Will Be Eternal escrita por Bia Souza


Capítulo 9
Olhos de gelo.


Notas iniciais do capítulo

Oi povo lindo e maravilhoso! Saudades? Eu sim!!! Vocês simplesmente sumiram eu to me sentindo abandonada! Cadê a galera da velha guarda kkkkkkk' Só quem ainda tá aqui é a Kaoru-sama hehe' Enfim gente, eu ia postar no dia combinado (que é terça) mas como já estava tudo pronto eu resolvi postar hoje. Esse capítulo ia ser uma coisa muuuuuito light mas o Castiel se juntou com a Izumo e reescreveu TUDO! Estou impressionada, fico pensando se eu nunca vou escrever nada rotineiro nessa fic. Mas vamos ver se até o final eles me deixam ter vontade própria u.u Porém ainda sim ficou muito legal, eu curti bastante e quase choro u.u QUASE! Não chorei tá, gente? Mas é lindo, vocês vão gostar o/ Beijo suas lindas não vou mais alongar as Notas iniciais. Adoro vocês. Bom cap.



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Um mês antes das provas. Estávamos correndo feito loucos, o colégio estava em horário integral praticamente, Erika permitiu que ficássemos depois das aulas. Eu, Eliza, Kaoru, Nathaniel e Lysandre já tínhamos um grupo de estudos formado. Todos éramos muito entrosados e isso ajudava, pois nenhum tinha receio de questionar ou fazer perguntas quando necessário.

Eu e Nathaniel nos aproximamos muito no decorrer do bimestre, porém havia uma garota que não gostava muito de nossa aproximação e era provável que fosse por culpa de minha amizade com ele. Ela era o tipo de garota sem sal, que não tinha muito tempo pra fazer amigos e não se importava muito com isso, ela vivia atrás da diretora com papéis e tudo mais. O problema não era isso. Era que ela vivia me constrangendo na frente dos outros usando a mim e ao Nathaniel, e pior, às vezes me constrangia na frente do mesmo.

Um dia ela simplesmente entrou na sala com Eliza e Lys e falou: 

– Está esperando o Nathaniel? - ela me olhou com com um sorriso extremamente falso e não me deixou responder - Nem, ao menos tente, se aproximar dele, sua boba. Ele não liga para garotas, muito menos pra você. Ele quer um futuro melhor. - ela me sorriu de novo, passou por mim e começou a arrumar os livros que havia trazido na estante.

– Não me entenda mal, Melody. - sorri semelhantemente como ela - Eu não me interesso por Nath, - enfatizei o apelido que me permiti chamar Nathaniel há um tempo - e mesmo que me interessasse, não tentaria envergonhar as outras garotas que também o estimavam, como uma rejeitada faz, entende?

Ela estava de costas para mim, mas vi a tensão nas suas costas passar para os pulsos, fazendo-a apertá-los. Olhei para os garotos ainda na porta e sorri, vitoriosa. Eliza retribuiu o sorriso com um esforço notável para não gargalhar, fazendo gestos com as mãos. E Lysandre me olhava com reconhecimento e sorriso leve nos lábios. Mas ainda um pouco frio, não entendia como ele me permitia se aproximar dele, mas ao mesmo tempo me tratava com cautela, principalmente quando o Castiel também estava. Me sentia num campo minado.

Mas mesmo que Melody fosse uma garota estranha e possessiva, ela era uma garota muito bonita. Tinha uns olhos grandes e azul, seus cabelos castanhos, levemente cacheados nas pontas, batendo nos quadris, pele alva e corada nas maçãs do rosto e bochechas. O corpo muito bonito, cintura não muito fina, porém os seios e pernas maiores equilibravam. Não era muito alta, porém sua altura era satisfatória. Ela era simpática até no olhar, mas não admitia que outras garotas se aproximassem de Nathaniel, muito menos que ele retribuísse a aproximação. Por isso, sua antipatia por mim.

