Lucas POV

A Bruna estava estranha desde manhã, eu preferi não perguntar nada. Vai ver era o nervosismo por causa da prova.

Cheguei em casa e dormi. Queria que fosse logo sábado. Quando já era de manhã, me arrumei rápido e fui para o colégio. No caminho encontrei a Bruna, que continuava estranha. Fiquei revisando com ela até chegar a hora da prova.

– Boa sorte pequena, você vai se dar bem. – Dizia esbocei um sorriso. Eu já sabia que ela ia se dar bem.

– Obrigada, boa sorte para você também.

Começamos a prova, quando acabei a Bruna ainda continuava fazendo a prova. Aproveitei e fui falar com o Pedro.

– E aê cara, ta tudo pronto para amanhã? Já falou com os meninos? – Falei curioso.

– Calma cara, ta tudo pronto sim e já falei com eles. Pode ficar tranquilo

.- Que alivio, amanha tem que ser tudo perfeito. – Falei.

– Vai ser cara, oh avisa para a Bruna que hoje tem ensaio viu? E que amanhã não vai ter por que você vai estar muito ocupado não é? – Dizia ele rindo.

– Cala boca cara, ela pode ouvir, sei lá. – Disse um pouco nervoso, ela não podia ouvir.

Quando vi a Júlia veio na minha direção.

– Oi Lucas – Ela dizia, com sua voz seduzente, não vou mentir ela me atraia e muito. Ela é mô gostosa e eu só homem. Não tem como não se perder ao olhar o seu corpo.

– Oi Jú, como tá? – Falei ainda a olhando.

– To melhor agora. – Ela falava, com um sorriso enorme no rosto.

Bruna POV

Sai da sala e vi que o Lucas conversava animadamente com a Júlia e estava secando completamente ela. Meninos são idiotas, que raiva dele.

Fui andando, pisando fundo e passei por eles. Pelo jeito ele nem viu, nem se quer olhou para trás para ver quem era que o empurrou. O que ele tanto falava com aquela idiota?

Fui para casa xingando o Lucas de diversos nomes que eu prefiro nem comentar. Aposto que ele nem se lembrou de mim.

Será que ele realmente não me leva a sério? Argh, tava cansada de ficar com essa dúvida martelando na minha cabeça.

Lucas POV

Eu sou um idiota. 5 minutos de conversa com a Júlia para perceber como ela é chata, sem graça e completamente ao contrario da Bruna. Ela não era a minha pequena. Fiquei todo o momento esperando ela sair da sala, para saber como foi na prova. Mas não a vi passando.

Resolvi ir até a sala da uma espiada para ver se ela, quando olhei não havia ninguém além do professor que corrigia as provas.

– Algum problema Lucas? – Dizia meu professor que me encarava.

– Ah Bruna saiu faz muito tempo? – Perguntei, quem sabe ele poderia me ajudar não é?

– Ela saiu um pouco depois de você, Lucas. – Ele dizia agora com atenção nas provas.

– OK, valeu.

Sai e fechei a porta. Por que a Bruna não veio falar comigo? Será que ela me viu falando com a Júlia e ficou irritada, eu sabia que ela não gostava da Júlia. Espera ai, isso me fez lembrar uma pessoa que saiu bufando e pisando duro no chão depois de se esbarrar em mim, mas nem pude ver quem era, a Júlia ficava me empurrando para olha-la.

Será que era a Bruna? Meu deus, como eu sou um idiota. Resolvi ir na casa dela, ela deve ter entendido tudo errado.

...

– Oi, é-é a Bruna ta ai? – Disse, olhando para a mãe de Bruna que esboçou um sorriso quando me viu.

– Esta lá em cima, no seu quarto. Pode ir lá. Você já sabe o caminho não é? – Ela me deu uma piscadela. AI MEU DEUS! Ri, a mãe da Bruna era uma figura.

Subi as escadas e bati na porta, ela esta ouvindo música e bem alta e cantando junto. A voz dela era simplesmente perfeita, nunca me cansaria de ouvir.

