Sweet Sixteen (Dramione) escrita por The Mudblood Malfoy


Capítulo 14
Capítulo Treze - Beco Diagonal


Notas iniciais do capítulo

Olá, Dramiônicos! Mais um capítulo os esperam! Gostaram da nova capa? Eu que fiz! *Leiam as notas finais.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/307671/chapter/14

Draco teve um sono perturbado aquela noite. Sonhou que beijava Hermione, e de repente ela era Libby, mas depois ele ficava sozinho, beijando a escuridão. Ele acordou de madrugada, e ao ver que Hermione não estava dormindo no sofá, lembrou-se de que tinham brigado.

Relembrando-se da tarde anterior, depois que haviam dançado aquele momento mágico, Draco arrependeu-se depois de tê-la deixado se afastar, porque logo depois seu mundo desabou.

- O quê? ele perguntou incrédulo quando ela lhe disse que sabia sobre Elizabeth. Como assim ela sabia? Apenas sua remota família sabia de sua falecida namorada, e seria muito improvável eles contarem para o mundo bruxo, desde que desprezavam os sentimentos do rapaz. A não ser que... Você ouviu Snape mencionado-a, não foi? a expressão de culpa no rosto de Hermione estragou qualquer tentativa de ela mentir.

Draco então cobriu os olhos com a mão direita, envergonhado.

- Eu disse para aquele enxerido não tocar no nome dela...

- Mas eu vi o que aconteceu quando... quando ela... Draco arregalou os olhos para Hermione, deixando a mão cair em silenciosos espasmos de surpresa.

- Como? Hermione fechou os olhos, com amargura.

- Eu... a garota, então contou para o pobre loiro o que acontecera quando ele estava ausente, refletindo as palavras do padrinho. Ela lhe contou sobre a aparição do Lorde das Trevas no espelho do banheiro, e propondo a ela ver o que a intrigava. Ela aceitou hesitante, e viu Draco salvando-a na casa em chamas, e ela perdendo a vida na frente dele.

Draco estava chocado com as palavras de Hermione. Suas palavras eram sinceras, mas ela deveria ter perguntado a ele sobre Libby, e não ao bruxo das trevas mais poderoso de todos. Draco indagou se ela ainda confiava nele; intimamente, ele queria que sim, que ela confiasse nele, mas por tudo o que havia acontecido, ele não tinha mais certeza.

- E se você tivesse morrido, Hermione? E se as palavras de Você-Sabe-Quem fossem falsas? E se você se perdesse? ele estava desesperado, sentindo certa raiva por Hermione ser tão teimosa. Mas, afinal, o que ele havia feito também não era muito digno de um Malfoy. - VOCÊ PODIA TER MORRIDO! - ele repetiu, repetiu e repetiu.

Enquanto Draco gritava as possibilidades prováveis de uma morte dolorosa, ou um sequestro maldoso por um bando de Comensais da Morte insanos, Hermione começou a chorar. Draco calou-se, enquanto Hermione caía de joelhos no tapete e enterrava o rosto nas mãos e gritava palavras desconexas que Draco não conseguira entender. Algo como A culpa é minha, e Eu sei. Draco sentou-se no sofá, tremendo, desviando o olhar daquela figura delicada e frágil, que se despedaçava no tapete.

Ele encarou o chão, ouvindo os gritos de Hermione, com ímpetos estridentes de acolhê-la em seus braços e acalmá-la, dizer que tudo ia ficar bem, mas ele estava rígido, paralisado com as próprias atitudes. Continuou parado, tremendo, até Hermione se levantar trêmula e sair correndo do quarto. E ele acabou adormecendo ali mesmo.

Draco balançou a cabeça ao lembrar-se de tudo isso, e levantou-se para se arrumar: naquele dia, eles iriam ao Beco Diagonal comprar os materiais, porque a lista havia chegado a uma semana.

Ele vestiu um sobretudo preto, e penteou os cabelos para trás, e como não sabia usar cremes, não deu para esconder as olheiras de cansaço. Ele desceu as escadas com a expressão fria de sempre, tentando não mostrar o que estava sentindo.

Quando se sentou à mesa do café, naquele silêncio desconfortável dos mal-humorados, e olhou à sua volta. Hermione não se encontrava ali. Não queria perguntar onde ela estava, temendo ser alvo de perguntas indesejáveis. Para o seu alívio, Harry Potter entrou na cozinha logo após ele, e perguntou onde a garota estava, ao que a Sra. Weasley respondeu, lançando um olhar estranho para Draco:

- Hermione, Gina, Tonks e Lupin resolveram ir ao Beco Diagonal mais cedo... Vamos nos encontrar na hora do almoço, no Caldeirão Furado. então, todos lançaram um olhar estranho para Draco, que apenas encarou sua tigela de iogurte.

Resolveram separar as crianças em grupos para irem para o Beco Diagonal de vários jeitos: os gêmeos e o cabeça de cenoura estariam acompanhados de Kingsley Shacklebolt, foram por aparatação e Potter, Draco e o Sr. Weasley iriam de pó de Flu.

Todos se encontraram no banco de Gringotes para sacar dinheiro. Draco pegou um tanto a menos de dinheiro do que pegava antes. Queria fazer um recomeço de vida, agora estava focado em ser melhor. Talvez pudesse falar com Hermione, expressar seus sentimentos.

Os grupos se separaram e tomaram outros caminhos: o grupo do loiro se dirigiu para a loja de roupas da Madame Malkin e o dos gêmeos foram comprar livros na Floreios e Borrões. Draco resolveu comprar apenas as vestes a rigor, e deixou Potter e o Sr. Weasley para ir comprar um sorvete na sorveteria de Florean Fortescue. Caminhando lentamente pelas calçadas de paralelepípedos, Draco ia pensando no que dizer a Hermione. Ele se afogou em pensamentos enquanto esperava por seu sorvete de menta e framboesa, sentado sob o guarda-sol verde.

