Capítulo 12

Soundtrack

— Porquê? — questionou, ríspida e direta.

Edward negou com a cabeça, esboçando um sorriso amargo e irônico, a respondeu:

— Você não entenderia... Você é um nível diferente. — disse.

— O que usou? — ela perguntou, o observando com cuidado.

— Cocaine. — respondeu. — E antes que queira saber, estou usando há muitos dias, senão semanas. E quer saber também? Ela está me ajudando muito a não esmurrar Jasper e sua empáfia e rudeza.

Com um bufar totalmente mal-humorado, ele jogou-se no "puff" que havia no quarto.

Suspirando, Isabella levantou-se e foi até ele. Deitou-se ao seu lado e levou sua mão até o rosto dele, o acariciando com carinho.

— Me prometa algo. — ele a encarou. — Vai diminuir o uso desta droga e irá procurar ajuda médica imediatamente. Quero você desintoxicado disso, e livre. Minha filha merece um bom pai, que esteja sempre presente e limpo, não pense que vou facilitar para você, Edward. Eu não admito que minha filha cresça sem pai.

Cada palavra martelou na cabeça e no coração dele. Um misto de sentimentos e efeitos da droga por dentro o fazia enjoar e quase não raciocinar com clareza.

— Quero que o cumpra, Edward. Pode fazer isso por nós duas? — levou a mão dele até sua barriga.

Ele assentiu imediatamente. Surpreendido e constrangido.

— Me desculpe por faltar à consulta. Mas eu estava sob os efeitos imediatos da droga. Achei melhor vir para casa e me trancar aqui... — explicou-se à ela. Suspirando, perguntou. — Então é menina?

A loura assentiu, sorrindo feliz. E ele igualmente o fez, e ela pôde enxergar um leve "molhado" nos olhos dele.

— Eu a vi, e ouvi seus batimentos cardíacos. Foi tão incrível... — comentou, eufórica e emocionada.

— Ela está bem? Quando será a próxima consulta?

— Ela está ótima, e a próxima consulta é daqui há três ou quatro semanas. É basicamente um check up para ver o bebê. E ainda há outras coisas para fazer. Cursos de primeiro socorro, até mesmo de como cuidar do bebê, desde recém-nascido até 12 meses.

Ele sorriu.

— Gostaria muito de acompanhar vocês duas. Posso?

— Deve. — o respondeu prontamente. — Seja mais responsável e maduro, não só por você, mas pela filha que terá daqui alguns meses. Não me force tomar atitudes drásticas! — pediu e advertiu.

— Sim. Por ela. Por nós! — disse, tocando a barriga da loura e logo lhe dando um beijo nos lábios.

Era recém, mas surpreendente a química e intensidade de ambos juntos. Eles se conectavam com um simples olhar, um beijo selava ainda mais aquilo que tinham. Uma intimidade intensa...

E o beijo tornou-se uma troca de carinhos ousados, intensificados, tornou-se algo mais malicioso que isso.

E ambos puderam ver o quanto sentiram falta do corpo um do outro.

Naquele momento nada importava ou existia, somente o prazer incondicional que sentiam.