Sophie escrita por isabelaq


Capítulo 16
Capítulo 16 Atrasada, moletom e guerra de comida.




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–Levanta Sophie...Sophie....ACORDA SOPHIE...-Ela cutucou a minha costela.

–Que? -Abri os olhos e logo em seguida fechei por causa da claridade.

–Você tem que se arrumar, sabe? Hoje é dia de aula ai você não pode ir vestida assim e com essa cara.

–Nossa mãe, muito obrigada. Foi você que fez.

–Engraçado.

–O que? -Olhei para ela rezando para que ela saisse daqui logo.

–Você me chamou de mãe.

–Ah...hm...é. Você é minha mãe, né? Aff, tanto faz, Christina. -Respondi.

–Estou te esperando, vai se arrumar. -Ela saiu e fechou a porta e eu voltei a dormir até que...-Sophie, você está atrasada e vai me atrasar, levanta. Anda... anda...-Eu acordei e olhei para ela e voltei a deitar e pouco tempo depois ela me acertou com água na cara.

–FICOU LOUCA? -Eu gritei pulando da cama.

–VAI-SE-ARRUMAR. -Ela disse pausadamente.

Me levantei e fui para o banheiro, eu estava realmente atrasada olhei no visor do celular, que alias só serve para isso e para ouvir música, e já eram 7:30 e nessa hora eu já estou saindo de casa para chegar na escola as 8:00. Escovei os dentes e amarrei o cabelo em um coque alto, coloquei um moletom, um short jeans e o meu all star. Peguei a minha bolsa que estava no chão e andei até a sala onde a minha mãe me esperava, descemos até a garagem e ela foi dirigindo feito uma louca até a escola e
quando eu cheguei a aula já tinha começado. Parece que o plano delas de me fazer não chegar atrasada falhou.

Fiquei andando sem saber oque eu tem que fazer quando se chega atrasada então fiquei andando que nem uma retardada pela a escola toda sem ter oque fazer e lembrei do meu armário que estava todo bagunçado, não que eu me importe com organização mas eu me importo em não ficar com tédio e ter que andar de um lado para o outro sem chegar em lugar nenhum.

Estou na frente do meu lindo armário maldito, vou abrir ele devagar e...como eu já imaginava caiu tudo no chão. Ah, e a comida não está mais na frente do armário que a gente deixou. Mais um bilhete do admirador secreto:

"O significado da vida é dar a vida um significado e você é o significado da minha".

–Maldito, eu ainda vou descobrir quem é. -Eu guardei o bilhete no bolso e comecei a organizar as coisas no armário, mas acabei ficando sem paciência porque não conseguia parar de pensar nesse admirador secreto. Deve ser armação de alguém querendo zoar com a minha cara.

Joguei todas as coisas de volta dentro do armário e consegui fechar a porta e resolvi que ia dormir, fiquei toda quebrada depois de tudo o que andei, é o máximo de esforço que vou fazer porque estourei a cota do ano e não podem dizer que não. E eu que achava que as aulas de educação fisíca de quando fiquei suspensa tinha sido demais, mudei de ideia.

Andei até a quadra de esportes e ri imaginando a cena dos caras entrando no banheiro e vendo a loira 1 pelada. Tonta, nem para ficar dentro do chuveiro. Deitei na arquibancada e dormi até que acordei por motivos de: calor. Talvez eu seja um pouco tonta de colocar moletom nesse calor da Califórnia. Droga. Não vou sobreviver assim até o fim das aulas.

[...]

Fiquei no banheiro jogando água na cara para me refrescar até a hora que deu o sinal. Eu podia ter pensado em colocar uma blusa por baixo mas eu não pensei em nada por causa de sono que eu estou sentido por ter ficado acordada andando pela rua por culpa do Prescher então isso tudo foi ele que causou. Sai correndo pelo corredor procurando alguém conhecido para quem sabe me ajudar.

–Averyyyyyyyyyy...-Gritei quando vi seu cabelo liso e comprido alguns metros na minha frente. Ela se virou.

–Oi, Soph.

–Tem alguma blusa para me emprestar, vou morrer de calor por causa desse moletom. -Disse quase implorando.

–Por que diabos você saiu de moletom na Califórnia? -Ela perguntou segurando o riso.

–Longa história, conto depois. Tem ou não tem?

–Não, Sophie, desculpa. -Ela disse. -Tenho que ir para a aula. Te vejo depois. -Ela se despediu.

