A Estranha Vida De Beggy escrita por Ana


Capítulo 7
Capítulo VII


Notas iniciais do capítulo

Hey geeente! I'm come back! OOOh Yeah!

Boa leitura nos falamos lá embaixo!



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A vida continua.

Esta aí uma frase besta de pós-morte. Utilizada como consolo a família do falecido. Não tinha morrido ninguém, mas essa filosofia me fazia muito bem.

Shaka ainda continuava vivo, mas não por muito tempo se continuasse com suas ideias loucas sobre relacionamentos. E o pior que ele queria conhecer meus pais (tudo por causa da minha linda língua grande).

Por um outro lado me apresentar para todos os amigos dele ainda era uma ideia muito imatura. Então decidimos deixar rolar, tudo muito naturalmente.

...

Eu andava nos corredores na empresa como se a todo momento todo mundo fosse descobrir meu segredo. Pior que fossem me julgar por eu ter engravidado de um gay. Mas ainda em minha mente martelava: será que sabiam que Shaka é/era gay? Acho que apenas suspeitavam, ate eu iria suspeitar. Imagine um homem de 29 anos, bem sucedido financeiramente e profissionalmente, sem parentes e todos esses anos se apresentando sem nenhum relacionamento e nem affairs.

Mas deixando a minha neura de lado, devo admitir que estar no trabalho e seguir minha vidinha normalmente fazia tudo parecer normal como antes.

Isso tirando o fato de que eu ignorava as mensagens fora de hora no meu celular (Shaka às vezes podia ser bem inconveniente).

...

 Era uma típica sexta feira, que agora virava tradição de Shaka me levar para sair (lógico que um lugar calmo, reservado e longe de paparazzi). Nós saiamos para comer, ver filmes ou ficávamos no apartamento dele tentado entrar em acordo e decidir algo de concreto para essa nova vida que ia nascer no meio da nossa loucura.

Às vezes era tão natural que nos esquecíamos de que eu estava grávida, talvez a gravidez devesse ser uma maneira de nos unir. Imagina se isso não acontecesse, estaríamos nós vivendo nossas vidas mediocremente. Ele tentando parecer misterioso e eu tentando não morrer de tédio.

Ele iria acabar o resto de sua vida sozinho no seu completo silencio e eu acabaria com uma casinha bem minúscula e com uns vinte gatos (talvez uns três cachorros para sair do clichê) pra fingir que eu não era só.

Lá estávamos nós no apartamento dele, mais precisamente no sofá de couro branco (me julguem eu tenho uma tara naquele sofá). Bom não estávamos fazendo nada demais, infelizmente nossos amassos foram interrompidos por um telefonema do Mu muito bêbado dizendo que não deveria ter ouvido o Milo e depois a ligação cai e o Shaka ficou tentando falar com um dos dois e agora aqui estamos discutindo sobre o ambiente que o bebe deve nascer.

- Olha sempre me imaginei casando, depois tendo filhos, uma casa própria com jardim, vizinhos amigáveis, um emprego de meio expediente e um marido participativo em todas partes da minha vida. – Também um castelo, uma carruagem e um titulo de cinderela me servissem também. As vezes eu podia ser bem sonhadora.

- Nossa! – Ele olhava para mim, surpreso. Ei eu posso ser bem normal de vez em quando. – Bom enquanto estava no mosteiro eu queria ser monge, depois que saí queria fazer faculdade de Teologia e estudar todas religiões, mas agora sou modelo, tenho duas casas aqui na Grécia, me achava convicto sobre minha opinião sexual e quando resolvesse me aposentar dessa carreira eu ia virar voluntario e talvez fosse para algum país pobre ajudar. – Hmm boa meta de vida, eu tinha que admitir. – Mas agora eu descobri que também gosto de mulher, mas especificamente você, vou ter um filho e pela primeira vez na vida não sei o que fazer. Então como diz Milo vou deixar as coisas rolarem, vivendo e aprendendo, errando e se fudendo. – Eu tive que rir não imaginava Shaka com toda aquela postura de santo falando palavrão.

