Without Exit escrita por Miss Nothing


Capítulo 10
Capítulo 9 - Stay Strong.


Notas iniciais do capítulo

Hey-oh guys! Acabei de escrever o capítulo. Nem vi direito os erros e essas coisas sjkasj Eu quase nem entro mais aqui, pois o tablet é bem mais portátil e melhor. Perdoem qualquer coisa. E ah, essa capítulo eu dedico a fallenangel por ter recomendado a fanfic. Muito obrigada! Sinta-se abraçada. Isso significa muito para mim. Espero que gostem. O capítulo não ficou muito grande, mas fiz bem feliz e de coração. Obrigada novamente, fallenangel.



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POV Jacob

Virei-me e olhei de onde estava partindo a voz.

Era meu pai.

Desvencilhei-me dos braços de Renesmee e corri até meu pai. Segurei em sua mão e disse:

-Pai?

-Ja-Jacob. – Ele disse, com muito esforço.

-Não se esforce muito. – Tentei parecer calma, mas eu não estava. Nem um pouco. Mas ele me ignorou.

-Filho, eu demorei muito tempo para contar... Mas agora é a hora. – Ele falava muito pausadamente. Meu Deus, não faça com que ele termine no meio da frase e eu não entenda nada. –Sua mãe lhe deixou uma caixa. – Ele parou para respirar. –Ela deixou a caixa e você terá que terminar o que ela começou. Eu não sei o que tem lá. Ele disse que teria que ser você, só você.

-Pai, calma. Não precisa falar. Você terá muito tempo, ok? – Olhei para o lado e Renesmee estava me olhando. Ela parecia com medo de meu pai morrer. E que isso fosse em minha frente. –Renesmee, chame o médico.

E Renesmee foi chamá-lo. Saiu correndo.

-Não terei muito tempo, Jacob. Só me ouça com atenção: Eu tenho uma chave. Essa chave abre um cofre e lá está a caixa.  – Ele falou, com muito esforço.

-Para, Pai. Não fale agora.

-Eu preciso, Jacob... A chave está na fotografia em que estamos eu, você e sua mãe em La Push... A foto está em meu quarto. Jacob, por favor, termine o que ela não conseguiu. Por favor... Faça isso, filho. Meu único filho... – E o coração dele começou a bater mais devagar.

-PAI, ESPERA. POR FAVOR! PAI! – Os batimentos ficaram ainda mais devagar. –PAI, PAI!

E o fio vermelho que controlava seus batimentos ficou em uma linha reta.

Klaus e mais três pessoas entraram no quarto. Todos estavam apressados.

-Peter, pegue a carga. Vamos tentar uma animação. – Ele falou assim que viu meu pai em cima de sua cama.  

De repente uma mão me puxa.

Renesmee.

-Vem, Jake. Eles vão salvar seu pai. – Disse Renesmee. Ela me puxou e eu sai. Logo em seguida os médicos já estavam tentando animá-lo.

– No três. 1, 2 e 3. – Disse Klaus. Eles tentavam animar meu pai, mas não estavam obtendo sucesso.

Renesmee me ajudou a sentar em uma cadeira no corredor e as palavras ficavam em minha cabeça:

Terminar o que ela não conseguiu... Chave na fotografia do dia mais feliz da minha vida... O último favor de meu pai. E talvez o último de minha mãe.

-Jacob, tome. – Renesmee me deu um copo de água.

Respira.

1, 2, 3.

E eu ainda os ouvia tentando animar meu pai.

1, 2, 3.

Meu pai está morto.

1, 2, 3.

Minha mãe também.

1, 2, 3.

Renesmee é uma prostituta.

1, 2, 3.

Muita coisa para ser digerida. Não consigo fazer mais isso.

1, 2, 3.

Eu desisto.

-Jacob, beba. – Renesmee disse. O copo estava em minha mão, mas eu não bebi e nem beberia.

Eu a encarei e ela estava chorando.

Merda de vida.

Todo mundo chorava, menos eu. Por que eu tenho que ser forte quando não sou? Por que tenho que ser alguém que não sou? Eu cansei. Eu desisto. Não insisto mais. E acima de tudo, sou o maior filho da puta que eu conheço. Todos somos filhos da puta, afinal. A diferença está em quanto você demonstra. E eu demonstro muito. Ser filho da puta é ser quem não é. Eu sou e não me orgulho. E então, onde tem botão para trocar de vida?

