Sophie escrita por isabelaq


Capítulo 30
Capítulo 30 Guerra de água


Notas iniciais do capítulo

Eu amei esse capítulo *-* acho que ficou muito muito fofo hahaha e talvez, só talvez eu demore uns diazinhos para postar porque a minha amiga criatividade foi dar uma volta e não voltou mais ): massss, eu prometo postar logo. Espero que gostem que nem eu gostei...



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É hoje a minha prova, que Deus guie a minha caneta.

-Pronta para a prova? -Prescher disse aparecendo atrás de mim em uma das trocas de aula, nem me assustei só quase tenho um ataque cardíaco. 

-Espero que sim. -Eu disse com a mão no coração ainda pelo susto e talvez um pouco de nervosismo. Fala sério, eu não posso ser a Sophie Carter. Quem é você e o que fez com ela? Cara, como assim eu preocupada com a prova? Eu hein...coisa estranha, quase tão estranha quanto eu falando comigo mesma.

-Eu sou um ótimo professor, você vai conseguir e se não conseguir é você que não é boa  aluna. -Ele disse se encostando no armário ao lado. 

-Nunca vi tanta humildade em uma pessoa só, meu Deus. Se eu não consegui é culpa sua que não sabe ensinar. -Encarei ele com a sobrancelha levantada. 

-Claro que não. Eu sou um ótimo professor, tá? Você nunca acharia alguém melhor que eu. -Ele disse se pagando de fodão. 

-Isso é um desafio? -Cruzei os braços. 

-Sophie... 

-O que? 

-Cala essa boca... 

-Cala você.. -Retruquei interrompendo oque ele falava. 

-...e vai para a sala antes que você perca essa prova porque o sinal já bateu. 

Como assim já bateu? Eu aqui discutindo com um retardado mental e quase não percebi...quer dizer, eu não percebi e se não fosse esse mesmo retardado toda o meu esforço e minhas orações iam por água a baixo. Abri a boca olhando todos em volta que já andavam de volta para as suas aulas. Olhei para ele que meio que sorria e sai correndo para a minha sala. 

-TÁ, EU TE VEJO DEPOIS! -Ouvi ele gritar e olhei para trás para dar mais uma olhada nele que ria. 

Continuei correndo me sentindo o flash e consegui chegar na sala, me sentei em uma das carteiras vazias e fechei os olhos tentando lembrar daquelas "aulas particulares" e de algumas coisas que meus pais me explicaram. Mais uma oraçãozinha para dar sorte e lá vou eu. 

[...]

-Olha só...-Eu disse toda saltitante mostrando a minha nota que finalmente recebi depois que o professor demorou quase uma semana para corrigir essas malditas provas. 

-Woww...B+. -Ele disse pegando a prova e olhando ela toda. 

-SIMM...-Gritei e todos me olharam. Confesso...fiquei feliz em ter tirado essa nota, é um B+, não me lembro de uma prova em que eu tirei uma nota tão boa. Isso vou contar até para a minha mãe. 

-Parabéns! -Ele disse me olhando e rindo da minha animação. 

-Eu não me lembro de ter tirado uma nota assim, muito menos em matemática. Estou sonhando e a qualquer momento vou acordar e voltar para a realidade. -Eu disse ainda parecendo a cria de um canguru de tanto que eu pulava. 

-Que sonho oque...você teve o melhor professor. -Ele disse se gabando. 

-Até parece. 

-Claro que foi. -Ele está fazendo aquilo de novo...se pagar de fodão. 

-Prescher...

-O que? 

-Cala a boca... -Imitei o que ele fez comigo aquele dia e acho que ele entendeu porque me fuzilou com os olhos. Eu ri. 

-Foda essa gente sem personalidade própria. -Ele me olhou balançando negativamente a cabeça. 

Fomos almoçar e pelo caminho vi os gêmeos e até o Dylan que desapareceu desde o dia daquele beijo...merda...minha vida é uma merda mas é meio boa, mais merda do que boa, o lado positivo é que essas provas então acabando, amém, e quem começou a contagem regressiva para o Natal fui eu. 

[...] 

O tédio domina a minha vida. O Prescher fica estudando para as provas, igual ao Nathan, horas e horas. Estou sentada na janela, se eu cair daqui fodeu, desde que cheguei da escola. 