Apesar de tudo isso, as coisas estavam indo muito bem. Hoje não teria aula à tarde nem nada parecido, então depois das aulas vou ter tempo livre pra sair e conhecer mais a cidade. Kaoru prometeu me levar à um bar que o Castiel e o Lysandre tocam quase toda sexta à noite. Depois que voltássemos do parque iríamos nos arrumar e ir ao bar.

Cheguei na escola - desta vez sem precisar do GPS que pela primeira vez eu não havia usado ele, e estava orgulhosa de mim, apesar disso ser extremamente banal...

Busquei algum conhecido no pátio e não encontrei. Fui para a sala de representantes e Nathaniel estava lá.

– Como sempre trabalhando, não é, Nath? - ele se virou e sorriu.

– Izumo, que bom te ver logo cedo desta vez! Não se perdeu como de costume?

– Não, acredita!? Detalhe, - levantei o dedo indicador e fiz ênfase na palavra - sem usar GPS! Não é ótimo?

– Ótimo? Hum... Milagre seria a palavra mais apropriada, não acha, não?

– Ai que sem graça, você! - sorri e dei um tapa de leve em seu ombro. Ele riu e pegou uma coisa nas mãos e me estendeu.

– Você poderia me ajudar, aqui?

– Claro, como?


– Segure isto, sim? - eu segurei e ele grampeou os papéis - Pronto... Obrigada. Ah! A Melody me disse que você a ofendeu... Eu já imagino que ela que começou. Mas estou curioso pra saber que fora você deu nela.

– Ah, o senhor Representante de turma, tão seguro e complacente, me fazendo um pedido deste. Que feio, Nath, que feio.

– Haha, fala logo que eu estou curioso.

Eu contei sua última atitude desagradável e ele riu bastante, enquanto eu ainda segurava os papéis que tinham sido grampeados. Quando olhei bem, vi um rosto familiar no papel: Alexy. Mas será mesmo que isso era possível? Não, não podia acreditar que ele tinha vindo, e será que seu irmão também? Não conseguia me manter de pé, enquanto Nath ainda ria com o ocorrido, um turbilhão de coisas me passavam pela cabeça. Uma dor me vinha à cabeça enquanto minhas mãos tremiam e eu sentia minha visão clarear e minha distonia atacar. Em questão de segundos Nath percebeu que eu não estava bem, ele parou de rir ainda na minha frente e eu me apoiei em seu ombro.

– Izumo! O que houve? - ele me olhava assustado.

– E-esse garoto... Você o c-conhece? Oque e-ele vem fazer aqui? - eu puxava muito ar e as perguntas jorravam de minha boca enquanto eu esperava ansiosa por alguma resposta.

– Vo-você está pálida, Izumo, oque houve?

– Me responde, Nath! - as lágrimas já estavam escorrendo dos meus olhos.

– Olha, eu não queria estar aqui, mas a maldita da dire- Castiel se interrompeu quando me viu em estado de choque - Seu estúpido! Oque fez?

– Eu não fiz nada, tá certo?

– Por favor, por favor - minha voz ia diminuindo enquanto perdia as forças e o rumo das coisas.

– Me ajuda aqui, seu folgado! - ouvi Nath falando pela última vez enquanto fechava involuntariamente os olhos. E a última coisa que senti foram as mãos geladas de Castiel nos meus ombros.

Acordei com o Castiel do meu lado na maca, me olhando curioso.

– A baixinha descarregou, foi? Talvez devesse mudar de pilha. - ele me sorriu sarcástico.

– Minha cabeça... Oque houve? - minha mente latejava a medida que eu me esforçava para ouvir Castiel.

– Sua pressão baixou... Muito! No começo eu pensei que fosse a freira do Nathaniel que tivesse feito algo. Mas depois vi que a culpa não era dele. Ao menos eu acho... Ele não fez nada, não é?

– Não, não. Eu só me assustei quando vi uma coisa... - me lembrei do porquê eu estava alí - Por que? Por que ele está aqui?

– Baixinha, eu não estou entendendo nada, vou te deixar só pra pensar. O idiota volta assim que a Erika largar do pé dele.