–Drogadrogadroga...-Falei voltando a correr pelo corredor e vi os três mosqueteiros algum tempo depois.

–Que isso, menina? -Alex falou quando eu parei na frente deles com as mãos nos joelhos tentando recuperar o folêgo.

V-vocês tem...uma blusa p-ra me emprestar? -Eu disse.

–Pra que? -Perguntou o Dylan e eu apontei pro moletom.

–A gente está na Califórnia. -Informou o Prescher com uma cara de the walking dead igual a minha.

–Aé? Nem percebi, Mrs. Óbvio, se você não me falasse eu nunca ia descobrir. -Ironizei.

–Toma. -Dylan, o salvador da pátra, tirou a blusa preta que usava e ficou com uma regata branca que usava por baixo.

–Valeu. -Disse correndo para me trocar no banheiro e nessa demora toda advinha? Atrasada de novo. Aula de história, ainda bem, o professor sempre deixa entrar. Corri que nem uma louca pelos corredores mais uma vez até chegar a sala e quando cheguei estava quase morrendo de falta de ar, me sentei no meu lugar e abri a minha bolsa que estava vazia. Ótimo. A única coisa que posso fazer é...deitar e dormir.

–A senhorita chegou atrasada e ainda vai dormir na minha aula? -Ele falou batendo na carteira. Acordei em um pulo.

–Esqueci o caderno e o estojo. -Voltei a me deitar em cima da mesa.


–ALGUÉM TEM UM PAPEL E UMA CANETA PARA EMPRESTAR PARA A SONECA AQUI? -Ele gritou para a turma perto do meu ouvido me fazendo levantar de novo e encarar ele com cara de brava. -Aqui. -Ele bateu a mão em cima da carteira e deixando o papel com a caneta em cima. Sorri falso.

Meia hora de tédio depois um pedaço de papel entrou voando pela janela. Um dos meninos que senta na janela começou a desdobrar e virou um envelope amassado. Ele olhou atrás:


–É para...a Sophie. -Ele informou.

–Eu? -Perguntei com cara de tonta.

–Uhm. -Ele disse passando o envelope para a menina do lado e eles foram passando até chegar onde eu estava sentada. Li meu nome escrito com aquela mesma letra de sempre.

–Quem mandou? -Gritei para o menino quando o professor ia começar a falar de novo. Ele deve estar morrendo de vontade de me esganar mas ele não pode fazer isso, que peninha para ele.

Ele continuou me encarando alguns segundos depois e finalmente começou a explicar a matéria de novo e quando ele não prestava mais atenção em mim abri o envelope e li:

"Podia ser só amizade, paixão, carinho, admiração, respeito, ternura, tesão. Com tantos sentimentos arrumados cuidadosamente na prateleira de cima, tinha de ser justo amor, meu Deus?

PS: Sei que você é do Brasil então resolvi te mandar uma frase do Caio Fernando de Abreu, em português. (:

Ps²: Te amo."

Hoje ele tirou o dia, hein? E cada vez que essas cartas me aparecem aqui eu fico mais curiosa. E ele ainda se deu ao trabalho de escrever em português. Puta merda, o que ele viu em mim? Bom, fiquei pensando nisso até a hora do almoço.

–Olha isso. -Mostrei os bilhetes para a Avy e na hora de ler o do Caio F. ficou olhando que nem uma tonta pro papel e eu fui traduzir.

–Que fofooooo...-Ela falou.

–Ele deve usar drogas muito fortes.

–Você está gostando. -Ela disse rindo.

–Hã?

–De receber esses bilhetes. -Ela me pegou, talvez só um pouquinho.
–Não, só quero saber quem é. -Omiti detalhes.

–Sei. -Ela disse e nós fomos para o refeitorio almoçar. Gordas.

–Você vai mesmo, então? -Ouvi Dylan perguntar olhando para o Prescher que concordou com a cabeça sorrindo parecendo mais acordado do que antes mas ainda com uma cara de zombi.

–Aonde? -Avery intrometida perguntou entrando na conversa.

Ver a Lily. -Prescher respondeu sorrindo mais ainda.

–Sérioooooo...quando? -Ela voltou a perguntar.

–Na semana de paralização por causa do Natal e do ano novo. -Uma bitch que hoje acompanhava eles respondeu.

–Quem? -Perguntei boiando.

