Grace Snowline Point of View

Eu nunca havia passado o natal longe do meu pai, e naquele momento ele não podia ter feito mais falta. Ha alguns dias ele tinha me mandado uma mala com roupas, sapatos e dracmas. uma carta dizendo:
Querida Grace...
Sinto muito por não atender suas mensagens de Iris (sim eu sei que foi você que ligou todas as 413 vezes). E que eu estava muito ocupado com o trabalho e a reforma da casa que foi destruída no incêndio. Consegui resgatar apenas os itens mágicos a prova de fogo (eu disse que pagar 2 dracmas a mais pela opção "a prova de fogo" era um investimento). Mas infelizmente esses itens eram apenas a sua escova de cabelos, o meu casaco verde azeitona, o osso gigante do Grey e aquele liquidificador falante que detona pedras. Graças a sua consciência financeira. Dentro da caixa que eu mandei estão algumas roupas e sapatos que eu comprei. E também o osso gigante do Grey e sua escova de cabelos. também tem 100 dracmas e 200 dólares. Ainda tenho algumas coisas para resolver aqui no Alaska, mas provavelmente irei te visitar em breve.
Floquinhos Peter... Cambio e desligo.
E claro que ele jamais se esqueceria da nossa despedida especial. Desde que eu tinha 4 anos Peter e eu trocávamos a palavra beijos ou beijinhos por floquinhos. Eu estava tão entretida com a carta que quase não ouvi a batida na porta
–Entre!
–você já está pronta?- perguntou Anna na porta
–Pronta para o que?
–como assim pronta para quê? A festa de Natal
–Oh meus deuses! - eu disse me levantando
–Eu te disse para ir se maquiando que as oito eu ia estar aqui para trazer a roupa
–Desculpa Anna é que eu me esqueci completamente
–Tudo bem, tudo bem, eu já suspeitava. Por isso que eu trouxe reforços - disse Anna abrindo a porta e revelando Hérica e Vale ainda em forma de loba
– oi Grace - disse Herica enquanto Vale dava um latido desajeitado
Anna me olhou de cima a baixo e disse:
–vamos começar com esse cabelo
–Meu cabelo não - eu disse posicionando minhas mãos de modo protetor na cabeça
–Já vi que vamos ter uma noite muito longa - disse Anna
...
Depois de mais de uma hora eu estava com uma vestido marrom claro que ia ate acima do joelho, uma sapatilha (não sou fã de salto alto) e uma maquiagem simples. Nunca gostei de me arrumar. Eu me sentia desprotegida com aquele vestido, então eu coloquei uma faixa na coxa aonde prendi uma adaga. Anna tinha me convencido que o cabelo preso ficaria melhor, então eu a deixei fazer um coque usando apenas um palito de madeira que se parecia mais com uma lança.
– pronto - disse Herica - você está linda
– é eu fiquei melhor do que pensava - eu falei sorrindo para o espelho
– bem, terminamos antes das 21:00 - disse Anna
– Ótimo - disse Hérica - assim eu ainda posso passar a noite com Ele
Ninguém sabia ao certo quem era "Ele". Hérica tinha passado a semana falando dele e de como os dois estavam apaixonados. Vale estava espionando para ver se descobria quem era esse garoto, mas ainda assim era um mistério para todas nós. Vale continuava na forma de lobo, mas estava evoluindo para tentar sair dela.
– tenho que ir pessoal - disse Herica.
Assim que ela saiu, Vale disse na minha mente que ia segui-la para ver se descobria algo e saiu com um latido eufórico.
– Marquei de encontrar os meninos nas mesas ao redor da fogueira - disse Anna
– Então vamos - eu disse me levantando
...
Nico já estava começando a irritar a todos na mesa com aquela história de aposta. Ele queria que eu, Leo e Anna apostássemos em quem era o namorado da Hérica. Nico tinha colocado cinco dracmas na mesa e tentava nos convencer a apostar. Eu não sei se foi o calor do momento ou se foi por vontade de ganhar de Nico, mas eu joguei sete dracmas na mesa.
– Eu aposto... - comecei
– Ei! - interrompeu Nico - como fui eu que propus o jogo, eu tenho o direito de dizer no que eu vou apostar antes de você.
– Oh meus deuses - estourou Anna - que criancice Nico!
Ele riu
– Eu aposto que é um parente de Hermes - ele disse
– E eu aposto que é um filho de Ares!