– Não! - me esforcei um pouco por causa do tom alterado da voz - E-eu não quero ficar só agora. Não posso. Por favor fica aqui, as aulas já devem ter começado e não tem mais ninguém aqui. - segurei seu braço olhando pro vazio a minha frente. Ele deve ter me achado uma perturbada.

– É... Tudo bem. - ele botou um fone no ouvido e deixou o outro pender enquanto se sentava na cadeira ao lado. Notei que ele parecia muito desconfiado com o meu pedido. Claro, eu pedir algo desse tipo pra alguém que ao menos me conhece direito. De fato era esquisito.

– Posso? - segurei o outro fone e mostrei a ele e o mesmo assentiu um pouco relutante.

Coloquei o fone no ouvido e ouvi uma música familiar para mim;
Basket Case do Green Day. Essa música seria cômica se não fosse verdade. Ás vezes eu me sentia assim. Mas pelo jeito, o Castiel se sentia muito mais louco que eu. Ele era um cara esquisito e difícil de esplicar. Mas eu tinha muita vontade de ser amiga dele. Por mais que ele me provocasse.

Am I just stoned?...- ele me olhou curioso enquanto eu cantava com a voz ainda um pouco fraca e fingia que não percebia que o mesmo me olhava.

– Sabe... Não sei o que diabos houve com você. Mas você precisa se recuperar, por que você está parecendo uma louca!

– Isso não foi muito reconfortante quanto lhe pareceu - sorri mas ele permaneceu sério.

– Vou pedir para a enfermeira me deixar te levar em casa.

– Mas eu não quero ir. Gosto do
Green Day– agora era a sua vez de sorrir enquanto eu não entendia a graça.

– Não se preocupe, não vamos para a sua casa de verdade.

Ele saiu em busca da enfermeira e propôs a ela o que havia me dito. Ela assinou algo e me permitiu sair com ele. Me levantei ainda tonta me segurando na maca e ele voltou. Pôs o meu braço no seu ombro e me levou para fora daquele local. Quando saímos eu tirei meu braço de seu ombro.

– Pronto já podemos parar de fingir. Eu me viro agora. Pra onde vamos?

– Você acha que eu sou covarde pra deixar você “se virar” nesse estado? Por favor, né? Deixa de frescura.

Ele voltou a me ajudar e fomos contornando a escola com cuidado de não topar com ninguém, até chegarmos a um portão muito isolado e abandonado que tinha um enorme cadeado envolto a correntes.

– Está trancado. Vamos voltar - ele não me respondeu, mas tirou um molho de chaves de seu bolso e pegou uma específica e abriu-o.

Ele trancou novamente quando passamos e voltou a pegar em minha cintura enquanto me levava escada acima até chegarmos no que parecia o topo da escola. Algo grande e bonito.

– É muito lindo! Como você achou? E como tem a chave?

– Não posso te contar. Mas achei que você precisava ver isso, pois seu estado psicológico estava um pouco abalado, baixinha. - cruzei os braços em reprovação, fazendo-o rir.

– Apesar de tudo, - o encarei mais uma vez - é incrível...

Ele me deixou encostada no parapeito enquanto ia buscar algo, e voltou com um violão muito velhinho e cheio de figurinha, mas ainda em ótimo estado.

– É seu?

– Agora é. Foi de meu irmão mais velho. Foi o primeiro que ele comprou. Sem a ajuda de ninguém. - ele olhava orgulhoso para o violão.

–Seu irmão deve ser muito importante para você.


– Sim, é.

Ele se sentou com as costa no parapeito enquanto tocava algo desconexo. Me sentei ao seu lado e ele não se importou muito comigo depois disso. Só tocou e cantou
So Far Away do Avenged Sevenfold com os olhos fechados enquanto eu o acompanhava. No fim da música seus olhos estavam marejados.

– Você... Está bem? - perguntei sem saber bem o que fazer no momento.

– S- sim - ele virou o rosto - só preciso que você saia.

– Mas eu não posso deixar você aqui desse jeito. E não tenho a chave do portão como vo- ele levantou o conjunto de chave e me interrompeu.

– Por favor, só... Vá embora.

Eu fiquei assustada, mas peguei a chave e fui embora. Encostei o portão de entrada e quando estava quase descendo a escada quando o ouvi falando baixinho:

When I have so much to say and you're so far away...