Não sabia exatamente o que estava sentindo em relação a garota, talvez certa raiva e orgulho reprimido. Não teria coragem de perdoá-la, teria? Os acontecimentos provaram que ela não confiava nele. E ele sentia extremamente culpado, e ao mesmo tempo revoltado. Ele tentara salvar Hermione tantas vezes, e reparar, assim, os seus erros, mas estava ali, rejeitando a si mesmo tomando aquele sorvete de consistência verde e roxa aromatizada.

Brigava com si mesmo, uma briga interna, a incerteza na escolha de uma decisão, quando ele a viu. Uma trança castanha de lado, suéter bordô e muita maquiagem, que mal cobriam os olhos vermelhos e inchados. Hermione andava discretamente ao lado da Weasley fêmea, e quando avistou Draco sentado sob o guarda-sol verde da sorveteria de Fortescue, ela parou e piscou, paralisada. A Weasley fêmea sussurrou algo em seu ouvido que Hermione pareceu considerar. Ela fechou os olhos e respirou fundo. Deu dois passos na direção de Malfoy, e abriu a boca para falar-lhe.

Aquele momento foi indescritível para Draco. Ele tentou absorver todos os detalhes do rosto de Hermione, suas sobrancelhas expressivas e castanhas, seus olhos amendoados e cor de âmbar, com cílios longos e negros, seus lábios carnudos e rosas. Ela suspirou e virou-se para a Weasley.

- Não consigo fazer isso. - ele conseguiu ler em seus lábios. E ambas voltaram a andar em direção à calçada da livraria Floreios e Borrões, a irmã do Cabeça de Cenoura o olhando com reprovação. Draco esfregou os olhos tentando entender o que estava acontecendo. Ele não sabia como se sentir: culpado? A vítima? Tudo era muito confuso.

Voltou para a loja de roupas da Madame Malkin, e encontrou Potter e o Sr. Weasley saindo já com as compras em mãos. Dirigiram-se então para uma botica perto da loja de animais, e compraram ingredientes e remédios que precisariam naquele ano.

Então, satisfeitos, resolveram esperar, como combinado, todos os outros no Caldeirão Furado. Draco se sentou de frente para Potter, e o pai do Weasley sentou-se ao lado dele. Não precisaram esperar muito, porque o grupo do Cabeça de Cenoura chegou alguns minutos depois, acompanhados de Hermione e da irmã dele, assim como Tonks e Lupin.

Todos já estavam com as compras feitas e aparentavam cansaço. Resolveram almoçar ali mesmo; Tom, o dono do bar, juntou duas mesas para quatro pessoas e todos se assentaram, conversando discretamente para não chamar atenção, agora que o restaurante se enchia de alunos e pais com os mesmos objetivos deles.

Dentre eles, Draco avistou Dino Thomas e Simas Finnigan saindo para o Beco Diagonal, Cho Chang, a antiga namorada de Cedrico Diggory, que agora devia estar no sétimo ano. Também viu Longbottom almoçando com a avó bizarra num canto discreto.

Shacklebolt estava sentado do seu lado esquerdo, um dos gêmeos (Draco não sabia qual) à sua frente, e Hermione do seu lado direito. Foi um tanto desconfortável a princípio, para não dizer os olhares mal-humorados da Weasley fêmea para o lado dele. Hermione almoçou em silêncio, sem demonstrar nenhuma emoção. Quando todos haviam terminado, Sr. Weasley pagou as contas e todos começaram a se dirigir para os pontos de aparatação ou do Pó de Flu. Hermione ficou por último, e quando Draco se deu conta já estava tentando falar com ela.

- Ei... - ele tentou segurar seu braço, mas ela recuou.

- Eu não quero mais falar com você. Você ainda não percebeu? Eu pedi desculpas! - agora ela piscava sem parar, segurando as lágrimas, e seu fino rosto de porcelana deixava Draco se sentir mais e mais culpado. - Eu havia me arrependido! Eu sabia que eu ia morrer! EU SEI QUE PODIA TER MORRIDO! - ela gritou com a voz uma oitava acima, atraindo os olhares de algumas pessoas ali no recinto. - Mas, não - ela sussurrou, puxando Draco para fora do bar, a expressão contraída de raiva. você fez questão de esfregar isso na minha cara!

- Eu estava te prevenindo para não fazer aquilo de novo! Foi um erro, e eu sei que você também sabe!

- EU SEI! EU SEI! - e ela bateu forte nele com o cachecol. Ela o encarou por poucos segundos antes de sair correndo para perto dos Weasley. Draco se aproximou da lareira em que Harry acabara de desaparecer, e percebeu que sua vida não estava mais fazendo sentido.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

*Amados leitores (fantasmas ou não), eu queria ser franca com vocês. Eu vejo que vários leitores estão acompanhando a fic, e fico muito grata que vocês não a abandonam, mas a cada capítulo que eu posto, apenas quatro ou cinco pessoas comentam. Eu ficaria muito mais agradecida se vocês demonstrassem suas opiniões, vai que você tem alguma ideia ótima, ou que você tem um ótimo argumento pra eu melhorar o capítulo? Eu ficaria realmente agradecida se pelo menos vocês dissessem se vocês gostaram ou não, de verdade. Não estou pressionando também; só queria saber mais sobre os leitores fantasmas, e estou aguardando recomendações!! u.u hahaha Beijos!