–Você acha que Hérica está namorando algum filho de Ares? - perguntou Anna
–Eu só disse o primeiro Deus que veio na minha cabeça para fazer o Nico calar a boca...
Ele parecia que ia dizer alguma coisa, porém a trombeta tocou e ele e Leo foram apostar corrida para ver quem chegava primeiro na mesa de comida. Anna se levantou e foi se servir, enquanto eu fiquei guardando a mesa até eles voltarem, mas quando Leo chegou com aquele prato gigantesco de comida eu perdi todo o meu apetite só de me imaginar colocando tudo aquilo na boca. Não me leve a mal, eu amo comida, mas eu odeio aquela sensação de barriga cheia. Dá vontade de passar o dia deitada e eu odeio ficar deitada sem fazer nada...
–Não vai comer? - perguntou Nico se sentando com um prato um pouco menos cheio que o de Leo
–Perdi o apetite - falei olhando para o banquete particular de Leo
Anna olhou para Leo e sorriu. Em seguida ela tentou pegar um pedaço de seu peru, mas ele não deixou.
–Mas a fila do peru estava muito grande! - ela disse
–Exatamente! - ele falou - se você enfrentasse uma fila daquelas, não ia querer comer seu peru sozinha?
–Você tem toda a razão - ela disse olhando para ele
Leo sorriu triunfante e Anna o puxou para si, beijando-o. Leo ficou tão surpreso que largou os talheres. Nico e eu nos entreolhamos envergonhados. Foi aí que vi a verdadeira intenção de Anna: Com o garfo em uma das mãos ela roubou o peito do peru de Leo. Ela largou o pedaço em seu prato e se separou dele. Leo estava com um olhar bobo de apaixonado, alem de todo vermelho. Anna ficou em seu lugar rindo baixinho junto com Nico e eu. Ele voltou sia atenção para o prato e comeu sem problemas, e nem se que percebeu que parte de sua carne estava faltando.
No copo à minha frente eu pensei em limão com água e sal... A bebida mais deliciosa que existia.
–O que é isso? - perguntou Nico apontando para o meu copo de limão
–É um limão espremido com um copo de água e bastante sal - eu falei saboreando o ácido
–Credo! - disse Leo - eu não acredito que você consegue beber isso...
–Prove um pouco! - eu disse lhe oferecendo o copo
–Não, obrigado! - ele disse enojado
–Me dê esse copo - disse Anna tirando-o da minha mão
Ela levou o copo à boca e seus olhos se arregalaram
–Isso é muito bom! - ela disse e imediatamente seu copo de coca cola se transformou em um copo de limão com água e sal.
Nico pegou o copo na mão de Anna e bebeu um gole, e logo seu copo também estava cheio da bebida. Leo pegou da mão de Nico o copo e deu um gole. E de repente todos estavam bebendo limão!
–Como você descobriu essa delícia da natureza? - perguntou Nico com seu copo cheio pela segunda vez.
–Eu sempre adorei limão, aí um dia eu fui tomar limão com sal. Eu espremi o primeiro limão e o meu pai brigou comigo e disse que toda aquela acidez com o estômago vazio fazia mal. Então eu completei o copo com água e coloquei meia colher de sal. O melhor dia da minha vida - eu falei também no segundo copo.
–Seu pai está certo! - disse Hérica se sentando conosco - beber algo ácido com o estômago vazio faz muito mal. Se eu fosse você comia alguma coisa...
–Eu não estou com fome - falei dando mais um gole
Nico encheu seu garfo e o guiou para a minha boca.
–Eu não vou comer isso! - eu falei me afastando
–Por que não? - ele perguntou
–Por que eu não vou roubar da sua comida!
–Mas eu estou te dando! Não é roubada! - ele insistiu
Vencida eu abri a boca e ele colocou o garfo lá. Comecei a mastigar e percebi que era peixe. Eu amava peixe! Era a comida mais deliciosa do mundo! Arregalei os olhos
–É bom, não é? - disse Nico sorridente
–Eu amo bacalhau! - falei pegando o garfo do lugar ao lado de Nico, que estava vazio.
–Bem, eu não sabia que isso era bacalhau, mas nesse caso eu também...
Foi ai que começamos a dividir o prato. Aquilo era tão gostoso! Peixe me lembrava a minha casa no Alaska. O nosso jantar lá era sempre peixe ou omelete.. Peter sempre trazia ovos e peixes da cidade. Há algo melhor que bacalhau ao estilo português?