Desci as escadas sem entender muito o que havia acabado de acontecer e escorei também o outro portão para que ele não ficasse trancado lá. Depois devolveria a chave.

O sinal tocou para o intervalo e eu fui em direção ao pátio. Buscava Nathaniel para entender o porquê do Alexy aqui na escola. Achei ele sozinho ao lado de uma árvore, de costas para mim segurando ainda a ficha do Alexy. Toquei em seu ombro e ele se virou sorrindo ao me ver.

– Está melhor? - ele estava receoso com o ocorrido.

– Sim, obrigada por me ajudar.

– Não devia ter te deixado com o imbecil do Castiel.

– Como vê, ainda estou viva. Mas, me diga. Aquele garoto da ficha, era o Alexy Gintama?

– Sim. Como sabe?

– Ele veio com mais alguém ou só ele mesmo?

– Apenas ele... Ele quer fazer intercâmbio de moda aqui. Parece que ele mora sozinho em um loft. A diretora me deu as informações básicas. POR QUE?

– N-não nada... Eu não posso te contar. Mas fique tranquilo, eu estou bem agora. Quando ele começa?

– Semana que vem.

– Obrigada por me ajudar. Mas eu preciso ir pra casa. Já fui permitida, você poderia me ajudar a sair?

– Certo. Me dê notícias ainda hoje!

– Hai*! - ele me olhou estranho - É sim em japonês...

– Ah claro, claro. Vamos.

Ele falou gentilmente com o porteiro e eu fui permitida de sair, mas antes ele segurou meu ombro e me deu um papel, olhando seriamente nos meus olhos. O olhei curiosa e quando fui abrir ele tocou em minha mão, me fazendo perceber que não era o momento de lê-lo. Eu assenti e me permiti ir andando até minha casa. Ainda desnorteada, mas em casa, mandei uma mensagem para Kaoru:

“Kaoru, vim mais cedo. Imprevistos hehe’ por favor, você pode vir de 14:00 horas?”

“ Sim, claro! Esteja LINDA!”

“Até mais Kaah-chan”

Soltei meu celular na cama, tomei um banho muito demorado e troquei de roupa. Peguei um Bentô* que minha mãe havia preparado e esquentei. Era a única garota no mundo que gostava de sushi e
onigiri* quentes no mundo!


Ao terminar de comer, peguei meu mp3 e me deitei. Me lembrei daquele garoto com os olhos perdidos, forçando para não chorar na frente de uma desconhecida. Que dor ele havia sentido? Que saudades ele tinha? Ele perdeu alguém. Quem, afinal, seria esta pessoa tão especial que o deixou só, sem ao menos querer isso. Me sentia horrível apenas no fato de não poder sentir a dor que ele sentira. Afinal, nunca tinha perdido ninguém. A morte nunca havia levado ninguém que eu amava. Segurei as chaves daquele lugar... Ele me mostrou algo especial. Precisava de algum modo mostrar algo especial para ele. Não sabia nada sobre ele e não sabia quem ele era. Mas pela música que ouvi, sabia de algo: Ele sofria com uma perda. E me senti na obrigação de ajudá-lo a recuperar uma felicidade que parecia perdida. Coloquei em So Far Away novamente. Queria ouvir aquela música e me lembrar daquele garoto. Daquele sofrimento em seus olhos de gelo...


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? O Cast é irrevogavelmente frio, meu Deus! Mas eu percebi que eu não era muito madura em relação a história assim que fiz a fic. Tem uns furos que atrapalham um pouco e a Izumo parece ser volúvel demais no começo. Além do fato do Cast estar muito aberto pra uma pessoa tão nova. Por isso fiz esse cap mais " vaza daqui quero ficar só, merda!" Espero melhorar cada vez mais por vocês. Por isso quero que vocês me critiquem para que eu saiba melhorar. SÓ NÃO ME ABANDONEM TT.TT Enfim, suas lindas, beijo adoro vocês!
Review?
PS: Onigiri é um bolinho de arroz com alga o/



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