Havia ficado combinado que Harmony passaria o dia na casa da vizinha, uma velhinha simpática chamada Nora Nolan que morava em um apartamento no primeiro andar. Rachel confiava totalmente na senhora porém não podia evitar de ligar para mesma em cada mudança de sala para checar que a menina estava bem, fazendo Nora rir.

Estava na hora do almoço e os três amigos seguiam em direção ao restaurante em que sempre almoçavam quando Rachel mudou o percurso, seguindo em frente, deixando Santana e Kurt confusos.

“Ei, Berry! Onde pensa que vai?” gritou Santana de onde a amiga havia os deixado.

“Vou aproveitar o horário de almoço para checar que Harmony está bem e passar um tempo com ela.” explicou a mais baixa fazendo Santana revirar os olhos.

“E quando você vai almoçar, o nosso tempo de almoço é apenas o suficiente para você ir lá, dizer oi e voltar.” Disse Kurt divertido.

“Mas....”

“Sem mas, Berry! Você vai acabar se atrasando para a próxima aula e passando fome então nem pensar, Harmony está bem e você a verá às cinco e meia, quando chegarmos no apartamento.” Santana disse com seu tom de mãe, dando a entender que o assunto não estava aberto a discussão.

Rachel bufou revirando os olhos mas andou de volta a seus amigos sem reclamar, no fundo sabia que Santana estava certa, estaria perdendo tempo indo até Harmony já que não conseguiria passar tempo com a garota, almoçar, nem chegar a tempo para a próxima aula.

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Rachel correu em direção as escadas assim que adentraram o edifício em que moravam, fazendo Kurt rir e Santana revirar os olhos, a morena não podia mesmo esperar o elevador chegar?

“Do jeito que ela está ansiosa vai acabar tropeçando nos próprios pés e caindo.” Santana comentou.

“É só um andar, ela vai sobreviver.” Kurt respondeu apertando o grande “4” branco no painel do elevador, fazendo ele ficar vermelho.

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Rachel estava parada nervosamente em frente a porta de Nora, mudando o peso de um pé para o outro, ela havia tocado a campainha fazia 2 minutos e 37 segundos contados e nada de Nora e Harmony, ela estava esticando o braço para tocar a campainha novamente quando a porta se abriu e uma Nora com um avental sujo de farinha e um chapéu de chef apareceu em sua frente com um sorriso caloroso no rosto que fez Rachel sorrir de volta involuntariamente.

“Harmony, Rach está aqui na porta, querida.” –gritou a velha senhora por cima do ombro e logo uma Harmony também usando um avental e um chapéu de chef idênticos ao de Nora parou ao lado da senhora, a única diferença é que o avental de Harmony não estava sujo de farinha, Harmony estava COBERTA de farinha e tinha um beicinho adorável no rosto.

“Mas nós acabamos de começar a fazer biscoitos!” reclamou a menina, lançando a Rachel seu melhor olhar de cachorrinho que Rachel sabia exatamente o que significava.

“Nah-nah-nah, você já ocupou muito tempo da senhora Nolan por hoje, Harmy.”

“Que nada, menina, ela pode ficar aqui se quiser e eu a levo até você às nove.” disse Nora sorrindo.

“Não se deixe convencer por esse olhar de cachorrinho sem dono, se tem algo que precisa fazer não tem problema, Nora, sério.” Insistiu Rachel não querendo forçar a mais velha nada.

“Não seja boba, não tem problema algum! Mais tarde te levaremos alguns biscoitos.”

“Se a senhora concorda então tudo bem, você pode ficar Harmy.” Tão logo as palavras deixaram os lábios de sua mãe Harmony já estava pulando, feliz por ter conseguido o que queria “Mas primeiro quero meu beijo.” Completou a morena mais alta, ajoelhando para ficar da altura de Harmony que logo beijou a bochecha direita da diva, passando os bracinhos por seu pescoço, enchendo-a de farinha.

Harmony riu ao perceber o que havia feito com sua mãe e Rachel logo olhou para baixo, vendo seu cabelo e pescoço cobertos de farinha,

“Você ri, né sua pestinha?! Saiba que vai ter troco.” Rachel ameaçou divertida, seguindo de costas até o elevador, seus olhos nunca deixando Harmony.

“Tchau!” disse a menininha quando o elevador chegou no andar e Rachel estava prestes a entrar nele.

“Tchau.” Disse Rachel de volta, entrando no elevador e apertando o botão “4” suspirando, crianças pensou, balançando a cabeça, mas um sorriso involuntário brincava em seu rosto.