Vale também parecia gostar do peixe, por causa da velocidade com que comia. Nos primeiros dias ela ficava com nojo de comer como loba e sem talheres, mas ela já tinha superado isso. Hérica ficava olhando o tempo todo para uma mesa onde vários filhos de Ares estavam... Aquela podia ser uma boa pista de quem era "Ele".
Mais tarde, Anna e Leo foram passear pelos campos de morango (isso queria dizer claramente ficar se agarrando atrás de uma árvore). Hérica foi ficar com seus irmãos e Vale foi para seu chalé continuar a tentar fazer a transformação. Eu gostaria de poder fazer algo por ela... Na mesa, ficamos apenas Nico e eu conversando.
–Então você meio que nunca foi para a escola... - disse Nico
–Eu era matriculada numa aula de ensino à distância - falei - mas eu tinha alguns amigos. Eu ia à cidade as vezes...
–Bem, pelo menos você não passou 68 anos num cassino... - ele disse tomando um gole de sua água com limão
–68 anos num cassino? - perguntei
–Achei que Anna tinha te contado! - ele disse colocando o copo na mesa
–Contado o que? - perguntei
–Eu tenho 84 anos... - disse Nico como se tivesse acabado de dizer que o céu era azul
–Espera que eu acredite nisso? - perguntei rindo
–Não. Mas mesmo assim eu vou te contar - ele falou antes de dar outro gole - eu nasci na Itália em 1930 e o meu pai maluco, depois da morte da minha mãe, decidiu que me esconderia, junto com a minha irmã, em um cassino onde o tempo passa muito devagar. Nós saímos de lá muito tempo depois e fomos para uma escola militar cujo diretor era um monstro e aí Percy, Annabeth, Thalia e Grover nos salvaram! Fim da história!
–Então você e a Anna passaram 68 anos num cassino amaldiçoado?
–Não a Anna, a minha outra irmã que morreu há alguns anos, Bianca...
–Eu sinto muito... - falei ficando sem graça
–Achei que tinha dito que não acreditava... - ele falou mudando de assunto
–É por que você não é criativo o suficiente para inventar algo assim!
–O que você quis dizer com isso? - disse Nico parecendo ofendido
Eu ri
–Bem, os filhos de Hades não são conhecidos por sua criatividade... - falei
–É você tem razão - ele falou rindo - nós somos conhecidos por mandar para o tártaro aqueles que zombam da nossa criatividade...
Ele me lançou um olhar mortal e eu ri.
–Não era para você rir disso! - brigou Nico indignado enquanto eu rolava de rir - foi assustador!
Depois daquilo eu ri mais ainda. Eu não sei se era por que eu já havia visto Nico ser quase morto por raízes de árvore, mas eu não conseguia ficar com medo daquele olhar. Eu ria tanto que a minha barriga já começava a doer. Foi aí que eu tentei me apoiar no encosto da cadeira, mas no instante em que o fiz eu me lembrei de que eu estava sentada num banco preso ao chão que não tinha nada para apoiar as costas, mas aí já era tarde demais, eu já estava a meio caminho do chão.
Nico, que estava sentado à minha frente, se levantou e tentou segurar a minha mão, mas então senti duas mãos passando por debaixo dos meus braços e me segurando. Mexi a cabeça para cima e vi o rosto confuso de Ben Mason. Arregalei os olhos e tentei voltar a me sentar, mas quando o fiz, bati com a bunda e as costas no chão.
Ben me estendeu a mão
–Está tudo bem? - ele perguntou enquanto eu a usava sua mão para me levantar
–Não - falei limpando a sujeira do meu vestido - meu orgulho está seriamente ferido...
Olhei para Nico que estava rindo muito da situação. Fiz um movimento com o ar e o assoprei em sua direção, torcendo para que isso fosse o suficiente para derruba-lo também. E foi.
Virei meu rosto na direção de Ben e dei meu melhor sorriso
–Meu orgulho já está concertado!
Ben havia sido um bom amigo nesses últimos dias, passara um bom treino me ajudando no treinamento de combate e me ensinando a atirar no arco e flecha, porém Grey ainda não gostava dele. Ele deu uma risada discreta pelo que eu fiz com Nico e voltou a olhar para mim...
–Você quer dançar? - ele perguntou
–Claro! - falei mesmo sabendo que aquilo ia ser um desastre.