- E o que vamos fazer? Temos que contar para os meus pais que estou grávida, temos que nos decidir em qual país o bebê vai nascer, afinal você é indiano e eu sou espanhola criada na França e agora um pouco grega. – Dei uma longa pausa, respirei fundo e prossegui. – Temos que decidir como ele será educado, qual religião ele vai seguir, você é budista e eu sou católica, qual idioma será o oficial dele. – Terminei meu discurso sentido que ele ainda estava incompleto.

- Eu tive umas ideias loucas enquanto a insônia me atingia depois de que eu realmente me toquei que você estava grávida e que eu estava gostando de você. – Ele parecia um tanto relutante em revelar a verdade, mas ele respirou fundo e foi. – Fui a uma sessão de terapia, estou fazendo um tratamento e é muito bom. Enfim, vou dizer minha ideia. Que tal nós nos casarmos no civil e morarmos juntos? Já que você já passa um bom tempo comigo, acho que será bom. – Ele estava completamente louco. O loiro era doido.

- Supunha que nós nos casarmos e aí vamos por o bebê no banheiro aqui da cobertura? Porque aqui não há muito espaço. E se o casamento não der certo, vamos nos separar e traumatizar a criança? Casar é um assunto delicado. Somos de culturas diferentes e criações diferentes e o único elo que nos une é o bebê. – Ok, agora os papeis se invertia eu era Begônia a dona da razão e o Shaka era um jovem adulto tentando não parecer um adolescente maluco.

- De onde eu vim os casamentos são arranjados e eles dão certo, as pessoas aprendem a conviver umas com as outras e ama - lás do jeito que são. – Ele sorriu tentando me encorajar. – Não vejo nada de mais em nos casarmos, eu gosto de você, você gosta de mim. A única ordem que mudamos é fase de conhecer, vai dar certo. – Ou ele tentava parecer confiante ou era muito presunçoso.

- Minha irmã disse isso nos cinco casamentos, bom o ultimo ainda deve estar durando porque ela ainda não mandou o convite do sexto casamento. – Eu tinha um bom argumento.

- Acontece que você não é sua irmã e eu não sou nenhum dos ex-maridos dela. Tentar não vai te matar. – Ele pegou em minhas mãos e eu me lembrei que ainda estava no porn sofa (branco e de couro). Foco Begônia, foco. – Eu conversei com meu advogado e pedi para ele redigir um contrato de casamento de um ano, se não der certo durante este período, pode seguir sua vida normalmente e o bebê vai ter apenas alguns meses de vida não vai sentir tanta falta. – Shaka estava obstinado com essa ideia de casamento.

- Então não seria melhor morar junto como qualquer pessoa normal? – Opa sinal de consciência chamando Shaka. Enviado via Begônia.

- Vamos analisar você, jovem, virgem ate os 23 anos, católica, bem resolvida financeiramente, um namoro estável durante alguns anos na adolescência, você não tem perfil de morar junto sem casar. Seria como viver em pecado, não é? – Ele levantava a sombra celha presunçoso. Ai que loiro demoníaco.

- Você fala isso como se tivesse desvirtuado uma pobre garotinha? – Arquei as sombras celhas em resposta.

- Bom admito que desvirtuei dois terços desta pobre mulher. Um terço quem fez foi o Afrodite te oferecendo bebida. – Eu não sabia onde enfiar a cara, lembrar daquela noite ainda era constrangedor. – Mas realmente tenho que agradecer a ele. – Ele parou a frase por ali e sorriu enigmático.

- Está certo não quero ‘viver em pecado’, mas também não quero me casar para encobrir erros. – Bom esse casamento repentino dava esta impressão.

- O que há de errado? Ter um bebê com estranho que quer assumi-lo? Não me conhecer por anos? – Falando assim ate parecia que ele estava profundamente certo. Como dois e dois são quatro.