–Uma menina. Tipo namorada, é que...bom, a gente não tem nada oficializado mas ela é minha e eu sou dela. Ela mora em LA e no Natal vou ir fazer uma suspresa para ela, entendeu? -Concordei com a cabeça.

–Ela que devia ser mandada para um hospício. -Falei olhando para ele enquanto colocava uma garfada de comida na boca lembrando do que ele disse ontem.

–Cala a boca, anã.

–E se eu não calar? -Enfrentei ele e logo depois fui atingida por uma garfada de comida que ele jogou em mim. Como vingança fiz o mesmo mas como sou vesga acertei no Dylan, que foi se vingar e acertou a Avery que não fez nada porque é uma tonta apaixonada, eu voltei a jogar comida acertando o meu alvo, que acertou a desconhecida, que já jogava comiga no Alex e quando eu vi nós todos estavamos em uma guerra de comida.

–Quando vocês terminarem a bagunça por favor vão para a minha sala. -Apareceu uma mulher falando alguns minutos depois e pelo que disse acho que é a diretora. Nós paramos com a nossa bagunça e ficamos olhando ela sair de lá com uma cara de "fodeu" e ai eu senti uma coisa gelada no meu cabelo e quando me virei o Prescher sugurava um copo de suco dele vazio ai entendi que ele tinha jogado tudo em mim.

–FILHO DE UMA PUTA. -Gritei dando socos nele.

–É isso que acontece. -Ele disse depois que me fizeram parar de soca-lo e com o Dylan e o Alex segurando os meus braços.

–Minha blusa. -Dylan disse.

–Muito obrigada. ME SOLTEM...ME SOLTEMMMMMMMMMM... -Comecei a gritar me chacoalhando que nem uma louca tentando me soltar e quando me livrei deles corri para o banheiro. Lavei a blusa do Dylan na pia e coloquei ela molhada e limpei meu cabelo o máximo que consegui, agora com a ajuda da Avy.

–A gente tem que ir falar com a diretora na sala dela, vamos. -Avy disse saindo do banheiro.

Quando chegamos na porta da direção ela bateu na porta e a voz da mulher veio de lá de dentro nos mandando entrar e então vimos os quatro sentados em cadeiras na frente da mulher que se escorava na mesa. Ficamos de pé atrás deles já que não tinha mais onde por cadeira, que bom, né? Ouvir sermão de pé.

–Todos aqui então, ótimo saber que vocês levam a escola na brincadeira. Guerra de comida? -Ela perguntou nos encarando e não teve resposta. Eu só olhava para ela com uma cara de peixe morto escorando na cadeira do Prescher dando joelhadas na costa dele já que a cadeira tinha uns espaços atrás grandes o bastante para que eu pudesse fazer isso e ele apenas se mexia na cadeira não podendo levantar de lá. -Vocês vão limpar o refeitório e lavar toda a louça do almoço. -Ela disse sentando na sua cadeira. -Espero que isso não acontecessa de novo e eu vou comunicar os pais de vocês. Podem sair.

–Minha mãe vai me matar, vai me matar. -Prescher disse quando saimos da sala. -Ela me viu chegando de manhã e disse que era melhor eu me comportar se não ia me dar mau.

–Boa sorte, cara. -Alex disse dando um tapa no ombro dele e nós todos fomos para as nossas aulas, eu rumo ao meu terceiro atraso hoje.

[...]

A aula acabou e nós nos dividimos em dois grupos de três. No primeiro ficamos eu, a Avy e o Dylan porque a Avy quis aproveitar da oportunidade para dar em cima dele, nós vamos arrumar o refeitório, e no segundo grupo ficou o Alex, a menina e o Prescher nojento, babaca, idiota, imbecil e etc... que ficaram com a louça.

No fim fim da nossa punição eu tive que ligar para a minha mãe, que já sabia oque eu tinha feito por sinal, e ela saiu do trabalho para me buscar porque o Prescher foi embora sem mim, deve ter inventado alguma história para a mãe dele ou sei lá. Eu devia estar brava com ele.


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Notas finais do capítulo

Sophie sempre tão esperta e ela e o Prescher tiveram uma briga igual de criança HSUHSIUHASUHSA
Agora vocês tem uma pista sobre o admirador: é alguem que sabe que ela é do Brasil.
Ah, quero saber se vocês gostam dos Christopher POV. (:
Issae, espero que tenham gostado.



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