Os 7 escrita por Killer


Capítulo 2
Descoberta


Notas iniciais do capítulo

oi, mais um capitulo pequeno, mas espero que gostem ;)



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A luz branca e forte do quarto me incomodava. Além da luz, todo o quarto era branco e me incomodava. Vi que não estava em casa. Não estava com minha roupa. Estava deitada em uma maca, com fios ligados a minha cabeça e vestindo uma camisola de hospital.

“Será que estou bem?”

Retirei fio por fio e coloquei os pés no chão gelado. Aos poucos, fui me aproximando da porta. Coloquei a mão na maçaneta e ouvi uma voz:

- Porque ela está lá? – era minha mãe.

- Senhora, a senhora não pode se aproximar... – falou um homem.

- O senhor não me respondeu. – minha mãe já estava irritada.

Eu deveria voltar para a cama, mas a curiosidade era grande. Abaixei-me e olhei pelo buraco da chave.

- O que há com a minha filha? – minha mãe estava cada vez mais nervosa.

Meus irmãos e meu pai também estavam lá, parados logo atrás dela. O medico (provavelmente o medico) estava quase que na frente da porta.

- A sua filha – ele começou. – Ela é diferente.

- É claro que é. Ninguém é igual. – minha mãe disse me defendendo.

- A senhora não está entendendo. – o medico falou. Eu comecei a ficar preocupada. – A sua filha, Abigail – (argh, odeio quando me chamam de Abigail) – Ela é diferente do resto de nós.

- Como assim? – minha mãe perguntou, erguendo uma sobrancelha.

- Ela não se parece com uma 4.

Vi que a expressão no rosto dos meus irmãos e do meu pai mudou. Engoli o seco e continuei a espiar.

- O que? – perguntou minha mãe, confusa.

- As características dela não são como as nossas. Ela não é dócil, nem mesmo simpática. Diga-me, ela já demonstrou a habilidade?

A tal “habilidade” era um dom especifico de cada raça. A nossa era conseguir ler mentes, mas ela normalmente aparecia nos 15 anos.

- Ela tem 14...

- Quase 15. Nós vimos a certidão dela. Ela completará 15 daqui a duas semanas. E a habilidade já devia estar começando.

Do que ele está falando? Obvio que ela ainda vai aparecer. E daí que eu não sou dócil? O medico continuou.

- Fizemos uns testes. Abby foi gerada como uma 4, como cada um de nós nessa sala. Mas ela não deu certo.

- Está chamando a minha filha de aberração? – Boa mãe!

- Sua filha É considerada uma aberração. A Abby não é uma 4. Ela é uma 7!

Quase cai pra trás. Eu era o que? Não, não era possível. Eu NÃO ERA uma 7! Eu não podia ser. Mas isso explicava muita coisa...

Isso explicava o porquê da minha habilidade não ter aparecido ainda. Explicava o porquê do meu temperamento. Mas eu não era violenta, ou agressiva... Não na maior parte do tempo. Ai meu Deus! Isso não pode ser verdade.

Olhei de novo pelo buraco. Minha mãe estava pálida e meus irmãos boquiabertos. Meu pai estava com raiva, ou talvez confuso. Talvez os dois...

- Sabia que ficariam assim. – o medico disse. – É por isso que ela ficará aqui por mais algum tempo.

- Ah, mas não ficará mesmo! – gritou minha mãe.

Ela teria arrumado uma briga se dois seguranças não a retirassem de lá, junto com o resto da minha família. Voltei para a maca e recoloquei os fios novamente no lugar. Menos de um minuto depois, a porta se abriu e se fechou uns instantes depois. Abri os olhos e não vi ninguém.

“Tenho que sair daqui”

Abri a porta devagar e vi uma enfermeira se aproximando. Esperei ela ficar em frente a minha porta e então dei um pequeno golpe e a fiz desmaiar.

Vesti a roupa dela e fiz um coque. Sai do quarto em direção a porta. O dia tinha acabado de começar. Cheguei perto de um telefone publico e liguei para Carly. Deixei uma mensagem para ela me encontrar no “Ponto de Encontro”.

Sai do telefone e me dirigi para lá, o mais rápido possível. Precisava sair daqui o mais rápido possível.


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Notas finais do capítulo

agora é que começa a complicar. Logo virão novos personagens. Comentem. Até a proxima ;)