- Shaka eu não quero fazer minha vida cheia de erros um atrás do outro, e também não quero vê-la passando diante dos meus olhos. Não podemos ser impulsivos ou ficar estagnados. – Um minutinho aí eu colocando juízo no deus Shaka pareço reencarnação de Buda.

- Ótimo saia do marasmo e case-se comigo, eu mando o contrato para o seu e-mail e você envia a algum advogado de sua confiança. – O demônio loiro ignorou minha cara de reprovação por ter me ignorado e seguiu. – Quanto a moradia tenho outra casa aqui na Grécia, em um condomínio fechado com treze vizinhos, tem jardim, piscina, vários quarto e você pode reformar do jeito que quiser desde que respeito o jardim e a sala de oração lá. – Bom pelo menos o bebê não iria ficar no banheiro. – Assim que aprovar o contrato nos casamos em sigilo, você vem morar comigo aqui enquanto você decide as reformas lá na casa, troca a mobília faz o que quiser. Opta por trabalhar ou não. – Ele parecia já ter pensado em tudo.

- Suas noites de insônia foram bem produtivas hein? – Brinquei para descontrair.

- Odeio ficar sem controle, sem saber o que fazer, isso me tira o sono. Tenho que ficar organizado. A vida não parou daqui a pouco tenho que voltar a trabalhar, embora possa me aposentar. – Obrigada pela dose de realidade este era o Shaka que eu conhecia.

- Por que em segredo? – Bom este era um ponto curioso.

- Por enquanto a mídia ainda não nos descobriu, mas aqueles paparazzi do demônio, aquelas revistas improdutivas de fofoca adoram saber sobre a vida dos famosos e infelizmente sou um deles. – Ele tentava me confortar passando a mão sobre meus cabelos naquele sofá (parei, parei com o sofá).

- Seria como? Nós, o juiz de paz e as testemunhas de lá? – Ele balançou a cabeça concordando. – E seus amigos não vão ficar chateados, porque minha família vai ficar. – Olhei para o chão, apesar de serem loucos ainda tentavam ser normais.

- Vão, mas como vai ser um contrato de um ano, acredito que com a renovação podemos fazer o casamento religioso ecumênico, renovar no civil, dar festa, fazer álbum e tudo que tiver direito. – Como ele podia ter tanta certeza que daria certo?

- Ok e com o casamento de agora em segredo. Vamos dizer que estamos apenas morando juntos? – Se fosse para isso de que adiantaria casar, porque alem de garantir direitos, é como oficializar a relação diante a sociedade.

- Vamos dar um jantar na nova casa, assim que ela ficar pronta com nossos amigos próximos e seus parentes próximos, vamos dar a noticia e comemorar com eles e dar a noticia da gravidez. A questão é você quer fazer isso antes de falar com seus pais ou quer falar na festa? – Era uma boa ideia devo admitir.

- Então podemos mandar passagens para eles antes da festa, podíamos hospeda-los em um hotel (acreditando ou não Shaka não suportaria ficar com eles em casa) e dar a noticia antes em um almoço, afinal eles precisam te conhecer primeiro e depois eles ficavam para a pequena comemoração e depois iam embora e daí para frente será só nós três. – Depois que disse isso coloquei a mão dele sobre minha barriga ainda pequena, como intestino preso.

- Que bom que aceitou minha proposta nada romântica de casamento. – Nisso ele já estava quase sobre mim no sofá. – Então que tal realizarmos seu sonho pervertido com o sofá em forma de comemoração ao nosso futuro. – Eu apenas consenti.


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Notas finais do capítulo

Então saí do marasmo, também família lidando com doença terminal de um parente, enfim. Estoy aqui!

Espero que tenham gostado agora vou prosseguir escrevendo o outro capitulo quem sabe ele não aparece por aqui amanhã.

;*



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