Escutei a voz do Dave e lembrei que estou meio sumida, e eu também tenho que ligar para o Arth antes que ele esqueça da irmã dele, e achei que talvez a gente possa ir brincar ou dar uma volta. Olha só, eu com quinze anos na cara indo brincar com um menino de três... 

-Oi, Soph. -Prescher mãe disse segurando oque me fez ir até ali. 

-Oi, eu vim ver se posso levar essa rapaz aqui para dar uma volta.  

-O que acha, Dave? Quer ir? -Ela perguntou para ele que parecia estar um pouco com vergonha de mim, sumi tempo demais, mas ele acabou concordando. 

-Então vamos lá. -Eu disse pegando ele no colo e então fomos para o parquinho aqui do prédio. 

Brincamos em todos os brinquedos mas eu acho, só acho, que ele gosta mais do escorregador. 

-Então você começou a sair com crianças com a sua mentalidade e o seu tamanho? -Preciso dizer quem é? 

-Nossa, que engraçado você. -Eu disse olhando para ele que estava encostado na parede na entrada do parquinho. 

Ele não disse nada e nem eu, droga odeio ficar sem saber oque retrucar, e então continuei brincando com o Dave até que...começou a chover. 

-Vamos para casa, está chovendo. -O Prescher disse levantando do lugar no chão aonde ele tinha sentado. 

-Nossa, Mr. Óbvio, não me diga? Como você é observador? -Eu disse indo escorregar junto com o Dave. 

-Nãooo...eu não quero ir... -O Dave resmungou com aquele jeito lindo de bebê quando o Prescher pegou ele no colo. 

-Mas a gente tem que ir... 

-Por que? É de açucar? -Eu disse me metendo em um assunto que agora acho que é de família. 

-Não, mas eu não quero ficar doente e nem quero que o Dave fiquei doente porque ele continua com essa carinha de anjo quando está doente mas na verdade... -O Dave olhou para ele parecendo não gostar. Menino esperto. -...ele fica um mala, de verdade. 

Comecei a correr que nem uma retardada no meio da chuva que só aumentava e os dois ficaram me olhando.

-Então o Prescher tem medo de ficar doentinho é? Ô dó... -Comecei a chutar a água para espirrar nele e deixar ele bravo e deu certo, ele é idiota e não vai vir retrucar mesmo. 

-Para, Soph. -Ele disse fazendo cara feia. 

-Vai fazer oque, menino de açucar? -Provoquei. Ele colocou o Dave em um lugar coberto e começou a vir em minha direção...PUTA QUE PARIU. 

Eu sai correndo como se não houvesse amanhã enquanto ele vinha atrás de mim mas é claro que todos os meus esforços foram em vão e que ele correu muito mais rápido sem precisar se esforçar muito. Essas minhas pernas pequenas não ajudam em nada...E não demorou nem um pouco para mim estar deitada em um poça d'água e aquele besta rindo, um sorriso lindo mas ele estava rindo de mim. Levantei e comecei a jogar a água do meu cabelo nele e quando eu percebi os irmãos Prescher, David traidor, estavam me enfrentando em uma guerra d'água. 

-Isso é trapaça, hein? -Depois de muito tempo que eu estava só levando água na cara minha mãe apareceu. Dá para ver o parquinho de perto do elevador.. 

-Ela que começou. -O Prescher explicou rindo enquanto estava em cima de mim com uma garrafa de água que eles pegaram no lixo, que aliás foi nessa hora o único momento que consegui jogar água neles, e jogou toda em mim.

Quando minha mãe reapareceu ela estava com três garrafas e um copo cheio de água. O copo de água ela jogou no Christopher que fez ele sair de cima de mim e ir atrás dela e não nada difícil fugir do Dave. Ela correu para o banheiro e me deu uma das garrafas de água, nós nos reabastecemos e voltamos lá para fora. 

-Meu Deus! -Prescher mãe disse quando chegou no parquinho, provavelmente ela escutou os nossos gritos lá do apartamento. Ela ria demais vendo aquela cena. -David...Christopher...o jantar já está pronto. -Ela disse rindo. Acho que ficamos muito tempo aqui e nem chover estava chovendo a única coisa que sobrou da chuva foram as poças no chão. -Venham meninos....AGORA. 

-Se rende logo, Prescher. -Eu disse de um lado da gangorra enquanto olhava para os dois do outro lado. 