Bati e ela gritou: - Entra logo mãe!

Abri a porta e ela deu um pulo para trás quando me viu.

Ela só estava de calcinha e sutiã.

– Meu deus Lucas, VIRA! – Ela disse, afobada se enrolando num lençol. Ri do seu desespero. Ela veio na minha direção e me empurrou, fechando a porta logo depois.

– Que foi pequena? Eu já te vi de biquine e não tem muita diferença. – Falei malicioso.

– Cala essa boca Lucas. – Logo depois ela abriu a porta emburrada.

– O que você quer hein? Cansou de secar a Júlia? – Ri, realmente tinha sido ela que se esbarrou em mim.

– Não fala isso pequena, eu só tenho olhos para você.

– Eu vi muito bem isso hoje. – Ela falava irritada.

– Ei para ok? Eu tava esperando você terminar a prova e ela veio falar comigo, eu não seria grosso com ela né? – Ela bufou e revirou os olhos.

– Você é um idiota, não precisava ficar comendo ela com os olhos. – Eu realmente tinha deixado ela irritada com aquilo. Me senti um retardado.

– Me desculpa. – Nessa hora puxei ela para o meu corpo e sussurrei no seu ouvido. – Ela nunca vai me ter como você me tem, ouviu? – Disse lhe beijando por completo. O que a fez se arrepiar. Sorri, como eu amava aquela baixinha.

– Tanto faz. – Disse indiferente.

– E então como foi a prova? – Falei puxando ela para sentarmos na cama.

– Foi ótima. – Ela disse animada, ela ficou falando as questões da prova e argumentando comigo. Depois de um tempo tive que ir.

Ela me levou até a porta.

– Temos ensaio hoje, venho te pegar as 14h ok?

– Combinado. – Logo depois ela me beijou. Os beijos dela tinha um efeito diferente de todas as meninas que já havia beijado. Ela era doce e meiga. Não tinha pressa, eu sentia que podia ter ela só para mim. Era um sentimento muito bom.

Sai e fui para casa. Falei com os meninos sobre sábado e já estava tudo pronto. AINDA BEM.

Quando deu o horário me arrumei e fui pegar a Bruna de carro para irmos.

Quando chegamos lá falamos com todo mundo e o ensaio começou.

Tocamos várias músicas, repassamos os pontos que erramos e enfim o ensaio acabou.

Bruna ficou conversando com o Leandro e o João enquanto eu falava com o Pedro sobre sábado.

– Cara, esteja lá às 19h ok? – Disse ansioso, precisava dar tudo certo.

– Velho, você ta enchendo o saco com isso sabia? Ta tudo certo, você já falou isso umas 300 vezes, relaxa cara. – Disse Pedro impaciente.

– Ta, ok. To indo, a gente se fala amanhã. – Fui indo em direção a Bruna que conversava com os meninos.

Abracei-a por trás. E ela sorriu.

– Vamos pequena? – Disse olhando para ela.

– Vamos, tchau pessoal. Até mais.

– Tchau, beijinhos para o casal. – Dizia João com um sorriso estampado no rosto.

– Cala boca John. – Ele fez careta e eu fui até o carro.

Virei a Bruna para me olhar.

– Eu te amo muito sabia? – Falei me aproximando.

Beijei-a com intensidade, como se precisasse daquilo para viver, como se aquele beijo fosse meu oxigênio. Eu era tão preciso dela quem nem eu mesmo imaginava. Ela retribuía o meu beijo, passando a língua sobre minha boca preguiçosamente. Quando já estávamos sem ar, nós separamos, mas sem antes ela dar uma mordiscada no meu lábio superior me deixando extremamente excitado.

Entramos no carro e a levei até a porta de casa.

– Boa noite pequena. Dormi com os anjos. – Disse beijando sua testa um pouco depois. Ela sorriu e entrou.

Amanhã ela iria se surpreender. Fui para casa dormir, amanhã seria um longo dia.