Solitaria - Filha de dois deuses (Hiatus) escrita por Victor Everdeen Jackson


Capítulo 8
Capítulo 7: O beijo (Pov. Duplo)


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, me desculpem pela demora, eu tive uns contra-tempos (Um inferno chamado escola e outro chamado amor)e nao consegui escrever nem postar, mas como eu sou bonzinho, um anjo de pessoa (lembrei da serie hush hush, ja leram?)postarei TRÊS capitulos, isso mesmo TRÊS, mas já aviso: quero rewiews!



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-Você é meu pai? – perguntei incrédula.

-Emily – ele sussurrou – Você cresceu.

Ele esticou a mão e deixei que ele tocasse meu rosto.

-Você não sabe quem é e porque está aqui não é mesmo? – ele perguntou, balancei a cabeça negativamente como uma garotinha – Deixe-me mostrar lhe então.

Ele colocou a mão em minha testa e varias lembranças que eu tinha esquecido apareceram em minha mente.

Treze anos atrás.

Eu estava deitada em meu berço, não sei como me lembro. Então uma tempestade começou a cair lá fora, minha mãe estava sentada em uma cadeira ao meu lado cantando uma musica em um idioma que eu não conhecia, então a casa começou a balançar, mesmo sendo de concreto. A janela se abriu com um estrondo e vento começou a soprar, minha mãe correu até ela e tentou fechá-la, conseguiu, mas antes uma flor entrou, era uma rosa vermelha, mas vermelho não era a cor natural dela, ela parecia ser branca, era vermelha por causa do sangue que pingava.

Dez anos atrás.

Com cinco anos, eu estava sentada no chão da cozinha ao lado da mesa de madeira enquanto minha mãe cozinhava, então a pequena TV em cima do balcão começou a apitar, o programa que passava era um jornal, e nele mostrava um tsunami destruindo uma pequena praia no sul da Flórida, então mostrou um homem vestido totalmente de negro dos pés a cabeça, ele estava parado, quando a onda chegou até ele, o homem se dissolveu em sombras.

Cinco anos atrás.

Agora eu tinha dez anos, estava no intervalo da escola, estava brincando no balanço vazio, todas as outras crianças ficava o mais longe o possível de mim. Não sei por que eu fiquei irritada, acho que não queria mais ser esquecida, então o vento que até agora estava quieto começou a soprar, semicerrei os olhos e apontei para meus “amigos”, varias flores dos jardins próximos voaram até elas, que começaram gritar enquanto as flores pareciam bater neles.

Abri os olhos e vi que estava no mesmo lugar, o homem com a mão em minha testa, me observando calmamente.

-Como sabe dessas coisas, e como eu fiz isso? – perguntei em um sussurro.

-Ah, Emily, você é especial – ele falou segurando meu rosto com as duas mãos – Você é minha filha, a filha de Hades.


(Pov. Ares)


Porque aquela garota mexeu tanto comigo? Eu, Ares, o deus da guerra, comecei a amar uma mera semideusa.

Estávamos discutindo a questão sobre o Acampamento Meio-Sangue, que estava sofrendo ataques constantes, assim como o Olimpo, então a ninfa chegou com os meio sangues, um deles reconheci como um filho de Zeus. As duas garotas, no entanto, elas eram bonitas, a de olhos azuis parecia uma boneca.

Mas a de pele pálida e cabelo negro longo tinha uma beleza natural, sem usar maquiagem, seus olhos castanhos olhavam para todos nós com uma curiosidade imensa, sua boca se crispava tentando entender o que acontecia.

-Filha – Afrodite murmurou e se levantou, ficou na forma humana e avançou lentamente para a garota de olhos azuis que pareciam pedaços de céu.

Quando Hades chegou, uma raiva absurda tomou conta de mim, se Emily (até seu nome era lindo) era sua filha, eu não podia com ela. Hades e eu temos um longo histórico de hostilidades.

Atena. Mandei uma mensagem metal para a deusa ao meu lado, ela me olhou com os olhos cinza cansados e suspirou.

O que? Li seu pensamento.

Aquela semideusa de cabelos negros não pode ser filha de Hades pode?

Por quê? Ela me olhou com um olhar que significava: Você não está interessado em uma semideusa, está?

Pode ou não? Insisti, ela suspirou novamente.

Pode, sua aura de semideus é negra, mais do que qualquer semideus que eu já tenha visto, ela é filha de Hades sim, mas porque quer saber?

Resolvi ignorar ela, enquanto pensava no que ela disse:... Sua aura de semideus é negra, mais do que qualquer semideus que eu já tenha visto...

Então ela tem uma aura negra? Interessante...

-Ouviu a pergunta Ares? – olhei ao redor confuso e vi todos os deuses me olhando, Zeus é quem havia perguntado.

-Desculpe, não ouvi – Artemis, Atena e Démeter reviraram os olhos.

-Eu disse... – Hades o interrompeu.

-O pamonha, ele disse se você sabe quem está mandando os ataques ao acampamento? – fulminei-o com o olhar.

-Porque saberia? – perguntei.

-Porque da ultima vez, você já se aliou ao inimigo, ou esqueceu? – Dionísio me encarou com uma sobrancelha erguida.

-Cale a boca – falei para ele, e involuntariamente olhei para os semideuses parados na frente, o garoto olhava com raiva para Zeus, a garota, Emily, estava ao lado do pai parecendo hipnotizada, seus olhos olhavam furtivamente para nós – E respondendo a sua pergunta, Zeus, não eu não sei quem poderia atacar o acampamento, muito obrigado.

