Somewhere in Time escrita por Lonely Looney
Capítulo 17 –
Diário de Lily Potter
20 de Dezembro de 1980
"Eles estão aqui. Estou apavorada. Como eles podem, como alguém pode, aparecer para profanar o Natal?! Por mais incoerente que me pareça esse pensamento, me dói ainda mais pensar que o dia de hoje pode decidir o Futuro dessa criança que carrego no ventre..."
Lily escrevia, se sentindo um tanto frívola por sequer poder sair, enquanto todos se preparavam e alguns já até arriscavam suas vidas lá fora. E tudo isso, inclusive, por ela. Não, não apenas "por ela"!
Ela acariciou a barriga que ainda estava lisa e pensou em seu filhinho...
"Harry..."
**************************************************************
– Vou perguntar só mais uma vez! Onde está?! – Mulciber vociferava, insano, irado, enquanto apontava a varinha para a bruxinha indefesa que se estrebuchava de dor no chão.
Hestia Jones. A seu lado, mortos, Edgar Bones e Caradoc Dearborn.
– O que estão fazendo?! – disse a voz fria e controlada de Lucius Malfoy, saindo de trás de alguma sombra.
– Brincando! – respondeu Bellatrix. – É tão divertido.
– Idiotas! Estão chamando muita atenção! Não sabem que devem seguir o protocolo?! E esses dois?! Quantas informações já conseguiram?
– Eles são inúteis, agora. O cérebro deles virou mingau. – respondeu um dos irmãos Lestrange, ao que Bellatrix riu.
– Imbecis! Como pretendem encontrar a base desta forma?! Não vê que devemos usar a maldição "Imperio"?!
– Pare de dar ordens, Lucius! – reclamou Bellatrix. – Quanta arrogância! Quem você pensa que é!
– Eu, pelo jeito, sou o único que pensa por aqui! – alguém se aproximou, devagar, e Lucius se voltou – Snape! Snape, onde diabos esteve! Eu estive procurando você o tempo inteiro e você desaparece nas horas mais inapropriadas! Livrem-se disso! – ordenou Lucius, indicando Hestia Jones, friamente. – Vamos, vamos nos reunir com os outros, causar mais tumultos. Eles têm de sair da toca algum momento. O local está oculto e eu acho que consegui localizá-lo.
Lucius ergueu a varinha, conjurou a Marca Negra e se foi.
**************************************************************
Snape tinha quase certeza de que Lucius estava blefando. Ele jamais poderia localizar um lugar que Dumbledore não queria que fosse encontrado. Então, nesse caso, não havia o que temer.
Mas... Snape, por outro lado... Snape sabia onde o lugar estava.
E Lucius confiava nele.
– Lucius... – Snape disse. – Preciso lhe contar algo. Algo... importante.
Lucius parou, como se tivesse ouvido "Stupefy!"
– Você tão óbvio, não é, Severus? – e ele se voltou, para encará-lo. – É sobre... É aquela... aquela Amanda, não é? É sobre aquela maldita, não é? – ele encheu cada palavra de veneno.
Snape apenas balançou a cabeça em afirmativo, seus olhos se enchendo de lágrimas.
Lucius passou a mão pelo rosto, perturbado. Irado, cheio de ódio.
– Como... Como pôde, Severus? Como pôde?! – ele sacou a varinha, apontando-a a Snape, irado. – Você a tem visto, não ? Seu desgraçado, como pôde?!
– Lu... Lucius, não... não é hora para isso! – Snape, agora realmente começou a se preocupar. – Eu, francamente, estou arrependido! Se você me perdoar... Espere, Lucius! – e Lucius parava, indeciso – Eu... eu sei onde é o local!
O ódio de Lucius era intenso, mas ele faria qualquer coisa para se vingar. Guardou sua varinha e decidiu seguir as instruções de Snape.
*********************************************************************
Lucius e Snape aparataram no local indicado.
E Snape, definitivamente, falara a verdade.
Mas eles nunca veriam aquela casa.
– Severus... Onde está...?
Snape olhou para Lucius com tanto remorso mas, antes que o Comensal conseguisse processar a informação, este foi atingido por um jato de luz e caiu, estatelado no chão.
Amanda Rice.
– Isso é o que você merece por um penteado ruim.
Lucius estava dominado pelo mais puro ódio, mas membros da Ordem saíam de todas as partes, vários deles, o cercando.
Uma armadilha. E Snape não o avisara.
Sorte a de Lucius, por ter tocado a marca em seu braço antes. Eles deviam estar perto. Tanto seu Mestre quanto seus Irmãos.
E Comensais aparatavam, também por todo lado. A luta, definitivamente, não estava mais desigual...
Pettigrew fez dessa luta a mais pessoal de sua vida. Mas também, nunca teve tanto medo. Foi pego tentando fugir, ao passo que James e Sirius, antes de brincar bastante com ele, o mataram.
Mad-Eye Moody e Aberforth se ocupavam de Mulciber e os Lestrange. Bellatrix tentava, a todo custo, escapar, mas foi pega por Alice Longbottom. O sorriso que aquele demônio estampava no rosto ao morrer seria com certeza o último diante do que lhe esperava durante a Eternidade.
Amanda estava, francamente, em um estado de quase coma, tentando não entrar em choque...
Até que...
Ele estava chegando.
Era ele, ninguém mais poderia se parecer assim.
E tudo o que ela pôde perceber era que ele vinha na sua direção, com aquelas pupilas verticais, aquele rosto sem nariz e lábios...
Não, ele ia na direção de Dumbledore...
Mas parecia que tudo estava em câmera lenta...
Até que tudo voltou à velocidade normal, quando ela percebeu que o rosto que se aproximava dela não era o de Voldemort, e sim o de Lucius Malfoy e ele empunhava sua varinha, seus olhos eram mais sinistros e seu rosto mais distorcido que o daquela besta...
E Amanda foi atingida por um jato de luz verde, e a última coisa que viu foi a expressão quase cômica do mais puro desespero de Severus Snape, quando ela soltou aquele berro cortante que rasgou o céu noturno.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!