Enquanto Ben me puxava para a pista de dança eu rezei para que meu avô, Apolo, me ajudasse. Olhei para a pista de dança e eu parei de andar. Lá havia um amontoado de pessoas todas dançando juntas, várias delas já estavam inclusive suadas. Ben olhou para a pista e então olhou para mim, entendendo pela minha expressão aterrorizada o por que de eu não querer ir naquela direção.
–Ou nós podemos dar uma volta pela floresta - ele sugeriu
Bem, a floresta estava com certeza mais gelada do que aquela pista de dança.
–Com certeza - falei puxando-o para o mais longe possível daquele calor.
Meu coração só normalizou o ritmo depois que estávamos há uns 500 metros da orla da floresta.
–Me desculpa - eu falei - é que eu perdi a cabeça quando vi aquele amontoado de gente
–Desculpas aceitas - ele disse - eu tinha me esquecido do seu problema com calor.
Ben me olhou sorrindo compreensivamente.
Luther, um garoto filho de Ares passou correndo por nós com Aria e Annia montadas em renas feitas de neve que se moviam como se fossem de verdade, e Grey corria atrás deles também como se estivesse brincando de pega a bola. Ben seguiu minhas irmãs com os olhos...
–Elas meio que amam o natal, né? - ele perguntou ainda hipnotizado com as renas feitas de neve...
–É - eu falei - elas passaram a noite inteira preparando as melhores pegadinhas para fazerem. As vezes eu me pergunto se elas não estão no chalé errado, elas dariam ótimas filhas de Hermes...
–Concordo - ele disse - você pode me tirar uma dúvida?
–Diga... - eu falei encostada em uma árvore
–Bem, é que eu tirei a Aria no semideus oculto e eu não sei se comprei a coisa certa...
–Bem, eu só conheço elas há umas duas semanas mas eu acho que posso ajudar. Bem, ela gostaria de HQ's da DC comics, algum filme de ação, uma espada de gelo estígio, uma arma de paintball... Ela gostaria de muitas coisas, o que você comprou?
–Um quite de arqueiro infantil - ele disse - só que eu achava que a Aria era a Annia e então eu comprei na cor rosa...
–Mas a Annia não gosta de rosa também! - eu falei
–É por isso que eu pedi a sua ajuda! - ele falou parecendo desesperado - ano passado elas quase mataram o cara que deu para ela uma boneca Barbie! Eu não quero passar o resto da minha vida sendo perseguido pelas suas irmãs assassinas!
–Peça para as filhas de Hécate tingirem o arco de preto!
Aquela ideia foi tão boa que eu duvidei que tinha sido eu a tê-la. Ben fez uma cara de entendimento e eu quase jurei que ele fosse dar pulinhos de alegria quando eu lhe dei a ideia...
–Graças aos deuses os semideuses trocam os presentes no dia 25 e não no dia 24! - ele disse aliviado
Eu ri
–Eu nunca entendi o por que de comemorarmos o natal - disse Ben - quero dizer, Jesus foi só mais um semideus como qualquer um, e só por que ele trouxe paz ao mundo nós temos um feriado em seu nome! Percy também trouxe paz ao mundo, e o dia 18 de agosto não é um feriado!
–Quem sabe exista um feriado no dia 18 de agosto daqui uns anos! - falei calma ainda encostada na árvore
–É - ele concordou - e podiam imendar do dia 18 até o natal!
Eu ia rir, mas a árvore começou a me engolir! Essa é a hora que você se pergunta por que em nome de Hades? Primeiro ela foi sugando as minhas mãos que estavam encostadas nela e depois começou a me engolir por inteiro! Ben pegou sua espada e atacou a árvore. Essa foi a última coisa que eu vi antes do meu rosto ser coberto também... ----------------------------------------------------------------------------- Hey hey... Eu sei q n estou com a menor moral para pedir algo pra vcs, mas eu vou pedir ainda assim... É que já tem mto tempo que eu tenho uma fanfic de Harry Potter. E no começo eu tinha mtos leitores, mas nos últimos três capítulos eu n tive nenhum review e isso me deixou mto triste... Então eu decidi pedir para vcs que são os meus leitores mais fieis... Essa história quebra um pouco a linha do tempo, mas eu pessoalmente amo ela... O meu ipad está bugado, então eu n estou conseguindo colar aqui nem a sinopse e nem o link, então é só irem no meu perfil e clicarem em EMMA MALFOY...

E

Enfim...

Final sinistro....