Saí em disparada do apartamento em que eu estava.Não era grande coisa.O prédio era meio velho com as tintas gastas e o apartamento só tinha três cômodos.A cozinha,o quarto e a sala.Não eram grande mais era o que eu poderia pagar com a metade do meu sálario e uns serviços extras que eu faço de vez em quando.A outra metade do salário eu guardo na minha conta.Estou juntando dinheiro suficiente para um ano de faculdade de música.Amo cantar e tocar guitarra.Isso me ajudou muito a ganhar dinheiro extra junto com o resto do pessoal.Sinceramente,eu posso chama-los de amigos de verdade.Eles sempre estiveram do meu lado nos momentos dificeis e alegres.Meu sonho de ser cantor e guitarrista era desde pequeno.Meus pais não gostaram e me obrigaram a fazer um curso de advocacia.Já que o mala do meu irmãozinho ia ser o doutor da familia.Depois de finalizar o curso eu saí de casa já que meu pai queria que eu trabalhasse na empresa da familia.Eles não aceitaram muito a minha decisão,então falaram que se eu sair por aquela porta era pra nunca mais voltar.E foi o que eu fiz.Nunca mais voltei.Mas de vez em quando tenho umas noticias deles.Agem como se eu nunca fosse filhos deles.Estão dando total apoio pro Stefan,já que ele conseguiu entra pra faculdade de medicina.Patético define essa familia que um dia já foi minha.Stefan é um pau mandado,faz tudo o que eles querem.Na real,eles não querem um filho,querem uma marionete pra eles poder controlar.As vezes tenho dó do Stefan,mas ai eu lembro que ele gosta de ser controlado,então a dó some um pouco.A parti daí vivo minha vida trabalhando no Starbucks na metade do dia e no final do dia faço uns shows com a galera em tudo quanto é canto.Um dia eu ainda vou ganhar um bom dinheiro trabalhando definitivamente no que eu gosto:Tocar e cantar.Foi num dia desses que eu a conheci.Estava tocando num parque de diversões,ganhando uma boa grana com isso,que eu a vi com seus amigos.Uma loira,uma morena meio baixinha,um garoto de touca parecendo emo e uma criancinha linda que parecia com ela.O show já estava no fim,eu só estava tocando a guitarra enquanto o meu amigo Tyler cantava o final da musica.Elas chegaram pra ver um pouco, mais já tinhamos terminado.Mas eu consegui ouvir um pouco a conversa delas.

—Ai Elena chegamos atrasadas.Nem conseguimos ver o show viu.—Falou a loira.Ela parecia um pouco irritada por não conseguir nos ver.Mas eu não prestei muito atenção,porque a Elena,presumo,falou com sua voz perfeita.

—Eu sei Caroline.Mas não podemos fazer mais nada.Vamos levar o Jer e a Margaret pra casa e depois vamos curtir nossa noite de garotas.—Falou Elena sorrindo.E que sorriso.Acho que morri e voltei porque,uau.Meu Deus,eu não falei isso.Soou muito gay,mas o que eu posso fazer.Ela era perfeita.Acho que estou sorrindo que nem um idiota apaixonado já que o Tyler e o Matt começaram a rir da minha cara.

—Cara,você tá engraçado com esse sorriso de apaixonado.Sério que você se apaixonou?! Não creio.—Falou Tyler rindo ainda mais.

—Apaixonar? Cara,ele tá que nem um palhaço vendo ela se afastar.Pelo jeito essa paixão te pegou de jeito em Damon.—Disse Matt gargalhando.Só o que eu fiz foi revirar os olhos e responder.

—Cala a boca,idiotas.Estão falando isso porque não a viram.Pode existir alguém tão linda como ela?—Perguntei mais pra mim mesmo do que pra eles,me lembrando dela outra vez.O que foi inevitável não sorrir novamente.

—To falando.Já tá de quatro pela garota e nem ao menos a conhece.Disse Matt.

—É melhor sairmos daqui,vai que seja contagioso?—Disse Tyler ainda rindo.Eles não cansam de ficar rindo não?Depois eu que sou o palhaço.Revirei os olhos vendo eles se afastarem e contarem pros outros que eu me apaixonei.Apaixonei,até parece.Foi só uma atraçãozinha,tenho certeza.Elena.Esse nome não saia da minha cabeça.

O que eu não sabia é que não foi apenas uma atraçãozinha.Eu realmente me apaixonei por ela e tudo piorou quando eu descobri que ela frequenta a loja a frente do Starbucks,onde,supostamente,eu trabalho.Ve-lá todo dia era maravilhoso,mas eu era muito covarde por pensar que ela me dispensaria se fosse conversar com ela.Já que eu notei que ela é muuito bem de vida pelos tipos de roupa que ela usava e pelo tanto de sacolas que ela levava quando ia pelas lojas perto daqui.Talvez ela fosse uma dessas patricinha mediocres que tem tudo de mão beijada e esnoba os mais pobres.É melhor deixar desse jeito.Estava ótimo ve-lá sorrindo toda vez que saia com suas amigas.Não sou nenhum maniaco que fica a seguindo,mas por conta do destino,acredito eu,a vejo em quase todos os lugares que eu vou,mas nunca tive oportunidade de conversar com ela.Deixei com o tempo,vai que eu a esqueço.Piorou quando eu comecei a ter sonhos com ela.Não é que eu não gosto,mas é torturante não poder fazer o que eu faço nos sonho,na vida real.Pensei que nunca fosse ter uma oportunidade de pelo menos trocar um oi com ela,me enganei novamente.

Estava indo apressado para o serviço quando que,com a pressa,acabo esbarrando em uma pessoa.Como eu estava atrasado nem olhei pra pessoa a minha frente direito e já falei desculpa,mas algo não fez eu continuar minha tragetória.Algo não,uma voz.A mais linda de todas.

—Me desculpa você.Disse ela sorrindo.