir a porta, tudo estando sem os braços e as pernas.

– Como assim? – Eu vou ficar muito mais assustada se ele disser que a avó dele também ensinou como cortar as pessoas.

– Não esqueça que você está amarrada, garota! Eu ainda posso abusar de você! – Ele falou com aquela voz gritante. Como isso me irrita! Quanto mais a voz da pessoa é irritante, mas ela fala!

– Você também não deve esquecer que eu tenho uma ótima pontaria, quando eu me soltar você não conseguirá mas ter filhos. – Eu falei com um olhar ameaçador. – Mas se você me soltar agora, eu não vou te matar e deixo a expectativa de vida dos seus filhos não nula!

– Você promete? – Ele perguntou desconfiado. Como assim? Eu sou totalmente confiável! Não sou? Claro que sim, porra!

– Prometo pelo rio Estige!

– Esse rio é tão importante assim?

– Sim! Eu sou filha de Atena, não posso desonrar ela! Agora, você vai me soltar ou não?

– Ta bom! Vou te soltar.


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Notas finais do capítulo

Desculpe a demora amoras da minha vida! Tomara que tenham gostado...Não esqueça dos comentários, eles me motivam!Beijos!xoxoDudaMoura