-Claro! Idiota desse jeito, como poderia saber – olhei ao redor para saber quem falara e vi Emily me encarando com as mãos na cintura.

-O que disse semideusa? – perguntei como se não tivesse ouvido direito.

-Eu disse que você é idiota, bancando o valentão desse jeito, só pode ser um babaca. – ela falou.

-Hades – me levantei e apontei para ele – Porque está envenenando sua filha contra mim, como se já não bastasse a “mãe” dela ter morrido...

Cale a boca Ares, a voz de Zeus ecoou em minha mente, mas já era tarde demais.

-Como assim minha mãe morreu? – Emily balbuciou, ela se encolheu e saiu correndo pela porta.

Todos me olharam furiosos, Hades e o garoto filho de meu pai cogitaram ir atrás dela, mas fui mais rápido, pulei até a porta e fiquei do tamanho de um mortal adulto, comecei a segui-la, e vi que ela ia em direção aos castelos, ela relou em uma porta de ouro maciço e um buraco do tamanho de uma maçã se abriu, fumegando em fogo negro, então ela empurrou a porta e entrou no castelo que percebi que era o de Atena.

Fui atrás dela e entrei em um corredor coberto de tapeçarias negras, com livros cinza nas bordas, por Zeus, Atena é maníaca por livros até nas tapeçarias.

Aproximei-me dela no momento em que Emily tentava entrar em uma porta, a agarrei pelo braço e a virei, obrigando-a olhar para mim.

-Ei, porque fugiu, sou tão feio assim? – perguntei com uma sobrancelha erguida, ela puxou o braço, tentando se soltar de mim.

-Me deixa em paz – ela gritou – Porque veio atrás de mim?

-Garota, deixe de ser mimada e me ouça – ordenei, ela me encarou com olhos furiosos.

-Porque eu faria isso? – ela perguntou desafiadora, revirei os olhos e tirei meus óculos escuros, invenção dos mortais, mas eu gostava deles, me deixavam mais moderno do que eu já era. Ela arquejou ao ver as chamas em meus olhos – C-como? – sua voz não passou de um sussurro.

-Por quê? Emily, porque você corre perigo – e porque eu comecei a gostar de você, acrescentei em pensamento, pisquei com força, e senti que as chamas se apagaram, abri os olhos e as chamas se transformaram em olhos comuns, porem vermelhos.

Ela me olhou e uma lágrima escorreu por seu rosto, cedi um pouco a pressão em seu braço e ela escorregou pela parede, se sentando no chão.

Sentei-me ao seu lado e ela abraçou os joelhos.

-É verdade? – ela sussurrou – Minha mãe está mesmo... Mesmo... – ela não completou a frase.

-Emily, sinto muito por isso, mas é verdade – fechei os olhos e suspirei. O que está acontecendo aqui? Eu? Suspirando?

-Como você sabe disso? – ela me olhou.

-Emily, há coisas que eu não posso dizer, eu jurei pelo Rio Estige guardar alguns segredos – falei e enxuguei uma lagrima de seu rosto.

-Porque ela morreu? – Emily me olhou novamente chorosa.

-Eu te disse, não posso contar, mas saiba de uma coisa, um mal ancestral renasceu.

Ela ficou em silêncio por alguns minutos antes de perguntar:

-Nós estamos conversando há algum tempo e como eu ainda não sei nem seu nome? – ela me perguntou com um sorriso, retribuí e estendi a mão.

-Ares, deus da guerra – ela deu outro sorriso, dessa vez mais tímido.

-Você já sabe meu nome, mas mesmo assim: Emily Gomes, filha de Hades.

-Está melhor? – perguntei me levantando e estendi a mão.

-Estou, ah, me desculpe por te xingar aquela hora, na sala dos tronos. – ela aceitou minha mão e tirou a poeira das vestes.

-Nossa você está aceitando muito bem esse mundo louco – me surpreendi.

-Se você soubesse da metade das coisas que aconteceu comigo, você não acharia seu mundo tão louco – ela deu outro sorriso tímido.

Então algo aconteceu, eu olhei dentro de seus olhos castanhos escuros, ela colocou as mãos em meu peito me empurrando para trás, mas eu era mais forte que ela, coloquei meus braços ao lado de sua cabeça e aproximei meu rosto do seu e a beijei, ela colocou as mãos em meus cabelos e aprofundou o beijo.

-Filha... Filha... ARES O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO? – me separei de Emily surpreso e ela me empurrou para trás, mas tinha uma expressão confusa no rosto, Hades vinha caminhando pesadamente em minha direção, ele tremeluziu e se transformou em um demônio de dois metros de altura com chifres e que estava em combustão – SE AFASTE DA MINHA FILHA.

Ele gritou e jogou uma bola de fogo em minha direção, me esquivei e joguei uma lança que eu invoquei em sua direção.

-Parem! Parem! – Emily gritou e me empurrou para trás, outra esfera de fogo explodiu ao seu lado.

-Você está louco? – gritei para Hades que voltou a forma normal.

-Porque estava beijando minha filha? – ele avançou contra mim.

-Para – Emily se virou para Hades e estendeu a mão, uma rajada de fogo negro foi na direção de Hades e o contornou, porém não o machucou, infelizmente – Para, ele não me beijou, eu o beijei – ela falou.

Hades a encarou com uma cara que dizia: Como é?

Ps. Ares:


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram? Rewiews!



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