Somewhere in Time escrita por Lonely Looney


Capítulo 17
Capítulo 17




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Capítulo 17 –

Diário de Lily Potter

20 de Dezembro de 1980

"Eles estão aqui. Estou apavorada. Como eles podem, como alguém pode, aparecer para profanar o Natal?! Por mais incoerente que me pareça esse pensamento, me dói ainda mais pensar que o dia de hoje pode decidir o Futuro dessa criança que carrego no ventre..."

Lily escrevia, se sentindo um tanto frívola por sequer poder sair, enquanto todos se preparavam e alguns já até arriscavam suas vidas lá fora. E tudo isso, inclusive, por ela. Não, não apenas "por ela"!

Ela acariciou a barriga que ainda estava lisa e pensou em seu filhinho...

"Harry..."

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– Vou perguntar só mais uma vez! Onde está?! – Mulciber vociferava, insano, irado, enquanto apontava a varinha para a bruxinha indefesa que se estrebuchava de dor no chão.

Hestia Jones. A seu lado, mortos, Edgar Bones e Caradoc Dearborn.

– O que estão fazendo?! – disse a voz fria e controlada de Lucius Malfoy, saindo de trás de alguma sombra.

– Brincando! – respondeu Bellatrix. – É tão divertido.

Idiotas! Estão chamando muita atenção! Não sabem que devem seguir o protocolo?! E esses dois?! Quantas informações já conseguiram?

– Eles são inúteis, agora. O cérebro deles virou mingau. – respondeu um dos irmãos Lestrange, ao que Bellatrix riu.

Imbecis! Como pretendem encontrar a base desta forma?! Não vê que devemos usar a maldição "Imperio"?!

– Pare de dar ordens, Lucius! – reclamou Bellatrix. – Quanta arrogância! Quem você pensa que é!

– Eu, pelo jeito, sou o único que pensa por aqui! – alguém se aproximou, devagar, e Lucius se voltou – Snape! Snape, onde diabos esteve! Eu estive procurando você o tempo inteiro e você desaparece nas horas mais inapropriadas! Livrem-se disso! – ordenou Lucius, indicando Hestia Jones, friamente. – Vamos, vamos nos reunir com os outros, causar mais tumultos. Eles têm de sair da toca algum momento. O local está oculto e eu acho que consegui localizá-lo.

Lucius ergueu a varinha, conjurou a Marca Negra e se foi.

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Snape tinha quase certeza de que Lucius estava blefando. Ele jamais poderia localizar um lugar que Dumbledore não queria que fosse encontrado. Então, nesse caso, não havia o que temer.

Mas... Snape, por outro lado... Snape sabia onde o lugar estava.

E Lucius confiava nele.

– Lucius... – Snape disse. – Preciso lhe contar algo. Algo... importante.

Lucius parou, como se tivesse ouvido "Stupefy!"

– Você tão óbvio, não é, Severus? – e ele se voltou, para encará-lo. – É sobre... É aquela... aquela Amanda, não é? É sobre aquela maldita, não é? – ele encheu cada palavra de veneno.

Snape apenas balançou a cabeça em afirmativo, seus olhos se enchendo de lágrimas.

Lucius passou a mão pelo rosto, perturbado. Irado, cheio de ódio.

– Como... Como pôde, Severus? Como pôde?! – ele sacou a varinha, apontando-a a Snape, irado. – Você a tem visto, não ? Seu desgraçado, como pôde?!

– Lu... Lucius, não... não é hora para isso! – Snape, agora realmente começou a se preocupar. – Eu, francamente, estou arrependido! Se você me perdoar... Espere, Lucius! – e Lucius parava, indeciso – Eu... eu sei onde é o local!

O ódio de Lucius era intenso, mas ele faria qualquer coisa para se vingar. Guardou sua varinha e decidiu seguir as instruções de Snape.

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Lucius e Snape aparataram no local indicado.

E Snape, definitivamente, falara a verdade.

Mas eles nunca veriam aquela casa.

– Severus... Onde está...?

Snape olhou para Lucius com tanto remorso mas, antes que o Comensal conseguisse processar a informação, este foi atingido por um jato de luz e caiu, estatelado no chão.

Amanda Rice.

– Isso é o que você merece por um penteado ruim.

Lucius estava dominado pelo mais puro ódio, mas membros da Ordem saíam de todas as partes, vários deles, o cercando.

Uma armadilha. E Snape não o avisara.

Sorte a de Lucius, por ter tocado a marca em seu braço antes. Eles deviam estar perto. Tanto seu Mestre quanto seus Irmãos.

E Comensais aparatavam, também por todo lado. A luta, definitivamente, não estava mais desigual...

Pettigrew fez dessa luta a mais pessoal de sua vida. Mas também, nunca teve tanto medo. Foi pego tentando fugir, ao passo que James e Sirius, antes de brincar bastante com ele, o mataram.

Mad-Eye Moody e Aberforth se ocupavam de Mulciber e os Lestrange. Bellatrix tentava, a todo custo, escapar, mas foi pega por Alice Longbottom. O sorriso que aquele demônio estampava no rosto ao morrer seria com certeza o último diante do que lhe esperava durante a Eternidade.

Amanda estava, francamente, em um estado de quase coma, tentando não entrar em choque...

Até que...

Ele estava chegando.

Era ele, ninguém mais poderia se parecer assim.

E tudo o que ela pôde perceber era que ele vinha na sua direção, com aquelas pupilas verticais, aquele rosto sem nariz e lábios...

Não, ele ia na direção de Dumbledore...

Mas parecia que tudo estava em câmera lenta...

Até que tudo voltou à velocidade normal, quando ela percebeu que o rosto que se aproximava dela não era o de Voldemort, e sim o de Lucius Malfoy e ele empunhava sua varinha, seus olhos eram mais sinistros e seu rosto mais distorcido que o daquela besta...

E Amanda foi atingida por um jato de luz verde, e a última coisa que viu foi a expressão quase cômica do mais puro desespero de Severus Snape, quando ela soltou aquele berro cortante que rasgou o céu noturno.


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