-Nunca. -Ele disse e na mesma hora eles foram atacados pela minha mãe que apareceu de surpresa por trás. 

-Nunca diga nunca. -Eu gargalhei. 

O Dave saiu da brincadeira e voltou para casa com a mãe dele, com certeza está com um belo resfriado mas ele durou mais tempo do que eu pensei que ia durar, quase que eu desisti antes dele. Já o irmão dele continuou sendo teimoso e orgulhoso demais e continuou até que foi cercado. 

-Tá, eu me rendo. -Ele disse erguendo as mãos e rindo. 

-Meu trabalho aqui está terminado. -Minha mãe disse indo em direção ao elevador enquanto o Prescher me olhava com um sorriso maligno. 

-Já percebeu o erro que cometeu? -Ele disse ainda com aquele sorriso e então eu percebi que ele ainda segurava uma garrafa de água. 

-AH NÃOOO...VOCÊ JÁ PERDEU...-Eu gritei colocando minhas mãos na minha frente e andando de ré para longe dele. Quando eu ia me virar para correr ele me segurou pela cintura e então a garrafa ficou vazia. 

-Quem perdeu, hein Carter? -Ele disse rindo e a gente estava perto demais...-Oi? Sophie? Eu estou falando com você. 

-Ah...bom...é...

-Travou foi? -FOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOI, VIU SEU IDIOTA OQUE VOCÊ FAZ COMIGO? 

-Bom, você perdeu mas eu posso considerar um empate. -Eu disse quando o meu cérebro finalmente descongelou. 

-Certo. -Ele disse me soltando e então apertamos as mãos. 

Ele saiu andando em direção ao elevador mas...tinha que ser, para que? Parece que é de propósito...ele tirou a camisa. 

-Olha só...-Ele disse torcendo a camisa e uma cachoeira de água escorria dela e eu tinha um pequeno enorme ataque do coração. 

"SE CONTROLE SOPHIE CARTER...SE CONTROLE...IMAGINA OQUE O SEU PAI IRIA PENSAR SE ELE ESTIVESSE AQUI..." -Eu dizia para mim mesma enquanto concordava com o comentário dele e ia para o elevador tentando me recompor. 

Fui deixando água por todo o caminho e quando ele deu os dois primeiros passos de volta para dentro do prédio levou um lindo tombo. Eu comecei a rir escandalosamente. 

-Está achando engraçado, é? -Ele disse rindo tanto quanto eu ainda no chão. Concordei com a cabeça porque não conseguia dizer nem uma palavra, na verdade nem respirar direito eu conseguia. -Doeu. -Ele disse e fez bico. 

-Ta...-Eu tentava dizer entre as risadas. -...di...tadi..nho. -Eu estiquei as minhas mãos para ajudar ele a se levantar, apesar de eu achar que não ia ajudar muita coisa, enquanto eu ainda ria mas o filho da puta me puxou, oque foi pior para ele porque quando cai, cai em cima dele. 

-AI...-Ele disse e eu ria ainda mais porque sei que doeu. -Sua monstra, para de rir da dor dos outros. -Ele disse rindo dele mesmo. 

-Seu idiota. -Eu disse quase não aguentando a dor na minha barriga e na minha garganta, com certeza eu estava vermelha de tanto que eu ria. O elevador já tinha chegado mas nós dois continuávamos ali sendo retardados e dementes. 

-Sai de cima de mim sua hiena obesa. 

-Obesa é a senhora tua mãe. -Eu disse quando finalmente consegui me controlar. Tentei controlar a risada que ainda insistia um pouco para sair enquanto me levantava fazendo cara feia para ele. 

-Olha o respeito..-Ele disse se levantando. 

-Respeito é um ova, se eu ficar anoréxica é culpa sua. -Fiz bico cruzando os braços. 

-Tadinha, ficou chateada. -Ele disse com uma voz idiota enquanto cruzava os braços e imitava a minha cara e eu não conseguir não rir. 

-Você fica falando de mim mas olha essas gorduras localizadas ai ó. -Eu disse apontando para a barriga dele, claro que eu não estava falando sério porque... 

-Se eu ficar anoréxico é culpa sua. -Eu rolei os olhos e ele riu e finalmente entramos no elevador e fomos para casa tomar um banho antes que em vez de um resfriado ou gripe peguemos uma pneumonia.  


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Notas finais do capítulo

O que acharam? :))))))))))))))



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