-Jacob, eu sinto muito. – Era a voz de Klaus. Espere um segundo: Ele tinha saído da sala. – Ele teve um...

Não quis ouvir o término da frase.

Cansei.

Ele já morreu, não é?

Corri até o pátio e tinha começado a chover.

Chuva forte pra caramba.

Corri até a saída.

Foda-se carro, foda-se conta de hospital, foda-se roupa cara.

Eu posso pagar depois e comprar novos, mas não posso trazer meu pai de volta e nem minha mãe.

Primeiro um câncer e depois acidente.

Droga.

E eu corria.

Não tenho destino. Qualquer lugar serve.

Na verdade não. Tem um lugar, o meu lugar.

Corri, corri e corri. Todos me olhavam estranhos dentro de seus carros.

Danem-se todos!

Depois de muito correr, eu achei o meu lugar.

Eu não preciso de trilha, eu já sei de cabeça como entrar lá.

“Lá” era o lugar mais próximo de casa que eu poderia achar. Era uma floresta e eu, para chegar onde eu queria, tinha que passar por muitos galhos. Isso não me impedia. Depois de muito ir para lá, os galhos abriam passagem para mim e não ao contrário.

E eu cheguei lá.

Sentei-me em um tronco de árvore que sempre ficara lá e chorei.

Chorei muito.

Fiquei uns 20 minutos chorando. Lavei minha alma.

E depois pensei na vida. Eu tinha tudo para ter uma vida feliz. Era rico, bonito, popular e tinha tudo o que eu queria quando eu queria. Eu tinha tudo, menos uma família. E o outro problema é que pais e mães não são eternos.

E eu pensei nas palavras de meu pai novamente:

“Ela deixou a caixa e você terá que terminar o que ela começou.”

E eu vou terminar.

Limpei meu rosto e segui até minha casa. A chuva tinha parado. Peguei um taxi e para lá fui.

Não olhei para a cara de nenhum dos empregados. A maioria deles estava chorando e a Marie, uma das cozinheiras, havia desmaiado.

Segui até o quarto de meu pai e procurei pela foto e a tal chave. Mas antes de procurar pela chave, fiquei olhando o quanto eu era feliz.

Minha mãe era linda, meu pai parecia um galã e eu parecia um príncipe. Uma família feliz. Estilo aquelas do comercial de margarina. Até a morte de minha mãe. Eu e meu pai tentávamos nos costumar. Depois veio Alec e sua família. Foram embora depois de alguns anos e eu e meu pai ficamos sozinhos. Assim que completei 17 anos eu me mudei. Meu pai aceitou e eu fui. Tudo ocorreu bem porque Alec já tem 18 anos e ele assinou dos documentos.

Meu pai morreu sozinho. Na verdade, ele sempre viveu sozinho. Eu só servia para lhe arrumar problemas. Assim que minha mãe morreu, eu queria chamar a atenção dele. Arrumava briga na escola, já fui fazendo vandalismo na mesma e muitas outras coisas, mas nada adiantava. Ele não me batia ou me tirava alguma coisa. Ele simplesmente me pegava na escola e me trazia para casa. Não tínhamos muito diálogo. Só quando ele começou a namorar a mãe do Alec que começamos a nos falar realmente. Ele era um cara legal, muito legal, porém a ida de minha mãe conseguiu tirar toda a alegria e vontade de viver dele. O ruim da vida é que você não é feliz para sempre. Mas o bom é que a tristeza também não é para sempre.

Mas enfim. Eu vim aqui por uma razão.

Abri o porta-retrato e lá tinha uma chave e um pequena folha. A letra era de meu pai e estava escrito:

“Jacob, se está lendo isso é porque você tem maturidade. Sua mãe deixou uma caixa com alguma coisa que eu não sei. Nunca abri. Ela, antes de morrer, disse que ela não teve tempo o suficiente. E que você teria que terminar para ela. O cofre está atrás de minha cama. Só empurar, pegar a chave, abrir e pegar a caixa.” – B. Black.

E assim eu fiz.

Empurrei a cama, abri o cofre e peguei a caixa. Ela era grande.

Em cima dela estava escrito:

“Com amor, S. Black. Se você está lendo isso, é porque eu não consegui. Termine por mim.”

Li, absorvi as palavras e abri a caixa.

► Fim do capítulo.


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Notas finais do capítulo

Gostou? Odiou? Deixe um comentário. Divulguem, recomendem, comentem, perguntem e etc. Obrigada por ter chegado até aqui.